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Política Externa e Direito Internacional na Economia

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13/05/2021 Disciplina Portal
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Economia Política
Aula 6 - Política Externa e o Direito
Internacional
INTRODUÇÃO
O processo de globalização econômica intensi�cou as relações internacionais, estimulando os �uxos comerciais e os
�uxos �nanceiros. Isso fez com que a Economia Internacional se tornasse cada vez mais privilegiada, como um ramo
especí�co da teoria econômica, e o Direito Econômico Internacional passasse a ter destaque no ramo jurídico. Deve ser
ressaltada a atuação do governo na política cambial, que se refere à intervenção na questão da taxa de câmbio, e na
política comercial, que se refere à interferência no movimento de mercadorias e serviços. 
O ramo do direito que rege as relações econômicas internacionais corresponde ao Direito Econômico Internacional. É o
segmento do direito internacional que estabelece as regras que determinarão as relações entre os agentes internos e
os demais países no tocante às transações internacionais de bens, serviços e capitais. 
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O processo de integração econômica é um acordo de natureza econômica-política entre governos nacionais e
soberanos, com o objetivo de reduzir as barreiras tarifárias e não tarifárias que restringem o comércio entre os países.
Conhecer os organismos internacionais é importante para analisar a atuação dessas instituições, no sentido de
estimular o comércio internacional e corrigir desequilíbrios nas contas externas dos países de�citários em suas
transações com o resto do mundo.
OBJETIVOS
Conhecer as políticas cambiais e o câmbio como instrumento de regulação comercial;
Compreender os Organismos internacionais: FMI, OMC E BIRD e o Direito Econômico Internacional;
Analisar o processo de Integração Econômica no processo de globalização.
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POLÍTICA EXTERNA E O DIREITO INTERNACIONAL
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Ao longo das últimas décadas, os países intensi�caram seus relacionamentos econômicos criando uma
interdependência de natureza comercial. Portanto, a globalização aprofundou essas relações a nível internacional, seja
por �uxos comerciais, seja por �uxos �nanceiros. Com isso, a Economia Internacional, como um ramo especí�co da
teoria econômica, passa a se destacar, e será analisada em seus aspectos mais relevantes. 
O comércio internacional resulta de uma aplicação da divisão do trabalho em sentido mais amplo na economia
internacional. Fundamentada pela teoria das vantagens comparativas, cada país se especializa em produzir os bens ou
oferecer os serviços em que possui melhores condições naturais e técnicas pro�ssionais. Cada país utiliza seus
fatores de produção na produção de bens e na prestação de serviços, buscando menores custos, baseado nas
melhores condições de seu solo, seu clima e de seu desenvolvimento tecnológico.
A teoria das vantagens comparativas (glossário) foi formulada por David Ricardo em 1817, considerado um dos
grandes nomes do pensamento econômico. David Ricardo analisa o comércio internacional, mostrando porque os
países negociam entre si, e os benefícios obtidos com a especialização em produtos que possuam vantagem
comparativa, comercializando-os no mercado internacional. 
A base da teoria das vantagens comparativas fornece uma de�nição para as trocas de mercadorias no comércio
internacional, a partir da formação dos custos de produção. Os países se especializarão na produção dos bens cujo
custo for comparativamente menor em relação ao veri�cado em outros países exportadores. A consequência natural
será que cada país buscará explorar as produções menos onerosas em termos de recursos empregados. 
As críticas quanto à teoria das vantagens comparativas se fundamentam quanto a sua rigidez, ao não considerar as
estruturas da oferta e da demanda existentes em cada país, assim como das relações de preços à medida que se
observa o crescimento do nível de renda mundial.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vantagem_comparativa
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Exemplo
, Utilizando o exemplo formulado por David Ricardo, Portugal deveria se especializar na produção de vinho e a Inglaterra na de
tecido, entretanto, à medida que ocorresse o crescimento da renda da população e o volume do comércio internacional, a
demanda por tecidos cresceria mais que proporcionalmente à demanda por vinho, e ocorreria uma tendência à deterioração da
relação de trocas entre Portugal e Inglaterra, em benefício da Inglaterra.
CÂMBIO
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A taxa de câmbio pode ser de�nida como a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
Representa o preço da moeda estrangeira (divisa) em termos da moeda nacional. 
Pode-se a�rmar, por exemplo, que 1 dólar vale 3,50 reais, ou 1 euro vale 1,35 dólar. 
A seguir, vamos conhecer os tipos de regimes cambiais.
Regimes cambiais 
Os regimes cambiais podem ser �xo e �utuante. Veja as especi�cações de cada um:
Fonte da Imagem:
A taxa de câmbio é denominada �xa, quando seu valor é de�nido pela autoridade econômica do país (Banco Central),
que se obriga a comprar e vender qualquer quantidade de moeda estrangeira (divisa) àquela taxa �xada. 
Portanto, ao �xar sua taxa de câmbio, o país se obriga a disponibilizar suas reservas para o mercado quando
requisitadas pelos exportadores, turistas ou pelos investidores.
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As taxas de câmbio são �utuantes ou �exíveis, quando seu valor é determinado pelo funcionamento do mercado de
moeda estrangeira (divisa), através do movimento de compra e venda de moeda estrangeira (divisa). Ao contrário do
regime cambial �xo, o Banco Central não é obrigado a disponibilizar suas reservas cambiais. Entretanto no regime
�utuante o Banco Central eventualmente atua no mercado, comprando ou vendendo moeda estrangeira para in�uenciar
a taxa de câmbio; essa prática é chamada de "�utuação suja".
Regimes ou Sistema de bandas cambiais 
No regime de câmbio �xo, a autoridade monetária pode adotar o sistema de bandas cambiais. O Banco Central �xa os
limites superior e inferior (bandas), entre os quais a taxa de câmbio pode variar. O Banco Central é obrigado a
disponibilizar suas reservas cambiais, quando requisitadas pelos exportadores, turistas ou investidores.
Assim, a demanda e oferta moeda estrangeira (divisa) ocorre da seguinte maneira:
A demanda de moeda estrangeira (divisa) é constituída pelos importadores de bens e serviços, que desejam pagar
suas compras no exterior, ou por outras pessoas que necessitam remeter recursos para o exterior (turistas,
investidores etc.).
A oferta de moeda estrangeira (divisa) é realizada pelos exportadores de bens e serviços, que recebe divisa por suas
vendas no exterior, ou por outras pessoas que tiverem recebido recursos no exterior (turistas do exterior, capitais
�nanceiros internacionais etc.). A moeda estrangeira (divisa) necessita ser convertida em Real, pois não pode ser
utilizada no pagamento de despesas correntes no Brasil.
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Quando a taxa de câmbio aumenta de valor, signi�ca que houve desvalorização da moeda nacional (depreciação), ou
seja, ela perdeu valor em relação à moeda estrangeira (divisa). Assim, a desvalorização cambial indica que será
necessário um maior número de reais para cada unidade de moeda estrangeira.Por exemplo, a moeda nacional é
desvalorizada em relação ao dólar.
A valorização cambial (apreciação), por sua vez, signi�ca que a moeda nacional se fortaleceu em relação à moeda
estrangeira (divisa), e que será necessário um menor número de reais para cada unidade de moeda estrangeira.
Saiba mais
, A taxa de câmbio in�uencia diretamente o resultado das contas externas do país. Se a moeda nacional estiver desvalorizada,
estimulará as exportações, pois os exportadores receberão mais reais pela mesma quantidade de moeda estrangeira (divisa),
aumentando, consequentemente, o volume de moeda estrangeira (divisa) disponível no país. No caso da desvalorização da
moeda nacional, o custo do bem produzido no país torna-se mais competitivo em relação à produção externa. Por outro lado, se a
moeda nacional estiver valorizada, há um estímulo às importações e um desestímulo às exportações, pois os exportadores
receberão menos reais pela mesma quantidade de moeda estrangeira (divisa), reduzindo-se a oferta de moeda estrangeira
(divisa) internamente.
POLÍTICAS CAMBIAIS E O CÂMBIO COMO INSTRUMENTO DE
REGULAÇÃO COMERCIAL
O governo interfere na área internacional, seja por meio da política cambial ou da política comercial. A política cambial
se refere a sua atuação na questão da taxa de câmbio, enquanto a política comercial refere-se a sua interferência no
movimento de mercadorias e serviços. 
O Brasil adotou o regime de câmbio �xo quando era necessário combater a elevada taxa de in�ação que permanecia
por anos no país. Como o produto importado tem seu valor �xado em moeda estrangeira, o preço dos produtos
importados não é afetado pelas variações cambiais. Com isso, o governo pode combater a elevação interna de preços
por meio do aumento das importações, impedindo desabastecimentos e estimulando a competição interna.
A vantagem do regime de câmbio �utuante é quando o governo precisa manter o nível de reservas cambiais. Como o
mercado determina a taxa de câmbio pelo movimento de oferta e demanda de divisas, o governo não se vê obrigado a
dispor de suas reservas cambiais. Caso ocorra um ataque especulativo, a moeda nacional se desvalorizará até
encontrar um novo ponto de equilíbrio. No entanto, podem ocorrer elevadas desvalorizações cambiais, que afetam os
preços dos insumos importados e o nível de preços internos.
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A desvantagem do regime de câmbio �xo é o fato de que as reservas cambiais �cam mais sujeitas à especulação e
cria maior dependência do capital externo de curto prazo necessário para o país manter suas reservas internacionais.
No regime de taxa de câmbio �xa, quando ocorre esse ataque especulativo, o governo costuma manter elevadas as
taxas de juros, para atrair o capital �nanceiro internacional de curto prazo.
Exemplo
, No Brasil, o Banco Central vem interferindo indiretamente no nível de taxa de câmbio, através da compra e venda de divisas no
mercado, mantendo-o dentro do patamar que considera desejável para manutenção de sua política econômica. Quando a moeda
nacional atinge nível de valorização indesejável, podendo afetar o nível de exportações do país, o Banco Central adquire moeda
estrangeira (divisa) no mercado nacional, evitando uma apreciação excessiva da moeda. Pode-se chamar este tipo de regime
cambial em que a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, mas que o Banco Central interfere no mercado comprando e
vendendo moeda estrangeira (divisa), como �utuante sujo.
ECONOMIA INTERNACIONAL E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
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O segmento do direito que rege as relações econômicas internacionais é denominado Direito Econômico Internacional.
É o ramo do direito internacional que regula a mobilização dos fatores de produção pelos diversos estados e as
transações internacionais relativas a bens, serviços e capitais. 
A Constituição Federal de 1988 contém as disposições fundamentais relativas às relações econômicas internacionais,
ou seja, as relações de ordem econômica que a União, os Estados, os Municípios, os indivíduos e as empresas mantém
com o exterior.
Dessa forma, compete à União:
Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organismos internacionais (inciso I do art. 21 da C. F. de
1988). Portanto, a competência para regular o comércio exterior, de importação ou exportação, cabe com exclusividade
à União Federal.
Instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros ou sobre a exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados (incisos I e II do art. 153 da C. F. de 1988).
Compete privativamente ao Senado Federal:
Autorizar operações externas de natureza �nanceira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios (inciso V do art. 52 da C. F. de 1988).
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A Lei nº 4131 de 1962 (glossário), que disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas de valores para o
exterior, e legislação complementar sobre a matéria, determinam que:
São capitais estrangeiros, os bens, máquinas e equipamentos, entrados no Brasil, destinados à produção de bens ou serviços,
bem como os recursos �nanceiros ou monetários, introduzidos no país, para aplicação em atividades econômicas, desde que, em
ambas as hipóteses, pertençam a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior.
Ao capital estrangeiro que investir no País, será dispensado tratamento jurídico idêntico ao concedido ao capital nacional, sendo
vedadas quaisquer discriminações.
O Banco Central do Brasil é responsável por manter um registro de capitais estrangeiros, qualquer que seja sua forma de ingresso
no País, bem como de operações �nanceiras com o exterior.
As pessoas físicas são obrigadas na forma, limites e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, a declarar ao
Banco Central do Brasil, os bens e valores que possuírem no exterior, podendo ser exigida a justi�cação dos recursos empregados
na sua aquisição.
As operações cambiais serão efetuadas através de estabelecimentos autorizados a operar em câmbio; entre outras
determinações contidas na legislação.
ORGANISMOS INTERNACIONAIS: FMI, OMC E BIRD E O DIREITO
INTERNACIONAL ECONÔMICO
O objetivo de criar um Sistema Monetário Internacional foi o de viabilizar as transações entre países, estabelecendo
regras e convenções que regulassem as relações monetárias e �nanceiras e não gerassem entraves ao
desenvolvimento mundial.
A ONU (glossário) (Organização das Nações Unidas), em 1944, realizou em Bretton Woods, New Hampshire, a
Conferência de Bretton Woods, em que foram criados o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial como
organismos econômicos internacionais que iriam regular o Sistema Monetário Internacional. Pouco depois da
Conferência de Bretton Woods, foi criado o GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), que se transformou, em
abril de 1994, na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fonte da Imagem:
Fundo Monetário Internacional (FMI) 
O Fundo Monetário Internacional (FMI), que começou a funcionar em 1º de março de 1947, tem a �nalidade de auxiliar
os países que apresentam dé�cits e desequilíbrios ocasionais nas contas externas, causados por conjunturas
internacionais adversas, e incentivar a livre circulação internacional de bens e serviços. O FMI procura também
promover a cooperação monetária internacional, a expansão do comércio de modo harmônico, visando, o pleno
emprego em níveis elevados, e ainda, promove a estabilidade cambial contribuindo para constituição de um sistema
multilateral de pagamentos, supervisionando, por �m, a dívida externa. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4131.htm
http://nacoesunidas.org/
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O capital do fundo é formado por contribuições dos países-membros, na razão da importância econômica de cada
contribuinte. Ao invés de tomar um empréstimo, o país em di�culdade nas contas externas pode realizar um convênio
“stand-by”, em que, apesar de disponível, só utiliza o recurso quando efetivamente necessita.
Banco Mundial ou BIRD 
Conhecido também por Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o Banco Mundial iniciou suas
operações em 27 de dezembro de 1945, com a �nalidade de auxiliar a reconstrução dos países destruídos pela guerra,
particularmente a Alemanha e o Japão. O fortalecimento das economias europeias e o Japão redirecionaram a
atuação do Banco Mundial para o �nanciamento de projetos de recuperação e construção da infraestrutura necessária
ao crescimento dos países em desenvolvimento. 
O Banco Mundial tem seu capital subscrito pelos países, na proporção de sua importância econômica no cenário
internacional. As operações de empréstimo são realizadas a taxas de juros mais reduzidas, direcionadas a países em
desenvolvimento, com a �nalidade de promover projetos economicamente viáveis, especialmente de infraestrutura,
importante para o desenvolvimento desses países.
Desse modo, a função do BIRD é a de �nanciar empréstimos e, também, dar assistência aos países em
desenvolvimento investindo em saúde, educação, proteção ao meio ambiente, redução da pobreza.
Organização Mundial do Comércio (OMC) 
Ao �ndar a Segunda Guerra Mundial, em 1946, 23 países decidiram estabelecer o processo de regulação das relações
econômicas internacionais, visando impulsionar a liberalização comercial e combater práticas protecionistas adotadas
internacionalmente. Posteriormente, os países denominados fundadores, iniciaram negociações tarifárias (primeira
rodada) e o conjunto de normas e concessões proveniente do acordo passou a ser chamado Acordo Geral sobre
Tarifas e Comércio - GATT.
O GATT desempenhou papel importante nas sucessivas rodadas de negociações entre os países envolvidos no
comércio internacional e conseguiu reduzir o protecionismo ao comércio internacional, estabeleceu a compensação
aos países atingidos por elevação de tarifas alfandegárias, e produziu a arbitragem dos con�itos de natureza
comercial. Com o acordo de Marrakesh, em abril de 1994, o GATT transformou-se na Organização Mundial do
Comércio (OMC) (glossário).
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-e-financeira/132-organizacao-mundial-do-comercio-omc
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A não discriminação entre os países - membros sejam países desenvolvidos, em desenvolvimento ou
subdesenvolvimento.
Gradativa redução das barreiras tarifárias (aduaneiras) e não tarifárias (cambiais ou de outra natureza).
Elaboração de normas de intercâmbio que garantam livre �uxo das mercadorias no comércio internacional.
Contribuição das partes integrantes para a permanente elevação do padrão de vida dos povos.
Atenção
, Referente à propriedade intelectual, os países-membros da OMC estão obrigados a proteger os direitos às patentes, assim como
aos segredos pro�ssionais e ao registro de marcas. Com isso, procura-se combater a pirataria e desestimular práticas desleais
que afetam o investimento de companhias como as do setor farmacêutico e as do setor de vestuário/calçado.
Fonte da Imagem:
No Brasil, o Decreto Legislativo nº 30 de 15/12/94 (glossário) aprovou e o Decreto nº 1.355, de 30/12/94 (glossário) –
DOU 31/12/94 promulgou o texto na íntegra da mencionada Ata Final, que contém, além do Acordo Constitutivo da
Organização Mundial do Comércio (OMC), vários acordos que nortearão as regras que serão aplicadas no comércio
internacional nos próximos anos. 
Os Acordos Antidumping, sobre Subsídios (glossário) e as Medidas Compensatórias (glossário) também foram
incorporadas à Ata �nal. Pode-se, assim concluir, que a OMC tem como �nalidade precípua combater o abuso do poder
econômico, relativo às desigualdades comerciais entre as nações membros.
INTEGRAÇÃO ECONÔMICA NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
O processo de integração econômica pode ser de�nido como o acordo de natureza econômico-político entre governos
nacionais e soberanos, com a �nalidade de redução das barreiras tarifárias e não tarifárias que restringem o comércio
entre os respectivos países signatários. Podemos citar como exemplos desses acordos:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/DLG/DLG-30-1994.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d1355.htm
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União Europeia
A União Europeia (//europa.eu/index_pt.htm) tem como objetivo fazer a integração
econômica entre os países pertencentes ao bloco europeu signatários do acordo, por meio
da eliminação total dos impostos de importação e exportação, promovendo a livre
circulação de pessoas, bens e serviços. 
Discutido desde o �ndar da Segunda Guerra Mundial, após cumprir diversas etapas, surge
em 7 de fevereiro de 1992, o Tratado da União Europeia que estabelece a integração de
países europeus por meio da formação das Comunidades Europeias. A uniformização da
política econômica conta nos títulos VI e VII , art. 102-A “Os Estados-Membros conduzirão
suas políticas econômicas no sentido de contribuir para a realização dos objetivos da
Comunidade [...]. Os Estados-Membros e a Comunidade atuarão de acordo com o princípio
de uma economia de mercado aberto e de livre concorrência, favorecendo uma repartição
e�caz dos recursos [...]”.
MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) (//www.mercosul.gov.br/) foi concluído em
26/03/91, entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, tendo entrado em vigor em 29 de
novembro do mesmo ano. O objetivo do acordo é criar um mercado comum entre os países
integrantes, por meio de: 
a) Livre circulação de bens, serviços e fatores de produção; 
b) Eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio entre os países membros; 
c) Adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC ) – em função da TEC, todos os produtos
importados de países não participantes do MERCOSUL, estão sujeitos à mesma alíquota de
importação ao serem internalizados em qualquer dos Estados Partes; 
d) Coordenação das políticas macroeconômicas entre os países membros dentro do
MERCOSUL. 
Por meio da decisão nº 23/94 do Conselho do Mercado Comum foram estipulados
requisitos especí�cos de origem, em que, para obter o Certi�cado de Origem, o produto
deverá ter pelo menos 60% (sessenta por cento) de componentes produzidos na região.
Portanto, para fazer parte do MERCOSUL, o produto originário dos Estados Partes deverá ter
no mínimo 60% (sessenta por cento) de componentes produzidos internamente. 
No protocolo de Fortaleza, de 17 de dezembro de 1996, o MERCOSUL estabeleceu um
mecanismo de defesa da concorrência que muito se parece à legislação antitruste brasileira
(Lei no. 8884/94 quase integralmente revogada pela Lei no. 12.529/11
(//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm)). Combate os atos
praticados por pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, que venham a afetar
o processo de concorrência no âmbito do MERCOSUL. O art. 4º do anexo ao protocolo
estabelece que “Constituem infração às normas do presente Protocolo, independentemente
de culpa, os atos, individuais ou concertados, sob qualquer forma manifestados, que tenham
por objeto ou efeito limitar, restringir, falsear ou distorcer a concorrência ou o acesso ao
mercado ou que constituam abuso de posição dominante no mercado relevante de bens e
http://europa.eu/index_pt.htm
http://www.mercosul.gov.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm
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serviços no âmbito do MERCOSUL e que afetem o comércio entre os Estados Partes”. 
O processo de defesa comercial do MERCOSUL incorpora uma política comum de
salvaguardas, bem como a defesa contra a importação de produtos em que �que
caracterizado um Dumping ou preços subsidiados, que venham a prejudicar à produção
interna do MERCOSUL.
NAFTA
O Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA)
(//www.camara.leg.br/mercosul/blocos/NAFTA.htm) tem como participantes os Estados
Unidos, México e Canadá. Sua �nalidade é constituir uma zona de livre comércio visando à
eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias sobre as transações de bens, serviços e
capitais. 
A questão a ser resolvida na implantação plena deste acordo é a grande diferença
socioeconômica do México em relação aos outros membros do bloco. Por sua vez, os
Estados Unidos e o Canadá receiam perder suas indústrias para um país com mão de obra
muito mais barata, apesar de serem bem mais competitivas comparadas com a indústria
mexicana.
ATIVIDADE
Vamos exercitar os seus conhecimentos!
Leia o texto “Câmara aprova acordos internacionais e projeto de lei (Correio do Estado – Mato Grosso do Sul,
02/06/2015) (glossário)” e, em seguida, comente sobre os tópicos a seguir:
A importância do processo de integração econômica para o fortalecimento da economia brasileira.
A importância do Direito Econômico Internacional na regulação das relações econômicas externas do país. Poderá ser
consultado o site do Itamaraty (glossário).
Resposta Correta
PDF
, Você poderá, também, exercitar os conhecimentos que aprendeu nesta aula através de uma lista de exercícios que preparamos. 
Para acessar à lista de exercícios, clique aqui (galeria/aula6/docs/A6_t8b.pdf).
http://www.camara.leg.br/mercosul/blocos/NAFTA.htm
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon639/galeria/aula6/docs/A6_t8.pdf
http://www.itamaraty.gov.br/
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon639/galeria/aula6/docs/A6_t8b.pdf
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Glossário
SUBSÍDIOS
É o auxílio �nanceiro, �scal e comercial concedido pelo governo ou entidade pública localizada no país de exportação.
MEDIDAS COMPENSATÓRIAS
Compensação sobre o dano causado ao país exportador por práticas contrárias ao comércio exterior como o subsídio.
DUMPING
É a introdução no mercado de outro país de um produto a preço inferior ao seu valor normal ou custo de fabricação.

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