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Transtorno depressivo Saúde Mental – Amanda Longo Louzada Síndrome depressiva: · Humor deprimido e desânimo · Choro fácil\frequente, apatia, tédio, aborrecimento crônico, irritabilidade, angústia e desespero · Anedonia, fadiga, hipobulia, insônia ou hipersomnia, hiporexia, diminuição da líbido · Déficit de atenção e concentração, déficit secundário de memória · Autoestima diminuída, sensação de insuficiência e incapacidade Epidemiologia: · 16-18% da população adulta · 50% de acesso a medicina (mesmo em países desenvolvidos) · 10% de acesso a especialistas · 2 mulheres: 1 homem PAtogenia: · Multifatorial: · Biológicos: resposta ao estresse, neuroquímicos, mecanismos inflamatórios · Psicológicos: personalidade e relacionamentos pessoas · Ambientais: dieta, álcool e substâncias ilícitas, ritmos biológicos · Genéticos: histórico familiar e vulnerabilidade · Fatores Neurobiológicos: · Neurotransmissores: diminuição de serotonina\dopamina\noradrenalina · Aumento do cortisol · Processos inflamatórios e imunoneuronais: radicais livres · Desregulação dos eixos endócrinos: hiperatividade HHA- apoptose neurônios hipocampais Luto x depressão: · Luto: · Vazio e perda · A disforia pode diminuir ao longo dos dias e semanas aparecendo em “ondas” associadas a lembranças do falecido · Dor do luto pode vir acompanhada de humor positivo · Autoestima preservada. Em alguns casos percebe-se a autodepreciação, porém referente a falhas associadas ao falecido · Pensamento de morte para poder se “unir” ao falecido · Depressão: · Humor deprimido e incapacidade de antecipar visões positivas do futuro, incluindo alegria e felicidade · Humor deprimido persistente e não relacionado a pensamentos ou lembranças específicas · Infelicidade e angústia generalizadas · Sentimento de desvalia e aversão a si mesmo · Sentimento de morte para acabar com a própria vida, devido ao sentimento de desvalia episódio depressivo maior: · Características: · Progressão da doença: menor intervalo entre os episódios, maior gravidade a cada novo evento (>risco de suicídio) · Um transtorno comum · É uma doença mais incapacitante · Sintomas: · Ocorre um aumento das emoções negativas e uma diminuição das emoções positivas · Emoções negativas: humor deprimido, ansiedade e sentimento de culpa · Emoções positivas: energia e motivação · Para diagnosticar tem que ter humor deprimido e\ou anedonia, juntamente com mais 4 dos seguintes sintomas: perda de peso e apetite, transtorno do sono, agitação psicomotora ou retardo, sentimento de culpa ou inutilidade, disfunção executivas, ideação suicida e fadiga. dEPRESSÃO ENDÓGENA\MELANCÓLICA: · É independente de sintomas desencadeantes · Sintomas Típicos: anedonia, culpa excessiva, piora pela manhã, insônia terminal, perda de apetite, perda de peso, perda de libido e lentificação psicomotora Depressão atípica: · Caracterizada por ganho de peso, hiperfagia, aumento do apetite (principalmente para doces), hipersonia, sensibilidade a rejeição e sensação de corpo muito pesado. · Apresenta melhor resposta terapêutica aos IMAOS Depressão sazonal: · Ocorre durante o período de menor luz diurna como no inverno e outono · Início dos episódios deve ter relação temporal com o período específico do ano, com remissão plena interepisódica, e nos últimos dois anos, pelo menos dois episódios sazonais e nenhum sazonal Depressão pós-parto: · Aparece 4 semanas após o parto · Os sintomas são insônia acentuada, instabilidade ao suicídio, com crenças delirantes e homicidas · Pode ser uma emergência psiquiátrica quando há risco para a mãe e o bebê Depressão Psicótica: · Depressão grave com sintomas depressivos associados aos sintomas psicóticos, como delírio de ruína, culpa, hipocondríaco, alucinação com conteúdo depressivo · Se os sintomas forem negativos são chamados de congruentes com o humor · Se os sintomas não forem negativos eles são chamados de incongruentes com o humor, como é o caso do delírio de perseguição, autorreferente e paranoide Estupor depressivo: · Ausência de resposta às solicitações ambientais, mutismo, recusa alimentar, permanência no mesmo lugar por dias · Também chamado de episódio depressivo catatônico Pseudodemência: · Transtorno depressivo maior que se manifesta com disfunção cognitiva semelhante a demência · Mais comum em idosos · A depressão antecede as alterações cognitivas · Características Clínicas: variação diurna (com piora pela manhã), autorreprovação, agitação psicomotora e valorização dos sintomas Episódio depressivo leve: · Pelo menos 4 sintomas e pelo menos 2 sintomas típicos · Sem incapacitação total. · Tratamento: · O benefício dos antidepressivos não está bem estabelecido · Medidas não farmacológicas por pelo menos 6 semanas, psicoeducação, atividade física(3 vezes ou mais por semana), acompanhamento ambulatorial semanalmente, psicoterapia e, se necessário, higiene do sono e técnicas de controle a ansiedade · Se sintomas persistirem prescreve antidepressivo · Usar antidepressivo imediatamente apenas se tiver história prévia de depressão moderada ou grave ePISÓDIO DEPRESSIVO mODERADO: · Pelo menos 5 sintomas e pelos menos 1 sintoma típico · Com dificuldade considerável em manter atividades sociais, laborativas e domésticas. · Tratamento: · Prescrever antidepressivo, para a escolha do fármaco considerar: · Resposta\tolerância prévia a um fármaco (inclui uso bem sucedido por familiares) · Perfil de efeitos adversos · Toxicidade, meia-vida, risco de virada maníaca e facilidade posológica · Custo · Comorbidade e interações · Sintomas depressivos inespecíficos · Se a psicoterapia estiver disponível considerar tratamento combinado · Recomendar atividades físicas regulares Episódio depressivo Grave: · Pelo menos 7 sintomas e pelo menos 3 sintomas típicos · Incapacitação grave ou risco de suicídio · Tratamento: · Prescrever antidepressivo, para a escolha do fármaco considerar: · Resposta\tolerância prévia a um fármaco (inclui uso bem sucedido por familiares) · Perfil de efeitos adversos · Toxicidade, meia-vida, risco de virada maníaca e facilidade posológica · Custo · Comorbidade e interações · Sintomas depressivos inespecíficos · Se a psicoterapia estiver disponível considerar tratamento combinado · Recomendar atividades físicas regulares Transtorno disruptivo de desregulação do humor: · No início da infância e adolescência · O diagnóstico não é feito antes dos 6 anos ou depois dos 18 anos de idade. Quando adultos, os pacientes podem desenvolver depressão unipolar (em vez de bipolar) ou um transtorno de ansiedade. · Manifestações: · Explosões temperamentais recorrentes graves (p. ex., raiva verbal e/ou agressão física contra pessoas ou propriedade) que são extremamente desproporcionais à situação e que ocorrem em média ≥ 3 vezes por semana · Explosões temperamentais que são incompatíveis com o nível de desenvolvimento · Humor irritável e exasperado presente todos os dias na maior parte do dia e observado por outros (p. ex., pais, professores, colegas) · As explosões e o humor exasperado deve ocorrer em 2 de 3 ambientes (em casa ou na escola, com colegas). Transtorno depressivo persistente: · Humor deprimido por no mínimo 2 anos · Sintomas: · Apetite reduzido ou em excesso · Insônia ou hipersonia · Baixa energia ou fadiga · Baixa autoestima · Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões · Sentimentos de desesperança · Jamais esteve sem os sintomas A e B por mais de 2 meses · Critérios para transtorno depressivo maior podem estar presentes por 2 anos · Sem critérios para hipomania, mais ou ciclotimia · Não é melhor explicado por transtornos psicóticos Transtorno disfórico pré-menstrual: · Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos 5 dos sintomas na semana final antes do início da menstruação começar a melhorar poucos dias depois do início e torna-se mínimos ou ausentes pós-menstrual · Um ou mais: · Labilidade afetiva acentuada · Irritabilidade ou raiva acentuadas · Humor deprimido, desesperança ou autodepreciação · Ansiedade acentuada e tensão· Um dos seguintes adicional com o B para total de 5 sintomas: · Interesse diminuído pelas atividades habituais · Letargia, fadiga · Dificuldade de se concentrar · Alteração de apetite · Hipersonia ou insônia · Sentir-se sobrecarregada ou fora do controle · Sintomas físicos como sensibilidade das mamas, dor articular ou muscular · Não é meramente exacerbação de outro transtorno, embora possa ocorrer com qualquer um desses transtornos Burn out: · Esgotamento profissional · Consequente a prolongados níveis de estresse ocupacional · Exaustão emocional, distanciamento das relações pessoais e diminuição dos sentimento de realização pessoal · Desesperança, solidão, depressão, raiva, impaciente, irritabilidade, tensão, diminuição de empatia, sensação de baixa energia, fraqueza, preocupação, aumento das suscetibilidade para doenças, dores de cabeça, náuseas, tensão muscular, dor lombar ou cervical, distúrbios do sono · Maior risco ocupacional: profissionais da saúde, educação e serviços humanos · Fatores de Risco: organização, o indivíduo, trabalho e a sociedade · Transtornos Mentais Relacionados: ansiosos, depressivos, suicidas, relacionado ao uso de substâncias e dissociativos · Efeitos negativos: para a organização, para o indivíduo e para sua profissão Tratamento: · Multimodal: · Psicoeducação: orientação e esclarecimento sobre o transtorno depressivo · Abordagem multiprofissional: psicoterapia, terapia medicamentosa · Amenizar e\ou eliminar fontes de agravo · Boas Práticas: · Prática regular de atividade física · Alimentação · Higiene do sono · Evitar álcool e drogas · Rotina: funcionar dentro do seu limite · Tratamento Medicamentoso: vortiroxetina e Vilazodona mais usados atualmente · Primeira Linha: Inibidores da recaptação de serotonina (Agomelatina, Bupropiona, Citalopram, Desvenlafaxina, Duloxetina, Escitalopram, Fluoxetina, Fluvoxamina, Mianserina, Mirtazapina, Moclobemida, Paroxetina, Reboxetina, Sertralina, Tianeptina e Venfalaxina · Segunda Linha: tricíclicos, ADTs, Quetiapina, Selegilina e Trazodona · Terceira Linha: Tranilcipromina · Fases: · Aguda: episódio depressivo, inicia o tratamento, 6-12 semanas · Avaliação diagnóstica completa · Analisar estressores ambientais e problemas de saúde · Avaliar o risco de suicídio · Realizar psicoeducação e esclarecer dúvidas · Consolidar aliança terapêutica com paciente e familia · Estabelecer plano de tratamento, farmacológico ou não · Monitorar efeitos iniciais do tratamento (benefícios e adversos) · Executar medidas de avaliação de resposta · Disponibilizar espaço de escuta dentro de consultas agendadas regularmente · Possibilitar acesso ao serviço de saúde mesmo fora dos horários previamente combinados · Objetivo central: eliminação dos sintomas com retorno ao funcionamento pré-mórbido · Objetivo secundários: diminuição dos sintomas · Resposta: atinge quando ele responde a 50% dos sintomas que ele apresentava · Remissão: quando atingir a normalidade · Continuação: continua a medicação, pode acontecer recaídas , 4-9 meses · Consolidar e manter a melhora obtida · Avaliar junto ao paciente a possibilidade de ganhos adicionais (se sintomas residuais) · Monitorar adesão ao tratamento e sinais de recaída · Ao final dessa fase o paciente é considerados recuperado do episódio · Se indicado, fazer descontinuação gradual do tratamento · Objetivo Central: manter o progresso e evitar recaídas dentro do mesmo episódio · Manutenção: dura 1 ano ou mais · Recomendada aos pacientes com alta probabilidade de recorrência · Manter o tratamento conforme a avaliação e indicação · Monitorar a adesão ao tratamento e sinais de recorrência · Objetivo central: evitar novos episódios ·
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