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INTERVENÇÃO FEDERAL

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A DECRETAÇÃO DA INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO 
 
Carla Gomes Toledo de Almeida 
 
 
1 – A INTERVENÇÃO FEDERAL À LUZ DA CONSTITUCIONALIDADE DO 
DECRETO INTERVENTIVO Nº 9.288, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2018 
 Preliminarmente, vale mencionar o artigo 34 da Constituição Federal de 1988, o qual 
estabelece em quais situações o Governo Federal pode intervir nas competências de 
determinado ente federado por meio, como é óbvio, de uma intervenção federal: 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 A intervenção federal em questão, decretada pelo Ex-Presidente do Brasil, Michel 
Temer, no dia 16 de fevereiro de 2018, com duração prevista para 31 de dezembro do mesmo 
ano, teve como pressuposto coibir o comprometimento da ordem pública, uma vez que os 
crimes organizados no estado sempre foram muito elevados. O objetivo desta, apesar de ter 
coibido apenas a prática de crimes voltados ao patrimônio, esteve enraizado na construção de 
um conjunto de ações com a atuação de forças de segurança do estado do Rio de Janeiro, 
juntamente a forças militares, para diminuir os altos índices de violência, por meio da 
operação intitulada “Garantia da Lei e da Ordem” (GLO), a qual se encontra prevista na Carta 
Magna. Assim, o artigo 142 desse documento prevê que: 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e 
pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade 
suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à 
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da 
lei e da ordem. 
 A partir da data da intervenção realizada, as forças armadas passaram a comandar e 
governar os aparatos policial, prisional e do Corpo de Bombeiros do estado, ao passo que foi 
dado início a negociações para a transferência de recursos federais à segurança pública do 
local. Além disso, à medida que foram transferidos esses recursos, organizações da sociedade 
civil e instituições públicas já atuantes em temáticas pertinentes aos direitos humanos, 
principalmente ao controle social, passaram a ser mobilizadas. Veja-se o decreto na íntegra: 
DECRETO Nº 9.288, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2018 
Decreta intervenção no estado do Rio e Janeiro com o objetivo de pôr termo ao grave 
comprometimento da ordem pública. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, 
inciso X, da Constituição, DECRETA: 
Art. 1º Fica decretada intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro até 31 de 
dezembro de 2018. 
§ 1º A intervenção de que trata o caput se limita à área de segurança pública, conforme o 
disposto no Capítulo III do Título V da Constituição e no Título V da Constituição do 
Estado do Rio de Janeiro. 
§ 2º O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no 
Estado do Rio de Janeiro. 
Art. 2º Fica nomeado para o cargo de Interventor o General de Exército Walter Souza 
Braga Netto. 
Parágrafo único. O cargo de Interventor é de natureza militar. 
Art. 3º As atribuições do Interventor são aquelas previstas no art. 145 da Constituição do 
Estado do Rio de Janeiro necessárias às ações de segurança pública, previstas no Título V 
da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. 
§ 1º O Interventor fica subordinado ao Presidente da República e não está sujeito às 
normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção. 
§ 2º O Interventor poderá requisitar, se necessário, os recursos financeiros, tecnológicos, 
estruturais e humanos do Estado do Rio de Janeiro afetos ao objeto e necessários à 
consecução do objetivo da intervenção. 
§ 3º O Interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração 
pública federal, os meios necessários para consecução do objetivo da intervenção. 
§ 4º As atribuições previstas no art. 145 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro que 
não tiverem relação direta ou indireta com a segurança pública permanecerão sob a 
titularidade do Governador do Estado do Rio de Janeiro. 
§ 5º O Interventor, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, exercerá o controle 
operacional de todos os órgãos estaduais de segurança pública previstos no 
art. 144 da Constituição e no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. 
Art. 4º Poderão ser requisitados, durante o período da intervenção, os bens, serviços e 
servidores afetos às áreas da Secretaria de Estado de Segurança do Estado do Rio de 
Janeiro, da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro e do 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628446/artigo-84-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10695216/inciso-x-do-artigo-84-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150154/art-1-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150152/art-1-1-do-decreto-9288-18
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150150/art-1-2-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150148/art-2-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150146/art-2-1-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150144/art-3-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150142/art-3-1-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150140/art-3-2-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150138/art-3-3-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150135/art-3-4-do-decreto-9288-18
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150133/art-3-5-do-decreto-9288-18
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673132/artigo-144-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150131/art-4-do-decreto-9288-18
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, para emprego nas ações de 
segurança pública determinadas pelo Interventor. 
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 16 de fevereiro de 2018; 197º da Independência e 130º da República. 
MICHEL TEMER 
Torquato Jardim 
Raul Jungmann 
Sergio Westphalen Etchegoyen 
Carlos Marun 
 Sendo assim aprovado pela Câmara e pelo Senado, por ampla maioria, o decreto 
apresentado se caracterizou por uma supressão em razão do estado de anormalidade, em que o 
interventor passou a exercer “o controle operacional de todosos órgãos estaduais de 
segurança pública” já mencionados, ao ter sido percebida a incolumidade física, mental e dos 
bens das pessoas. 
2 – PERGUNTAS E RESPOSTAS ACERCA DA TEMÁTICA 
2.1 – Indagações atribuídas em anexo 
a) O que é intervenção? Qual o princípio aplicado no Brasil? 
Intervenção (federal) é o termo atribuído para o uso da força em relação a um país ou 
estado soberano nos assuntos referentes a outro. Por se tratar de uma medida de 
natureza política e excepcional, restringe temporariamente a autonomia do interventor 
para a prevalência do pacto federativo, bem como dos princípios e das regras 
constitucionais. No que tange ao princípio indagado em questão, tem-se o da 
temporalidade, o qual visa preservar a autonomia dos Estados-membros, de forma que o 
decreto que estabelece a intervenção federal deve ter uma duração previamente 
determinada. 
b) Quais são as hipóteses de intervenção federal e estadual? 
De acordo com o artigo 34 da Carta Maior, como hipótese de intervenção federal, a 
União poderá intervir nos estados e no Distrito Federal para: manter a integridade 
nacional; repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; pôr 
termo a grave comprometimento da ordem pública; garantir o livre exercício de 
qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; e reorganizar as finanças da unidade 
da Federação. Já como hipótese de intervenção estadual, o artigo seguinte prevê que o 
estado poderá intervir em seus municípios, assim como a União nos municípios 
localizados em território federal, quando: deixar de ser paga, sem motivo de força 
maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; não forem prestadas contas 
devidas, na forma da lei; não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal 
na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; e o 
Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de 
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de 
ordem ou de decisão judicial. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/181150129/art-5-do-decreto-9288-18
c) Qual o prazo de uma intervenção? E como deve ser decretada? 
Conforme o artigo 36, parágrafo 1º, da Constituição Federal, “o decreto de intervenção, 
que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, 
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da 
Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas”. Em suma, cabe 
ao decreto presidencial apresentar o prazo de duração deste. Em relação à forma como 
determinada intervenção federal deve ser decretada, acontece mediante ato privativo 
do presidente da República. Após essa ação, a intervenção passa a ser aprovada ou 
suspensa pelo Congresso Nacional, com base no que dispõe o artigo 49, inciso IV, do 
mesmo documento mencionado. 
d) Na intervenção federal do Rio de Janeiro, sua decretação foi provocada? Explique. 
Não, porque a intervenção em questão ocorreu por iniciativa do próprio presidente, a 
partir do que dispõe o artigo 84, inciso X, frente ao artigo 34, inciso III, da Constituição 
Federal, já que o fundamento do decreto evidenciou “pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública”. Sendo assim, é possível classificá-la como 
intervenção espontânea. 
e) Por quais razões foi decretada a intervenção federal no Rio de Janeiro? Ela é militar? 
Tendo em vista que o Governador Francisco Dornelles, em 2016, havia decretado 
“estado de calamidade financeira” do local por meio do Decreto nº 45.692, passa a 
existir a justificativa para a intervenção federal em tese, a qual se restringiu justamente 
ao combate aos crimes contra o patrimônio diante do quadro de insegurança do estado. 
Em resposta à segunda pergunta, pode-se afirmar que não foi militar, pelo fato de que 
houve a participação de um interventor federal para "pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública". 
f) Por quem e como aconteceu o trabalho durante a intervenção federal no Rio de Janeiro? 
Aconteceu por intermédio do Governador Francisco Dornelles, tendo como interventor 
o General Walter Souza Braga Netto, o qual atuou na área de gestão do controle 
operacional de todos os órgãos estaduais para garantir um melhor funcionamento das 
secretarias intervencionadas e, consequentemente, para uma maior efetividade no que 
tange à segurança pública. 
g) O que difere o trabalho da intervenção federal das operações realizadas pelas Forças 
Armadas? 
Enquanto a intervenção federal possui caráter gerencial e administrativo, as operações 
realizadas pelas Forças Armadas têm a presença do Exército no policiamento de ruas e 
estradas, bem como em operações integradas por meio da Garantia da Lei e da Ordem 
(GLO). 
h) Como aconteceu o remanejamento financeiro para custear o investimento financeiro para 
manter a intervenção? A verba foi utilizada? 
Os recursos estiveram disponíveis para o Gabinete de Intervenção Federal (GIF) e 
foram empregados seguindo o critério de processos administrativos legais. Dessa forma, 
foi criada uma secretaria no GIF para gerenciar essa verba, que foi utilizada na 
contratação de equipamentos, tecnologia e serviços que pudessem aumentar a 
capacidade operacional dos órgãos de segurança pública. 
i) O que são policiais cedidos? 
São agentes que, por necessidade de atuação em determinado âmbito, passam a ser 
transferidos para intervir em órgãos diferentes. 
j) Quais medidas foram tomadas para diminuir a violência? 
Para diminuir essa prática, as principais medidas tomadas foram o retorno dos policiais 
cedidos, a realocação de efetivos de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e o 
treinamento de policiais para o exercício da atividade. 
k) Quais propostas você apresentaria como legislador para diminuir a corrupção policial? 
Em linhas gerais, o fortalecimento das corregedorias das instituições já existentes, de 
modo a combater excessos, prezar pela manutenção das leis e preservar a imagem das 
corporações. Ademais, é de grande importância a aplicação da função retributiva, 
compensando à mesma proporção o corrupto com punições, como também a preventiva, 
servindo de exemplo para indivíduos que já delinquiram ou que pretendem delinquir. 
l) As medidas surgiram efeito? 
Totalmente, não, uma vez que não diminuíram de forma direta a violência existente no 
estado. 
m) Como a intervenção federal do Rio de Janeiro enxergou os direitos humanos? 
Do ponto de vista garantidor da segurança pública, mister se faz o respeito aos direitos 
humanos, com ações pautadas na legalidade. Assim, foi possível perceber que a 
representação da sociedade civil em conselhos foi essencial para que houvesse 
legitimidade no processo alcançado, restringido ao combate aos crimes contra o 
patrimônio, tendo em vista a situação excepcional vivenciada no estado. 
n) Quem foi o interventor? E como foi sua atuação? 
O General de Exército chamado Walter Souza Braga Netto, o qual exerceu o controle 
operacional das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e, ainda, da estrutura 
penitenciária do estado. 
o) A intervenção federal do Rio de Janeiro foi constitucional? 
Sim, devido ao fato de que a coibição do comprometimento da ordem pública, motivo 
pelo qual foi dirigida a presente intervenção, é uma exceção prevista na Constituição 
Federal, em seu artigo 34, inciso III, para tal exercício. 
 
2.2 – Indagações extras 
a) Levando em consideração que a Carta Magna prevê situações de anormalidade em que 
poderá existir intervenção, havendo supressão temporária da autonomia do Estado, quais 
são as principais espécies de intervenção federal existentes? Explique-as. 
Enquanto a intervenção espontânea se caracteriza pela ação voluntária, de ofício, do 
presidente da República, sem a participação de terceiros na decisão, a intervenção 
provocada por solicitação ocorre quando a coação recai sobre os Poderes Executivoe 
Legislativo, dependendo a decretação pelo presidente da República da postulação do 
poder coacto ou impedido. Já a intervenção provocada por requisição é estabelecida 
quando o Poder Judiciário (Supremo Tribunal Federal – STF, Superior Tribunal de 
Justiça – STJ ou Tribunal Superior Eleitoral – TSE) requisita tal exercício. 
b) O plano integrado entre as forças de segurança estabelecido em julho de 2017, para 
defender a integridade da população, preservar a ordem pública e garantir o 
funcionamento das instituições, previu, ao todo, o reforço de mais de 10 mil homens nas 
ruas cariocas, dentre eles: 8.500 das Forças Armadas, 620 da Força Nacional, 380 da 
Polícia Rodoviária Federal, além de 740 policiais rodoviários que já atuavam no estado. 
Nesse diapasão, o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, elencou os principais crimes a 
serem combatidos nas ações federais, afirmando ser de competência da União, em 
parceria com os estados. Cite-os e explique se foi efetivo o processo. 
Foram quatro os tipos de crimes: o comércio de drogas, o tráfico de armas, crimes 
financeiros e o tráfico de pessoas. O processo de combate, por sua vez, não foi efetivo, 
uma vez que essas são questões ainda existentes na atualidade. Embora tenha tido uma 
presença visível das forças militares nas ruas, não houve nenhuma ação direta nos 
morros e favelas (foco dos crimes) e sequer foi apreendido um fuzil, no estado do Rio de 
Janeiro. Dessa forma, pode-se apontar a ineficácia no que se refere ao poder de atuação 
das Forças Armadas, bem como do sucateamento ocasionado pela falta de investimentos 
na Polícia Militar. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
A intervenção federal no Rio de Janeiro e as organizações da sociedade civil. IPEA, 2019. 
Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/8695-
182358intervencaofederalrio.pdf>. Acesso em: 03 de mar. de 2021. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília/DF, 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 03 de mar. 
de 2021. 
 
BRASIL. Intervenção federal no Rio de Janeiro. Decreto nº 9.288, de 16 de fevereiro de 
2018. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2018/decreto-9288-16-
fevereiro-2018-786175-publicacaooriginal-154875-pe.html>. Acesso em: 03 de mar. de 2021. 
 
Entenda a intervenção federal. Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro, 2018. 
Disponível em: <http://www.intervencaofederalrj.gov.br/intervencao/entenda-a-intervencao-
federal>. Acesso em: 03 de mar. de 2021. 
 
MOURA, Rafael Peçanha de. Intervenção na segurança pública do estado do Rio de 
Janeiro: algumas reflexões. Âmbito Jurídico, 2018. Disponível em: 
<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/intervencao-na-seguranca-
publica-do-estado-do-rio-de-janeiro-algumas-reflexoes/>. Acesso em: 04 de mar. de 2021. 
 
Perguntas e respostas sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro. Gabinete de 
Intervenção Federal no Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: 
<http://www.intervencaofederalrj.gov.br/intervencao/perguntas-e-respostas>. Acesso em: 03 
de mar. de 2021.

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