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cistos e tumores odontogênicos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
ICS – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO 
PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
Cistos e Tumores Odontogênicos 
1. Cisto Dentígero ou Folicular 
 
- Cisto que se origina pela separação do folículo que fica ao 
redor da coroa de um dente incluso; ou seja, envolve a coroa de 
um dente impactado e se conecta ao dente pela junção 
amelocementária. 
- A patogênese é incerta mas aparentemente se desenvolve pelo 
acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa 
do dente. 
- Pode ocorrer em associação com qualquer dente impactado, 
mas mais frequentemente acomete os seguintes grupos: 3ºMI, 
caninos e 3ºMS, 2ºPMI. 
- Ocorre em pacientes entre 10 e 30 anos, do sexo masculino e 
maior prevalência em brancos. 
- Radiograficamente: área radiolúcido unilocular associada à coroa de um dente incluso; geralmente apresenta margem 
bem definida e esclerótica. 
- Histologicamente: variam dependendo da inflamação, mas geralmente é uma cápsula de teido conjuntivo fibroso 
com presença ou não de colágeno, preenchido de substância amorfa rica em glicosaminoglicanos ou infiltrado 
inflamatório variável. 
- Tratamento: se o cisto é grande e fizer uma cirurgia para removê-lo do tamanho que se apresenta, pode-se fazer uma 
fratura patológica; a alternativa é a descompressão ou marsupialização. O que faz o cisto crescer é a entrada de água 
através da cápsula para o interior da cavidade, logo, na marsupialização, amarra-se a cápsula cística na mucosa e assim 
há diminuição da cavidade. 
Pode se transformar em carcinoma epidermóide ou espino-celular, ameloblastoma, ou carcinoma 
mucoepidermóide intra-ósseo; essas transformações malignas são bastante comuns e a mais comum delas é o 
ameloblastoma unicístico. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
ICS – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO 
PROPEDÊUTICA ODONTOLÓGICA II 
2021.1 
2. Ceratocisto 
 
- Cisto onde se forma ceratina e seu crescimento se dá pois as céluylas do epitélio produzem metaloproteinases que 
degradam o tecido que está em volta, favorecendo o desenvolvimento da lesão. 
- Ocorre em pacientes entre 10 e 40 anos; pacientes antes do 40 – na região posterior de mandíbula; paciente antes dos 
40 – região anterior de maxila. 
- Assintomático. No início pode simular um cisto dentígero, mas tem o crescimento um pouco mais rápido, e sua 
maior característica é que cresce por dentro do osso medular, causa menos expansão no sentido vestíbulo-lingual nas 
corticais do que qualquer outro cisto, assim a mandíbula pode estar em destruição quase completa mas apresenta 
pouco aumento de volume. 
- A patogenia pode envolver um dente no meio do seu crescimento; 
acontece em 25% a 40% dos casos. É comum haver reabsorção de 
dentes. 
- Radiograficamente: inicialmente produz imagem radiotransparente 
unilocular, depois passa a produzir imagem radiotransparente 
multilocular. 
- Histologicamente: camada basal em paliçada (em pé) e camada 
mais superficial feita como uma onda (corrugada) de ceratina onde é 
possível ver o núcleo das células, logo chama-se paraceratinizado. É 
esta ceratina que entra na caviade e dá o aspecto mais viscoso ao 
líquido quando a punção é feita. 
- Quando é feita aspiração desse cisto pode ser pbservado aspecto mais viscoso, em razão da quantidade de ceratina 
que ele produz. 
- Tratamento: depende do tamanho da lesão. Pode enuclear (remoção completa) ou fazer curetagem (remoção por 
pates); importante observar que a curetagem inicalmente dá a impressão de que não há mais restos epiteliais, porém o 
epitélio é delgado e a sua cápsula forma ilhas de epitélio, então há possibilidade de restar epitélio com capacidade 
proliferativa importante e gerar uma recidiva. 
Aconselha-se a necrose superficial do osso utilizando Solução de Carnoy, que promove uma necrose química. O 
nitrogênio líquido também pode ser utilizado, assim como o spray do teste de vitalidade endodôntico. Ainda pode ser 
utilizada broca sem refrigeração nesse osso e fazer a ostectomia. 
 
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3. Síndrome de Gorlin-Goltz 
 
- Associada ao distúrbio genético no gene PTCH (patched) e as características marcantes são a presença de carcinomas 
de pele (carcinomas basocelulares), ceratocistos múltiplos, hipertelorismo e bossa frontal avantajada; o ceratocsito é 
um dos componentes mais importantes da síndrome. 
- O principal elemento é o carcinoma de células basais da pele ou os carcinomas basocelulares; esses carcinomas não 
dão metástase mas o paciente pode ter dezenas (e até centenas) desses carcinomas. Não há possibilidade de remoção 
de todos, logo ele pode matar não por metástase, mas por infiltração local. Eles aparecem como pequenos nódulos, 
geralmente na segunda década de vida. 
- Deficiência de maturação do epitélio da palma da mão e da planta dos pés, chamadas de depressões palmares e 
plantares. A cabeça maior e a calcificação da foice cerebral também são características. 
- Hipertelorismo e os olhos não estão na mesma altura. Há 
alterações nas costelas, como as costelas bífidas. 
- Cifoescoliose; pectus excavatum ou pectus carinatum 
- Critérios maiores: 5 ou mais carcinomas de pele, ceratocisto, 
calcificação lamelar da foice cerebral, 2 ou mais depressões 
palmares ou plantares, e parente de primeiro grau. 
- Tratamento: remoção dos cistos. Se os carcinomas de pele 
forem muitos não é possível remover todos, o que põe em 
risco a vida do paciente por conta da infiltração local. 
 
 
 
 
 
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4. Cisto Gengival do Recém-Nascido 
 
- Aparece no rebordo alveolar como uma pequena pápula ou 
pequeno nódulo esbranquiçado. 
- Pode ser confundido com nódulo de Bohn (posterior do 
palato) ou pérola de Epstein (no centro do palato). 
- A origem desse cisto é a lâmina dentária que neste caso vai 
para o tecido mole/mucosa alveolar, formando esse pequeno 
cisto que também como os outros não precisa de tratamento 
pois se rompe e desaparece espontaneamente. 
- Histologicamente: é um cisto rico em ceratina no seu interior. 
 
5. Cisto Odontogênico Calcificante ou Cisto de Gorlin 
 
- Apresenta-se de forma sólida ou cística; a variante cística é chamda de 
cisto odontogênico calcificante ou cisto de Gorlin, que ocorre em sua 
maioria na região anterior, tanto de maxila quanto de mandíbula. O nome 
“calcificante” remete à formação de calcificação sobre as células fantasmas 
que este cisto forma. 
- Predileção pelo sexo feminino; lesão que acontece em pacientes abaixo de 
30 anos. Quando acontece na região posterior pode estar associado a 3 
outras lesões: odontomas, tumor odontogênico adenomatóide (TOA) e 
ameloblastoma. Dessa forma, temos lesões combinadas, chamadas lesões 
híbridas. A calcificação pode ser de maior ou de menor grau. 
A variante sólida não tem cavidade cística, é benigna, forma tecido dentinário e por isso é chamada de Tumor 
Odontogênico/Dentinogênico de Células Fantasmas. A variante maligna é o Carcinoma de Células Fantasmas. 
 
- Histopatológico: epitélio revestindo uma cavidade que contém material 
chamado de células fantasmas, e é sobre elas que há deposição de material 
calcificado. O aspecto mais característico é a presença de um número 
variável de células fantasmas no epitélio. Essas células fantasmas 
eosinofílicas são células epiteliais alteradas, caracterizadas pela perda do 
núcleo com preservação do contorno básico da célula. A variação sólida 
maligna é muito incomum, podendo ser menos de 1% dos casos, nestas é 
possível ver mitose, necrose, pleomorfismo nuclear e as células fantasmas. 
- Radiograficamente: em torno de 1/3 à metade dos casos podem apresentar 
imagem mista em razão das calcificações das células fantasmas. Em alguns 
casospodem formar dentina, e isso se dá porque as células guardam 
 
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informações e pode assim se diferenciar em odontoblastos e produzir dentina. Imagem radiotransparente associada a 
um dente com focos de calcificação. 
- Tratamento: variante cística é curetagem; variante sólida é curetagem; variante maligna é ressecção em bloco e deve 
avaliar a necessidade de quimio e radioterapia. A variante híbrida é a que tem maior poder de recidiva; são as que 
estão associadas ao ameloblastoma. 
 
6. Tumor de Pingborg ou Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante 
 
- Ocorre entre 30 e 50 anos como uma tumefação indolor de crescimento lento com predileção pela região posterior de 
mandíbula. 
- Radiograficamente: como se houvesse um dente incluso junto à calcificação, que por razão desconhecida está muito 
próxima a coroa de dentes inclusos. Pode apresentar-se mista, ou seja, radiotransparente com áreas radiopacas. 
- Histológico: células de núcleos pleomórficos que mantém 
pontes intercelulares entre si; as células epiteliais neoplásicas 
benignas produzem material amilóide (rosa) e é sobre ele que 
as células epiteliais e núcleos pleomórficos produzem as 
calcificações em forma concêntrica, chamadas de anéis de 
Liesegang. 
- Para ter certeza do diagnóstico, é necessário fazer a 
chamada metacromasia, onde deposita-se o corante Vermelho 
Congo sobre a lâmina. Ao ser exposta ao microscópio de luz 
polarizada, a coloração é verde; essa identificação do material 
amilóide é imprescindível para o diagnóstico do TOA. 
- Tratamento: se a lesão é pequena, curetagem; se a lesão é 
maior, se comporta como ameloblastoma. Existem relatos de malignização inclusive com metástase para pulmão. 
 
 
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7. Ameloblastoma 
 
- Os ameloblastomas são tumores de origem epitelial odontogênica e teoricamente podem surgir dos restos da lâmina 
dentária, de um órgão do esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto odontogênico ou das 
células basais da mucosa oral. 
- São tumores clinicamente significativos mais comuns. 
- Eles se manifestam em 3 situações clinicorradiográficas: sólido convencional ou multicístico (86% dos casos); 
unicístico (13% dos casos); e o mais raro, periférico (extra-ósseo), que representa 1% dos casos. 
 
7.1 AMELOBLASTOMA SÓLIDO CONVENCIONAL OU MULTICÍSTICO: 
- Acomete região posterior da mandíbula em pacientes a partir de 30 anos; é 
menos provável abaixo dos 20 anos. Pouco provável em adolescentes e muito 
raro em crianças. 
- Tem tendência de romper a cortical vestibular ou lingual e ir para o tecido 
mole. A característica desse tumor é que ele infiltra o trabeculado ósseo e por 
isso a resecção em bloco é indicada, evitando recidivas. 
- Pode acontecer na maxila, e devido a proximidade com o seio maxilar e fossa 
nasal o ameloblastoma penetra nessas estruturas. 
- Apesar do grande crescimento (que é lento), são assintomáticas e a dor pode 
ocorrer quando há infecção secundária ou se um dente da área estiver infectado. 
- O aspecto radiográfico apresenta várias áreas radiotransparentes; lojas pequenas chamadas de “favos de mel”, ou 
lojas maiores imitando “bolhas de sabão”. É muito comum essa lesão reabsorver a raiz dentária e deslocar os dentes. 
- Tem comportamento benigno mas pode levar o paciente a óbito por infiltração 
local, especialmente se for em maxila. 
- Existe uma variante de aspecto radiográfico misto, radiopaco com áreas 
radiotransparentes; essa variante chama-se DESMOPLÁSICA. O ameloblastoma 
apresenta áreas de tecido conjuntivo frouxo terminando ao redor do epitélio 
neoplásico; o tecido conjuntivo frouxo nesta variante prolifera tantas fibras 
colágenas que ocorre uma metaplasia, ou seja, o tecido conjuntivo transforma-se 
em áreas de tecido ósseo. Essa é a única forma de ameloblastoma que tem o 
aspecto misto. 
- Tratamento: apenas curetagem leva à recidiva de 50% a 90% em cerca de 8 a 10 anos. A ressecção cirúrgica com 
1cm além dos limites que constam na radiografia apresenta menor chance de recidiva (10% a 15%). Não se pode fazer 
radiação pela possibilidade de malignização. 
 
 
 
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PADRÕES HISTOLÓGICOS 
(o tipo histológico não interfere no prognóstico; não há associação com agressividade) 
FOLICULAR É o mais comum. Apresenta várias ilhas de epitélio envolvidas/permeadas por um 
tecido conjuntivo frouxo. Essas ilhas contêm células colunares voltadas para o 
centro (polarização invertida). As células do centro das ilhas epiteliais são 
frouxamente arranjadas lembrando o retículo estrelado do órgão do esmalte. Os 
núcleos são hipercromáticos. 
PLEXIFORME Cordões de várias larguras, algumas estreitas e outras mais largas e esses cordões 
são cercados por células cúbicas também com núcleos hipercromáticos e 
polarização invertida; no centro dos cordões as células são frouxamente arranjadas 
lembrando o retículo estrelado. Os cordões se intercomunicam e formam plexos. 
ACANTOMATOSO Quando ocorre metaplasia escamosa extensiva, frequentemente associada à 
formação de ceratina nas regiões centrais das ilhas epiteliais (onde há retículo 
estrelado). 
CÉLULAS GRANULARES No centro das ilhas há acúmulo de grânulos eosinofílicos que representam excesso 
de lisossomos. Por razões deconhecidas, o ameloblastoma adquire uma coloração de 
estruturas rosas e essas estruturas rosas são chamadas de padrão de células 
granulares. 
DESMOPLÁSICO Ilhas ou cordões de epitélio com características odontogênicas permeado/embebido 
em feixes de fibras colágenas que com o tempo sofre uma metaplasia para tecido 
ósseo. 
CÉLULAS BASAIS É o menos comum; as células têm característica basalóide. As células da periferia 
não são colunares, não lembram o pré-ameloblasto, e as células do centro não 
necessariamente lembram o retículo estrelado. 
 
7.2 AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO: 
- Forma uma única cavidade cística; é uma lesão cística mas é 
considerado um tumor. Mais provável de acontecer a partir dos 
20 anos, ele pode ser de origem “de novo” ou de um epitélio de 
cisto dentígero. 
- Comum em região posterior de mandíbula, ocasionando 
deslocamento e reabsorção das raízes. 
- Imagem radiotransparente de limites bem definidos devido seu 
crescimento lento, o que faz com que as margens sejam 
esclerosadas; pode englobar um dente e no início pode simular 
um cisto dentígero. 
- É uma cavidade revestida por epitélio neoplásico. As células 
próximas da cápsula são cúbicas e frouxamente arranjadas, 
lembrando o retículo estrelado; há uma única camada de ceratina 
voltada para cavidade. 
PADRÕES HISTOLÓGICOS 
LUMINAL Epitélio reveste apenas a cápsula. 
INTRA-LUMINAL Epitélio invade o lúmen. 
MURAL Formação de ilhas epiteliais dentro da cápsula 
 
 
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7.3 AMELOBLASTOMA PERIFÉRICO: 
- É muito raro; o tipo histológico que se vê nesse 
ameloblastoma é o folicular ou plexiforme (apresenta aspectos 
histológicos do ameloblastoma multicístico ou sólido 
convencional). 
- Embora o aspecto histológico seja semelhante ao 
ameloblastoma multicístico ou sólido convencional, a sua 
recidiva é muito baixa. 
- Geralmente acontece em pacientes com mais de 50 anos. 
- Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica local, com 
recorrência de 15% a 20% dos casos. Alteração maligna é 
extremamente rara. 
 
7.4 AMELOBLASTOMA MALIGNO OU AMELOBLASTOMA METASTIZANTE: 
- Com carcaterísticas histológicas idênticas ao ameloblastoma, só leva mestástase geralmente pro pulmão; logo, só é 
possível defini-lo quando se diagnosticaa metástase no pulmão. 
- A idade média é de 30 anos. 
- Se difere do ameloblastoma maligno porque na lesão inicial ou na lesão metástica já mostra sinais histológicos de 
malignidade (necrose, celulas atípicas, citoplasma alterado). 
- Radiograficamente parece uma lesão maligna, ou seja, com limites mal definidos, dentes flutuando na lesão, raios de 
sol, aumento do espaço pericementário; todos os sinais do osteossarcoma/condrossarcoma podem ser vistos no 
carcinoma ameloblástico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Tumor Odontogênico Adenomatóide 
 
- A OMS define o TOA como um tumor misto, ou seja, tanto o epitélio como o ectomesênquima são responsáveis pela 
origem do tumor. 
- Ocorre por volta dos 10 aos 19 anos, predileção pela região anterior dos maxilares, em mulheres. É 2 vezes mais 
comum em maxila do que em mandíbula, e envolve geralmente o canino incluso. (incomum acima dos 30 anos)
- Radiograficamente: imagem radiotransparente unilocular associada a áreas radiopacas, aspecto de “flocos de neve”, 
que se deve à formação de tecido dentário. Quando ele aparece entre as raízes dos dentes é chamado de tipo extra-
folicular, que lembra um cisto periodontal lateral. 
- Histologicamente: pode ser sólido ou cístico; apresenta-se em redemoinhos que são chamados de rosetas. Esses 
redemoinhos podem apresentar a formação de uma cavidade chamada de espaço ductiforme. Como tem as áreas de 
epitélio poliédrico, pode ter células ectomesenquimais que sofrem estímulo e podem se diferenciar em dentinoblastos, 
odontoblastos, cementoblastos ou até esmalte. 
 - Tratamento: enucleação com recorrência rara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Odontoma 
 
- Odontomas compostos: são dentes diminutos que contêm todas as estruturas de 
um dente normal (esmalte, pré-dentina, dentina, polpa), na região anterior de 
maxila, em pacientes na segunda década de vida;geralmente têm ligação com 
impedimento da erupção de dentes com características normais; é nessa 
investigação que se faz o diagnóstico, já que ele é assintomático. Radiopacidade 
semelhante ao dente com halo radiotransparente circunscrevendo o odontoma. 
- Odontomas complexos: atingem indivíduos de 10 a 20 anos, na região 
posterior de maxila e mandíbula, sendo uma de dentina sem forma de dente, 
com lagos de esmalte contidos nesta massa. Halo radiotransparente 
circunscrevendo o odontoma. 
- Tratamento: ambos ocorrem por curetagem, sem associação com recidiva. 
 
10. Fibroma Odontogênico Central 
 
- Paciente por volta dos 40 anos, na região anterior de maxila e posterior de mandíbula. São assintomáticos e 
uniloculares. 
- Geralmente a frente do 1º MS, fazendo perfuração por palatina. 
 
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- Poucas vezes está associado à formação ou indução de material dentário. 
- Aspectos histológicos: simples – a parte neoplásica é composta de muitos fibroblastos neoplásicos; o componente 
epitelial não é neoplásico e isso leva à falsa interpretação pois se vê grande proliferação de cordões epiteliais 
embebidos nos fibroblastos, que são realmente neoplásicos. O tipo da OMS apresenta menos cordões epiteliais. 
- Tratamento: enucleação e curetagem vigorosa. Poucos casos de recivida. 
Variante em tecido mole chamada de FIBROMA ODONTOGÊNICO PERIFÉRICO, que aparece como 
região tumoral na gengiva, geralmente pela vestibular. Também por volta dos 40 anos e pode ser simples ou do 
tipo mundial da saúde. 
 
11. Mixoma 
 
- Ocorre por volta dos 30 anos, em mandíbula e maxila na posterior com 
igual frequência. 
- Radiograficamente: as trabéculas se unem em ângulo reto, com aspecto de 
“raquete de tênis”. 
- Histologicamente: células ovóides/fusiformes, algumas com aspecto 
estrelar, mergulhadas em pequenas fibrilas colágenas dando aspecto 
mixóide. 
- Tratamento: as lesões que forem pequenas podem ser curetadas sem 
grandes riscos de recidiva. As lesões maiores devem ser tratadas como 
ameloblastoma, com ressecção cirúrgica com margem de 1cm. (já foi 
descrito a transformação maligna em mixossarcoma) 
 
_____ 
Fonte: NEVILLE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

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