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resumo PSICODIAGNÓSTICO PART 2 - ESTACIO

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PSICODIAGNOSTICO 
O que caracteriza o processo psicodiagnóstico e quais seus objetivos:
Psicodiagnóstico é uma área da psicologia caracterizada pelo desenvolvimento e aplicação de técnicas diagnosticas psicoterapêuticas. As técnicas são: A observação diagnóstica, as entrevistas, os testes e técnicas projetivas. Todas usadas em prol da identificação e tratamento de distúrbios comportamentais.
Ancona Lopes(?) também caracteriza o psicodiagnóstico por ser limitado no tempo o qual busca descrever a personalidade total do indivíduo. Cunha confirma esse dado ao dizer que o psicodiagnóstico é um processo cientifico limitado no tempo a qual realiza uma avaliação psicológica por meio de testagem.
Se pudermos resumir os passos do psicodiagnóstico podemos dizer que tudo se inicia quando o profissional recebe o encaminhamento, quando ele entra em contato com os fatos. Ao entrar em contato com os fatos, o profissional vai formular perguntas ou hipóteses que nos ajudaram a escolher os objetivos do psicodiagnóstico. Firma-se o contrato de trabalho, confronta-se todos os dados obtidos durante as entrevistas para se chegar ao plano de avaliação, seleciona-se a bateria de testes, aplica e administra a bateria e outras técnicas. Posteriormente faz levantamento, análise, integração, interpretação dos dados para chegarmos ao diagnóstico e ao prognóstico que serão comunicados ao paciente na entrevista de devolução.
Quais os principais aspectos éticos envolvidos no processo psicodiagnóstico?
Muitos dizem respeito a testes psicológicos. A utilização de testes psicológicos é de inteira competência e responsabilidade do psicólogo pois somente ele possui treinamento, formação e experiência adequada para exercer tal função. Cabe exclusivamente ao psicólogo a responsabilidade pela qualidade dos testes e também a responsabilidade pela correção desses testes, de acordo com o código de ética é vedado ao psicólogo ceder, emprestar ou vender testes psicológicos ou materiais integrantes desses testes à qualquer profissional que não seja psicólogo.
O psicólogo deverá seguir rigorosamente o tempo, instruções, orientações contidas no teste para garantir a validade desse instrumento. É vedado ao psicólogo o uso de material fotocopiado ou qualquer outra forma que não seja a original. Garantindo assim a validade, padronização desse instrumento
Quais os objetivos da entrevista inicial?
A entrevista inicial, segundo arseno, é importante pois visa discutir expectativas, clarear metas de trabalho, obter informações do entrevistado que não seriam obtidas de outras formas. Perceber as primeiras impressões do entrevistado: Aparência, comportamento durante a espera e durante a entrevista. Ocampo também cita que a entrevista inicial é importante para estabelecer um bom rapport que reduz ao mínimo as possibilidades de bloqueio e também observar a linguagem corporal e gestual do entrevistado.
Quais os cuidados a serem tomados no planejamento da bateria de testes e na entrevista para a aplicação dos testes?
Alguns cuidados devem ser tomados no planejamento da bateria de testes, é necessário pensar em testes que reúnam o maior número possível de condutas gráficas, verbais e lúdicas de maneira que possibilite a comparação dos mesmos tipos de conduta posteriormente. Arseno chama atenção para várias questões como quem formula a solicitação, a idade cronológica e o nível sociocultural do sujeito. É o momento em que ele esta passando, caso seja um momento de crise é preferível deixar o psicodiagnóstico para ser realizado posteriormente. O psicólogo deve estar familiarizado com todo material de aplicação para que ele tenha controle. A organização do material deve ser feita antes da chegada do cliente, as dúvidas devem ser tiradas antes da aplicação dos testes do inicio da aplicação. O ambiente deve ser adequado, com boa iluminação, boa ventilação e com condições de privacidade e silêncio
Por que devemos fazer a devolução de informação?
A devolução das informações é feita através da entrevista de devolução. E uma entrevista que comunica os resultados obtidos, é um resumo do diagnóstico e do prognóstico e muitas vezes inclui indicações terapêuticas adequadas.
Como deve ser feita essa devolução?
Algumas questões devem ser levadas em consideração na entrevista de devolução. Primeiro deve se evitar ao máximo o uso de termos técnicos, termos difíceis de ser entendido por leigos. Neste momento o entrevistador vai retomar os motivos da consulta então seria muito interessante devolver esses conteúdos ao paciente de forma organizada. Deve-se iniciar sempre pelos aspectos que menos lhe causam ansiedade. O profissional deve estar preocupado em se expressar claramente para que o cliente, que pode ser um adulto ou criança, possa fazer o fechamento do conteúdo. Essa entrevista, muitas vezes, encerra com uma indicação terapêutica.
Qual a função da hora do jogo diagnóstico? Fale sobre o papel do psicólogo, a escolha dos brinquedos, as brincadeiras e os cuidados quanto aos materiais e a sala.
A hora do jogo diagnóstico é uma técnica realizada no processo psicodiagnóstico com objetivo de conhecer melhor a realidade da criança que esta sendo analisada, implicando no desenvolvimento de um vinculo breve. O local a ser realizada essa técnica, deve ser preparada para brincar contendo material lúdico que deve estar expostos em caixas sem tampas ou em armários abertos. Todos esses materiais devem estar de acordo com a idade, o sexo e interesse da criança.
Modalidade de brincadeiras:
Cada criança estrutura uma modalidade de brinquedo que lhe é próprio. Como a plasticidade, quando a criança consegue expressar suas fantasias através de brinquedos organizados, a rigidez, quando a criança escolhe ou prefere brinquedos ou jogos monótonos e pouco criativos, e as estereotipias em perseveração, a criança apresenta na maior parte do tempo movimentos estereotipados e repetitivos que mostram que ela esta desconexa com o mundo externo
Quais os principais cuidados a serem tomados no psicodiagnóstico de adolescentes e adultos?
No psicodiagnóstico de adolescentes deve se ter especial atenção com questões referentes a relacionamento social, problemas sexuais e emocionais, tendo bastante cuidado com questões peculiares da fase de desenvolvimento a qual o adolescente esta passando. Já no psicodiagnóstico adulto é importante observar a história ocupacional, a história de relacionamentos conjugais ou não e a história sexual e social desse paciente.
Diferencia Laudo, relatório e parecer psicológico:
São cinco os documentos que o psicólogo está apto a realizar, relatório, laudo, parecer, atestado e a declaração.
Relatório é um documento que apresenta resultados e conclusões de uma avaliação psicológica sendo subsidiado por um arsenal técnico, instrumental técnico e consolidado por meio de um referencial teórico.
O laudo é um documento conciso, minucioso e abrangente que visa relatar, analisar. integrar os dados colhidos na avaliação psicológica. E apresentar diagnósticos, prognósticos, subsidiar ações, decisões e encaminhamento.
Parecer é um documento focalizado, curto, que visa investigar uma questão problema colocada por algum profissional que já possui muitas informações sobre o entrevistado.
O psicólogo pode fornecer tanto a declaração quanto o atestado.
A declaração é um documento que vai conter informações como: nome e sobrenome do solicitante, a finalidade do documento, que neste caso serão informações sobre o atendimento psicológico, data, local, nome completo do psicólogo com sua inscrição no conselho e assinatura.
O atestado é um documento muito parecido da declaração mas muda-se a finalidade. Ele deve conter informações como nome e sobrenome do solicitante, a finalidade, que no caso será certificar sobre o estado psicológico, data, local, nome completo do psicólogo com sua inscrição e assinatura.
Motivo manifesto: E a queixa principal do paciente
Motivo latente: E algo que está oculto por detrás da queixa principal
O primeiro contato é o momento de analisar as características do pacienteassim como verificar o horário marcado das entrevistas. 
FUNDAMENTOS DO PSICODIAGNÓSTICO
1. Distinção entre avaliação psicológica e psicodiagnóstico
· Avaliação psicológica -> E mais ampla e aplicada em várias áreas – org. escolar, etc.
· Psicodiagnóstico -> enfoque clínico 
· Testes estão presentes na avaliação psicológica e psicodiagnóstico
· Psicodiagnóstico - outros instrumentos além dos testes
2. Definição >> abordar dados psicológicos de forma sistemática e científica orientada para a resolução de problemas.
3. Demanda de psicodiagnóstico >> instituições, escolas, clínicas e consultórios particulares
· Também podem ser encaminhados por médicos, escolas, juizados, advogados, ou ainda buscar espontaneamente
4. Solicitação de quem encaminha >> É feito a solicitação da avaliação psicológica e então o psicólogo faz a avaliação. 
· Muitas vezes devolve dados que não são pertinentes devido a dificuldade do psicólogo de entender a demanda
5. Definição >> psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo utiliza técnicas e testes psicológicos – individual ou grupal – para:
· entender problemas sob pressupostos teóricos
· identificar e avaliar aspectos específicos 
· classificar o caso e prever o curso possível e comunicar os resultados
6. Científico >>> levantamento prévio de hipóteses confirmadas ou inferidas através de passos pré- determinados com objetivos precisos.
7. Limitado no tempo >>> contrato de trabalho é estabelecido entre o psicólogo e o cliente ou responsável a partir do momento que os dados inicialmente coletados possibilitem estabelecer um plano de avaliação – estabelecer o n° de sessões necessárias.
8. Plano de avaliação >>>> estabelecido com base nas hipóteses iniciais, o psicólogo saberá a metodologia que vai empregar
9. Preparo e conhecimento do psicólogo 
· instrumentos necessários para a avaliação;
· levantamento de hipóteses e seleção de técnicas
· atender objetivos que dependem das hipóteses levantadas. Que podem ser um ou + de um.
10. A partir dos testes selecionados (dados que devem ser inter relacionados com as informações da história clínica, história pessoal, ou outros dados):
· Permitirá a seleção e integração conforme os objetivos do psicodiagnóstico – nível de inferência que deve ser alcançado.
· Resultados – comunicados a quem de direito para subsidiar decisões ou recomendações
11. Objetivo de classificação simples >>> ex: medir inteligência. Resultados quantitativos classificados sumariamente.
12. Objetivo descritivo >>> identificar e explicitar o funcionamento das funções do ego – realizado em clínicas psiquiátricas
13. Objetivo de classificação nosológica >> psiquiatras sozinhos ou em conjunto com psicólogos -- facilitar a comunicação entre os profissionais.
14. Objetivo de diagnóstico diferencial >>> investigar inconsistências/ irregularidades do quadro sintomático e/ou dos resultados dos testes para diferenciar categorias nosológicas, níveis de funcionamento etc. Ex: determinar se é uma psicose ou neurose, ou ainda se é borderline, grau de psicose etc.)
· Conhecimento de psicopatologia e das técnicas de psicodiagnóstico.
15. Objetivo da avaliação compreensiva >>> Mais global, para determinar o nível de funcionamento da personalidade, as funções do ego e a capacidade de insight
· indicação terapêutica, prognóstico e indicação terapêutica. 
16. Objetivo de entendimento dinâmico >>> analisar as dificuldades do sujeito em profundidade, a história do desenvolvimento, fatores psicodinâmicos, identificar conflitos para compreender o caso com base em um referencial teórico.
· Requer: Entrevistas psicológicas muito bem realizadas
· Uma combinação – com objetivos de classificação nosológica e de diagnóstico diferencial 
17. Objetivo de prevenção >>> identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer estimativas da força e fraqueza do ego e da capacidade de enfrentar situações novas , difíceis, conflituosas ou ansiogênicas. Pode servir de base para triagem e para programas preventivos de saúde mental.
18. Objetivo de prognóstico >>> Classificação nosológica
· Psicólogo pode contribuir para indicar condições que influenciem o curso da “doença”.
19. Objetivo de perícia forense >> resolver questões relacionadas a “sanidade” ou competência para o exercício de funções, avaliação da incapacidade por comprometimento psicopatológico e etiologia podem propiciar atos ilícitos (contra a lei).
20. Psicólogo >> perceber se o que surge nos testes pode se estender para a vida cotidiana; bastante ansiógeno para o psi.
· Os objetivos podem variar de acordo com a simplicidade ou complexidade das questões propostas - hipóteses
21. Psicólogo clínico - realizar levantamentos simples (medida de inteligência)
· psicometrista – não deve todavia perder a pessoa e portanto não se restringe a um papel tão simples – identificar forças e fraquezas no funcionamento intelectual do sujeito – 
22. Exame do estado mental do paciente >>>> não requer grandes avaliações – realizados não somente por psicólogos em clínicas psiquiátricas – dados resultantes deste exame mais a história clínica, e história pessoal – classificação nosológica – paciente não é testável – julgamento clínico – presença ou não de sintomas que configuram doença mental
23. Psicodiagnóstico – não se restringe a conferir quais os critérios diagnósticos que são identificáveis no caso.
24. O psicodiagnóstico pode ser realizado:
· Pelo psicólogo, pelo psiquiatra, com vários objetivos. Mas só o psicólogo pode excecutar o da classificação simples
· Psicólogo clínico – exclusivamente – modelo psicológico – instrumentos privativos do psicólogo
· Equipe multiprofissional – desde que cada profissional use seu próprio modelo 
OBJETIVOS E ETAPAS DO PSICODIAGNÓSTICO
· OBJETIVOS:::::
· Estudo profundo da personalidade ((Clínico))
· Concepção de personalidade
· Aspecto consciente e inconsciente
· Dinâmica interna
· Ansiedades básicas >>> mobilizam 
· Mecanismos de defesa >>> Mais primitivas ou mais evoluídas 
· Cada indivíduo possui uma configuração única e inconfundível de personalidade
· Nível ou tipo de inteligência que pode ou não estar comprometida pelos aspectos emocionais 
· Emoções e impulsos mais intensos ou mais moderados – controle mais ou menos adequados 
· Eros e tanatos lutam por uma primazia no ser humano 
· Sadismo e masoquismo estão sempre presentes 
· Narcisismo pode ser: baixo demais, adequado ou alto demais – grau de submissão, maturidade ou onipotência demonstrado.
· As qualidades depressivas e esquizóides base da personalidade podem ser razoáveis – sofrer aumento - conflito – atrapalha ou altera o desenvolvimento do indivíduo 
· As defesas usadas podem ou não ser benéficas – dependendo do contexto, sem o serem em si mesmas
· Sobre a estrutura esquizóide ou depressiva se instalam estruturas defensivas de tipo obsessivo, fóbico ou histérico.
· fatores hereditários e constitutivos – papel importante – abrir-se à outras possibilidades além da história do ind. 
· Contexto sócio-cultural e familiar – lugar importante no estudo da personalidade de um indivíduo
· Estudo da personalidade – estudo de pelo menos três gerações – contexto étnico-sócio-cultural
· Este é o enfoque atual para todas as patologias. 
· Importante – saber para que,
· Qual é o objetivo do psicodiagnóstico que será realizado
· Analisar a demanda – “me mandaram”
· “Estou curioso”
· Esclarecer com quem consulta qual o motivo manifesto e mais consciente para poder intuir qual o motivo latente
· Dedicar a isto o tempo necessário e não iniciar o psicodiagnóstico para atender a curiosidade 
1ª etapa - Entrevistas iniciais
· Objetivos (“o problema”, motivos explícitos e implícitos da procura de atendimento que justificam a avaliação)
· Sinais e sintomas evidentes
· Contrato; enquadre, normas, papéis, tempo, lugar 
· Rapport (vínculo de confiança)
· Anamnese (Informações de história de vida, história médica e contexto atual )
· Formulação das perguntas iniciais (a partir da história de vida)
· Levantamento de hipótese inicias 
2ª etapa - Planejamento· Escolha das técnicas (entrevistas, testes psicológicos) a serem aplicadas: de acordo com a idade, o histórico, os objetivos e com as hipótese iniciais,
· Seqüência, tempo, materiais e espaço físico necessários
· Outros exames a serem solicitados: neurológico, fono, pedagógico, psiquiátrico, clinico, etc.
3ª etapa - Administração das Técnicas
· Realização do planejamento
4ª etapa - Estudo do material coletado
· Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados;
· Conclusões (respostas as perguntas iniciais, resposta aos objetivos iniciais, confirmação, ou não, das hipóteses iniciais) ;
· Diagnóstico e prognóstico; Classificação diagnóstica (quando necessário) produção do laudo;
5ª eptapa - Comunicação dos resultados
· Entrevista devolutiva;
· Documentos escritos;
· Laudos, pareceres, atestados (se necessário, depende dos objetivos 
 
Finalidades do Psicodiagnóstico:
· Diagnóstico(sem rótulos): primeira e principal finalidade => envolve testes e entrevistas => permite extrair conclusões para prever o vínculo terapêutico, momentos mais difíceis do tratamento, riscos de deserção.
· Avaliação do tratamento: o andamento do tratamento (re-testes), observando os avanços, impasses ou prevendo altas.
· Como meio de comunicação: favorece a tomada de insight, contribuindo para que aquele que consulta adquira a consciência de seu sofrimento para aceitar cooperar na consulta, ou perca certas inibições, possibilitando um comportamento natural.
· Na investigação: para criar novos instrumentos de exploração da personalidade, planejar a investigação para o estudo de uma determinada patologia, algum problema trabalhista, educacional ou forense.
Visa objetivar o subjetivo e envolve:
· Diagnóstico: base de um bom trabalho em qualquer área psicológica => imprescindível para se saber o que ocorre e suas causas (queixa) e pode ser realizado apenas com entrevistas. O psicodiagnóstico é diferente de um diagnóstico psicológico pois envolve um estudo mais profundo da personalidade e a utilização de técnicas e testes psicológicos => esclarece-se o motivo manifesto e intui-se o latente.
· Prognóstico
· Direcionamento ou Encaminhamento Terapêutico
Aplicações
· O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade do ponto de vista clínico.
O Processo
· Da solicitação da consulta ao 1º encontro
· Entrevista Inicial => Enquadramento 
· Planejamento dos instrumentos diagnósticos
· Aplicação das técnicas => sem rigidez
· Estudo do material colhido => correlacionar os diferentes instrumentos utilizados entre si e com a história de vida do indivíduo e da família => buscar convergências e recorrências dentro do material.
· Devolução Oral: cuidado com a onipotência do psicólogo e com a ansiedade dos integrantes do processo, dando espaço para o cliente e para suas reações.
· Informe escrito, devolvido caso seja solicitado. 
Enquadramento:
1. Varia de conforme profissional, suas características pessoais e também conforme características do consultante => adapta-se a cada caso => não deve ser feito sobre as bases dos aspectos infantis do terapeuta e cliente
2. Esclarece papéis, objetivos e limites
3. Lugar e horário, freqüência dos encontros e duração do processo
4. Honorários
5. Tempo de duração do psicodiagnóstico: Longo(insegurança do psicólogo) / Curto (onipotência)
O PROBLEMA
1. Geralmente o psicodiagnóstico decorre da existência de um problema prévio que cabe ao psicólogo identificar e avaliar – psicodiagnóstico.
2. Desde os primeiros sinais e sintomas precoces até a procura do psicólogo - surgir – dúvidas, fantasias procura de resolução e de explicações – retardar a ajuda ou agravar o problema – interferem na objetividade do relato do caso.
3. Sintomas presentes – quando limites da variabilidade normal – ultrapassados. Variabilidade determinada pelas condições da vida – emoção, rotina, ajustamentos, estresse, etc – torna difícil avaliar o que configura um problema - avaliação clínica
4. Dificuldade sentida por todos os atores que estão envolvidos com o paciente – até os cuidadores de sua saúde.
5. Pais evitam considerar alguns comportamentos das crianças como problemáticos – muitas crianças os apresentam - 
6. O que ocorre com maior frequencia – falta de distinção entre desajustes ocasionais e prolongados – confiar no tempo para que desapareçam – ex. Enurese
7. Certa tolerancia quanto a comportamentos que deveriam ser superados – diversas razões – idade, desproporção, normas mais flexíveis do ambiente, fimiliar com problema semelhante.
8. Adulto – enfrentamento sem ajuda - explicar como circunstancial – procura de resolver por meio de mudanças externas
9. Desde o surgimento até a busca do profissional – problema – a natureza e forma de expressão dos sintomas e sinais sofrem alterações profundas, - recursos pessoais, capacidade de enfrentamento, defesas psicológicas.
10. Pré-história – importante – percepação da dificuldade, gravidade atribuida aos sintomas(um ou mais),dúvidas sobre a patologia, confiabilidade da indicação, preconceito, etc – interferem na dinâmica da interação do psi com o paciente – atitude mais ou menos colaborativa do paciente. Caso a consulta tenha sido precedida de – tumulto, crítica, sobrecarga emocional – possibilidade de mais fantasias e defesas acionadas.
11. O psicólogo é que precisa examinar – os precedentes da consulta, as formas de percepção do problema – atribuir a sinais e sintomas – significados adequados – tarefa difícil para o inciante 
12. Sinais e sintomas – termos derivados da medicina – sinais – comportamentos observáveis, achados objetivos, - sintomas – experiências do sujeito – é o que é sentido - diferenciação vaga difícil de estabelecer em se tratando de doença mental – estados internos, psicopatologia subjetiva – descrição difícil – não podem ser compreendidos sem – avaliação completa e compreensão do contexto total do paciente.
13. Ex. Medos podem ser sentidos mas também são observáveis
14. Sentido amplo – distinção entre sinais e sintomas é questão de ponto de vista.
15. Sintoma é um sinal – evidencia uma perturbação – sinal de perturbação – servir de alerta cedo – sem queixa explícita – mesmo que não se identifique um sintoma - sinal 
16. Prática – sintoma – possível de ser atribuido uma significação maispa clínica. Os sintomas estão presentes – quando o limite da variabilidade normal foram ultrapassados.
17. Critérios – definição de problema
18. Problema existe – alterações ou mudanças nos padrões de compartamento comum – percebidos – natureza quantitativa ou qualitativa
19. Maioria dos transtornos psiquiátricos – variações de diferentes graus de um continuum entre saúde mental e psicopatologia – natureza quantitativa
20. Alterações autolimitadas – exagero ou diminuição de e padrão de comportamento “normal” - podem ser observadas – atividades (motora, fala, pensamento), humor (euforia ou depressão) outros afetos - (embotamento, excitação) etc.
21. Alterações aparecem – resposta a eventos da vida – perturbação proporcional à causa – caso intensidade for desproporcional às causas ou persistir além do que seria normal para o evento – significação clínica – considerar a possibilidade de outras variações – alteração que pareceu autolimitada – reaparece sobre outras formas – tais critérios – intensidade e persistência – considerados também para o desenvolvimento – limites de variabilidade do aprendizado – certos comportamentos serem superados – faixas etárias – ex. Controle esfincter – por volta dos três anos – um fato isolado sob condições estressoras não teria muito significado – persistência da falta de controle – indicativo de perturbação – justifica avaliação clínica. Utilização do pensamento clínico – no desenvolvimento a variabilidade - senso comum e conhecimento científico muitas vezes coincide – entretanto aquilo que é considerado socialmente como aceitável varia muito de família para família – critérios mais rígidos ou mais protecionistas.
22. Assim um comportamento pode parecer sintomático para uma família e o mesmo comportamento não ser consideradosintomático para outra – também – comportamentos ditos sintomáticos pelo família podem não ser os clinicamente a serem considerados pelo psi. 
23. Alterações qualitativas – chamam atenção por seu cunho estranho, bizarro, idiossincrásico, inapropriado, esquisito – até os leigos tendem a ligá-los com dificuldades mais sérias - todavia deve-se considerar que podem ser também vistas como decorrentes de questões culturais ou subculturais e ser por isto explicáveis – comportamento ou experiência subjetiva podem ser vistos e sentidos como problemáticos em uma cultura e aceitos em outra. Manifestação inusitada – ponto de vista qualitativo – julgada também em funçao do contexto em que o indivíduo se encontra – será tanto mais grave se for originada de mais por questões interiores e menos pelos campos da realidade que nestes casos é praticamente ignorada
O contato com o paciente
· No psicodiagnóstico o papel do psi é o de investigar através da angústia, do sofrimento e da desconfiança da pessoa que solicita ajuda. É lidar com as resistências ao processo, os sentimentos ambivalentes e situações desconhecidas.
· Reconhecer toda a trajetória do paciente, bem como o desconhecimento da função do psicólogo.
· A pessoa em sofrimento chega – necessidade de ajuda, necessidade de rendição e entrega.
· Atitude de respeito do psicólogo, livre de críticas, menosprezo e desvalia é a base para que a confiança se estabeleça. 
· Disposição e abertura do psicólogo – proximidade necessária para demonstrar ao paciente que a solução só poderá ser conseguida se houver abertura e entendimento.
· Motivos conscientes e inconscientes da consulta – admissão da existência de problemas e dificuldades que necessitam de algum tipo de ajuda. Tendência a que o motivo apresentado seja o menos ansiogênico ou mais tolerável para o paciente. Geralmente não é o real motivo,
· Cabe ao psicólogo observar, perceber, escutar com tranquilidade - não ser coercitivo, inquiridor etc. 
· Observar como o paciente se mostra – linguagem verbal e não verbal, modo de vestir, etc. Movimento corpóreo deve ser considerado indicativo do intrapsíquico,
· Criança ou adolescente – podem não saber o motivo – terceiro excluído – verificar – pode não estar incluído por várias razões – motivo pode estar oculto e menos explícito
· Se a realidade estiver distorcida – representar um fator complicador adicional – conflito pode estar deslocado e levar o psicólogo a investigar o motivo explícito e não o implícito ou latente.
· Outra dificuldade do psicólogo – pode ocorrer aliança com os aspecto patológicos do paciente -
· A Importância e a complexidade para o psicólogo de abarcar o continuum de consciência/inconsciência do paciente em relação aos seus conflitos.
· O psicólogo precisa analisar todos os dados sob diferentes aspectos até que façam sentido na dinâmica do paciente.
· É fundamental – esclarecer o mais amplamente possível as motivações conscientes e as inconscientes presentes no pedido de ajuda.
· Quanto mais o paciente pareça menos consciente ou mais fora da realidade mais se faz necessário obter informações de terceiros
· O esclarecimento dos motivos aparentes e ocultos não só permite a determinação dos objetivos do psicodiagnóstico como também fornece dados sobre a capacidade de vinculação e de concretização da tarefa pelo paciente e/ou responsável. 
· Identificação do paciente 
· Discriminar – motivo explícito do implícito – colabora para identificar quem é realmente o paciente – tarefa fundamental – definir quem é o paciente – indagações possíveis em torno do paciente e de todo contexto e grau de consciência das dificuldades – geralmente o sujeito trazido com paciente é o menos doente 
· Dinâmica da interação clínica
· As pessoas envolvidas(psi e paciente) interagem em dois planos – atitudes e motivações 
· Atitudes – psi – examinador e clínico e paciente sintomatologia e necessidade de ajuda
· Motivações – ambos estão presentes com seus aspectos conscientes e inconscientes – assumir os papéis com sentimentos primitivos e fantasias. Transferência e contratransferência.
· Tanto aspectos da relação positiva e de confiança quanto aspectos negativos de resistência são formas de podem ser caracterizados como transferência – formas de resistência à avaliação
· Outras formas de resistência – espera de ser aliviado de seus sintomas magicamente – silêncio prolongado e sistemático ou falar sem parar. Paciente fala somente dos sintomas ou fala sobre banalidades – evitar os motivos mais profundos. Atuação – faltas, atrasos, pedidos frequentes de troca de horário – todas estas condutas devem ser analisadas sensivelmente pelo psicólogo – buscar o significado na relação vincular com aquele paciente em sua história e no aqui e agora do psicodiagnóstico.
· Contratransferência – dependência do afeto do paciente – deixar-se envolver – alterações de horário, exibir conhecimentos, proteger o paciente de sentimentos agressivos, prolongar o vínculo,etc. 
· Psicólogo deve estar sempre atento para os aspectos contra-transferenciais – está presente – não atuar no processo de psicodiagnóstico – podem ser instrumentalizados. Também estar atento – manifestações ocultas e aparentes – paciente está se sentindo e se percebendo no processo.
· Atitude do psicólogo – estímulo, apoio, encorajamento – influência do rapport inclusive na administração dos testes.
· Fundamental ao psicólogo – conhecimento de si mesmo – seus aspectos inconscientes – sua dimensão como pessoa. 
· Definição de problemas e necessidades do psicólogo
· Pressões – família, paciente, ambiente, de quem encaminhou e de si mesmo.
· Paciente – quer ser ajudado e quer respostas
· Psicólogo – auto-imagem, percepção de como exerce o trabalho.
· Quem encaminhou – aguardar respostas específicas - confiança no trabalho do psicólogo
· Psicólogo – espera – paciente colaborador, dócil – atenda suas pp. necessidades – isto decorre da onipotência e do desejo de satisfazer suas necessidades internas e externas
· Variáveis psicológicas do psicólogo e do paciente
· Constantes – presentes independentemente de aspectos pessoais ou circunstanciais e de reações que o profissional – frente ao paciente.
· voyeurista – ver com diversos olhos enquanto se mantém preservado pela neutralidade e curta duração do vínculo.
· autocrático – poder do psicólogo – o que fazer, quando de que forma etc.
· oracular – tudo soubesse, tudo previsse, etc. afinal é ele quem vai fornecer as respostas 
· Santificado – papel de salvador do paciente
· estes aspectos se opõem à contratransferência que é um fenômeno específico que irrompe da e na relação paciente/psicólogo
· constantes do paciente:
· auto-exposição, ausência de confiança, intimidade violada – paciente se sente exposto, vulnerável ao psicólogo
· perda de controle da situação - paciente fica à mercê do do psicólogo – postura defensiva – cumprir ordens, manejar situações e dificuldade impostas
· perigo de autoconfrontação: testagem implica ataque aos processos defensivos que vem utilizando 
· tentação de reagir de forma agressiva – dificuldade de aceitar as próprias dificuldades.
· ambivalência diante da liberdade – enfrentar os riscos de se expor – liberdade relativa no caso dos testes
· constantes provocam ou reforçam – transferências e defesas – cuidadoso exame para ampliação entendimento do paciente.
· Importância para o psicodiagnóstico
· tarefa do psicólogo – não é um mero psicometrista – não pode perder de vista – dimensão global da situação de avaliação – considerar todos os padrões estabelecidos na relação.
· Psicólogo – estar atento, consciente, alerta sobre si mesmo – do mesmo modo dos aspectos do paciente – estar atento ao tipo de vínculo estabelecido com o paciente.

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