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avaliação semiológica abdominal

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AVALIAÇÃO DO PACIENTE GI 
Dor abdominal é uma queixa GI frequente ( Dor abdominal aguda e Dor abdominal crônica e recorrente). 
Determinar a localização da dor pode ajudar no diagnóstico. Por exemplo, a dor epigástrica pode refletir 
problemas no pâncreas, no estômago ou no intestino delgado. A dor no hipocôndrio direito pode r efletir 
problemas no fígado, vesícula biliar e vias biliares, como uma colecistite ou uma hepatite. A dor no 
quadrante inferior direito pode indicar uma inflamação no apêndice, íleo terminal ou ceco, sugerindo uma 
apendicite, ileíte ou doença de Crohn. A dor no quadrante inferior esquerdo pode indicar uma diverticulite 
ou constipação. A dor tanto no quadrante inferior esquerdo como no direito pode indicar uma colite, ileíte 
ou etiologias ovarianas (em mulheres). 
• Os sinais e sintomas GI mais comuns são dor abdominal, pirose, náusea e vômitos, alterações do 
hábito intestinal, hemorragia digestiva e icterícia. 
Náuseas: Enjoos podem indicar gastrite, pequenas intoxicações, gastroenterite até um problema 
neurológico mais grave. 
Gases: Normalmente, os gases são resultado de dificuldade de digestão. Seja ela pela ingestão de 
alimentos indigestos ou bebidas com gás, ou por intolerância ou alergia alimentar. Também são causados 
por gastrite ou por infecção, como giardíase ou por H. pylori. 
Desconforto ou sensação de estômago inchado: Pode ser causado pela ingestão de grande quantidade 
de alimentos (ou pela combinação de comidas e bebidas indigestas, como gorduras, farinhas processadas 
e refrigerantes, por exemplo). 
Azia : A sensação de queimação após as refeições acomete diariamente cerca de 10% da população adulta 
mundial. Muitas vezes, isso é reflexo de maus hábitos alimentares, bem como de uma dieta rica em 
gorduras, açúcares e alimentos processados, ingeridos rapidamente. Porém, a azia é também um dos 
principais sintomas da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Por essa razão, quando for constante 
e vier acompanhada de náusea, inchaço e desconforto no estômago, irritação na garganta e tosse, procure 
orientação médica. 
Diarreia: Na maior parte dos casos, é sintoma de gastroenterite (popularmente conhecida como 
intoxicação alimentar). Pode ser causada pela infecção por bactérias, mas também contaminação viral, 
parasitoses, intolerâncias ou alergias alimentares. Pode indicar, ainda, presença de Doença Inflamatór ia 
Intestinal (DII). 
ESTRUTURA DA ANAMNESE 
Identificar a história da doença atual, caracterizando os sintomas, tempo de instalação do quadro, 
identificar os sintomas associados. 
Perguntar aos pacientes sobre a irradiação da dor pode ajudar a esclarecer o diagnóstico. Por exemplo, a 
dor que se irradia para o ombro pode refletir uma colecistite, porque a vesícula biliar pode estar irritando 
o diafragma. A dor que se irradia para as costas pode refletir uma pancreatite. Pedir aos pacientes que 
descrevam o caráter (ondas agudas e constantes de uma dor vaga) e o tipo de início (súbito, como a dor 
resultante de uma víscera perfurada ou gestação ectópica rompida) da dor pode ajudar a diferenciar as 
causas. 
Também deve-se perguntar aos pacientes sobre mudanças na alimentação e eliminação. 
Em relação à alimentação, deve-se perguntar aos pacientes se há dificuldades de deglutição (disfagia), 
perda de apetite e presença de náuseas e vômitos. Se os pacientes apresentarem vômitos, deve-se 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/vis%C3%A3o-geral-da-pancreatite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7as-do-es%C3%B4fago-e-da-degluti%C3%A7%C3%A3o/disfagia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sintomas-dos-dist%C3%BArbios-gastrointestinais/n%C3%A1useas-e-v%C3%B4mitos
perguntar a eles a frequência dos vômitos e há quanto tempo estes ocorrem, e se foi observada a presença 
de sangue ou material semelhante a borra de café, sugestivos de sangramento GI. Além disso, deve-se 
questionar os pacientes em relação ao tipo e a quantidade de líquidos que eles tentaram beber, se tiverem 
tentado beber algum, e se eles foram capazes de mantê-los no estômago. 
Em relação à eliminação, deve-se perguntar ao paciente quando foi a última evacuação, qual a frequência 
das evacuações e se essa frequência representa uma mudança em relação à sua frequência normal. É 
mais útil solicitar informações quantitativas específicas sobre as evacuações em vez de simplesmente 
perguntar se eles estão com prisão de ventre ou diarreia, porque as pessoas usam esses termos de 
maneira bastante diferente. Deve-se solicitar também ao paciente que descreva a cor e a consistência das 
fezes, incluindo se elas têm aparência negra ou sanguinolenta (sugestiva de sangramento GI), purulenta 
ou mucoide. Deve-se perguntar aos pacientes se eles perceberam sangue coagulado nas fezes, misturado 
com as fezes ou isoladamente, sem as fezes. 
É importante coletar os antecedentes obstétricos em mulheres, porque os distúrbios ginecológicos e 
obstétricos podem se manifestar com sintomas GI. 
Sintomas inespecíficos associados, como febre ou perda ponderal, devem ser avaliados. A perda ponderal 
é um sintoma associado que pode indicar um problema mais grave, como um câncer, e o médico deve 
realizar uma avaliação mais abrangente. 
Os pacientes se queixam de maneiras diferentes, dependendo de sua personalidade, do impacto da 
doença em suas vidas e de influências socioculturais. Por exemplo, náuseas e vômitos podem ser 
minimizados ou relatados de forma indireta por pacientes intensamente deprimidos, mas apresentados 
de maneira exacerbada em pacientes histriônicos. 
Elementos importantes dos antecedentes de saúde do paciente incluem a presença de distúrbios GI 
diagnosticados anteriormente, cirurgia abdominal prévia e uso de drogas ilícitas e substâncias que possam 
causar sintomas GI (p. ex., AINEs, álcool). 
EXAME FISICO 
Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com tronco e abdome expostos, em ambiente com boa 
luminosidade e temperatura adequada. Recomendar ao paciente deitar-se com a cabeça apoiada em 
travesseiro, ligeiramente elevada. 
INSPEÇÃO 
Deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal com 
pernas estendidas. São observadas, forma, volume e 
alterações cutâneas do abdome. 
• Forma: avaliar se há presença de assimetria, como 
pode ocorrer na hepatoesplenomegalia, hérnias de 
parede abdominal, neoplasias e obstruções. 
Globoso (panículo adiposo ou líquido ascítico), 
escavado (emagrecimento ou síndrome 
consuptiva), pendular (gravidez). 
 
• Abaulamentos: presença de massas abdominais, como 
neoplasias ou hérnia da parede abdominal. 
• Retrações (depressões): bridas pós-cirúrgicas, caquexia. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sangramento-gi/vis%C3%A3o-geral-do-sangramento-gastrointestinal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0-paciente-ginecol%C3%B3gica/avalia%C3%A7%C3%A3o-ginecol%C3%B3gica-geral#v1153851_pt
• Circulação colateral: pode ser visível em caso de obstrução do sistema venoso porta (cabeça de 
medusa) ou veia cava. 
 
• Ondas peristálticas: em geral não são observadas em 
indivíduos normais, mas pode estar presente quadros 
obstrutivos. 
• Lesões cutâneas: sinal de Cullen e sinal de Turner, presentes 
na pancreatite aguda. 
 A USCUL TA 
Deve ser realizada nos quatro quadrantes de forma superficial para avaliar os ruídos hidroaéreos. Para 
avaliar alterações do fluxo aórtico (sopros ou aneurismas), aprofunda-se o estetoscópio ao longo do 
trajeto da aorta. Principais alterações a serem pesquisadas na ausculta: 
• Presença de ruídos hidroaéreos (descrever intensidade ++++/IV); 
• Peristaltismo de luta: obstrução; 
• Íleo paralítico: silêncio abdominal; 
• Sopros: sugerem aneurismas e compressões arteriais. 
 PAL PAÇÃOPalpação superficial: Avaliar sensibilidade, integridade anatômica e grau de distensão da parede 
abdominal. Os pacientes com dor abdominal devem ser solicitados a localizá-la. Só então inicia-se a 
palpação da área mais distante da região dolorosa, deixando esta por último. Deve ser feita com uma mão 
a 45 graus ou duas mãos superpostas. 
Pontos dolorosos: 
• Ponto epigástrico: sensível na úlcera péptica em atividade; 
• Ponto cístico: situa-se no ângulo formado pelo rebordo costal 
direito com a borda externa do músculo reto abdominal, na 
interseção da linha hemi clavicular com o rebordo costal 
direito. Deve ser palpado em busca do Sinal de Murphy que 
pode estar presente na colecistite aguda. 
• Ponto de McBurney: união do terço externo com dois terços 
internos da linha que une a espinha ilíaca ântero-superior à 
cicatriz umbilical. Dor nessa região sugere apendicite aguda. 
O Sinal de Blumberg , dor a descompressão, pode ser 
pesquisado na palpação profunda. 
 
Palpação profunda: tem como objetivo palpar órgãos abdominais em busca de visceromegalias e 
tumorações. 
• Palpação do fígado: o método mais utilizado na prática é o de Lemos 
Torres, em que o examinador com a mão esquerda na região lombar 
direita do paciente tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão 
direita espalmada sobre a parede anterior, tenta palpar a borda 
hepática anterior durante a inspiração profunda. 
 
 
Deve ser avaliado a borda hepática, se tem borda fina ou romba; regularidade da superfície, sensibilidade, 
consistência, presença de nodulações. 
• Palpação do baço: normalmente não é palpável, 
exceto quando atinge duas ou três vezes seu 
tamanho normal. Para palpá-lo, o examinador 
posiciona-se à direita do paciente e com a mão 
direita em garra tenta sentir o polo esplênico 
inferior durante a inspiração profunda próximo 
ao rebordo costal esquerdo. 
 PERCUSSÃO 
A partir da percussão é possível identificar presença de ar livre, líquidos e massas intra-abdominais. A 
técnica é digito-digital, em que o examinador posiciona uma das mãos sobre o abdome e percute com o 
dedo indicador. 
• Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico (vísceras ocas); 
• Percussão normal: macicez hepática no hipocôndrio direito; timpanismo no espaço de Traube, 
timpanismo nas demais regiões. 
• Massas abdominais sólidas ou líquidas (ascite) são maciços. 
• Timpanismo generalizado pode indicar obstrução 
Algumas manobras são fundamentais para avaliar o paciente com suspeita de ascite, que é o acúmulo de 
líquido na cavidade peritoneal. Essa avaliação baseia-se justamente na percussão como veremos nas duas 
principais manobras abaixo: 
• Macicez móvel: ocorre em casos de ascite de médio 
volume. Quando o paciente está em decúbito dorsal o 
líquido acumula-se na região lateral do abdome, 
revelando timpanismo na região anterior, quando o 
paciente posiciona-se em decúbito lateral, o líquido 
desloca-se para o mesmo lado, onde fica maciço e a 
região acima fica timpânica. 
• Semi-círculo de Skoda: com o paciente em decúbito 
dorsal percute-se a regiçao periumbilical do meio para as extremidades. Em casos de ascite, 
observa-se alteração do timpanismo.

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