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Farmacologia do sistema nervoso autônomo

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Relevância clínica: 
 Fármacos de modulação rápida de funções viscerais; 
 Pressão arterial (FC, RP, volemia); 
 Ventilação (FR, broncoconstrição, broncodilatação); 
 Motilidade e secreção TGI superior; 
 Controle metabólico; 
 Secreções em geral (sudorese, salivação); 
 Constrição / dilatação pupilar; 
 Esvaziamento da bexiga; 
 Temperatura corporal. 
O sistema nervoso autônomo: 
 Regra geral: controle “antagônico” das funções 
periféricas; 
 Simpático: adrenérgico / noradrenérgico; 
 Parassimpático: colinérgico; 
 Os neurônios pré-ganglionares partem do SNC (de locais 
diferentes na medula), sendo que no SNA parassimpático 
o neurônio é longo (se estende até o órgão alvo), e o 
pós-ganglionar é curto; 
 O neurônio do SNA simpático pré-ganglionar é curto e os 
pós-ganglionares são longos; 
 A adrenalina tem função hormonal na corrente 
sanguínea, pela estimulação da medula adrenal. 
Ativação simpática: 
 Ansiedade e alerta; 
 Dilatação da pupila (midríase); 
 Broncodilatação, aumento da FC e PA; 
 Aumento da força muscular / irrigação; 
 Lipólise, glicogenólise, gliconeogênese, hiperglicemia e 
aumento da coagulação (aumento do aporte de energia); 
 Aumento da sudorese e temperatura; 
 Diminuição da motilidade / irrigação do TGI/SU. 
 
Transmissão (nor)adrenérgica: 
 Catecolaminas; 
 Na medula adrenal existe uma enzima que transforma a 
noradrenalina em adrenalina; 
 Adrenalina prefere receptores beta-2 (presente em 
brônquios); 
 Noradrenalina prefere alfa-1 (presente em vasos); 
 Os neurotransmissores podem ser degradados (MAO) ou 
podem ser reutilizados; 
 Receptores adrenérgicos – 3 classes: beta (acoplados a 
proteína Gs – aumento da atividade AC, aumento de 
AMPc – ativação de quinase A – aumento da 
fosforilação proteica); alfa 1 (associada a proteína Gq – 
ativa fosfolipase C – produção de diacilglicerol e IP3) e 
alfa 2; 
- Alfa 1: Gq (aumento de Ca+2). Arteríolas, veias e 
musculatura ocular. Vasoconstrição (arteríolas periféricas, 
cerebrais, viscerais) – aumento da PA – e midríase; 
- Alfa 2: Gi (diminuição de AMPc). Terminais pré-sinápticos. 
Diminuição da liberação de noradrenalina. 
- Beta-1: Gs (aumento de AMPc). Coração. Aumento da 
frequ^ncia cardíaca (taquicardia) e aumento da força de 
contração cardíaca; 
- Beta-2: Gs (aumento de AMPc). Brônquios, traquéia, 
pâncreas e alguns vasos. Vasodilatação (veias, artérias 
coronárias e musculares) – diminuição da PA –, 
broncodilatação e secreção de insulina. 
- Beta-3: Gs (aumento de AMPc). Tecido adiposo. Aumento 
da lipólise. 
Fármacos com alvo o SNA simpático: 
1. Simpatomiméticos (adrenérgicos): 
 Mimetizam a função simpática; 
 Ação direta (ativa receptor); 
 Ação indireta (aumento de noradrenalina). 
2. Simpatolíticos (antiadrenérgicos): 
 Ação direta (bloqueia receptor); 
 Ação indireta (diminuição de noradrenalina). 
Agentes simpatomiméticos: 
Ação direta – agonistas: 
 Seletividade variável; 
 Epinefrina; Noraepinefrina; Dobutamina; 
 Noradrenalina prefere alfa, adrenalina prefere beta e 
isoproterenol somente beta (isento de ação em alfa); 
Agonistas alfa-1 adrenérgicos: 
 Fenilefrina e oximetazolina; 
 Descongestionantes nasais (vasoconstrição); 
 Colírio midriático (exames oftalmológicos); 
 Pode causar aumento da PA (dependendo da dose). 
Agonistas alfa-2-adrenérgicos: 
 Clonidina, xilazina, dexmedetomidina; 
 Efeito simpatolítico indireto? 
 Analgesia / sedação – mecanismos espinais e 
encefálicos; 
 Hipertensão / enxaqueca – redução do tônus simpáticos; 
 Podem causar sedação e hipotensão. 
Agonistas beta-2-adrenérgicos: 
 Clembuterol, albuterol, salbutamol, formoterol, 
terbutalina; 
 Asma – broncodilatação; 
 Retardo do parto prematuro – relaxamento da 
musculatura uterina; 
 Podem causar tremores. 
Ação indireta: 
 Impedindo o metabolismo de NA, a sua receptação ou o 
deslocamento da NA de vesículas; 
 Inibidores da MAO, que impedem a degradação de 
noradrenalina; 
 Antidepressivos; 
 Inibidores da COMT (enzima pós-sináptica) – tratamento 
do Parkinson; 
 Deslocamento da NA de vesículas por anfetamina. 
Agentes simpatolíticos: 
Ação direta: 
Antagonistas alfa-1-adrenérgicos: 
 Prazosina, doxazosina, terazosina, tansulosina 
(“usosseletivo”); 
 Hipertensão – vasodilatação; 
 Hiperplasia prostática – reduz a proliferação celular; 
 Pode causar hipotensão e taquicardia reflexa. 
Antagonistas beta-adrenérgicos não-seletivos: 
 Propanolol, alprenolol, timolol, nadolol; 
 Glaucoma – redução de pressão intraocular; 
 Hipertensão – redução do débito cardíaco, descarga 
adrenérgica no SNC; 
 Ansiedade – redução de efeitos somáticos (tremor) – 
não indicado; 
 Angina / infarto do miocárdio / arritmia – redução do 
débito, contratilidade e consumo de O2; 
 Pode causar fadiga; 
 Não indicado para pacientes com asma, bronquite crônica 
e enfisema pulmonar (broncoconstrição) 
 Não indicado para pacientes portadores de diabetes, em 
especial tipo I (causa hipoglicemia), uma vez que os sinais 
de alerta são tremores, sudorese e taquicardia e o 
fármaco inibe tudo isso. 
Antagonistas beta-1-seletivos (cardiosseletivos): 
 Atenolol, metoprolol; 
 Menos arriscados para asmáticos e diabéticos. 
Ação indireta: 
Redução na rota sintética de NA: 
 Alfa-metiltirosina (substrato falso – análogo da tirosina). 
Inibe a enzima de maneira irreversível, inibindo a rota 
sintética; 
 Carbidopa – impede a rota sintética; 
 Metildopa – falso precursor. Consegue a mesma rota 
sintética para produzir um transmissor falso (estrutura 
alterada), que funciona menos que a NA e não deixa que 
a NA seja produzida; 
 Uso raro desses fármacos – tratamento da hipertensão 
em gestantes. 
 
Redução na via de armazenamento de NA: 
 Vesículas vazias. 
Ativação parassimpática: 
 Constrição da pupila (miose); 
 Brococonstrição, diminuição da FC e diminuição da PA; 
 Aumento de secreções (pilmões, TGI); 
 Aumento da motilidade / irrigação TGI/SU; 
 Diminuição do tônus de esfíncter. 
Transmissão colinérgica: 
- M1: Gq (aumento de Ca+2). Musculo liso, SNC. 
- M3: Gq (aumento de Ca+2). Musculo liso, endotélio, glândulas, 
olhos. 
- M5 Gq (aumento de Ca+2). SNC. 
M1, M2 e M5: aumento da salivação e lacrimejamento; 
aumento de secreções; contração da musculatura visceral; 
vadilatação (diminuição da PA); broncoconstrição; miose. 
- M2: Gi (diminuição de AMPc). Coração. 
- M4: Gi (diminuição de AMPc). SNC. 
M2 e M4: diminuição da frequência cardíaca (bradicardia); 
diminuição da força de contração cardíaca. 
Ativação parassimpática: 
- Olho: miose (M2/M3) 
- Coração: diminuição da FC e contratibilidade (M2) 
- Vasos: dilatação (M3) 
- Pulmão: broncoconstrição(M3) 
- TGI: aumento da motilidade e secreção (M2/M3) 
- Glândulas: aumento de secreção (M2/M3) – exceto 
sudoríparas. 
Fármacos com alvo no SNA parassimpático: 
1. Parassimpatomiméticos (colinérgicos): 
 ação direta (ativa receptor); 
 ação indireta (aumenta liberação de acetilcolina) 
2. Parassimpatolíticos (anticolinérgicos): 
 ação direta (bloqueia receptor); 
 ação indireta (diminuição de acetilcolina). 
Agentes parassimpatomiméticos: 
Ação direta - agonistas muscarínicos: 
 Muscarina, pilocarpina, betanecol, carbacol; 
 Glaucoma – miose e redução da pressão intraocular; 
 Tratar intoxicação por antagonistas muscarínicos 
(atropina); 
 Pode causar hipotensão, efeito laxativo e cólica.. 
Ação indireta: 
Inibição da acetilcolinesterase (AChE): 
 A acetilcolina fica mais tempo na fenda sináptica. 
Inibição reversível da AChE: 
 Neostigmina, fisostigmina, edrofônio (ação curta); 
 Glaucoma – miose e redução da pressão intraocular; 
 Inativação da enzima AChE. 
Inibição irreversível da AChE (organofosforados): 
 Ecotiopato, diflós e alguns pesticipas; 
 Fosforilam a AChE; 
 Vantagem em glaucoma: não é necessáriousar várias 
vezes ao dia para diminuir a pressão ocular; 
 Toxicidade dos organofosforados; 
 Sudorese, salivação excessiva, diarréia, náuseas, 
hipotensão, dores abdominais, tremores, confusão e 
convulsão (SNC), parada cardiorrespiratória; 
 Inseticida – paration e malation; 
 Intoxicação colinérgica – agonista muscarínico (atropina). 
Agentes parassimpatolíticos: 
Ação direta – antagonistasm muscarínicos: 
 Atropina, escopolamina, ipratrópio; 
 Cólicas abdominais – inibição da motilidade TGI, 
relaxamento muscular (Buscopan); 
 Asma – broncodilatação, redução de secreções; 
 Colírio midriático – midríase (exames oftalmológicos); 
 Tratamento de intoxicação por organofosforados; 
 Pode causar taquicardia, ruborização facial, hipertermia. 
 
Ação indireta: 
Interferindo na síntese de ADh: 
 Hemicolínio. 
Interferindo no armazenamento de ACh: 
 Vesamicol. 
 Interferindo na liberação da ACh: 
 Toxina butolínica; 
 Degrada proteínas de interação da vesícula. 
Transmissão colinérgica ganglionar: 
 Receptores nicotínicos; 
 Existem gânglios em todo o SNA; 
 Se o fármaco não for seletivo para gânglios neuronais, 
ele atinge placa motora; 
 Ao usar um agonista nicotínico, ativa tanto simpático, 
quanto parassimpático – interessante somente em 
procedimentos cirúrgicos; 
 Nicotina – droga recreativa; 
Agentes ganglionares: 
 Trimetafana, hexametônio; 
 Simpático – redução de PA e sangramentos; 
 Parassimpático – redução de secreções, paralisia do TGI 
e micção.

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