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APS Processos Psicológicos Básicos Final (Última Versão) p direto

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SUMÁRIO
1 SENSAÇÃO .............................................................................................................6
1.1 Conceito de Sensação ..........................................................................................6
1.2 Sensação no cotidiano...........................................................................................8
2 PERCEPÇÃO 	8
2.1 Conceito de Percepção .........................................................................................8
2.2 Tipos de Percepção ...............................................................................................9
2.3 Percepção no cotidiano .......................................................................................10
3 atenção ..............................................................................................................11
3.1 Conceito de Atenção ...........................................................................................11
3.2 Atenção no cotidiano ...........................................................................................11
3.3 Atenção - Direção ................................................................................................11
3.3.1 Atenção Externa ...............................................................................................11
3.3.2 Atenção Interna ................................................................................................12
3.4 Tipos de atenção .................................................................................................12
3.4.1 Atenção Concentrada ou Concentração...........................................................12
3.4.2 Atenção Seletiva ...............................................................................................12
3.4.3 Atenção Dividida ...............................................................................................13
3.4.4 Atenção Alternada ............................................................................................13
3.4.5 Atenção Sustentada .........................................................................................13
4 CONSCIÊNCIA ......................................................................................................14
4.1 Conceito de Consciência .....................................................................................14
4.2 Consciência no Cotidiano ....................................................................................14
4.2.1 Obnubilação .....................................................................................................15
4.2.2 Torpor ...............................................................................................................15
5 MEMÓRIA ..............................................................................................................15
5.1 Conceito de Memória...........................................................................................15
5.2 Processo temporal da Memória - Tipos de Memória ..........................................16
5.3 Memória Explícita, Implícita e Memória Espontânea ..........................................18
5.2 Memória no cotidiano ..........................................................................................19
6 pensamento ......................................................................................................20
6.1 Conceito de Pensamento ....................................................................................21
6.2 Pensamento no cotidiano ....................................................................................21
6.2.1 Pensamento Reflexivo ......................................................................................21
6.2.1 Pensamento Crítico ..........................................................................................22
6.2.3 Pensamento Analítico .......................................................................................22
6.2.4 Pensamento Lógico...........................................................................................22
6.2.5 Pensamento Sistêmico......................................................................................23
6.2.6 Pensamento Analógico .....................................................................................23
6.2.7 Pensamento Criativo.........................................................................................23
6.2.8 Pensamento Deliberativo .................................................................................23
6.2.9 Pensamento Prático .........................................................................................24
7. Linguagem..........................................................................................................24
7.1 Conceito de Linguagem .......................................................................................24
7.1.1 Estruturação da Linguagem .............................................................................24
7.1.2 Estruturação Biológica da Linguagem ..............................................................25
7.1.3 Funcionamento .................................................................................................25
7.2 Linguagem no cotidiano.......................................................................................25
7.2.1 Comunicação ....................................................................................................25
7.2.2 Afasia ................................................................................................................26
8 EMOÇÃO ...............................................................................................................26
8.1 Conceito de Emoção ...........................................................................................26
8.2 Emoção no cotidiano ...........................................................................................26
9 MOTIVAÇÃO ..........................................................................................................27
9.1 Conceito de Motivação ........................................................................................27
9.1.2 Motivação Intrínseca e Extrínseca ...................................................................28
9.2 Tipos de motivação no cotidiano .........................................................................28
10 REFERÊNCIAS ....................................................................................................29
1. Sensação
1.1. Conceito de Sensação
Sensação é o processo envolvido na recepção do estímulo, de origem interna ou externa, sua transformação em impulso elétrico e sua transmissão ao córtex sensorial correspondente (vide tabela abaixo). Compreende basicamente a atividade dos sentidos e pode ser frequentemente associada ao início do processo de percepção. Cabe salientar que a maior parte da atividade sensorial não se converte em percepção e nem toda percepção depende de atividade sensorial. 
	Área Cortical
	Função
	Córtex Pré-frontal
	Resolução de problemas, emoção, raciocínio.
	Córtex de Associação Motora
	Coordenação de movimentos complexos
	Córtex Motor Primário
	Produção de movimentos voluntários
	Córtex Sensorial Primário
	Recebe informação tátil do corpo
	Área de Associação Sensorial
	Processa informação dos sentidos
	Área de Associação Visual
	Processa informação visual complexa
	Córtex Visual
	Detecta estímulos visuais simples
	Área de Wernicke
	Compreensão de linguagem
	Área de Associação Auditiva
	Processamento de informação auditiva complexa
	Córtex Auditivo
	Detecta qualidades básicas do som (tom, intensidade)
	Centro da Fala (Área de Broca)
	Produção e uso da fala
Quando uma pessoa afirma que teve uma “sensação”, está se referindo a uma impressão que lhe foi causada. Vale lembrar que a sensação é um fenômeno eminentemente fisiológico, isto é, a recepção de algum receptor especializado,manifesto através da atividade dos sentidos. Ao nos referirmos aos sentidos faz-se necessário distinguir entre sentidos conhecidos e também à percepção extra-sensorial. Convencionalmente são citados a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato como sentidos conhecidos. Porém, a atividade sensorial-perceptiva extrapola a estes cinco.
De acordo com Kandel, Schwartz e Jessel (2000, p. 309), os sentidos realizam uma tarefa importante que consiste em manter o cérebro permanentemente informado sobre o mundo que o rodeia. Eles têm também a função de manter a vigília, de formação da imagem corporal e de controle dos movimentos.
Se definirmos sentido como um receptor especializado em captar os estímulos ou informações do meio, vamos encontrar muito mais do que os cinco convencionais. Podemos, então, classificar os receptores em:
· Térmicos (frio-psicoestesia; calor-termestesia);
· De luz (visão);
· Mecânicos (audição, cinestésicos – movimentos, pressão, equilíbrio – sentido 
vestibular);
· Químicos (olfato, gosto/ paladar). 
Também se utiliza a classificação de sentidos:
· Cutâneos (pressão, frio, calor e dor);
· Proprioceptivos (cinestesia e equilíbrio);
· Exteroceptivos (visão, audição, olfato e paladar).
A sensação de dor fornece informações de natureza protetora. A visão corresponde ao sistema sensorial melhor compreendido pela neurociência, pois grande parte do conhecimento que temos do mundo, bem como o fenômeno da memória, depende basicamente da visão. Segundo Kandel, Schwartz e Jessel (2000, p. 309), os sentidos não atuam de forma isolada. Muitas percepções dependem da integração entre dois ou mais sentidos.
1.2. Sensação no cotidiano
Ao experimentarmos alguns alimentos, podemos ter várias sensações, como: doce, amargo, ácido, salgado (gosto, paladar), quente, morno, frio, gelado (temperatura), liso, áspero (textura).
Quando a temperatura externa a que nos submetemos, diariamente, oscila, nos agasalhamos ou colocamos uma roupa mais leve, pois temos a sensação de calor ou frio e nosso organismo nos avisa de tais condições. No mesmo sentido, podemos incluir a necessidade que temos de tomar mais água (sensação de sede) ou de nos aquecermos com uma xícara de chá.
Usando vários tipos de macarrão, podemos ter várias sensações. Primeiro, manuseando-os crus: encaracolado, liso e comprido, em formato de letra: sensações táteis.
Ainda podemos colocá-los na boca e percebermos que são duros e com um gosto não muito agradável: sensação tátil e palatável.
Ao cozinharmos os macarrões, observaremos que a textura mudou (tato), o cheiro se alterou (olfato), o formato e o gosto também (visão e paladar). Então, vamos colocar um molho vermelho, tempero e aquecê-lo e veremos que teremos mais sensações: visão, olfato, tato e, se o deliciarmos, o paladar.
2. Percepção
2.1. Conceito de Percepção
Como explicado por Gazzaniga (2018), percepção consiste no processamento, a organização e a interpretação de sinais sensoriais. É dela que nasce nossa experiência consciente do mundo. Sua essência e função é a de construção de informação útil e significativa a partir de uma determinada sensação.
Para poder entender melhor o que é a percepção, faz-se necessário diferenciá-la de sensação (embora elas estejam completamente integradas na nossa experiência de mundo).
A percepção consiste na detecção de estímulos físicos e transmissão dessa informação ao cérebro. Esses estímulos físicos podem ser ondas de som ou de luz, ou moléculas de alimento ou odor, ou alterações de temperatura e pressão. (Gazzaniga,2018). A percepção acontece a partir do momento em que nossos sentidos e o nosso cérebro interpretam, classificam, analisam e integram os estímulos de acordo com nossas experiências passadas, expectativas ou conhecimento prévio. É a partir da percepção que concebemos e interpretamos a realidade e é por isso que o seu estudo é de extrema importância para a Psicologia, pois o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que elas fazem da realidade e não da realidade em si.
Para que as informações sensoriais possam ser traduzidas em sinais com significado, as propriedades dos estímulos (ondas de luz, ondas de som, moléculas dissolvidas sobre a língua ou membranas do nariz, pressão sobre a pele) são transformadas em padrões neurais (codificação sensorial) para que assim o cérebro processe as informações e ‘’tome decisões’’ baseado nos estímulos recebidos.
2.2. Tipos de percepção
· Visual - Percepção dos raios luminosos. Capacidade de interpretar as consequências de um estímulo luminoso desde um aspecto lógico e estético.
· Auditiva - Percepção dos sons pelos ouvidos. Localizar a origem de um som é parte importante da percepção auditiva, porém os receptores sensoriais não podem codificar onde os eventos ocorrem. Em vez disso, o cérebro integra a informação sensorial distinta que chega de cada ouvido. (Gazzaniga, 2018)
· Olfativa - Percepção de moléculas dissolvidas em água pelas membranas do nariz. É interessante notar que, pelo fato dos seres humanos terem boa memória para odores, fatos e lembranças – boas e más – há muito esquecidos podem ser rememorados com uma simples lufada de um odor associado a eles (Stevenson & Case, 2005; Willander & Larsson, 2006; Schroers, Prigot, & Fagen, 2007)
· Gustativa (Paladar) - Perceber sabores por meio das papilas gustativas, que se distribuem pela língua, boca e outras partes da garganta.
· Tátil - Capacidade de perceber as características de um objeto -forma, tamanho,textura- e sensações como temperatura, pressão, dor. Os sentidos da pele são de extrema importância para nossa sobrevivência, pois nos tornam conscientes de potenciais ameaças ou perigos para nosso corpo.
Por terem sido fundamentais para a sobrevivência durante muito tempo, a percepção visual e auditiva são as mais desenvolvidas, mas também existem outras além das ligadas aos cinco sentidos, como por exemplo, a percepção temporal, a percepção espacial e a propriocepção (capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação) que também são essenciais para as atividades corriqueiras do cotidiano.
2.3. Percepção no cotidiano
A todo momento estamos utilizando algum tipo de percepção, principalmente as ligadas aos cinco sentidos: ao cheirar uma peça de roupa para decidir se a colocamos para lavar ou não, quando experimentamos o arroz para saber se já está pronto para ser servido ou até quando colocamos a mão embaixo do chuveiro para saber se a temperatura da água é do nosso agrado, e outros milhares de exemplos que podemos encontrar no nosso cotidiano. Para cada uma dessas ações, utilizamos um tipo de percepção, mesmo que de maneira inconsciente.
3. Atenção
3.1. Conceito de Atenção
A atenção é um recurso mental e biológico limitado que pode ser definida como o direcionamento do estado de consciência para determinado estímulo ou objeto, em detrimento de todos os outros disponíveis. É o conjunto de processos biológicos que torna o indivíduo capaz de selecionar e filtrar as informações (Dalgalarrondo, 2019). Tarefas automáticas e mecânicas já muito bem assimiladas exigem menos destaque, por isso exigem menos energia mental, sendo que tarefas pouco familiares ou com complexidade moderada necessitam de mais processamento (Gazzaniga, 2018). O excesso de atenção em comportamentos automáticos pode tornar a experiência estranha, enquanto a falta, em situações com certo nível de complexidade pode causar acidentes, como falar ou digitar em um celular enquanto dirige.
3.2. Atenção no cotidiano 
Pela sua natureza, podemos diferenciar dois tipos básicos de atenção, sendo a primeira a voluntária, onde há concentração ativa e intencional da consciência sobre um estímulo ou objeto, como quando decidimos ler as palavras escritas na página de um determinado livro, e a atenção espontânea, ou seja, quando algo de interesse momentâneo e mais chamativo faz a atenção ser desviada. Como quando durante a leitura um inseto pousa sobre as mesmas páginas desse livro e a atenção é espontaneamente redirecionadapara o novo estímulo (Dalgalarrondo, 2019).
3.3. Atenção - Direção
Em relação à direção da atenção, pode ser discriminada em duas formas básicas:
3.3.1 Atenção externa
Voltada para estímulos externos do indivíduo ou do próprio corpo, geralmente de natureza sensorial (Dalgalarrondo, 2019), como sentir a sensação de frio após sair do interior de uma casa aquecida em uma noite de inverno ou ouvir um latido feroz de um cachorro à certa distância. Ocorre quando o foco é voltado para o ambiente externo, e pode ser chamada também de percepção seletiva (Lima, 2005).
3.3.2 Atenção interna
Voltada para os processos mentais do indivíduo, sendo uma atenção mais reflexiva, introspectiva e meditativa (Dalgalarrondo, 2019). Imaginar como será a reunião do dia seguinte, ou mesmo se a resposta dada para o chefe na última sexta feira foi a melhor opção escolhida, são exemplos de reflexões e pensamentos onde a atenção se concentra internamente. Quando voltada ao ambiente interno pode ser chamada de cognição seletiva (Lima, 2005).
3.4. Tipos de Atenção
Podemos ver na literatura sobre processos psicológicos que existem uma diversidade de tipos de atenção, sendo atenção concentrada ou concentração, atenção seletiva, atenção dividida, atenção alternada e atenção sustentada (Dalgalarrondo, 2019).
3.4.1. Atenção concentrada ou concentração
Refere-se à capacidade do indivíduo de focar toda sua atenção à determinado estímulo, objeto ou atividade (Dalgalarrondo, 2019). Um pianista, por exemplo, deve se concentrar ao ler uma partitura à primeira vista enquanto estuda para um concerto.
3.4.2. Atenção seletiva
Refere-se à capacidade de filtrar e selecionar a informação que chega pelos sentidos, para que, tudo aquilo que seja desnecessário não seja devidamente processado, já que a capacidade de processamento é limitada (Gazzaniga, 2018). Um exemplo prático de tal situação seria o mesmo pianista tendo que ignorar diversos distratores no seu ambiente enquanto pratica sua música. Tal concentração pode, muitas vezes desligar a capacidade de prestar atenção em qualquer outra coisa, causando inclusive outro fenômeno psicológico chamado cegueira à mudança, sendo este um fenômeno onde o indivíduo se torna “cego” às mudanças amplas que ocorrem em seu ambiente durante um estado de concentração (Gazzaniga, 2018).
3.4.3. Atenção dividida
É o processamento simultâneo ou paralelo respondendo à dois ou mais estímulos (Dalgalarrondo, 2019). Quando a atenção é dividida, o processamento mental que não é algo infinito vê a necessidade de distribuir a atenção entre os estímulos. Como exemplo temos o barbeiro que enquanto realiza o corte de cabelo e barba conversa com os clientes sobre a política atual.
3.4.4. Atenção alternada
É relativa à capacidade de se alternar o foco atencional entre um estímulo e outro na execução de uma tarefa (Gomes, 2010). Um exemplo de atenção alternada no cotidiano seria: enquanto os pais checam para ver se está tudo bem após o bebê fazer algum barulho incomum, descascam a batata.
3.4.5. Atenção sustentada
Segundo (Dalgalarrondo, 2019), a atenção sustentada é a capacidade de manter a atenção durante uma atividade longa e contínua, geralmente por um certo período de tempo. Estar em uma sala de aula onde é falado uma língua estrangeira demanda um certo nível de atenção e deve se manter ao longo de toda a duração dessa aula.
4. Consciência
4.1. Conceito de Consciência
A atividade cerebral origina a consciência e por diante, envolvendo todos os sentidos: visão, olfato, paladar, audição e o tato. Entendemos que estamos vivos porque temos consciência disso, tendo experiência, em cada momento, refletindo sobre o pensamento e decisão que tem de ser tomada. Até o momento, o que temos de resposta é que cada um tem sua própria consciência. Não conseguimos saber o que se passa na cabeça de cada pessoa e, muito menos, se intepretamos ou percebemos algo como realmente é, como por exemplo: cores objetos ou até mesmo uma música, da mesma maneira que os outros, já que a consciência de cada um é única. A experiência da consciência é sempre realizada em um sujeito, vivenciada na primeira pessoa (Gazzaniga, 2018).  
4.2. Consciência no cotidiano
 	
     No nosso dia a dia, nossa consciência pode sofrer alterações como: devaneios, sonolência, sonhos. Essas são alterações espontâneas diárias. Existem outras maneiras de ter nossa consciência alterada fisiologicamente, como por meio de alucinações, orgasmo, necessidade de alimentação e consumo de substâncias psicoativas. Hipnose, privação sensorial e meditação são alterações provocadas psicologicamente. Meditação e hipnose podem estar presentes no dia a dia do ser humano, que buscam esquecer ou amenizar um trauma com hipnose, ou até mesmo buscar se tranquilizar com meditação, um meio de relaxar a consciência.
    Há também outros tipos de alteração que seriam lesões no cérebro ou até mesmo oscilações endógenas, que influenciam positivamente ou negativamente o ciclo circadiano. Os ritmos circadianos são oscilações endógenas autossustentadas do ritmo biológico no período de um dia (que inclui centralmente as oscilações do nível de consciência da vigília e do sono), as quais, nesse intervalo organizam a temporalidade dos sistemas biológicos do organismo e aperfeiçoam a fisiologia, o comportamento e a saúde. (Gazzaniga, 2018)
Serão mencionados exemplos de alterações patológicas da consciência.
4.2.1 Obnubilação
É uma alteração na consciência, em um grau moderado, e que pode causar falta de atenção, lentidão de compreensão, desorientação e sonolência. Alguns pensamentos podem ser perdidos, causando uma confusão mental. Com tudo o que foi apresentado o sujeito deixa de dar a atenção a algumas situações externas.
4.2.2 Torpor  
     Um grau mais elevado de obnubilação. O indivíduo está em um estado com mais sonolência, com mais falta de atenção. As respostas aos estímulos externos costumam ser mais curtas, voltando rapidamente ao estado de sonolência. Na obnubilação e no torpor, o paciente pode ainda apresentar traços de crítica e pudor, tentando cobrir as partes íntimas de seu corpo com o cobertor, quando em uma enfermaria ou emergência de hospital (Gazzaniga, 2018).	
5. Memória
5.1. Conceito de Memória
"A memória recolhe os incontáveis fenômenos de nossa existência em um todo unitário; não fosse a força unificadora da memória, nossa consciência se estilhaçaria em tantos fragmentos quantos os segundos já vividos" (Ewald Hering)
Memória é a capacidade que temos de adquirir, armazenar e recuperar habilidades e conhecimentos. Forma nossa identidade pessoal e guia, em maior ou menor grau, nosso dia a dia. Está relacionada a funções importantes, tais como a função executiva e o aprendizado, e é por meio dela que armazenamos informações de experiências para posterior recuperação. (Gazzaniga, 2018)
É um dos processos psicológicos mais importantes para a construção da nossa identidade e subjetividade, e está intimamente ligada a tudo o que uma pessoa aprende e experiencia durante sua vida.
Considerando a memória como um modo de processamento de informações, podemos fazer uma analogia com a maneira em que um computador opera e dividí-la, ao longo do tempo, em três fases: codificação (teclado do computador), armazenamento (disco rígido) e recuperação (software que acessa a informação para exibir na tela).
 A codificação, primeira etapa do processo, consiste na transformação da informação para um formato que poderá ser armazenado e utilizado posteriormente. Isto significa que o cérebro vai transformar a informação recebida através dos estímulos sensoriais em um código neural. 
A segunda fase, de armazenamento, é a retenção da informação codificada. Nosso cérebro, por meio de um processo chamado de consolidação (aumento de conexões neurais e criação de novas sinapses) mantem o material previamente codificado salvo na memória.
A terceira fase da memória é a recuperação, e acontece quando nosso cérebro traz novamente à consciência o material previamente codificado e armazenado.
Quantoà sua localização, podemos dizer que a memória não se localiza em lugar específico, pois várias regiões do cérebro estão envolvidas em maior ou menor grau. Ela resulta da atividade do cérebro e do fortalecimento das conexões sinápticas entre as redes neurais. 
Um processo essencial para consolidação da memória é a Potenciação de Longa Duração (PLD), que ‘’consiste no reforço de uma conexão sináptica, fazendo que os neurônios pós-sinápticos sejam mais facilmente ativados. A PLD serve como modelo de como a plasticidade neural pode ser a base da memória”. (Gazzaniga, 2018, p. 268)
5.2. Processo temporal da Memória – Tipos de Memória
Segundo a teoria dos três sistemas, proposta pelos psicólogos Richard Atiknson e Richard Shiffrin, existem três sistemas de armazenamento de memória e cada um deles é definido conforme a duração do tempo em que a memória fica retida. Ele são: memória sensorial, memória de curto prazo e memória de longo prazo.
· Memória sensorial: O primeiro deles, a memoria sensorial, é um sistema de memória temporária, que é esquecida em uma fração de segundos, e da qual não estamos conscientes que está operando. Ela fica armazenada por alguns instantes e caso não seja transferiada para a memória de curto prazo, será perdida. Podemos dizer que existem vários tipos de memórias sensoriais. Cada uma está relacionada ao sistema sensorial que recebeu o estímulo. Por exemplo, chamamos de memória ecoica àquela que resulta da atividade neuronal provocada ao recebermos um estímulo sonoro. A mesma coisa acontece com a memória icônica, que é resultado das informações recebidas do sistema visual. Assim, temos um tipo de memória sensorial correspondente para cada um dos outros sentidos.
· Memória de curto prazo: Embora ainda não se saiba exatamente como esse processo acontece, para dar sentido e reter a informação armazenada na memória sensorial, precisamos transferir as informações para a segunda etapa da memória: a memória de curto prazo, sendo esse um sistema de armazenamento que retém brevemente uma quantidade limitada de informações na consciência e onde a informação adquire o primeiro significado. (Feldman, 2015)
O modelo contemporâneo da retenção da informação de curta duração, a considera não apenas como uma etapa intermediária entre a memória sensorial e a de longa duração, mas como um sistema muito mais ativo que gerencia e manipula tanto as novas informações recebidas quanto o material armazenado na memória de longo prazo para, dessa maneira, poder raciocinar, executar uma ação ou tomar uma decisão. Vista por esse novo enfoque, ela é chamada de memória de trabalho e considera-se que contém um processador executivo central que está envolvido no raciciónio e na tomada de decisão, e que coordena três tipos de armazenamento distintos: armazenamento visual, verbal e memória episódica (relacionada a episódios ou ocorrências). (Gazzaniga, 2018) 
Já foi constatado que ela tem capacidade de manter de cinco a sete informações de uma vez. Uma quantidade relativamente pequena, mas que nos permite manipular e manter informações mentais que nos ajudam a realizar as atividades do cotidiano. Algumas bibliografias apontam que o tempo de retenção é de 15 a 25 segundos. 
· Memória de longo prazo: Voltando a fazer uma analogia com o computador, podemos dizer que a memória de longo prazo é aquela informação armazenada no disco rígido. A informação previamente codificada e arquivada, que será utilizada quando necessário. É aquela à qual a maioria das pessoas se refere quando fala de memória: o armazenamento permanente da informação. Podemos subdividí-la em tipos diferentes ou considerá-la como formada por diversos componentes ou ‘’módulos de memória’’: memória declarativa e memória processual (não declarativa). 
Memória declarativa: É aquela referente a informações factuais, tais como: nomes, datas, rostos. É o ‘’saber que’ os passarinhos voam, que a faculdade exige muito dos alunos, que as bananas são amarelas (as maduras), por citar alguns exemplos. Pode ser dividida em: memória semântica (conhecimentos e fatos gerais sobre o mundo e uso da lógica para dedução de novos fatos) e memória episódica (relacionada a eventos ou ocorrências específicos da nossa vida. O nascimento de um filho, a primeira nota na máteria de Processos Psicológicos Básicos e assim por diante).
Memória processual (não declarativa): É o ‘’saber como’’ escrever, tocar um instrumento, andar de bicicleta. Não é necessário fazer um esforço consciente para utilzá-la. Refere-se a hábitos e habilidades.
5.3. Memória Explícita, Implícita e Memórias Espontâneas
Estudos comprovaram que existem memórias das quais não temos consciência. Isto significa que o nosso cérebro armazenou uma determinada informação, mas nós não estamos conscientes deste fato. Essas pesquisas permitiram deduzir a coexistência de duas formas de memória: a explícita e a implícita. 
Utilizamos a memória explícita quando, deliberadamente, recuperamos uma informação. Intencionalmente tentamos nos recordar de algum fato ou conhecimento (“sabemos que sabemos’’, pesquisamos no nosso cérebro por algo que aprendemos previamente).
Já a memória implícita é aquela memória da qual não se tem consciência (‘’não lembro que sei’’). Podem ser habilidades ou coisas que fazemos automaticamente, ou também, aqueles pensamentos ou preconceitos tão enraizados que não os percebemos, mas que terão influência sobre as nossas atitudes. Por exemplo, uma pessoa pode sentir uma antipatia, aparentemente inexplicável, por outra pessoa, e essa rejeição existir porque durante a sua infância foi agredida por alguém com traços físicos ou trejeitos parecidos aos da pessoa pela qual sente aversão.
Existe também a chamada ‘’memória espontânea’’. Ela está relacionada a um evento significativo ou importante, que faz com que nos lembremos fácilmente de detalhes como imagens ou particularidades de um determinado momento.
É importante ressaltar também que a memória não é um registro fiel, fidedigno, da realidade. Ela é imprecisa. Em muitos casos, ela depende de como interpretamos o contexto em que a situação aconteceu, das nossas expectativas e da nossa concepção de mundo. Isso pode afetar o quão confiável ela é. Sem contar que, cada vez que recuperamos uma informação (uma memória), estamos reconstruindo-a. Portanto, ela pode ser modificada e distorcida.
Como consideração final, devemos mencionar que, tão importante quanto poder recordar algum fato é termos a capacidade de esquecer. Eliminar informações que não são necessárias ou úteis, faz com que elas não interfiram negativamente no processo de recuperação de informações.
5.4. Memória no cotidiano 
Seja consciente ou incoscientemente, a memória é sempre uma ferramenta essencial para realizar qualquer ação no nosso cotidiano. 
Para digitar esse texto, foi utilizado a memória muscular e o conhecimento previamente adquirido de onde está cada letra no teclado do notebook. Assim também, foram utilizadas todas as leituras feitas e conhecimentos armazenados em algum lugar do cérebro para a composição desse texto.
A memória prospectiva ajudou o aluno a lembrar que era necessário terminar o trabalho da faculdade, pois a data limite estava próxima e também de colocar o despertador para não perder a hora para a aula no outro dia de manhã.
A todo momento captamos novas informações, e é partir delas, que vai se formando nossa memória. Ela armazena as percepções (visão, audição,  olfato, tato e paladar), guarda os movimentos automáticos, como por exemplo, olhar para os dois lados da rua antes de atravessarmos, nos permite reconhecer as cores do semáforo e os seus significados, onde: devemos parar (vermelho), ficar alerta (ao ver o sinal amarelo) e engatar novamente a marcha (ao ver o sinal verde).
Tem a capacidade de nos fazer acreditar em algum fato como se realmente o tivéssemos vivido (podemos até ter a impressão de lembrarmos de algum cheiro) quando, na realidade, o que realmente pode ter acontecido é de termos visto pela televisão, ou em algum outro lugar, e acharmosque vivenciamos aquele momento, pois ela guarda somente recortes do que se passa em nossa vida.
 
6. Pensamento 
6.1. Conceito de Pensamento
O pensamento permite aos seres modelarem sua percepção do mundo ao redor de si, e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos similares incluem cognição, senciência, consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste. Já a cognição se refere a uma função psicológica atuante na aquisição do conhecimento e se dá através de alguns processos, como a percepção, a atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra Cognitione tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles.
A cognição é o conjunto de processos psicológicos usados no pensamento que realizam o reconhecimento, a organização e a compreensão das informações provenientes dos sentidos, para que posteriormente, o julgamento através do raciocínio, os disponibilize ao aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
Assim, numa perspectiva humana, o desenvolvimento cognitivo traduz-se pela evolução do conhecimento de um indivíduo inserido em um meio.
A percepção define-se como “o processo pelo qual um organismo recebe ou extrai certas informações acerca do ambiente”, sendo o âmago da aquisição do conhecimento.
6.2. Pensamento no cotidiano 
O pensamento é responsável por processar todos os tipos de imagens, ideias, experiências, sons, símbolos, graças à estimulação de diversos componentes do sistema nervoso.
De acordo com o modelo cognitivo da psicologia, através do pensamento podemos realmente manipular e transformar todas as informações que armazenamos na memória. O pensamento analisa, avalia, classifica, compara, faz julgamentos e sabe como aplicar adequadamente todos esses conhecimentos guardamos na mente, para resolver problemas e criar coisas novas, aproveitando todas as informações. As áreas do cérebro responsáveis pelas funções desempenhadas pelo pensamento são o tálamo, a formação reticular e o sistema límbico, que por sua vez têm certas características que determinam o tipo de pensamento que a pessoa terá. Os pensamentos podem se tornar positivos, negativos, agradáveis, desagradáveis, e dependendo deles, experimentamos emoções diferentes.
Cognição é atividade mental que inclui o raciocínio e os entendimentos que resultam dele.
Raciocínio é a manipulação mental de representações do conhecimento sobre o mundo. Temos também as representações analógicas que são representações mentais que têm algumas das características físicas dos objetos; são análogas aos objetos e as representações simbólicas são representações mentais abstratas que não correspondem às características físicas de objetos ou ideias.
De acordo com a psicologia, existem diferentes tipos de pensamento, os quais costumamos utilizar em certas ocasiões, dependendo da tarefa que estamos realizando, como poor exemplo, o tipo de pensamento que vamos utilizar quando refletimos sobre algum assunto, como a religião, será diferente do tipo de pensamento que vamos utilizar para realizar algum cálculo matemático. Existem nove tipos de pensamentos. Entre eles, estão: pensamento reflexivo, crítico, analítico, lógico, sistêmico, analógico, criativo, deliberativo e prático.
6.2.1. Pensamento reflexivo
O pensamento reflexivo, refere-se às diferentes maneiras pelas quais as ideias ou as situações podem ser representadas e expressas, nos ajuda a ponderar e aumentar a consciência sobre nossas próprias ações. Em resumo, podemos dizer que esse tipo de pensamento nos ajuda a planejar, de maneira ordenada e da forma mais consciente, nosso comportamento, de acordo com nossas expectativas.
6.2.2. Pensamento crítico
O pensamento crítico refere-se à investigação, à análise e à avaliação do conhecimento (de maneira lógica), revelando as diferentes realidades que podem estar ocultas atrás de uma realidade aparente. Pode-se dizer que, o que o pensamento crítico faz é enfrentar a realidade em todas suas dimensões (a realidade como queremos que seja, a realidade como todos vemos, a realidade no presente e no passado). Portanto, esse tipo de pensamento, embora não possa nos permitir afirmar qual é a realidade, permite deduzir que a verdade está em algum ponto onde se entrelaçam todas as realidades.
6.2.3. Pensamento analítico
Esse tipo de pensamento nos ajuda a entender melhor uma situação, classificando e/ou organizando a realidade para que possamos processá-la da melhor maneira. As pessoas que adotam esse tipo de pensamento tendem a ter suas ideias bem claras e definidas, pois fazem uma análise exaustiva e reflexiva sobre um problema ou situação. Isso é conseguido dividindo o problema em partes ou em categorias, as quais são analisadas para obter uma boa solução.
6.2.4. Pensamento lógico
Esse tipo de pensamento é baseado na expressão das ideias de maneira ordenada, o que pode nos levar a nos convencer que temos razão. As pessoas que adotam esse tipo de pensamento são fundamentalmente baseadas nas regras que já estão estabelecidas por um sistema lógico. A ideia é poder comunicar a outras pessoas que as conclusões alcançadas correspondem à realidade ou não, com as expectativas do que poderia ser esperado. Em resumo, podemos dizer que o pensamento lógico é, acima de tudo, sobre a obtenção de novas ideias a partir daquelas que já possuíam, seguindo uma ordem lógica e precisa.
6.2.5. Pensamento sistêmico
Esse tipo de pensamento refere-se à capacidade das pessoas de compreender as relações que têm os diferentes elementos que compõem um sistema. Esse tipo de pensamento é aplicável à resolução dos problemas interpessoais, relações sociais, organizacionais, pois estuda todos os elementos do sistema e da interação que existe entre eles.
6.2.6. Pensamento analógico
Esse tipo de pensamento é indispensável para quase todas as atividades humanas. Embora, à primeira vista, pareça um pouco complexo, as pessoas tendem a usar constantemente as analogias no cotidiano. Quando pensamos de maneira analógica, estamos organizando nossas ideias com a finalidade de poder realizar comparações entre elas. Um exemplo disso seria o seguinte: “Os professores que ensinam à tarde são parecidos com os que ensinam pela manhã, portanto, ambos são igualmente dedicados”.
6.2.7. Pensamento criativo
Esse tipo de pensamento refere-se à produção de novas ideias, novas experiências, novas realidades, pois as pessoas que adotam normalmente esse tipo de pensamento acreditam que tudo é possível, para que não sejam limitadas na hora de criar. As pessoas com esse tipo de pensamento são pessoas flexíveis e originais.
6.2.8. Pensamento deliberativo
Esse tipo de pensamento refere-se ao modo como as pessoas tomam suas decisões. As decisões que a pessoa pode tomar não são tomadas apenas a partir da lógica, do cálculo ou do raciocínio, mas principalmente a partir de certos critérios, valores pessoais, princípios éticos, normas já estabelecidas.
6.2.9. Pensamento prático
O pensamento prático é um tipo de raciocínio responsável pela aplicação dos conhecimentos adquiridos de maneira mais simplificada e prática, para que, conforme cada um dos processos a seguir sejam estabelecidos e cumpridos, sejam obtidos os resultados desejados. O desenvolvimento deste tipo de pensamento é muito importante para desenvolver mais efetivamente nossas atividades da vida cotidiana e no local de trabalho.
7. Linguagem
7.1. Conceito de Linguagem
A linguagem é um sistema humano de comunicação, que utiliza sons e símbolos de acordo com regras gramaticais. É a capacidade de receber, interpretar e emitir informações, compreensões e expressões ao ambiente.  
7.1.1. Estruturação da linguagem 
De modo geral a estruturação da linguagem pode ser vista como uma hierarquia. As orações podem ser divididas em frases, as frases podem ser divididasem palavras, as palavras podem ser divididas morfemas, e os morfemas se dividirem em fonemas. Cada palavra é constituída por um ou mais morfemas (menores unidades de significações que formam a palavra), ou seja, estruturação das palavras. 
Dentro de cada morfema, existem um ou mais fonemas (sons básicos das falas, blocos que constituem a linguagem).
Dentro da linguagem, são falados quinze fonemas por segundo e cerca de 180 palavras por minutos, haja vista de que somos capazes de produzir um número maior de fonemas, do que os utilizados por qualquer língua/idioma. 
7.1.2. Estruturação biológica da linguagem 
Todos os seres humanos são biologicamente predispostos a desenvolver linguagem, mesmo nos casos de surdez e cegueira.
No começo da vida: choros, resmungos (fonemas).
A partir dos 3 meses: murmúrios (fonemas).
A partir do 5: vogais e consoantes (morfemas).
A partir dos 7 meses: sílabas (morfemas).
12 meses: primeiras palavras referidas a necessidades do cotidiano.
18 e 24 meses: formulações básicas de palavras e frases simples.
A partir dessa fase até a adulta: 60 mil palavras a disposição.
7.1.3. Funcionamento
Quando ouvimos uma fala, áreas do nosso cérebro, especificamente do hemisfério esquerdo (área de Broca e Wernicke) trabalham em conjunto para a nossa compreensão. Pode parecer um processo simples e automático, mas é extremamente complexo e importante para a compreensão e regulação da fala.
7.2. Linguagem no cotidiano 
7.2.1. Comunicação
Existem mais de quatro mil idiomas no mundo. Cada um com suas singularidades, mas todos com o mesmo objetivo: a comunicação. Tratando-se de leitura, fala ou escrita, a linguagem nos permite comunicar sentimentos, emoções, conhecimentos, histórias, e viver em sociedade.
7.2.2. Afasia
A afasia é um exemplo de defasagem da linguagem, também presente em nosso cotidiano.É uma lesão cerebral onde o indivíduo perde parcialmente, ou totalmente a capacidade de compreender e/ou se expressar através da linguagem, haja vista de que ocorre um dano às áreas responsáveis. Acidente vascular cerebral, traumatismo craniano e encefalite (infecção cerebral) podem ser causadores dessa perda de funcionamento e regulação da linguagem.
8. Emoção
8.1. Conceito de Emoção
A palavra emoção vem do latim emover, que significa “mover de dentro para fora, entrar em contato”.
Não existe um único conceito sobre o que é a emoção, dada a complexidade da questão, mas há um consenso estabelecido onde ela é descrita como uma resposta física e emocional a estímulos externos. Emoções são reações ligadas ao temperamento, personalidade e motivação.
A emoção pode ser entendida como uma experiência particular que envolve todo um indivíduo, de corpo e mente. Cada um vivencia suas emoções de uma forma única; como a alegria que para algumas pessoas causa o choro e para outras, o sorriso.
As emoções surgiram nos mamíferos como um mecanismo para aprimorar os recursos de sobrevivência, tornando-se um sensor entre nós e as circunstâncias. Elas têm um papel primordial na formação de uma personalidade mais saudável, indicando a posição de uma pessoa quando entra em confronto com o ambiente externo
8.2. Emoção no cotidiano 
A emoção influencia em diferentes áreas da vida humana como a saúde, o bem-estar e o aprendizado. 
Existem quatro emoções consideradas básicas que, quando combinadas entre si, originam outras um pouco mais complexas. As emoções consideradas básicas, para alguns teóricos, são:
Alegria: É a emoção com o maior caráter positivo, está ligada ao prazer e à felicidade. Um exemplo de alegria no cotidiano é o nascimento de um filho.
Tristeza: É a emoção com o maior caráter negativo, quando a vivenciamos sentimos nosso ânimo decair, o que afeta nossa capacidade cognitiva. A tristeza também tem um papel psicológico na nossa vida. Por causa dela, sentimos um tipo de neutralidade, que economiza recursos físicos e emocionais afim de proteger o indivíduo. Um exemplo da tristeza no cotidiano é a perda de um ente querido.
Medo: O medo está totalmente ligado ao instinto de sobrevivência, tanto quanto dos animais, como dos humanos. Essa emoção nos mantém em alerta para situações de perigo e nos faz evitar ou até escapar delas. Um exemplo de medo no cotidiano é o ato de olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, por conta do medo de ser atropelado. 
Raiva: Ao contrário do medo, a raiva nos faz enfrentar situações de perigo. Essa emoção surge ao sermos submetidos a um conflito que nos causa frustração. Um exemplo de raiva no cotidiano é quando alguém reage violentamente a uma agressão sofrida.
9. Motivação
9.1 Conceito de Motivação
‘’A maior parte das teorias gerais da motivação enfatiza quatro qualidades essenciais dos estados motivacionais. Em primeiro lugar, os estados motivacionais são energizantes, ou estimulantes. Eles ativam comportamentos – isto é, fazem com que animais façam alguma coisa.’’ (Gazzaniga, 2018, P.423). 
Os estados motivacionais são diretivos, orientam os comportamentos em direção a atender objetivos ou necessidades específicas. Estados motivacionais ajudam os animais a persistir em seu , até que alcancem seus objetivos ou satisfaçam suas necessidades. A maior parte das teorias concorda que os motivos diferem em força, dependendo de forças internas e externas.
Assim, para os psicólogos, a motivação é um processo que dá energia, direciona e sustenta o comportamento em direção a um objetivo. (Gazzaniga, 2018, P.423)
‘’Na década de 1940, Abraham Maslow propôs uma influente “teoria de necessidades” da motivação. Ele acreditava que as pessoas são movidas por muitas
necessidades, as quais estão organizadas em uma hierarquia de necessidades. Ele
colocou as necessidades de sobrevivência (como fome e sede) na base da hierarquia, acreditando que precisavam ser atendidas em primeiro lugar, e as necessidades de crescimento pessoal foram colocadas no topo.’’ (Gazzaniga, 2018, P.424)
9.11.1 Motivação intrínseca e extrínseca 
Teóricos do incentivo diferenciam entre dois tipos de motivação. A motivação 
extrínseca é direcionada a um objetivo externo, normalmente uma recompensa. (Gazzaniga, 2018, P.427). Parecem não atender a um propósito óbvio que não a fruição.
A motivação intrínseca: valor ou prazer associado a uma atividade em vez de a algum objetivo externo. Comportamentos motivados intrinsecamente são realizados para seu benefício próprio. Eles simplesmente são agradáveis. Os incentivos podem ser diferentes, mas os comportamentos que provocam podem ser os mesmos. (Gazzaniga, 2018, P.427)
9.2 Tipos de Motivação no cotidiano 
Vemos a motivação em todas as nossas ações no cotidiano, como aponta a “teoria de necessidades“, no fato de tomar água, ir ao banheiro, comer e dormir.
Gazzaniga aponta exemplos sobre motivação extrínseca e intrínseca: “Alguns estudantes estudam para tirar boas notas (motivação extrínseca), enquanto outros estudam porque são curiosos e querem saber mais sobre o assunto (motivação intrínseca).” (Gazzaniga, 2018, pág.427)
10. Referências 
Livros: 
BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.
FELDMAN, R.S. Introdução à Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2015.
GAZZANIGA M; HEATHERTON T; HALPERN D. Ciência psicológica. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. 
MORRIS CG; MAISTO AA. Introdução à Psicologia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
Artigos 
GOMES, Juliana Oliveira. Teste de Atenção Dividida Alternada. PSICO-USF, Universidade São Francisco, Itatiba, Brasil, v. 15, n. 3, p. 419-420, set./2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/pusf/v15n3/v15n3a15.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2020.
LIMA, R. F. D. Compreendendo os Mecanismos Atencionais. Ciência Cogn., Rio de Janeiro, v. 6, n. 113, p. 122, nov./2005. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212005000300013&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 27 mar. 2020.LOPES, Rosimeri Bruno. As Emoções. Psicologado, [S.l.]. (2011). Disponível em: <https://psicologado.com.br/psicologia-geral/introducao/as-emocoes> . Acesso em 13 Abr 2020
Sites acessados 
MANUAL MSD. Afasia. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/afasia. Acesso em: 7 abr. 2020.
PENSAR A EDUCAÇÃO. Psicologia, percepção e cognição: construções e desconstruções. Disponível em: https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/psicologia-percepcao-e-cognicao-construcoes-e-desconstrucoes/. Acesso em: 22 abr. 2020.
PORTAL EDUCAÇÃO. Sensação e Percepção: Processo de Aprendizagem. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/sensacao-e-percepcao-processo-de-aprendizagem/42370. Acesso em: 22 abr. 2020.
PSICANÁLISE CLÍNICA. O que é emoção?. Disponível em: https://www.psicanaliseclinica.com/o-que-e-emocao-dentro-da-psicanalise/. Acesso em: 14 abr. 2020.
PSICOACTIVA. El área de Wernicke y su relación con el lenguaje. Disponível em: https://www.psicoactiva.com/blog/area-wernicke-relacion-lenguaje/. Acesso em: 4 abr. 2020.
PSICOLOGIA ONLINE. Quais são os processos cognitivos básicos?. Disponível em: https://br.psicologia-online.com/quais-sao-os-processos-cognitivos-basicos-280.html#anchor_4. Acesso em: 17 abr. 2020.
PSICOLOGIA-ONLINE. Tipos de pensamentos na psicologia. Disponível em: https://br.psicologia-online.com/tipos-de-pensamentos-na-psicologia-271.html. Acesso em: 7 abr. 2020.
PSIQUIATRIA GERAL. Glossário de Termos Técnicos. Disponível em: https://www.psiquiatriageral.com.br/glossario/l.htm. Acesso em: 28 mar. 2020.
ADMINISTRADORES.COM. 70.000 pensamentos por dia: veja o que você pode fazer com isso. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/70-000-pensamento-por-dia-veja-o-que-voce-pode-fazer-com-isso. Acesso em: 20 abr. 2020.
COGNIFIT. Percepção visual. Disponível em: https://www.cognifit.com/br/habilidade-cognitiva/percepcao-visual. Acesso em: 1 abr. 2020.
CURSOS EAD - SENAC SP. Neurociências das Emoções. Disponível em: https://www.cursosead.sp.senac.br/neurociencia_emocoes/. Acesso em: 22 abr. 2020.
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