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Tutoria - Metabolismo de lipídios

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1 
 
1 
 Lucas Ferraz 
Medicina – 1º P 
 
SP 3.2 
OBJETIVOS: 
1) Caracterizar lipídios, seus tipos e funções. 
2) Descrever o processo de digestão e absorção de 
lipídios. 
3) Caracterizar o mecanismo de transporte de 
lipídios através do sistema linfático e sangue, 
diferenciando os tipos de lipoproteínas 
(quilomícrons, HDL, LDL, VLDL). 
4) Descrever o processo de obtenção de energia a 
partir da degradação de lipídios. 
5) Descrever o processo de síntese e 
armazenamento de lipídios, relacionando com a via 
das pentoses. 
6) Caracterizar o colesterol quanto suas origens e 
destinos. 
7) Caracterizar a ação da sinvastatina no controle 
dos níveis de colesterol. 
8) Discutir as consequências biopsicossociais da 
obesidade na infância e adolescência. 
9) Conhecer as políticas públicas para prevenção e 
controle da obesidade e hipertensão arterial. 
1- CARACTERIZAR LIPÍDIOS, SEUS TIPOS E 
FUNÇÕES 
CARACTERIZAÇÃO 
Diferente das proteínas e carboidratos, a definição de 
lipídeos não é de acordo com sua estrutura, mas sim com a 
solubilidade. A definição mais usada é: lipídeos são 
compostos com baixa solubilidade em água e alta 
solubilidade em solventes orgânicos apolares. 
São moléculas de gordura que, no organismo dos seres vivos, 
desempenham uma série de funções biológicas, 
principalmente o armazenamento de energia. 
Uma de suas características é que são facilmente 
armazenados pelo organismo, mas são difíceis de serem 
consumidos. Isso explica por que os alimentos ricos em 
lipídios normalmente são os que mais contribuem para 
aquelas o acúmulo de gorduras. 
Apesar de associados ao excesso de peso, os lipídios são 
fundamentais ao organismo, pois o corpo não produz os 
ácidos graxos, que são essenciais para algumas funções 
biológicas, como fornecimento de energia e participação na 
formação de membranas celulares, entre outras. 
Sua estrutura pode variar muito de acordo com o tipo de 
lipídeo, mas ela é essencialmente composta de carbono (C), 
hidrogênio (H) e oxigênio(O); e em algumas classes, fósforo 
(P), nitrogênio (N), e enxofre (S). 
Muitos lipídeos são compostos anfipáticos (ou anfifílicos), ou 
seja, apresentam na molécula uma porção polar, hidrofílica, 
e uma porção apolar, hidrofóbica. 
FUNÇÃO 
→ Fornecimento de energia: Quando comparado com os 
carboidratos, os lipídios liberam, em média, 2,23 vezes mais 
energia quando oxidados. Estima-se que cada grama de 
gordura seja responsável por liberar cerca de 9Kcal. Já uma 
grama de carboidrato produz apenas 4 Kcal. Vale destacar, 
no entanto, que o metabolismo energético dos lipídios 
ocorre de maneira secundária ao dos carboidratos. 
→ Precursores de hormônios e de sais biliares: Os lipídios 
estão relacionados com a produção de hormônios 
esteroides, tais como a testosterona, progesterona e 
estradiol. Também se relacionam com a produção de sais 
biliares, compostos que agem como detergente, ajudando 
no processo de absorção de lipídios. 
→ Transporte de vitaminas lipossolúveis: Os lipídios 
transportam vitaminas que são solúveis em gordura, tais 
como a A, D, E e K. 
→ Isolante térmico e físico: Os lipídios garantem proteção 
contra as baixas temperaturas e contra choques mecânicos. 
→ Impermeabilização de superfícies: Os lipídios 
impermeabilizam evitando a desidratação. Um bom 
exemplo são as ceras encontradas nas superfícies dos frutos. 
 
 
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 Lucas Ferraz 
Medicina – 1º P 
TIPOS 
Os lipídios representam uma classe de compostos 
diversificados, o que torna difícil sua classificação. Dessa 
forma, didaticamente, eles podem ser classificados em: 
 
CAROTENOIDES 
São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as 
plantas que participam na fotossíntese junto com a clorofila, 
porém desempenha papel acessório. 
Um exemplo de fonte de caroteno é a cenoura, que ao ser 
ingerida, essa substância se torna precursora da vitamina A, 
fundamental para a boa visão. 
Os carotenoides também trazem benefícios para o sistema 
imunológico e atuam como anti-inflamatório. 
CERIDEOS 
As ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos saturados e 
instaurados de cadeia longa com álcoois de cadeia longa. 
Classificados como lipídios simples, são encontrados na cera 
produzida pelas abelhas (construção da colmeia) e na 
superfície das folhas (cera de carnaúba) e dos frutos (a 
manga). Exercem função de impermeabilização e proteção; 
FOSFOLÍPIDIOS 
Moléculas anfipáticas, isto é, possuem uma região polar 
(cabeça hidrofílica), tendo afinidade por água, e outra região 
apolar (cauda hidrofóbica), que repele a água; 
GLICERÍDEOS 
Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de 
glicerol (um álcool, com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH). 
O exemplo mais conhecido é o triglicerídeo, que é composto 
por três moléculas de ácidos graxos. 
Podem ser sólidos (gorduras) ou líquidos (óleos) em 
temperatura ambiente; 
 
ESTERÓIDES 
Esteroides são outra classe de moléculas de lipídios, 
identificados por sua estrutura de quatro anéis interligados. 
Apesar de não se assemelharem a outros lipídios 
estruturalmente, esteroides são incluídos nessa categoria 
porque também são hidrofóbicos e insolúveis na água. 
Todos os esteroides têm quatro anéis de carbono ligados e 
muitos deles, como colesterol, têm também uma cauda 
curta. 
Muitos esteroides também tem um grupo funcional -OH 
ligado a um sítio específico; tais esteroides também são 
classificados como álcoois, e são chamados, portanto, de 
esteróis. 
COLESTEROL 
É o esteroide mais comum, é sintetizado principalmente no 
fígado e é o precursor de muitos hormônios esteroides. 
Esses incluem os hormônios sexuais testosterona e estradiol, 
que são secretados pelas gônadas (testículos e ovários). O 
colesterol também serve como matéria-prima para outras 
moléculas importantes no corpo, incluindo vitamina D e 
ácidos biliares, que auxiliam na digestão e absorção das 
gorduras de origens dietéticas. É também um componente 
chave das membranas celulares, pois alteram sua fluidez e 
dinâmica. 
LIPOPROTEÍNAS 
Por serem insolúveis em água, para serem transportados 
pelos sistemas circulatórios, os lipídeos podem formar 
agregados moleculares hidrossolúveis. Nessas estruturas, 
lipídeos apolares e polares e proteínas formam uma 
partícula hidrofílica, a lipoproteína plasmática. 
São partículas esféricas com um núcleo central de lipídeos 
apolares (como ésteres de colesterol e triacilgliceróis), 
circundado por uma monocamada de lipídeos anfipáticos 
(fosfolipídios e colesterol), que estão associadas a moléculas 
de proteínas – apolipoproteínas. 
 
 
 
 
 
 
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 Lucas Ferraz 
Medicina – 1º P 
2- DESCREVER O PROCESSO DE DIGESTÃO E 
ABSORÇÃO DE LIPÍDIOS 
DIGESTÃO 
A digestão de lipídios da dieta e seus metabólitos se inicia na 
boca, com a salivação e a mastigação. A lipase lingual 
liberada pelas glândulas serosas da língua, junto com a 
saliva, inicia a hidrólise dos ácidos graxos (AGs) dos 
triacigliceróis (TAGs). O processo continua no estomago com 
a ação da lipase gástrica, principalmente, na digestão de 
ácidos graxos de cadeia curta. A etapa mais importante da 
digestão ocorre no intestino delgado. Ao atingir o duodeno 
a gordura inibe o esvaziamento gástrico, por meio do 
estimulo à liberação do hormônio colecistoquinina (CCK), 
bloqueando a motilidade gástrica decorrente da ação da 
gastrina. 
A digestão intestinal necessita de sais biliares e de lipase 
pancreática, que hidrolisam os triglicerídeos (TGs) em AGs 
livres, monoglicerídios e diglicerídeos. As lipases, porém, não 
atuam sobre fosfolipídios e ésteres de colesterol,sendo 
necessária a ação de duas outras enzimas: a fosfolipase, que 
atua nos fosfolipídios, liberando ácidos graxos e lisolipídios, 
e a colesterol esterase, que hidrolisa os ácidos graxos dos 
ésteres de colesterol. 
 
ABSORÇÃO 
Os produtos da hidrólise, ocorrida na digestão lipídica, 
podem ser absorvidos no lúmen intestinal, sendo misturados 
aos sais biliares e lecitina para formar micelas, partículas 
muito pequenas que penetram facilmente nas células 
epiteliais. Após a absorção, os componentes lipídicos são 
reesterificados a triacilgliceróis, fosfolipídios e éster de 
colesterol e usados na produção de quilomícrons (proteínas 
que servem para transportar as substancias graxas formadas 
na mucosa intestinal). Essas partículas formam as primeiras 
lipoproteínas transportadas no sangue. 
3- CARACTERIZAR O MECANISMO DE 
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS ATRAVÉS DO SISTEMA 
LINFÁTICO E SANGUE, DIFERENCIANDO OS 
TIPOS DE LIPOPROTEÍNAS (QUILOMÍCRONS, 
HDL, LDL, VLDL) 
O sistema circulatório apresenta uma composição média de 
70% de sangue e linfa que o principal componente é a água. 
Vale ressaltar que os lipídeos devem de alguma maneira 
chegar até os vasos sanguíneos e linfáticos para serem 
transportados. Existe um impasse entre: água como veículo 
de transporte polar X moléculas hidrofóbicas que 
necessitam chegar aos tecidos. Surge então, uma molécula 
especial de lipoproteínas que foi ao longo da evolução se 
aperfeiçoando para transportar mais eficientemente os 
lipídeos para o interior das células. 
As lipoproteínas estão presentes no sangue e na linfa, são 
representadas pelos Quilomícrons, IDL, LDL e HDL. 
Os quilomícrons são formados nas células do epitélio do 
intestino. Esses quilomícrons (ricos em colesterol e 
triglicerídeos) ganham a linfa do mesentério no 
comprimento abdominal e são captados pelo ducto torácico 
que deságua entre a veia subclávia e a jugular interna, 
entrando no sistema circulatório para ser transportado até 
os tecidos alvo. Ao chegar no sangue, a HDL doa a Apo C e a 
Apo E para o quilomícron, fazendo com que o mesmo se 
torne maduro e seja capaz de levar triglicerídeos para os 
tecidos. Para ser mais exato, os tecidos alvos dos 
quilomícrons são: Tecido Adiposo e Tecido Muscular. 
Os capilares dos tecidos adiposo e muscular, possuem uma 
lipoproteína chamada lipase (LPL). Quando o quilomícron 
chega e entra nos capilares desses tecidos, a Apo C ativa a 
LPL que quebrará o TG em ácidos graxos + triglicerol. Os 
ácidos graxos irão para os adipócitos e o triglicerol para o 
gado, onde será transformado em glicose (através da 
gliconeogênese). Toda vez que a Apo C ativar uma LPL, ela 
retornará para o HDL. 
O quilomícron (Sem Apo C) se torna residual, visto que já 
entregou o TG e não possui mais nada para distribuir. Porém, 
o quilomícron residual ainda possui colesterol. Dessa forma, 
 
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ela vai até o fígado e acopla a Apo E em um receptor (de Apo 
E) presente no fígado. Quando o receptor for acoplado na 
Apo E, o quilomícron residual é absorvido e sintetizado, 
produzindo a VLDL (Que contem altas concentrações de 
triglicerídeos). 
A VLDL é liberada na circulação e leva triglicerídeos do fígado 
para outros tecidos (Adiposo e Muscular), onde serão 
utilizados para estoque ou obtenção energética. Quando a 
VLDL é liberada na circulação a HDL doa a Apo C e a Apo E 
para a VLDL. 
A VLDL chega nos capilares dos tecidos e sofre a ação da LPL 
da mesma forma que o quilomícron. Depois de sofrer essa 
ação, a VLDL também perde sua Apo C. A perda de TG da 
VLDL transforma-a em outra lipoproteína: IDL (Contém 
concentração de Colesterol e Fosfolipídios). OBS: VLDL 
residual ou IDL no sangue podem retornar para o fígado, 
visto que ela ainda possui a Apo E. 
A HDL e a IDL fazem uma troca. A IDL possui pouca 
quantidade de TG e muito colesterol estratificado. Então, a 
HDL pega o TG presente na IDL e a IDL pega o Colesterol 
estratificado presente na HDL. Dessa forma o IDL se 
transformará em LDL. 
A LDL (Contém altas concentrações de colesterol) tem como 
papel transportar colesterol do fígado para as regiões 
periféricas. A LDL possui uma proteína exclusiva, chamada 
de Apo B-100. Além disso, ela irá distribuir o colesterol para 
os tecidos que necessitam da entrega de colesterol pela LDL. 
Os tecidos obtêm a maior parte do colesterol exógeno por 
endocitose da LDL (Menos o Fígado e o intestino). 
A HDL (Contém altas concentrações de proteínas) é 
sintetizada no gado, em maior proporção, e no intestino (em 
menor proporção). A HDL só se torna ativa quando receber 
a Apo A1 e se tornar madura. Ela transporta colesterol da 
periferia para o gado (para metabolização, armazenamento 
e excreção, atuando como o inverso da LDL). 
QUILOMÍCRONS 
Consistem em moléculas grandes de lipoproteínas 
sintetizadas pelas células do intestino, formado em 85-95% 
de triglicerídeos de origem alimentar (exógeno), pequena 
quantidade de colesterol livre, fosfolipídeos e 1-2% de 
proteínas. Uma vez que possui muito mais lipídeos do que 
proteínas, os quilomícrons são menos densos do que o 
plasma sanguíneo, flutuando nesse líquido, conferindo um 
aspecto leitoso ao mesmo, levando a formação de uma 
camada cremosa quando este é deixado em repouso. 
VLDL (VERY LOW DENSITY LIPOPROTEIN) 
São lipoproteínas de grande tamanho, porém menores do 
que os quilomícrons, sintetizadas no fígado. Sua composição 
compreende 50% de triglicerídeos, 40% de colesterol e 
fosfolipídeos e 10% de proteínas, especialmente a Apo B-
100, Apo C e alguma Apo E. 
Este tipo de lipoproteína tem como função transportar os 
triglicerídeos endógenos e o colesterol para os tecidos 
periféricos, locais onde serão estocados ou utilizados como 
fontes de energia. Igualmente aos quilomícrons, são capazes 
de turvar o plasma. 
LDL (LOW DENSITY LIPOPROTEIN) 
O LDL, que são as lipoproteínas de baixa densidade, são 
partículas diminutas que, mesmo quando em grandes 
concentrações, não são capazes de turvar o plasma. 
Aproximadamente 25% desta lipoproteína são compostas 
por proteínas, em particular a Apo B-100 e pequena 
quantidade de Apo C, o resto é composto por fosfolipídeos e 
triglicerídeos. O LDL é a lipoproteínas que mais transporta 
colesterol para locais onde ela exerce uma função fisiológica, 
como, por exemplo, para a produção de esteroides. Em sua 
grande maioria, são produzidos a partir de lipoproteínas 
VLDL. 
HDL (HIGH DENSITY LIPOPROTEIN) 
As lipoproteínas HDL são partículas pequenas, compostas de 
50% por proteínas (especialmente a Apo A I e II, e uma 
pequena parcela de Apo C e Apo E), 20% de colesterol, 30% 
de triglicerídeos e vestígios de fosfolipídeos. Esta 
lipoproteína se divide em duas subclasses distintas: HDL 2 e 
HDL 3. Estas subclasses são distintas em tamanho, 
composição e densidade, principalmente no que diz respeito 
ao tipo de apoproteínas. Possuem a função de carrear o 
colesterol até o fígado diretamente, ou transferem ésteres 
de colesterol para outras lipoproteínas, em especial as VLDL. 
A HDL 2 é conhecida pelo papel protetor na formação de 
aterosclerose. 
4- DESCREVER O PROCESSO DE OBTENÇÃO DE 
ENERGIA A PARTIR DA DEGRADAÇÃO DE 
LIPÍDIOS 
DEGRADAÇÃO DOS TRIACILGLICERÓIS DOS 
ADIPÓCITOS 
Quando hormônios sinalizam a necessidade de energia 
metabólica, os triacilgliceróis armazenados no tecido 
 
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 Lucas Ferraz 
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adiposo são mobilizados e transportados aos tecidos 
(musculatura esquelética, coração, fígado e córtex renal) nos 
quais os ácidos graxos podem ser oxidados para produção de 
energia. A mobilização do depósito de triacilgliceróis é 
obtida por ação da lipase dos adipócitos, uma enzima sujeitaa regulação hormonal, que hidrolisa os triacilgliceróis a 
ácidos graxos e glicerol. Essa enzima é ativada por ação dos 
hormônios adrenalina e glucagon, secretados em resposta 
aos baixos níveis de glicose ou atividade iminente. 
Os ácidos graxos liberados dos adipócitos são transportados 
pelo sangue ligados à albumina e utilizados pelos tecidos 
como fonte de energia; o tecido nervoso e as hemácias são 
exceções, pois obtêm energia exclusivamente a partir da 
oxidação de glicose. Nos tecidos-alvo, os ácidos graxos se 
dissociam da albumina e são levados por transportadores da 
membrana plasmática para dentro das células para servir de 
combustível. 
O glicerol liberado pela ação da lipase é fosforilado e oxidado 
a glicerol-fosfato, podendo entrar nas vias glicolítica ou 
gliconeogênica. Alternativamente, o glicerol-fosfato pode 
ser usado na síntese de triacilgliceróis ou de fosfolipídios. 
ΒETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS 
A β-Oxidação é a quebra de ácidos graxos para obtenção de 
energia. O glucagon estimula a ação da enzima lipase 
sensível ao hormônio, hidrolisando triglicerídios 
(armazenados no tecido adiposo) em ácidos graxos, que se 
ligam a albumina para serem transportados pelo sangue (por 
serem hidrofóbicos). A degradação dos ácidos graxos é 
necessária tanto para fornecer ATP para que ocorra a 
gliconeogênese, como também para fornecer energia pela 
própria degradação dos AG. 
Em outras palavras, o catabolismo dos ácidos graxos ocorre 
na mitocôndria é denominado de β-oxidação, na qual 
fragmentos de 2 carbonos são sucessivamente removidos da 
extremidade carboxílica da acilCoA, produzindo acetil- CoA. 
No entanto, os ácidos graxos livres provenientes da corrente 
sanguínea que entram no citosol das células (são permeáveis 
na membrana plasmática), não podem passar diretamente 
para o interior da mitocôndria, sendo necessária uma série 
de três reações. 
✓ No citosol, os ácidos graxos são convertidos em acil-
CoA graxo pela tiocinase (acil-CoA graxo sintetase). 
✓ A membrana mitocondrial interna é impermeável a 
moléculas grandes e polares como a CoA. Deste 
modo, a acil- CoA graxo se liga a carnitina, formando 
acil-carnitina graxo, que é transportado para a 
membrana mitocondrial interna, por um 
transportador específico chamado carnitina-acil 
transferase I. 
✓ Na matriz mitocondrial, o grupo acil-carnitina se liga 
a outra molécula de acetil-CoA, regenerando a acil-
CoA graxo, que é oxidado por um conjunto de 
enzimas existente na matriz mitocondrial. 
OBS3: O metabolismo dos AG é assim chamado – β-oxidação 
– devido à quebra sucessiva da ligação entre os carbonos α 
(segundo carbono, ligado ao grupo carboxila) e β (terceiro 
carbono) da cadeia do AG. 
A β-oxidação ocorre por meio de duas etapas: (1) ativação 
dos ácidos graxos e (2) β-oxidação propriamente dita. 
→ATIVAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS 
Por ser hidrofóbico, o AG atravessa a membrana plasmática 
passivamente. Ao entrar no citoplasma, ele sofre uma 
ativação (bem como ocorre com a glicose, que quando entra 
na célula, sofre uma fosforilação para ser aprisionada). A 
ativação do AG é o processo de incorporação de CoA-SH à 
sua estrutura (ainda no citosol) para a sua futura entrada na 
mitocôndria. Nesse processo, há um gasto de 2 ATPs 
independetemente do tamanho da cadeia do AG, formando 
um acil-CoA (o termo acil é designado para AG com número 
indeterminado de carbonos) por meio da enzima acil-CoA 
sintetase (tiocinase). 
A acil-CoA não é permeável à membrana mitocondrial 
interna. Para o seu transporte para a matriz dessa 
mitocôndria, a acil-CoA se liga ao aminoácido carnitina, 
formando o composto acil-carnitina, liberando a CoA-SH. A 
carnitina é incorporada ao acil-CoA por meio da enzima 
Carnitina Acil Transferase I, presente na camada externa da 
membrana mitocondrial interna. A acil-carnitina entra na 
matriz mitocondrial por simporte (que é quando duas 
substâncias são transportadas na mesma direção), em troca 
da carnitina (que atravessará mais acil-Coa). Essa carnitina é 
resultado da reação inversa realizada pela enzima Carnitina-
Acil Transferase II, presente na camada interna da 
membrana mitocondrial interna, em que há produção de 
acil-CoA e carnitina a partir da Acil-Carnitina que entrou na 
matriz. Estando formada a Acil-CoA na matriz mitocondrial, 
esta irá sofrer metabolismo por meio da β-oxidação. 
→β-OXIDAÇÃO 
Após a ativação do AG, formando acil-CoA, que é carreado 
para dentro da matriz mitocondrial por intermédio da 
 
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carnitina, ele vai sofrer a β-oxidação propriamente dita em 
quatro etapas iniciais: 
✓ 1. Inicialmente, a acil-CoA, que entrou na matriz 
mitocondrial carreado pela carnitina, vai sofrer uma 
desidrogenação entre o carbono α e β, produzindo 
uma insaturação entre esses dois carbonos, 
reduzindo uma molécula de FAD. Essa reação é 
catabolizada pela enzima acil-CoA-desidrogenase. 
✓ 2. Essa nova molécula, a trans-∆²-enoil-CoA, sofre 
uma hidratação por meio da enzima enoil-CoA- 
hidratase. Um hidrogênio da água se liga ao carbono 
α e a hidroxila se liga ao carbono β, formando um 
álcool. 
✓ 3. Em seguida, o álcool (3-L-Hidroxiacil-CoA) sofre 
uma oxidação em que uma molécula de NAD é 
reduzida, por meio da enzima 3-L-Hidroxiacil-CoA 
desidrogenase. Dessa oxidação, forma-se uma 
cetona no carbono β. 
✓ 4. Essa cetona (β-acil-CoA) é quebrada pela enzima 
β-acil-CoA tiolase, formando acetil CoA e um 
composto acil com dois carbonos a menos. Este volta 
ao início para sofrer as quatro reações, produzindo 
novamente outra molécula de acetil CoA e outro 
composto acil com dois carbonos a menos (quatro a 
menos, quando em relação ao primeiro). 
5- DESCREVER O PROCESSO DE SÍNTESE E 
ARMAZENAMENTO DE LIPÍDIOS, 
RELACIONANDO COM A VIA DAS PENTOSES 
SÍNTESE 
Para que haja síntese de ácidos graxos, é necessário a 
presença de dois compostos fundamentais: o acetil CoA e 
malonil CoA. Este, é sintetizado a partir da própria acetil 
CoA. 
• Carboxilação da Acetil-CoA para formar Malonil-
CoA. A primeira reação que ocorre com o Acetil 
CoA no citoplasma é a sua carboxilação, pela ação 
da enzima Acetil CoA Carboxilase (dependente do 
co-fator biotina). Como a acetil CoA tem apenas 2 
carbonos, ela recebe um carbono de íons 
bicarbonatos para formar o malonil CoA. 
• A síntese de ácidos graxos no organismo ocorre no 
citoplasma, a partir de duas substâncias 
primordiais: acetil CoA e Malonil CoA. Essa 
biossíntese é realizada a partir de um complexo 
enzimático chamado de Ácido Graxo Sintetase. 
Esse complexo consiste em um conjunto de 
enzimas com múltiplas atividades, apresentando 
dois sítios principais e distintos, cada um com seu 
grupo sulfidrila. No sítio 1, em que a sulfidrila se 
liga ao aminoácido cisteína (Cys), liga-se um 
radical acila com qualquer quantidade de 
carbonos. No sítio 2, em que a sulfidrila se liga a 
uma proteína carreadora de acila (PCA) e ao 
ácido pantotênico, liga-se sempre um malonil 
coa. Dos radicais acila, o mais simples é o acetil, 
que tem apenas 2 carbonos. 
• Inicialmente, a acetil coa se liga no sítio ativo 1 e, 
no sítio ativo 2, liga-se o malonil coa. 
• A primeira reação propriamente dita é uma 
reação de condensação, em que a acetil CoA se 
condensa com a malonil CoA por meio da ação da 
enzima cetoacil sintase. Nessa reação, há a 
liberação de um carbono, formando, assim, uma 
cetona de 4 carbonos no sítio 2. 
• O próximo passo é a redução da cetona do sítio 2 
pela enzima cetoredutase, formando um álcool. 
Nessa reação, é utilizado a primeira molécula de 
NADPH (reduzido), liberando ao final um NADP+ 
(oxidado). 
• Esse álcool passa por uma desidratação, por meio 
da enzima desidrase, ocorrendo a liberação de 
H2O e a formação de uma insaturação entre os 
cabonos2 e 3. 
• Acontece agora, o ultimo passo de um primeiro 
ciclo: o composto do sítio 2 passa por mais uma 
redução por meio da enzima enoil redutase, 
formando assim um composto acil com 4 
carbonos, ou seja, um ácido graxo inicial de 4 
carbonos. Nessa reação, tem-se a utilização da 
segunda molécula de NADPH. 
• Em seguida, a enzima tioesterase transfere esse 
grupo acil que estava no sítio 2 para o sítio 1. 
Deixando livre o sítio ativo 2, uma nova molécula 
de malonil CoA pode se ligar ao seu grupo sufidrila 
para iniciar um novo ciclo (condensação, redução, 
desidratação, redução) para que seja adicionado 
mais dois carbonos a esse grupo acil, até formar 
um novo grupo acil, agora com 6 carbonos. 
 
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• Esse ciclo se repete, a partir da ação da enzima 
tioesterase (que libera o sítio 2), até a formação 
de um ácido graxo par do qual o organismo 
necessita no momento. A cada ciclo, ocorre a 
adição de 2 carbonos ao ácido graxo, o gasto de 2 
moléculas de NADPH e 2 moléculas de ATP: uma 
para formar acetil coa a partir de citrato e outra 
para formar malonil coa a partir de do acetil CoA. 
ARMAZENAMENTO 
São armazenados na forma de gotas oleosas no tecido 
adiposo, constituindo as principais reservas de energia do 
corpo. 
• No tecido adiposo: o triacilglicerol é armazenado 
no citosol das células adiposas, sendo 
prontamente mobilizado quando o corpo 
necessita de combustível. 
• No fígado: pouco triacilglicerol é armazenado no 
fígado, sendo a maior parte exportada junto com 
o colesterol, ésteres de colesterol e fosfolipídeos 
e proteína apo B-100, para formar partículas de 
VLDL (lipoproteínas de muita baixa densidade). As 
VLDL são secretadas na corrente sanguínea, 
conduzindo os lipídeos recém- sintetizados aos 
tecidos periféricos. 
OBS5: No caso de alcoolismo crônico ou em dietas 
cetogênicas e ricas em carboidratos, triglicerídios vão ser 
armazenados com maior intensidade no fígado, causando o 
esteatose hepática (fígado gorduroso, o que já constitui um 
certo grau de lesão hepática). 
OBS6: A lipogênese é o processo de sintese de ácidos graxos 
no citoplasma. Nesse processo, destaca-se o tecido hepático 
e, durante a lactação, também o tecido mamário. A principal 
fonte desencadeadora desse processo é o excesso de 
carboidratos, na forma de acetil CoA 
6- CARACTERIZAR O COLESTEROL QUANTO SUAS 
ORIGENS E DESTINOS 
O colesterol é um álcool integrante da fórmula de alguns 
lipídios, encontrado nas membranas celulares de todos os 
tecidos do corpo humano, que é transportado no plasma 
sanguíneo de todos os animais. Também é um reagente 
necessário a biossíntese de vários hormônios, da vitamina D 
e do ácido biliar. 
O colesterol pode ser obtido pela dieta, porém a maior parte 
do colesterol presente no corpo é sintetizada pelo 
organismo, sendo apenas uma pequena parte adquirida pela 
dieta. Portanto, ao contrário de como se pensava 
antigamente, o nível de colesterol no sangue não é 
aumentado ao se aumentar a quantidade de colesterol na 
dieta. O colesterol é mais abundante nos tecidos que mais 
sintetizam ou têm membranas densamente agrupadas em 
maior número, como o fígado, medula espinhal, cérebro e 
placas ateromatosas (nas artérias). O colesterol tem papel 
central em muitos processos bioquímicos, mas é mais 
conhecido pela associação existente entre doenças 
cardiovasculares e as diversas lipoproteínas que o 
transportam, e os altos níveis de colesterol no sangue 
(hipercolesterolemia). 
O colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, 
insolúvel no sangue. Para ser transportado através da 
corrente sanguínea ele se liga a diversos tipos de 
lipoproteínas, partículas esféricas que tem sua superfície 
exterior composta principalmente por proteínas 
hidrossolúveis. 
FUNÇÕES 
• Componente essencial das membranas celulares: 
O colesterol é necessário para construir e manter 
as membranas celulares; regula a fluidez da 
membrana em diversas faixas de temperatura. O 
grupo hidroxil presente no colesterol interage 
com as cabeças fosfato da membrana celular, 
enquanto a maior parte dos esteroides e da cadeia 
de hidrocarbonetos estão mergulhados no interior 
da membrana. 
• Precursor dos ácidos biliares: O colesterol 
também ajuda na fabricação de sais da bile (que é 
armazenada na vesícula biliar). Esses sais auxiliam 
na digestão da gordura da dieta. 
• Precursor dos hormônios esteroides: é 
responsável por formar vários hormônios 
esteroides (que incluem o cortisol e a aldosterona 
nas glândulas suprarrenais, e os hormônios 
sexuais progesterona, os diversos estrógenos, 
testosterona e derivados). 
OBS1: Mulheres são mais propensas de desenvolverem 
cardiopatias no perído da menopausa devido ao excesso de 
colesterol presente em seu sangue que não é mais 
convertido em hormônios. 
OBS²: Recentemente, o colesterol também tem sido 
relacionado a processos de sinalização celular, pela hipótese 
 
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de seria um dos componentes das chamadas "jangadas 
lipídicas" na membrana plasmática. Também reduz a 
permeabilidade da membrana plasmática aos íons de 
hidrogênio e sódio. 
OBS³: Não há enzimas que degradem o colesterol a 
metabólitos como CO2 e H2O. Ele é excretado na forma de 
sais biliares ou como colesterol livre. 
OBS4: Quando há uma redução de colesterol oriundo da 
dieta, o organismo tenta uma maneira de compensar essa 
carência aumentando a biossíntese. Esse é um dos motivos 
do porque da dificuldade existente em reduzir as taxas 
sanguíneas de colesterol apenas com regime. 
OBS5: Excesso de colesterol no sangue, a longo prazo, causa 
a formação de placas ateromatosas, resultando em aumento 
da pressão sanguínea (estreitamento das artérias, reduzindo 
a habilidade de dilatação do vaso) e formação de coágulos 
(infarto do miocárdio e derrame). 
7- CARACTERIZAR A AÇÃO DA SINVASTATINA NO 
CONTROLE DOS NÍVEIS DE COLESTEROL 
A sinvastatina é um fármaco usado no tratamento e na 
prevenção da hipercolesterolemia. Atua como inibidor da 
enzima 3-hidroxi-3-metil-glutaril-coenzima A (HMG-CoA) 
redutase, enzima fundamental no caminho biossintético do 
colesterol no fígado, coíbe a síntese de colesterol. 
A sinvastatina reduz os níveis do mau colesterol (colesterol 
LDL) e de substâncias gordurosas chamadas triglicérides e 
aumenta os níveis do bom colesterol (colesterol HDL) no 
sangue. A sinvastatina pertence à classe dos medicamentos 
denominados inibidores da hidroximetilglutaril-coenzima A 
(HMG-CoA) redutase. 
A sinvastatina diminui a produção de colesterol pelo fígado 
(a maior fonte de colesterol no organismo) e aumenta a 
remoção de colesterol da corrente sanguínea pelo fígado. A 
sinvastatina reduz de forma significativa os níveis do mau 
colesterol (colesterol LDL) e dos triglicérides e aumenta os 
níveis do bom colesterol (colesterol HDL). 
8- DISCUTIR AS CONSEQUÊNCIAS 
BIOPSICOSSOCIAIS DA OBESIDADE NA INFÂNCIA 
E ADOLESCÊNCIA 
A obesidade infantil pode trazer significativas consequências 
psicossociais. Crianças e adolescentes obesos deparam-se 
com o preconceito e a discriminação que se iniciam na 
infância. 
Estudos realizados com crianças de diferentes faixas etárias 
evidenciam as atitudes negativas contra as crianças obesas. 
Foi verificado que pré-escolares entre três e cinco anos 
preferem relacionar-se com colegas de peso normal a 
obesos. As crianças entre 4 e 11 anos associam a obesidade 
a feiura, egoísmo, preguiça, estupidez, desonestidade, 
isolamento social. Uma outra pesquisa mostra que a maioria 
das crianças acredita que a obesidade é algo que está sob 
controle da pessoa, o que reforça a associação da doença 
com estereótipos negativos.Ainda no âmbito escolar, 
observou-se que entre os professores da escola primária 
associaram em 59% das vezes a obesidade à falta de auto-
controle e 57% a problemas psicológicos. 
Vários são os estudos que relatam os impactos emocionais 
desenvolvidos por indivíduos obesos, entre eles: angústia, 
culpa, depressão, baixa autoestima, vergonha, timidez, 
ansiedade, isolamento e fracasso. 
A autoestima de crianças obesas parece ser inversamente 
proporcional à idade, quando comparada a crianças de peso 
normal. Verifica-se também que a baixa autoestima de 
crianças obesas relaciona-se às expressões de insatisfação 
dos pais com o peso da criança. 
No que se refere à depressão e à ansiedade, estudos têm 
relatado níveis crescentes de sintomas depressivos entre 
crianças com sobrepeso e obesidade, sendo tais observações 
mais frequentes nas mulheres. 
É interessante salientar os trabalhos em que a ansiedade e a 
depressão, assim como a culpa, solidão ou frustração, estão 
associadas a acentuada procura pelo alimento como 
gratificação ou como forma de compensação e 
entorpecimento das emoções. 
9- CONHECER AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA 
PREVENÇÃO E CONTROLE DA OBESIDADE E 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
O governo brasileiro tem promulgado ações de promoção de 
saúde que visam ao combate da obesidade infantil, como o 
Programa Saúde na Escola, o Programa Nacional de 
Alimentação Escolar, a Regulamentação dos Alimentos 
Comercializados nas Cantinas Escolares, o Projeto Escola 
Saudável, a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas, 
os Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas 
Escolas e a Regulamentação de Propaganda e Publicidade de 
Alimentos.

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