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Infecçõe� fúngica� opo�tunista� � sistêmica� - Todos os fungos: São eucariontes; As células tem parede de quitina, glicanos e mananas; Tem ergosterol na membrana plasmática; Fazem digestão extracorpórea; Os fungos podem ser leveduras e bolores/fungos filamentosos; Leveduras - um conjunto de HIFAS formam um micélio, mas eles também podem ser dimórficos; - Classificação: 1. Causadas por fungos dimórficos: a) Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii; b) Histoplasma capsulatum; c) Coccidioides immitis e C. posadasii; d) Blastomyces dermatitidis; e) Penicillium marneffei; 2. Causadas por leveduras clássicas: a) Cryptococcus neoformans e C. gattii; b) Candida albicans e outras espécies; 3. Causadas por bolores: a) Aspergillus fumigatus e outras espécies; b) Mucor sp. e Rhizopus sp; Micoses sistêmicas (profundas) - acometem órgãos e sistemas internos; - Características e seus patógenos: → A maioria é de localização silvestre; → Os fungos são encontrados no solo e desejos de animais; → Principal porta de entrada: vias aéreas superiores; → Mais comum nos homens; → Não são transmitidas pelo contato direto; → Os causadores de micoses sistêmicas são termo-dimórficos; → 90% dos infectados são assintomáticos ou com rápida resolução da infecção; → Os indivíduos com doença crônica apresentam resposta do tipo granulomatosa; - Paracoccidioides brasiliensis: → Apresentam grande variabilidade genética; → Infecção pela inalação ou penetração pela mucosa de propágulos; → No paciente, aparece como levedura multibrotantes com aspecto de roda de leme; → O estabelecimento da doença requer contato prolongado, crônico, com solo contaminado (considerar trabalhadores rurais, garimpeiros e construtores civis); → Fatores de virulência: capacidade de sintetizar melanina; reduz a fagocitose por macrófagos; resistência a antifúngicos (anfotericina B); glicoproteína gp43 - liga-se a laminina, aumentando a adesão do fungo às células epiteliais; → Considerar em paciente: população rural, com ulceração de mucosas e pode causar pneumonia; → PCM é uma infecção de trato respiratório, mas pode se disseminar para outros tecidos; → Patogênese: inalação de conídios → nos alvéolos ocorre a conversão da forma filamentosa para a forma leveduriforme → do pulmão pode ocorrer disseminação hematogênica, que pode ser assintomática. A resposta imune apresenta padrão neutrofílico e granulomatoso → quadro agudo/subagudo (juvenil): acomete sistema reticuloendotelial. O quadro pode ocorrer em pacientes imunossuprimidos → quadro crônico: semelhante à tuberculose, contudo, o comprometimento pulmonar ocorre nos campos médio e inferiores do órgão. Podem apresentar lesões ulcerativas ou pápula-nodulares na mucosa e vestíbulo nasal; → Formas clínicas: mucocutânea ou tegumentar; linfática ou ganglionar; visceral e mistas; → Os indivíduos podem apresentar: portadores sem doença; tratados com ou sem sequelas; → Resposta imune com formação de granulomas: Th1 - formação de granulomas compactos e resolução da doença; → Sintomas (progressão da doença): tosse persistente, escarro purulento, dor torácica, perda de peso, dispneia e febre. As lesões pulmonares são nodulares, infiltrativas, fibróticas e cavitárias; → Sinas: 1. Linfadenomegalia; 2. Lesões verruciformes ulceradas; 3. Lesões pápulo-nodulares; 4. Progressão de 2 anos de tratamento; 5. Forma pulmonar: em alguns, única manifestação; - Histoplasma capsulatum → Os surtos de histoplasmose têm sido associados à exposição a poleiro de aves, cavernas e construções deterioradas ou projetos de renovação urbana envolvendo escavação e demolição; → Se disseminam através de fezes de aves e morcegos; → Infecção ocorre nos pulmões por inalação do fungo; → A forma leveduriforme sobrevive e se multiplica dentro dos macrófagos, disseminado se pela via hematogênica dentro das células; → A quantidade de conídios inalados é determinante para a instalação da doença em imunocompetentes; → Patogênese: maior consumpção e progressão mais rápida que a PCM; Inalação de conídios → nos alvéolos ocorre a conversão da forma filamentosa para a forma leveduriforme → no pulmão ocorre a fagocitose por macrófagos e neutrófilos. O fungo consegue sobreviver dentro dos macrófagos sendo transportado para os linfonodos hilares e mediastinais, por onde ocorre disseminação → mesmo com a disseminação, a resposta imune adaptativa mediada por linfócitos TCD4+ com padrão Th1 promove a destruição os fungos e conter a doença→ indivíduos com algum tipo de imunodeficiência celular podem apresentar a doença de forma disseminada; → Considerar em paciente: viajante e visitante de cavernas; → Pode cavitar lobo superior; Pneumonia e/ou forma disseminada quando CD4< 100 células/mm ;³ → A forma disseminada pode ser fatal: o fungo invade a medula óssea causando pancitopenia; → Formas clínicas e sintomas: 1. Infecção pulmonar aguda: sintomas de resfriado com febre, calafrios, cefaléia, tosse, mialgias e dor torácica. Observação importante: adenopatia hilar ou mediastinal e infiltrados pulmonares irregulares; 2. Histoplasmose pulmonar crônica: cavidades apicais e fibrose; 3. Infecção disseminada: perda de peso, úlceras orofaríngeas, hepatoesplenomegalia. O envolvimento da medula óssea pode produzir anemia, válvulas cardíacas e o sistema nervoso central. Se não tratada evolui para óbito; - Coccidioides immitis → Causador de coccidioidomicose; → Comum nas américas e conhecida como Febre do vale; → Maioria dos indivíduos são assintomáticos; → Famosa doença dos caçadores de tatu; → As esférulas contém uma grande quantidade de esporos e permitem que o fungo cause a doença mesmo com uma menor carga fúngica; → Identificação por teste cutâneo e das esférulas em fluídos e tecidos (mais específicos); → Tratamento: cetoconazol e itraconazol ou anfotericina B; → Formas clínicas e sintomas: 1. Pulmonar primária: surge após 3 semanas de exposição ao fungo. Cerca de 60% dos indivíduos infectados evoluem para a cura, os demais apresentam manifestações de doença respiratória aguda, simulando gripe, com febre, sudorese noturna, tosse e/ou dor torácica tipo pleurítica; 2. Pulmonar progressiva: pode se apresentar - lesões nodulares ou cavitárias, as vezes representando achado radiológico casual; doença pulmonar fibrocavitária; disseminação miliar pulmonar, diagnóstico diferencial com a TB; 3. Disseminada: pacientes com a forma pulmonar primária evoluem com disseminação das lesões, predominantemente para a pele, SNC e sistema osteoarticular; Micoses Oportunistas - acometem indivíduos debilitados; - Grupos de alto risco: indivíduos submetidos à transfusão de sangue, transplante de medula e sangue, transplante de órgãos sólidos e cirurgias de grande porte (especialmente cirurgia do trato gastrointestinal); também portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e de doença neoplásica, pacientes sob terapia imunossupressiva, idoso e crianças nascidas prematuramente; - Principais agentes: Candida albicans, Cryptococcus neoformans e Aspergillus fumigatus; - Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii: → São leveduras encapsuladas, que variam do esférico ao oval, e medem entre 2 e 20 de diâmetro; → Fungo encontrado no solo e fezes de pombo (levedura); → Apresenta cápsula mucopolissacarídeo, sobrevivendo em ambiente hostil por meses e até anos; → Nos tecidos: a cápsula é maior. No meio ambiente: a cápsula é mais delgada, favorecendo a transmissão por aerossóis; → Fatores de virulência: cápsula, melanina e as enzimas - fosfolipase, proteinase, urease e fenol-oxidase; → Se apresenta em formas subaguda ou crônica; → O fungo é inalado, atingindo primeiramente os pulmões; → Tem tropismo pelo SNC, podendo causar meningite; → Infecção se dá em pacientes imunossuprimidos; → Criptococose pulmonar: variação - desde um processo assintomático até uma pneumonia bilateral fulminante, infiltrados nodulares podem aparecer em apenas um lobo pulmonar ou ser bilaterais, tornando-se mais difusos em infecções mais graves; a cavitação é rara; - Cryptococcus sp - Meningoencefalite→ C. neoformans é o agente mais comum de meningite fúngica, ocorre em paciente com baixa imunidade celular. → Pode ser crônica, fatal (se não tratada). As meningites cerebrais subjacente são envolvidos; → Sintomas: febre, dores de cabeça, meningismo, distúrbios visuais, alterações mentais e convulsões; - Candida sp → Morfologia: leveduriformes ovais, produzem brotamentos ou blastoconídios; Produzem hifas verdadeiras e pseudo-hifas; → Colonização em humanos: trato GI (da boca até o reto), podem ser comensais na vagina e na uretra, na pele e sob as unhas das mãos e pés; → Agente etiológico mais comum na candidíase humana; → Principais contaminações são causadas por contaminação endógena; → Transmissão: exógena associada ao uso de soluções contaminadas, nutrição parenteral, transdutores de pressão vascular, válvulas cardíacas e córneas; → Síndromes clínicas: Infecções de mucosas oral (sapinho); Infecções de mucosa vaginal; Candidíase mucocutânea crônica: lesões granulomatosas, desfigurantes; Candidíase sistêmica: colonização de tecidos profundos, como vísceras abdominais, coração, olhos, ossos e articulações e o cérebro; Candidíase do SNC; → Fatores de virulência: dimorfismo, adesinas, produção de enzimas, cândida-toxina; - Bolores → Aspergillus fumigatus; → Causam Aspergilose; → Encontrados em material de decomposição; → Produzem toxina AFLATOXINA (carcinógeno), podendo contaminar a cadeia alimentar, chegando até o homem; → Órgão mais afetado: FÍGADO; → Forma cutânea: pápulas, pústulas, nódulos, abscessos, lesões necrosantes; → Foco primário: bola fúngica, podendo estar associado à TB; → Disseminação invasiva (nosocomial) - imunossuprimidos; → Aspergilose pulmonar: infecção pulmonar fracamente invasiva. Colonizam os seios paranasais e das vias aéreas inferiores podendo resultar em aspergilose obstrutiva brônquica; → Podem causar: Aspergilose alérgica broncopulmonar - atinge os pulmões e pacientes com asma; Aspergiloma - pacientes com cavidades pulmonares preexistente (não invadem os tecidos pulmonares); Aspergilose disseminada - pacientes imunossuprimidos, fungo invade a partir dos pulmões; Alergias: Inalação de esporos; Resposta de hipersensibilidade imediata mediada por IgE; Rinite, asma brônquica, alveolite e pneumonite; - Tratamentos: → Cetoconazol - só para pano branco - hepatite medicamentosa - máximo por 10 dias; → Itraconazol - ótima escolha para micoses profundas; → Terbinafina - boa ação em dermatofitoses, sem interferir com metabolismo de esteróides;
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