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Determinantes da Filtração Glomerular 1 Determinantes da Filtração Glomerular A Filtração glomerular é determinada por: 1 soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas através da membrana glomerular que fornecem a pressão efetiva de filtração. Pressão efetiva de filtração = somas de todas as forças hidrostáticas e coloidosmóticas que podem favorecer ou se opor à filtração nos capilares glomerulares: Pressão hidrostática glomerular(Pg): promove filtração Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (Pb): força por fora dos capilares que se opõe à filtração. Pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas (πg): oposição à filtração Pressão coloidosmótica na cápsula de Bowman(πb): Favorecem a filtração, porém como em situações normais proteínas não são filtradas para a cápsula (peso molecular somado a barreira eletronegativa), essa força é considerada nula. FG = Kf × PG − PB − πG + πB PG − PB − πG + πB = pressão efetiva de filtração, que segundo experimentos pode ser representada pelo seguinte valor: 6018320 10 mmHg. 2 Coeficiente de filtração glomerular O coeficiente de filtração glomerular (Kf) é medido através do produto da condutividade hidráulica e da área de superfície dos capilares glomerulares. Os experimentos demonstram que a pressão efetiva de filtração é igual a 10 mmHg e como a a filtração glomerular é de 125 ml/min o Kf é considerado com o valor de aproximadamente 12,5 ml/min/mmHg. O valor do Kf dos capilares glomerulares é 400x maior que os capilares de outras regiões corporais, o que contribui para uma filtração de rápida intensidade. Determinantes da Filtração Glomerular 2 Vale ressaltar que alterações nesse coeficiente não são os primeiros mecanismos utilizados para regulação normal da filtração glomerular. Porém, em algumas situações patológicas ocorre alterações nesses valores. Por exemplo, na hipertensão crônica não controlada e diabetes melito gradualmente reduzem o Kf pelo aumento da espessura da membrana capilar glomerular. A Pb aumentada diminui a FG Sob condições normais, a Pb tem o valor aproximado de 18 mmHg (valor medido através de experimentos. Aumentos nesse valor diminui a FG e vice- versa, porém alterações na Pb não servem como meio primário de regulação da FG. Condições Patológicas: obstrução do trato urinário tem como consequência retenção de urina e aumento da pressão na cápsula de Bowman de forma acentuada ocasionando redução grave da filtração glomerular. Exemplos: precipitação de cálcio ou de ácido úrico. A pressão coloidosmótica capilar aumentada reduz a FG 20% do sangue é filtrado pelos capilares glomerulares, fazendo com que ocorra aumento da concentração de proteínas plasmática nos 80% que não foi filtrado (menor quantidade de líquido para diluição das proteínas), essa concentração aumenta cerca de 20%. Existem dois fatores que influenciam a pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares. São eles: 1 A pressão coloidosmótica no plasma arterial 2 Fração de filtração: definida como FG/fluxo plasmática renal. Analisando essa fórmula, observa-se que aumento da FG ou redução do fluxo plasmático renal aumentam a fração de filtração, e maior quantidade de líquido filtrado equivale a menor diluição do sangue não filtrado, consequentemente, ocorre aumento da pressão coloidosmótica capilar e redução da FG. Portanto, alterações no fluxo renal podem influenciar a FG, independente de varações da pressão hidrostática glomerular. Exemplos: diminuição do fluxo sanguíneo renal, proteínas plasmáticas aumentadas. A pressão hidrostática glomerular aumentada eleva a FG Pb tem valor aproximado de 60 mmHg e variações nesse valor servem como modo primário para regulação fisiológica da FG. Determinantes da Filtração Glomerular 3 A Pb é determinada por três variáveis, cada uma das quais sob controle fisiológico: 1 Pressão arterial: o aumento da pressão arterial tende a elevar a pressão hidrostática glomerular e portando aumentar a FG (mecanismos fisiológicos tendem a deixar a pressão glomerular constate) 2 Resistência arteriolar aferente: aumento equivale diminuição da pressão hidrostática glomerular e diminuição da FG (constrição). De modo contrário, a dilatação das arteríolas aferentes ocasiona diminui a resistência, aumentando a Pb e a FG. 3 Resistência arteriolar eferente: nas arteríolas eferentes, a constrição leva ao aumento da resistência, aumentando a PB e FG discretamente, no momento em que essa constrição não reduzir o fluxo sanguíneo renal. Já a dilatação, leva a diminuição da resistência e consequentemente, diminuição da Pb e FG (o líquido tende a sair dos capilares glomerulares). Porém, é importante destacar que a constrição das arteríolas eferentes diminuem o fluxo sanguíneo renal, aumentando a fração de filtração e a pressão coloidosmótica glomerular, à medida que a resistência arteriolar eferente aumenta. Portanto, em níveis moderados de constrição da arteríola eferente, ocorre leve aumento da FG, mas com maior constrição ocorre diminuição da FG ( mais que 3x do normal). Referências: Tratado de Fisiologia Médica, 12ED, Capítulo 26, Páginas 332 a 334
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