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Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
É o cereal mais utilizado na dieta dos 
animais de diversas espécies já que no 
Brasil a produção de milho é muito alta 
então o custo não é tão alta. Além disso, o 
milho é um cereal muito palatável. 
Como ponto negativo podemos citar a 
deficiência em lisina e triptofano que são 
aminoácidos essenciais. Isso acaba não 
sendo um problema tão grande, uma vez 
que o milho pode ser oferecido em conjunto 
com uma fonte proteica para 
complementar a dieta. 
Somado a isso, também podemos citar a 
baixa quantidade de cálcio, que pode ser 
visto como algo benéfico, já que nas dietas 
há muitas outras fontes com cálcio. 
 
 
 PB (proteína bruta): 8 a 
10% 
 EE (extrato etéreo): 3 a 4% 
 FB (fibra bruta) 2 a 3% 
 NDT (nutrientes digestíveis 
totais: 80 a 82% 
 Isento de pesticidas, mofo, 
insetos, terra, cor e odor 
anormais e aflatoxinas. Por 
isso há a inclusão de 
transgênicos, buscando 
resistência a pragas. 
 
Podemos ver que a porcentagem de 
proteína e gordura é baixa, tendo maior 
quantidade de amido. O valor de NDT é 
relativamente alto sendo um bom 
ingrediente energético. 
Como o milho é um alimento seco, é 
fundamental que não seja molhado para 
que não haja desenvolvimento fúngico que 
pode produzir algumas substâncias 
denominadas micotoxinas capazes de 
causar uma série de problemas. 
 
A: milho com desenvolvimento fúngico x B: milho nos 
padrões de normalidade 
 
Há diversas micotoxinas que podem atingir 
diversas espécies. Ruminantes acabam 
sendo mais resistentes quando comparados 
a monogástricos, mas o cuidado deve ser o 
mesmo para evitar o desenvolvimento 
fúngico nos grãos fornecidos aos animais. 
 
Para animais de produção, as principais 
alterações que podemos destacar é a queda 
Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
de desempenho, alterações reprodutivas e 
neoplasias., principalmente as neoplasias 
hepáticas que estão associadas diretamente 
a presença de micotoxinas na dieta. 
 Embora haja exposição de produtos a 
granel, a comercialização é proibida 
por lei já que o produto está aberto, 
sendo exposto a micotoxinas já que 
não há a proteção da embalagem. 
Também pode conter outros produtos 
misturados, além de não ser conhecida 
sua data de validade. A exposição a 
insetos também é um problema já que 
podem ser carreadores de sujidades e 
doenças. 
Algumas argilas, sendo a mais comum a 
zeólita, muito empregada na dieta animal 
como adsorvente de micotoxinas e redutor 
de odor fecal. 
Também devemos nos atentar a 
Granulometria que, nada mais é que o grau 
de moagem do milho. Quanto maior a 
moagem, maior a absorção já que a 
exposição às enzimas será maior 
impactando diretamente no 
aproveitamento do alimento pelo animal. 
Importante lembrar que a moagem tem 
um alto custo, já que há gastos com 
energia elétrica e, por isso algumas 
empresas fazem uma moagem mais 
grosseira. 
Em contrapartida, a porção do milho que 
não é tão bem moída pode servir como 
fonte prebiótica pela microbiota presente 
no intestino grosso dos animais. Em 
ruminantes, não há a moagem eficiente do 
milho promovendo a ruminação dos 
animais e a atuação da microbiota ruminal. 
 Devemos nos atentar a quantidade de 
milho fornecida a ruminantes, já que o 
excesso pode levar a fermentação 
exacerbada produzindo ácido e 
desencadeando um quadro de acidose. 
É considerado um substituto natural do 
milho já que tem um custo mais baixo 
quando comparado com o milho, além de 
ter um alto rendimento por área. 
Sua origem é africana, mas teve uma 
ótima adaptação nas terras brasileiras. 
Comparado ao milho, a energia é mais 
baixa e a proteína é mais alta variando de 
8 a 12%. 
Alguns pontos devem ser evidenciados em 
relação ao sorgo podendo impactar na sua 
substituição: 
 Baixa quantidade de carotenóides 
(pigmentantes). Em algumas espécies, 
há influência na produção como a 
coloração da gema do ovo que acaba 
ficando menos pigmentada em razão 
disso. Logo, haverá gastos com aditivos 
pigmentantes para compensar o que 
não foi feito pelo sorgo havendo um 
gasto maior. Em frangos de corte, a 
gordura amarelada também é 
pigmentada pelos carotenóides que 
estarão em falta no sorgo, portanto 
também haverá gastos com aditivos 
pigmentantes. 
 O sorgo possui uma substância 
denominada Tanino, produzida pelo 
próprio vegetal para sua proteção. 
Todavia, é um fator anti nutricional já 
que reduz o aproveitamento proteico. 
Por sorte, temos o sorgo de baixo e alto 
Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
tanino. O de baixo tanino tem um custo 
mais alto, porém acaba sendo melhor 
enquanto o de alto tanino tem um 
custo mais baixo, porém impacta mais 
na dieta, em torno de 2%. 
 Além disso, o tanino tem um sabor 
adstringente que impacta na 
palatabilidade desse alimento. Para 
pequenos animais, não há grandes 
problemas já que haverá a adição de 
palatabilizantes que irão mascarar 
aquele sabor. Porém, na dieta de 
animais de produção, não é tão comum 
o emprego de palatabilizantes afetando 
então no sabor do alimento. Devemos 
então optar por sorgo de baixo tanino. 
 
 
Como ponto positivo temos a modulação 
da curva glicêmica do organismo. 
Animais diabéticos do tipo I são 
insulinodependentes em razão da não 
produção da insulina. Dessa forma, sempre 
estará em estado hiperglicêmico. 
Acima temos gráficos representativos de 3 
ingredientes empregados na dieta de 
animais com Diabetes Mellitus tipo I. No 
primeiro gráfico há análise do emprego da 
farinha de mandioca, no segundo a dieta é 
a base de milho e no terceiro é a base de 
sorgo. 
Tanto no primeiro quanto no segundo 
gráfico, vemos que há um pico de glicemia 
que logo após despenca, dificultando na 
administração da insulina que pode acabar 
sendo fornecida em quantidade maior para 
compensar o pico, podendo levar o animal 
a um quadro hipoglicêmico já que o nível 
glicêmico despenca muito rápido. 
O sorgo, por sua vez não possui um pico 
tão evidente na curva glicêmica já que está 
modulada e se torna mais fácil a 
administração de insulina para esses 
pacientes correndo risco menor de causar 
hipoglicemia. Portanto, vemos a presença 
do sorgo na dieta de animais diabéticos e 
também de animais obesos já que esses 
animais desenvolvem resistência insulínica 
em razão da liberação das adipocinas (fator 
tumoral alfa) pelos adipócitos, dificultando 
o aproveitamento da glicose que não 
conseguirá ser utilizada pelas células 
aumentando a glicemia. Além disso, os 
animais conseguem compensar o aumento 
da glicemia hipersecretando insulina. 
O sorgo também é muito utilizado em 
dietas econômicas por conta do seu baixo 
custo, porém tende a ser um sorgo de alto 
tanino. 
 é o arroz quebrado, 
que não foi para consumo humano por 
estar no formato correto. Esse produto 
contém uma baixa quantidade de proteína 
(8%PB) mas isso não é um problema já que 
podemos incluir outras fontes proteicas. A 
Quirera de arroz é um ingrediente nobre, 
de alto custo então não é tão incluída na 
alimentação de animais, exceto em cães e 
gatos. 
Farinha de 
mandioca 
Sorgo 
milho 
Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
A quantidade de fibras presente na quirera 
de arroz é baixa (0,5%), enquanto possui 
1,14% de EE). 
Já o e o 
 contém uma 
maior quantidades de Fibras (8%), 
portanto tem uma qualidade menor já que 
as fibras não são digeridas havendo piora 
no aproveitamento dos nutrientes portanto 
é considerado um ingrediente menos nobre 
quando comparado a quirera de arroz. 
O farelo de arroz não desengorduradomerece uma atenção maior já que a 
gordura presente pode rancificar mais 
facilmente, conferindo um sabor 
característico ao produto e, 
consequentemente, diminuindo sua vida 
útil. 
Por último temos a , que é 
um ingrediente que não possui boa 
qualidade sendo utilizada em galpões para 
servir de cama para frangos. 
O arroz em si, tem um alto valor, por isso 
não é tão incluído na dieta dos animais de 
produção. 
Como podemos observar na tabela acima, a 
digestibilidade do arroz é muito maior 
quando comparada ao sorgo e ao milho. 
São os resíduos do processamento da 
laranja (casca, sementes, bagaço, polpa e 
até os frutos). 
A polpa cítrica tem uma alta capacidade 
higroscópica, ou seja, de absorver água. Isso 
é um problema já que a alta absorção de 
água diminui a vida útil do alimento além 
de poder haver crescimento fúngico. 
A polpa cítrica é muito utilizada na 
alimentação de grandes animais já que é 
uma fonte energética bastante fermentável 
pela microbiota ruminal. Como vantagem 
temos o custo, que é atraente quando 
comparado ao milho. Todavia, possui 
menor porcentagem de NDT, logo, nem 
sempre é favorável substituir o milho pela 
polpa cítrica já que haverá diminuição do 
desempenho do animal fazendo com que 
ganhe menos peso. 
Ingredientes como milho levam a alta 
produção de ácido lático em razão da 
fermentação, podendo desencadear um 
quadro de acidose ruminal, enquanto a 
polpa cítrica leva também a produção de 
lactato, mas em menor proporção já que 
aumenta a produção de ácido acético no 
rúmen. Logo, a polpa cítrica é considerada 
um fator de segurança. Entretanto, é 
sempre importante a atenção quanto a 
quantidade já que em altas concentrações 
pode levar a um quadro de acidose 
também. 
 
Na alimentação de pequenos animais, a 
polpa cítrica não é tão empregada como 
fonte de carboidratos e sim como fonte de 
fibras, mas também não é tão utilizada. 
Concluímos então que a fonte mais 
aproveitável é a quirera de arroz, enquanto 
os menos aproveitáveis são o farelo de trigo 
e farelo de arroz.

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