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RELATO DE CASO METÁSTASE CUTÂNEA DE OSTEOSSARCOMA EM CÃO Isabella de Souza Penna Um cão macho de 3 anos, porte grande, da raça Rottweiler que apresentou osteossarcoma de fêmur esquerdo, uma neoplasia maligna. Pelo fato desse tipo de neoplasia ter incidência maior em animais velhos (entre 7 e 7,5 anos), foi considerado como sendo raro seu aparecimento nesse animal. No diagnóstico clínico, foi mencionado que o aspecto visual mostrava um aumento de volume com dor no membro posterior esquerdo. Pela foto, vemos que o volume possuía aspecto irregular (o que indicava a presença de uma neoplasia maligna com possível metástase). Foi feita a coleta para diagnóstico citopatológico e histopatológico. Além disso, foi detectada a presença de diversos pequenos tumores na pele, que trouxeram a constatação de que o animal estava em quadro metastático. O exame citopatológico determinou a presença de variação na morfologia celular, de oval a epitelióide (alterações na morfologia celular), e também indicou mitoses atípicas ( proliferação indiferenciada), e uma substância rosácea amorfa ao fundo que lembrava matriz osteóide. O exame histopatológico, o aspecto principal, além da presença de células poliédricas com núcleos conspícuos (pequenos e de difícil percepção/visualização) com pleomorfismo (com diferentes formas) acentuado e alta atividade mitótica (alta velocidade de multiplicação celular), como complementando o exame citopatológico, determinou-se o diagnóstico do osteossarcoma, extremamente maligno. Com base nos exames, foi feita a amputação do membro com uma margem de segurança para que não houvesse recidiva naquela região, além de tratamento com quimioterápico e antibiótico; mas infelizmente o animal respondeu mal, com uma alta taxa de metástase, e rompimento dos pontos com infecção, e foi posteriormente submetido a eutanásia. O osteossarcoma é potencialmente metastático em pulmão, na maioria dos casos. O caso desse rottweiler é considerado raro, pois além da sua tenra idade incomum de desenvolvimento de tumor, assim como não há registros de metástase em pele nos cães e gatos. Ocorrendo dificuldade de um protocolo quimioterápico ideal, pois nos casos de rotina a quimioterapia utilizada são mielossupressores, que podem contribuir para o aparecimento de infecções profundas de pele após a retirada dos nódulos cutâneos.
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