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Aplicação de Esgoto no Solo

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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
SANEAMENTO II 
 
PROF. MARCOS PAGLIARINI 
 
 
 
CLAUDINEI DOS SANTOS 
 
APLICAÇÃO DE ESGOTO NO SOLO 
 
 
 
 
FRANCISCO BELTRÃO 
 
 
2020 
INTRODUÇÃO 
APRESENTAÇÃO 
Em razão da expansão do saneamento básico e da melhoria dos processos de 
tratamento de esgoto no Brasil, houve consequente aumento na geração de lodo 
de esgoto, de modo que as empresas de saneamento enfrentam o desafio de 
destinar adequadamente esse resíduo. 
Define-se lodo como resíduo sólido gerado no tratamento de esgoto sanitário, 
seja por processos de decantação primária, por processo biológico ou por 
processo físico-químico. Não incluindo resíduos sólidos removidos de 
desarenadores, de gradeamento e peneiramento e material lipídico proveniente 
de caixas de gordura. 
Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de 
atividades humanas em sociedade, cuja destinação final se procede, se propõe 
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, 
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades 
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos 
d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em 
face da melhor tecnologia disponível. 
As opções atuais mais viáveis, sob os aspectos ambientais, econômico, técnico 
e operacional, são o uso agrícola e a disposição em aterro sanitário ou industrial 
licenciado (GODOY, 2013; SAMPAIO, 2013). 
O lodo ou biossólido, subproduto do tratamento do esgoto doméstico, há 
décadas é usado como adubo orgânico na agricultura em países como Brasil, 
Estados Unidos, Canadá, França e Austrália, possui considerável quantidade de 
matéria orgânica e de nutrientes que são essenciais para o desenvolvimento 
vegetal, podendo ser utilizado na recuperação de solos erodidos e de áreas 
degradadas. 
 
 
PROCESSOS 
(RESOLUÇÃO CONAMA) 
No Brasil, a disposição de lodo de esgoto doméstico na agricultura segue a 
Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006, do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (Resolução CONAMA nº 375/06). 
... E sua aplicação de lodo de esgoto em áreas agrícolas está restrita a poucos 
estados, como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal 
(SAMPAIO, 2013), e recentemente o Espírito Santo. 
No estado do Paraná, os procedimentos, padrões e requisitos para a utilização 
do lodo em áreas agrícolas são estabelecidos pela Resolução Secretaria de 
Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos nº 021/09 (PARANÁ, 2009). 
Essa resolução define unidade de gerenciamento de lodo (UGL) como uma 
unidade vinculada ou não a uma estação de tratamento de esgoto (ETE), que 
realiza o gerenciamento de lodo gerado por uma ou mais ETEs, para fins de 
reciclagem agrícola. 
No Brasil, a disposição final do lodo geralmente é o aterro sanitário. Além do alto 
custo, que pode chegar a 50% do custo operacional de uma ETE, a disposição 
de um resíduo com elevada carga orgânica no aterro, agrava ainda mais o 
problema com o manejo do lixo urbano. 
Com a instalação das ETEs, um novo problema ambiental é gerado: a disposição 
do lodo de esgoto, resíduo produzido durante o processo de tratamento das 
águas residuais. 
Uma das práticas para conservação e recuperação dos solos incentivada é o uso 
de lodo de esgotos domésticos em solos agrícolas, mediante a garantia de que 
não ocorram impactos ambientais negativos. 
Esse lodo é rico em nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio, e contém ainda vários 
micronutrientes, mas oferece risco à saúde humana se não for desinfetado 
corretamente. 
O lodo pode ser utilizado em diversas culturas, como soja, milho, feijão, trigo, 
aveia (cobertura), café, laranja, amoreira (bicho da seda), cana-de-açúcar e 
culturas florestais como pinus, eucalipto e seringueira. O seu uso é proibido em 
hortaliças, pastagens, cultivo de raízes tubérculos, como batata e mandioca, e 
quaisquer demais cultivos em que a parte comestível entre em contato com o 
solo. 
Slide 4 – Processos 
O lodo desaguado sai do reator anaeróbio indo para o leito de secagem, onde 
fica por aproximadamente 30 dias, (imagem 1) e vai para para as UGL 
(imagem2) onde recebem aplicação de cal hidratada. O tempo de reação da cal 
é de 90 dias (legislação), porém para um melhor rendimento, a Sanepar deixa a 
cal agindo por 1 ano e é aplicado somente na entre safra. 
 
(Imagem 1 – Leito de Secagem ETE Santa Rosa – Francisco Beltrão, 2021) 
No estado do Paraná, os procedimentos, padrões e requisitos para a utilização 
do lodo em áreas agrícolas são estabelecidos pela Resolução Secretaria de 
Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos nº 021/09. Essa resolução define 
unidade de gerenciamento de lodo (UGL) como uma unidade vinculada ou não 
a uma estação de tratamento de esgoto (ETE), que realiza o gerenciamento de 
lodo gerado por uma ou mais ETEs, para fins de reciclagem agrícola. 
A higienização do lodo, realizada com cal virgem, faz dele também um excelente 
corretivo de solo, podendo substituir até 100% do uso do calcário. 
Com o correto tratamento, o lodo hidratado pode substituir totalmente o calcário 
para a correção do solo. 
 
(Imagem 2 – Unidade de Gerenciamento de Esgoto – ETE Santa Rosa) 
 
Slide 5 – C.S. Energia S.A. 
Sabemos que o foco da apresentação é o lodo aplicado ao solo, porém, também 
no Paraná, existe um projeto que transforma o lodo produzido pela ETE Belém, 
em Curitiba, em energia. A CS BioEnergia S.A., tem uma capacidade geradora 
de 2,4 MW, suficiente para atender uma cidade com população de28 mil 
pessoas. 
 
(Imagem 3 – C.S. Energia S.A, 2021) 
 
Distribuição do Lodo (Planilha) 
(Tabela 1 – Distribuição do Esgoto no solo no Estado do Paraná, fonte 
Sanepar, 2019) 
 
LEGISLAÇÃO 
Resolução SEMA nº 021 de 30 de junho de 2009. Dispõe sobre licenciamento 
ambiental, estabelece condições e padrões ambientais e dá outras providências, 
para empreendimentos de saneamento. Especificamente o ANEXO 6: Critérios 
para utilização agrícola de lodo de ETE cujo objetivo é estabelecer critérios e 
procedimentos para o uso, em áreas agrícolas, de lodo de esgoto gerado em 
estação de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, visando 
benefícios à agricultura e evitando riscos à saúde pública e ao ambiente. 
Cidade ETE Quantidade 
(toneladas) 
Curitiba UGL CIC – Xisto 5594 
Guarapuava ETE UGL Vassoural 365 
Francisco Beltrão UGL Santa Rosa 409 
Quedas do Iguaçu ETE Quedas do Iguaçu 109 
Ponta Grossa UGL Ronda 1720 
Marialva UGL 2 – Sul 2176 
Umuarama UGL ETE Pinhalzinho 7072 
Foz do Iguaçu UGL ETE Ouro Verde 600 
Pato Branco UGL ETE Ligeiro 208 
- Resolução CEMA nº 105 de 17 de dezembro de 2019, que dispõe sobre o 
licenciamento ambiental, estabelece requisitos, conceitos, critérios, diretrizes e 
procedimentos administrativos referentes ao licenciamento ambiental, a serem 
cumpridos no território do Estado do Paraná. 
- Portaria IAP nº 212 de 12 de setembro de 2019. Estabelece procedimentos e 
critérios para exigência e emissão de Autorizações Ambientais para as 
Atividades de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. 
- LEI nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras 
providências. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GODOY, L.C. de. (2013) A logística na destinação do lodo de esgoto. Revista 
Científica On-line Tecnologia, Gestão, Humanismo, v. 2, n. 1. Disponível em: 
Acesso em: 28 de abril de 2021. 
PARANÁ. (2009) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. 
Resolução Sema nº 021, de 30 de junho de 2009. Dispõe sobre licenciamento 
ambiental, estabelece condições e padrões ambientais e dá outras 
providências, para empreendimentos de saneamento. Diário Oficial [do] Estado 
do Paraná, Curitiba. Disponível em: Acesso em: 25 de abril de 2021. 
SAMPAIO,A. (2013). Afinal, queremos ou não viabilizar o uso agrícola do lodo 
produzido em estações de esgoto sanitário? Uma avaliação crítica da 
Resolução CONAMA 375. Revista DAE, n. 193, p. 16-27. Disponível em: 
Acesso em 27 de abril de 2021. 
Resolução CEMA nº 105 de 17 de dezembro de 2019. Acessado em 28 de abril 
de 2021. 
Resolução SEMA nº 021 de 30 de junho de 2009. Acessado em 28 de abril 
de2021.

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