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BACHARELADO EM NUTRIÇÃO DISCENTE: Kelliany Silva Guedes (160191049) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – MR01 Proposto pela docente: Leila Leão . SALVADOR-BA 2021 DIETA DO VOLEIBOLISTA – CONSUMO ALIMENTAR INTRODUÇÃO: A alimentação de um de um voleibolista é um dos principais aspectos para manter uma boa performance nos treinos e competição, ou seja, um bom aporte de nutrientes auxilia no desenvolvimento físico e mental de um praticante de voleibol. Por isso, deve ser selecionado boas fontes alimentares para enriquecer a dieta do voleibolista, favorecendo o processo fisiológico e metabólico do atleta, afim de atingirem seus objetivos nutricionais, diminuir o risco de lesão no treino, manter e aumentar a função imunológica, favorecer a qualidade do treino e recuperação rápida após o treino e competição. O temor do atleta/voleibolista é conciliar a dieta com sua rotina intensa de treinos, viagens frequentes, tempo, conhecimento e preparação das refeições, etc. Devido a intensa demanda do esporte, fica difícil do atleta atingirem os objetivos nutricionais somente com a alimentação, assim eles apelam para o uso indiscriminados de suplementos desportivos, no que pode acarretar risco para a performance do atleta. Nesse caso, se faz presente o papel do nutricionista para auxiliar o atleta, estabelecendo estratégias entre a ciência, a nutrição, a alimentação e o rendimento de um voleibolista, de modo que alcance seus objetivos e constância da performance nos treinos e competição de alto nível. Nessa modalidade se faz presente o papel do treinador e do nutricionista como educador e orientador do atleta, para evitar riscos de lesões e doenças, assim esses profissionais vão ter um trabalho em conjunto de aumentar a motivação e esforço dos atletas, a fim de chegar aos bons resultados nos treinos e competição. NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE UM VOLEIBOLISTA: A alimentação de um voleibolista deverá ser especificada e individualizada mantendo as necessidades nutricionais que ele precisa, tendo uma dieta rica em nutrientes para aumentar a performance do atleta nos treinos e competições. Na dieta do voleibolista tem um aumento das necessidades energéticas, com efeito de potencializar as reservas de glicogênio, e diminuição de líquidos corporais, dando devida importância para a ingestão hídrica antes, durante e depois do treino. ENERGIA: O voleibolista tem um grande gasto energético acerca da modalidade e suas características (ambiente, temperatura, sudorese, frequência e intensidade). Desse modo, os atletas de voleibol devem ingerir um bom aporte de energia para mensurar o gasto energético na prática do esporte, pois gera o aumento do metabolismo basal e eleva o percentual de massa muscular. Afim de assegurar as necessidades impostas pelo esporte, como a construção e reparação dos tecidos musculares. O fornecimento de energia e nutrientes é uma fase muito importante para a preparação do atleta em treinos e competição, tanto antes como durante e depois das provas. É importante que o nutricionista forneça uma dieta rica em carboidratos complexos, fazendo com que o corpo possa armazenar o glicogênio muscular e hepático. Para assegurar isso, é necessário fornecer uma dieta entre 65-75% de carboidratos, 10-12% de proteínas e 15-20% de gorduras. CARBOIDRATOS: Os carboidratos são os nutrientes mais importantes para o fornecimento de energia. Tem papel de substrato energético do musculo durante o exercício, utiliza reservas de glicogênio hepáticas ou musculares como fonte de energia. Como o voleibolista é uma atividade de alta intensidade e gasto energético, o nutricionista deve dá uma atenção especial a quantidade carboidratos, principalmente nos dois a três dias antes do jogo. Devido a utilização de glicogênio como fonte energética, o carboidrato é uma reserva enérgica rápida e se esgota rapidamente, pois o atleta gasta energia durante a prova de maneira rápida, desse modo ele tem que repor para continuar jogando e evitar perdas. Então, uma boa estratégia para repor o glicogênio que foi perdido, recomenda-se o consumo de 30 a 60g de carboidratos/h, o que equivale ao consumo de 500 a 1000ml de bebida hidroglicoeletrolítica por hora, por exemplo. Na dieta do atleta deve incluir boas fontes de carboidratos complexos (amido) na quantidade de 45-70% do Valor energético total (VET) e de carboidratos livres ou simples (açúcares, refrigerantes e sucos artificiais), na quantidade de 10% do VET. Os principais alimentos fornecedores de carboidratos para o atleta são batata, arroz, massa, pão e leguminosas. PROTEÍNAS: As proteínas têm uma função estrutural no nosso organismo. Tem uma participação mínima na produção de energia para o atleta, apresenta um melhor resultado quando são consumidas em conjunto com carboidratos, estimulando a síntese proteica muscular. As recomendações de proteína para os atletas de vôlei deve ser aproximadamente de 1,5 a 1,7g por kg de peso corporal por dia ou de 10 a 12% do consumo energético total. A ingestão proteica é importante na regeneração muscular e hipertrofia muscular. As boas fontes de proteínas são encontradas em alimentos de origem animal (como carnes, peixes e ovos), pois apresentam uma melhor distribuição e melhor perfil de aminoácidos (possuem todos os aminoácidos essenciais). Para o voleibolista é recomendado o consumo de 10 a 20g de proteína nos primeiros 30 minutos a seguir ao treino de força, juntamente com 1 a 1,2 de HC por kg de peso corporal por hora. GORDURAS: A gordura pode ser utilizada como fonte de energia adicional da dieta e pode ser utilizada em maior proporção nos exercícios de intensidade baixa e no aumento da intensidade do exercício, a capacidade de oxidação das gorduras diminui. Uma alimentação com baixo teor de gordura (15 a 25%) permite ao voleibolista reduzir a ingestão energética sem comprometer a ingestão nutricional. Nessas quantidades, a gordura é um componente necessário de um regime alimentar, através do fornecimento de energia e da associação com nutrientes, como a vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K) e ácidos graxos essenciais. O consumo excessivo de gordura pode gerar consequências negativas a saúde, aumento de doença cardiovascular, obesidade, diabetes e o aumento do colesterol de baixa densidade (colesterol “ruim ou LDL). Já o baixo consumo de gorduras, abaixo de 15% do valor energético total (VET) podem prejudicar a performance do atleta. Para isso não acontece, o melhor é o nutricionista adequar os macronutrientes na alimentação do atleta. A recomendação da ingestão de gorduras na dieta: menor de 10% de ácidos graxos saturados, 10% de monoinsaturados, 6 a 10% de gorduras poli-insaturadas e inferior a 1% de gorduras trans. As gorduras insaturadas estão presentes em alimentos como óleos vegetais, azeites, peixes, abacate, castanhas, amendoim, nozes. As gorduras saturadas estão presentes em alimentos como bifes com gordura, carne de carneiro, porco, aves com pele, banha de porco, nata de queijo, manteiga e queijos. VITAMINAS E MINERAIS: Na alimentação do voleibolista, os nutrientes particularmente importantes para manutenção de sua saúde e da sua performance nos jogos são: cobre, cromo, ferro, manganês, magnésio, sódio, potássio, zinco, cálcio, vitamina A, E, C e vitaminas do complexo B, particularmente as vitaminas B6 e B12. As vitaminas e os minerais desempenham funções importantes no nosso organismo, como na participação do metabolismo energético, na síntese de hemoglobina, manutenção da estrutura óssea, contração muscular, na defesa do sistema imune e antioxidante, na síntese e reparo no tecido muscular após esforço físico e na proteção contra danos provocados pelo stress oxidativo. Devida a demandas fisiológicas de esforço no exercício, as necessidadesde vitaminas e minerais podem ser afetadas, por isso o nutricionista do atleta deve promover uma dieta balanceada e com variedade para atender as necessidades do atleta. HIDRATAÇÃO: Além da importância do fornecimento de energia e nutrientes na dieta, é importante que o atleta tenha uma boa estratégia de hidratação, pois ele tem uma produção de calor que pode chegar a 100 vezes maior do que em condições de repouso. Para que ele tenha um bom desenvolvimento nos treinos e competições, o corpo deve estar adequadamente hidratado, pois esse calor é eliminado por meio de perda de líquidos e sudorese excessiva. Para uma boa estratégia de hidratação, seria recomendado a ingestão líquida antes, durante e depois da prova esportiva, a fim de equilibrar o gasto hídrico. A ingestão hídrica antes do jogo, a recomendação geral seria o consumo de aproximadamente 500 a 600ml de água, sumos ou bebidas desportivas de duas a quatro horas antes do início da prova para que organismo consiga fazer o ajuste hídrico e eliminar o excesso. A hidratação durante o jogo, recomenda-se o consumo de 150 a 200ml de líquido a cada 15 a 20 minutos de exercício. Um voleibolista deve ingerir líquidos durante os treinos e competição sempre que possível e limitar as perdas pelo suor para valores inferiores aos 2% da massa corporal. É muito importante auxiliar os jogadores de voleibol a criar o hábito de ingerir líquidos ou bebidas desportivas durante um jogo, não só nos intervalos entres os sets. Pois, não se deve confiar na sede para iniciar o processo de hidratação. A hidratação após o jogo, é necessário fazer a reposição de água e eletrólitos (principalmente sódio e potássio), é uma etapa fundamental para o processo de recuperação de líquidos, pois quando termina o jogo ele continua perdendo líquidos. Nesse caso, recomenda-se a ingestão de 150% das perdas pelo suor. As bebidas alcoólicas devem ser evitadas durante o período de reidratação pelo o atleta, pois têm efeito diurético. É muito comum o estado de desidratação no atleta de voleibol, onde excede os 2% da massa corporal antes do exercício, podendo diminuir a performance do atleta, pode afetar o sistema cardiovascular, prejudica as respostas fisiológicas, aumenta a frequência cardíaca, e a termorregulação corporal, pela dificuldade na transferência de calor interno para a periferia. Uma maneira de identificar a desidratação é a cor e volume da urina, devendo esta ser clara e inodora e os sintomas mais prováveis de desidratação são fadiga, náuseas e boca seca. CONCLUSÃO: Além das necessidades nutricionais do voleibolista, é importante também observar a sua herança genética, comportamentos alimentares e seus esforços e evoluções obtidas no treino ao longo do percurso, e assim aumentar sua performance nos jogos. Desse modo, a alimentação deve ser seguida e observar mudanças que pode ser aperfeiçoada no plano alimentar do atleta. Nesse sentindo, para que o atleta alcance seus objetivos e aumente sua performance é necessário que ele siga o plano alimentar e a estratégia de ingestão hídrica tanto antes como nos percursos dos jogos e competições. REFERÊNCIAS: http://patriciadavidson.com.br/recomendacoes-nutricionais-para-jogar-volei/ Gomes, Rui Hernâni, and Tiago Dias. "A Nutrição do Voleibolista”. PANZA, Vilma Pereira et al. Consumo alimentar de atletas: reflexões sobre recomendações nutricionais, hábitos alimentares e métodos para avaliação do gasto e consumo energéticos. Revista de Nutrição, v. 20, n. 6, p. 681-692, 2007. http://patriciadavidson.com.br/recomendacoes-nutricionais-para-jogar-volei/
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