Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Illana Lages- Medicina DISPOSITIVO INTRA-UTERINO Como funciona este método contraceptivo (DIU)? Quais as pacientes que possuem riscos ou contraindicações a este método contraceptivo? O DIU consiste em um objeto sólido de formato variável, inserido pelo colo uterino, para se alocar na cavidade uterina, tendo como principal finalidade evitar a gestação. Um dos métodos contraceptivos mais usados no mundo é o dispositivo intrauterino (DIU), principalmente em países emergentes. Existem diferentes apresentações desse dispositivo, como o de cobre e os hormonais. O DIU de Cobre tem como mecanismo de ação o desencadeamento da reação de corpo estranho pelo endométrio (pelos sais de cobre e polietileno); O DIU libera uma pequena quantidade de metal afim de estimular a produção de prostaglandinas e citocinas no útero. Como resultado, forma-se uma “espuma” biológica na cavidade uterina, que possui efeito tóxico sobre os espermatozoides e óvulos, alterando a viabilidade, o transporte e a capacidade de fertilização – além de dificultar a implantação por meio de uma reação inflamatória endometrial crônica. Já o DIU Hormonal tem como mecanismo de ação o efeito antiproliferativo no endométrio, tornando -o não receptivo à implantação por ficar mais fino. Não tem passagem hepática e altera a secreção e a peristalse das trompas de Falópio, dificultando o transporte do espermatozoide e do embrião até o útero Diante disso, de acordo com o Manual de Critérios médicos de elegibilidade para o uso de contraceptivos, as evidências científicas indicam condições para a qual não há restrição para o uso do DIU de cobre como, indicado tanto para nulíparas quanto para multíparas, após o parto, preferencialmente imediatamente após a expulsão da placenta ou após quatro semanas; após cesariana; após abortamento no primeiro trimestre e para mulheres que tem contra indicações do uso de hormônio como as tabagistas, obesas, com histórico de câncer de mama e na família. REFERÊNCIAS: TRIGUEIRO, Tatiane Herreira et al. Inserção de dispositivo intrauterino por médicos e enfermeiros em uma maternidade de risco habitual. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 42, 2021. MACHADO, R. et al. Long-Acting Reversible Contraception. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia / RBGO Gynecology and Obstetrics, v. 39, n. 06, p. 294–308, 3 jun. 2017. 2
Compartilhar