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SISTEMA GENITAL FEMININO

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Sara Fernandes – XXIX 
Sistema Genital Feminino 
 Anamnese 
 
 Identificação: dados da idade, cor, estado civil, profissa o, endereço, local de origem, ní vel so cio-econo mico. 
 
 Desenvolvimento sexual: pubarca e telarca (crescimento das mamas), menarca, ritmo e duraça o das 
menstruaço es subsequentes, sexarca, menopausa, orientaça o sexual. 
- TIPO SEXUAL DA PACIENTE  3 nu meros: idade da menarca, duraça o do fluxo e periodicidade. Ex: 12/03/28 
 
 História e antecedentes obstétricos: GPA  gestações, partos, abortos; número de filhos, uso de 
anticoncepcionais, evolução do puerpério e da lactação, complicações de parto (tipo do parto idade). 
- Ciclo menstrual, transtornos menstruais (oligomenorreia, polimenorreia, hipermenorre ia, hipomenorre ia), 
menopausa, dor (dismenorreia, dispareunia, dor a ovulaça o), prurido, corrimentos, ulceraço es, hemorragias 
uterinas anormais, TPM, tumoraço es. 
 
 Hábitos de vida: tabagismo (tumor de colo uterino, tromboembolismo, prematuridade de crescimento 
intrauterino), etilismo e uso de drogas ilícitas 
 
 Antecedentes pessoais e familiares: doenças previamente existentes (ISTs, HIV, vacinação, doenças 
metabólicas e endócrinas, HÁ, doenças vasculares), histórico de cirurgias que evolvam ou não o trato genital, 
resultados de exames anatopatológicos anteriores e a necessidade ou não de hemotransfusão existência de 
câncer. 
 
 EXAME FISICO 
 
 Inspeção da vulva, monte de vênus, região anoperineal e vestíbulo vaginal 
 Exame especular 
 Palpação: toque vaginal e toque retal 
 Exame das mamas: 
1- A paciente deverá estar despida, sem blusa e sutiã, com avental aberto para frente. 
2- Posicionar a paciente em ortostatismo, sentada na maca, com os braços estendidos ao longo do corpo. 
3- Examinador em frente à paciente. 
 
4- Inspeção estática: avaliar a forma do arcabouço torácico. Em relação às mamas, deve-se observar: o 
número de mamas, localização, forma, volume, a presença de abaulamentos, retrações ou cicatrizes, além da 
simetria. Em relação à pele, deve-se observar cor, brilho, vascularização e distribuição dos vasos, pelos, edema 
cutâneo (“peau d’orange”) e lesões. Em relação ao complexo aréolo-mamilar (CAM), avalia-se a forma, dimensões, 
simetria, características da pele e retração. 
 
5- Inspeção dinâmica: a paciente deverá elevar progressivamente os braços, que devem estar estendidos, 
com o objetivo de tornar tenso a pele e Ligamentos de Cooper. Na sequência, a paciente deverá colocar as mãos na 
cintura e fazer compressão, a fim de contrair o músculo peitoral maior, o que pode realçar eventuais nódulos 
mamários que estejam aderidos a esta estrutura. A seguir, a paciente deverá estender os braços e flexionar o tronco 
anteriormente, de modo que as mamas fiquem pêndulas. Nesta etapa do exame físico deverá ser observado se há 
limitação da movimentação dos membros superiores, se há edema dos mesmos e a presença de escápula alada, 
principalmente em pcte submetidas à cirurgias prévias. 
 
6- Palpação das cadeias ganglionares: iniciar a palpação pelas cadeias ganglionares cervicais e 
supraclaviculares; para isto, o aluno poderá se posicionar na frente ou atrás da paciente. A seguir, palpa-se as 
cadeias infraclaviculares e as cadeias axilares. Para a palpação da cadeia linfática axilar direita, deve-se deixar o 
braço direito da paciente solto ao longo do corpo, ou apoiado ou sustentado pelo braço direito do examinador, 
Sara Fernandes – XXIX 
enquanto com a mão esquerda, este faz a palpação. Para a cadeia linfática do lado esquerdo, inverte-se o braço de 
apoio e a mão que palpa, ou seja, mão direita palpa axila esquerda e mão esquerda palpa axila direita. Deve-se 
observar a presença de gânglios, localização dos mesmos, tamanho, consistência, mobilidade, relação entre si, 
aderência a planos profundos e eventuais ulcerações. Deve-se fazer a palpação da cadeia da mamária interna com 
a paciente deitada. 
 
7- Palpação das mamas: este tempo implica no exame da região que tem como limites a clavícula, o sulco 
infra-mamário, a linha axilar posterior, a linha médio-esternal e o prolongamento axilar. A paciente deve estar em 
decúbito dorsal, com os braços elevados com as mãos atrás da nuca. Deve-se utilizar a ponta e a polpa digital dos 
dedos indicadores, médios, anulares e mínimos, com a realização de movimentos de dedilhamento e de 
deslizamento, cobrindo toda a área a ser examinada, em movimentos circulares. Achados como nódulos, 
espessamentos, consistência do parênquima, temperatura e dolorimento devem ser anotados. 
 
OBS.: existem pacientes que merecem um exame mais minucioso: gestantes, puérperas em lactação, 
portadoras de implantes protéticos e aquelas com história pregressa de câncer mamário. Nas mulheres 
submetidas à mastectomia, deve-se examinar minuciosamente a cicatriz cirúrgica e toda a parede torácica 
(plastrão). 
 
  Registro do exame físico: tumores e outros achados físicos devem ser descritos pelas seguintes 
características: 
1. Localização, por quadrante ou método do relógio; 
2. Tamanho em centímetros; 
3. Forma (redonda, oval); 
4. Delimitação em relação aos tecidos adjacentes (bem circunscritos, 
irregulares); 
5. Consistência (amolecida, elástica, firme, dura); 
6. Mobilidade, com referência a pele e aos tecidos subjacentes; 
7. Dor à palpação focal; 
8. Aspecto das erupções, eritemas, outras alterações cutâneas ou achados visíveis (retração, depressão, nevos, 
tatuagens). 
 
 
 Principais sinais e sintomas das mamas 
 
1. NÓDULO MAMÁRIO: localização, crescimento, modificação em relação ao ciclo menstrual, consistênecia, 
mobilidade e sensibilidade 
2. MASTALGIA: periodicidade, relação com movimento do tórax 
3. SECRÇÃO PAPILAR OU DERRAME PAPILAR: espontâneo, recorrente ou intermitente, uni ou bilateral; relação 
com ciclo menstrual, gestação, aborto ou lactação; antecedente de amenorreia, traumatismo e uso de 
medicamentos. 
4. GALACTORREIA 
 
 EXAME GINECOLÓGICO 
- Foco luminoso 
• Posição ginecológica: posição litotômica ou talha 
 - decúbito dorsal + flexão do quadril e joelho a 90º + exposição perineal 
- elevar o dorso a 30-45º : conforto a paciente 
- médico entre as pernas da paciente: sentado (altura ideal) + foco luminoso 
Sara Fernandes – XXIX 
• Examinador: entre as pernas da paciente 
 
 
EXAME DA VULVA E DO PERÍNEO 
 
 INSPEÇÃO ESTÁTICA 
 
• Pilificação: depende do nível de estrogênio 
• Glândulas de bartholin: entre 4-8h (lubrificação vaginal) 
• Hímen: integridade 
- morfologia (anular, fimbriada, cribriforme, imperfurada) 
• Períneo ou corpo perineal 
- Espaço entre a fúrcula vaginal e ânus 
- Descrever: : se ruptura (pós parto), lesão cutânea, infecção, inflamação, etc) 
 
EXAME DA GENITÁLIA 
 
- Examinador entreabre os grandes lábios e exame clitóris, óstio uretral, hímen e introito vaginal 
 
 Inspeção da vulva: implantação de pelos, fenda vulvar (fechada, entreaberta, aberta), umidade, hiperemia, 
ulcerações, distrofias, neoplasias, dermatopatias, malformações. 
 Inspeção do períneo: integridade, cicatrizes 
 Inspeção do ânus: presença de hemorroidas, plicomas, fissurass, prolapso da mucosa, malformações 
 
 INSPEÇÃO DINÃMICA 
Avaliar: distopia genital (aumento da Pabd = pressão abdominal) 
 Manobra de Valsava: tossir ou soprar dorso da mão com a glote fechada  uterocele, abaulamento das 
paredes vaginais, perda de urina, etc 
 Distopia: devido a fraqueza das estruturas do assoalho pélvico  cistocele (parede vaginal anterior) e 
retocele (parede posterior) 
 
EXAME ESPECULAR: Introduz-se um espéculo no canal vaginal para avaliar a cor e aspecto da vagina e do colo do 
útero (se há lesões, inflamações); presença de corrimento; e presença de hemorragias. O ideal é utilizar um 
espéculo descartável  ângulo 45º (desviar do meato uretral) abertura após rotação completa 
 
 Inspeção da parede vaginal 
 
 Trofismo(ação estrogênica): menacme (parede vaginal rugosa e úmida) e pós menopausa (parede 
vaginal lesas e secas) 
 Secreção vaginal 
- Fisiológica: clara, cristalina e límpida 
- Anormal: volume e cor alterada (esverdeado, amarelo, acinzentado, branco), odor 
- PH normal: < 4,5 e se for elevado pode indicar infecção 
 Avaliar fundo de saco vaginal: abaulamento (massa, coleção, abdominal, etc) 
 Avaliar colo do útero: localização, morfologia, tamanho, aspecto do orifício 
 Panicolau: citologia oncoparasitária 
 
Sara Fernandes – XXIX 
Teste do ácido acético: solução de ácido acético 5%, coloca na região do colo uterino, se ela for corada é reagente, 
indicando intensa atividade nuclear e maior conteúdo proteico 
Teste de Schiller: lugol 3 a 5% que cora glicogênio, as células normais do epitélio vaginal e cervical escurecem. Se 
não corar Schiller é positivo e o lugol é negativo. Em áreas pálidas realizar biópsia. 
 
 Toque vaginal 
 
 Unidigital: expressão da uretra, palpação das glândulas vestibulares, palpação das paredes vaginais 
(elasticidade, capacidade, extensão, superfície, irregularidades, sensibilidade, temperatura), fundos de 
saco e colo do útero. 
 Prolapso genital: alteração da parede vaginal anterior ou posterior somada ao ápice vaginal 
- Anterior: uretra (uretrocele), bexiga (cistocele) e uretra + bexiga (uretrocistocele) 
- Médio: prolapso uterino  compartimento médio: da cúpula vaginal (erotrocele ou enterocele) / 
compartimento posterior: prolapso retal (retocele) 
 
 Toque bimanual 
 
 Avaliação do colo do útero, anexos, fundo de saco posterior. O examinador deve elevar o útero em direção 
a parede abdominal (com os dois dedos tocando a cérvice) e a sua mão livre deve ser suavemente colocada 
sobre o abdômen e deslizar de cima para baixo até que o útero se ponha entre as duas mãos e possa ser 
palpado. 
 
 Durante o toque bimanual, é possível caracterizar o útero quanto à posição (anteversoflexão, 
retroversoflexão ou posição intermediária), tamanho, consistência e mobilidade. Adicionalmente, na 
palpação é possível observar o tamanho, a consistência, a regularidade e a mobilidade do órgão, bem como 
torna- se possível verificar eventuais dores que possam ser desencadeadas pela manipulação. Além disso, 
em seguida os dedos devem ser dirigidos para as laterais do fundo de saco anterior na busca da palpação 
dos ovários 
 
 
  Principais sinais e sintomas 
 
1. HEMORRAGIAS: qualquer sangramento sem características da menstruação normal, classificadas em: 
 Hemorragia uterina orgânica (metrorragia): ocorre em inflamações, neoplasias benignas e 
malignas, afecções ginecológicas como hepatopatias, coagulopatias. Não é um sangramento 
cíclico, é sem ritmo e sem periodicidade. Caracterizar semiologicamente. 
 Hemorragia uterina funcional ou disfuncional: não se relaciona com neoplasia, doenças 
inflamatórias ou gravidez, geralmente causada por disfunção ovariana e por ausência de 
ovulação, acompanhada de irregularidades do ciclo menstrual. 
 
2. DISTÚRBIOS MENSTRUAIS: menstruação é um sangramento cíclico que ocorre a cada 21 a 35 dias, 
durando de 2 a 8 dias, com perda sanguínea de 50 a 200 ml. 
 Polimenorreia: quando a menstruação ocorre com intervalos menores que 21 dias 
 Oligomenorreia: quando a menstruação ocorre com intervalos maiores que 35 dias 
 Amenorreia: que é a falta de menstruação por um período de tempo maior do que três ciclos 
prévios 
 Hipermenorreia: quando a menstruação dura mais de 8 dias 
 Hipomenorreia: quando ela dura menos de 2 dias 
 Menorragia: quando há excessiva perda de sangue durante o fluxo menstrual. Às vezes, confunde-
se com hipermenorreia 
 Metrorragia: quando a perda de sangue não obedece ao 
Sara Fernandes – XXIX 
 ritmo do ciclo menstrual 
 Dismenorreia: que é um conjunto de sintomas que podem acompanhar a menstruação. 
 
3. DOR: localização habitual na região pélvica, abdominopélvica ou lombossacra, espontânea ou provocada 
pelo coito, por deambulação, por ortostatismo ou por palpação. Pode ser contínua, paroxística ou 
relacionada com o ciclo menstrual. 
 avaliação de causas psíquicas, afecções de órgãos do sistema urinário, digestivo, osteoarticular, 
vias sensoriais do reto e bexiga; “dor no ovário” por litíase urinária, neoplasias e traumatismos 
anorretais; apendicites e diverticulites 
 Processos inflamatórios agudos  a dor é de localização pélvica, aguda, contínua, espontânea, 
podendo, com a expansão do processo, alcançar outras regiões. A dispareunia (dor durante o ato 
sexual) é a regra, tanto nas infecções pélvicas como nas da vulva e da vagina 
 
4. TUMORAÇÕES: aparecimento localização, velocidade de crescimento, presença de outros sintomas 
originados e compressão de órgãos vizinhos. 
 abdominopélvicas, vaginais e vulvares 
 falsas (distensão vesical ou intestinal e pseudociese) e verdadeiras (miomas, neoplasias 
ovarianas e tubárias), firmes (miomas), císticas e sólido-císticas (neoplasias do ovário), malignas 
(carcinomas), benignas (miomas, cistos ovarianos) e inflamatórias (piossalpinge). 
 
5. CORRIMENTO (LEUCORREIA): alteração das características da secreção normal, que tem o aspecto de 
"catarro fluido" ou de "clara de ovo". A secreção aumenta sob ação estrogênica (pico ovulatório e 
terapêutica hormonal). Não se pode esquecer que é igualmente fisiológica a secreção das glândulas 
vestibulares maiores (Bartholin) durante a excitação sexual. 
 variação de acordo com suas características atológicas 
 Hidrorreia, purulento, branco (fúngicos), água de carne 
 Fisiológico (estímulo estrogênico): secreção das glândulas endocervicais / descamação vaginal 
 Patológico: flora mista (germes "sépticos" ou "inespecíficos") / germes específicos. 
 
6. PRURIDO VULVAR: o prurido como sintoma isolado é pouco frequente. Pode, entretanto, ser muito 
intenso e penoso para a paciente. Costuma surgir nas lesões distróficas da vulva (principalmente em 
pacientes idosas) e nas vulvites micóticas e alérgicas. O prurido vulvar é um sintoma frequente no 
diabetes. Não se deve esquecer, também, de que o câncer da vulva está quase sempre associado a prurido 
 
7. DISTÚRBIOS SEXUAIS: disapareunia (vaginismo, contratura dolorosa da musculatura vaginal) e 
disfunção sexual (frigidez) 
 
8. ALTERAÇÕES DE PELOS: implantação isosseuxal, desequilíbrios hormonais, medicamentos 
 
 Alterações do exame físico 
 
 VULVITES E VULVOVAGINITES 
 
- Lesões papulares: cancro mole e cancro duro, lesões ulceradas secundárias, diferencia de consistência 
da base da lesão e no número delas 
- Lesões planas: sífilis e herpes genital; pápulas planas, vesículas, condiloma acuminado (HPV) 
- Lesões granulomatosas: linfogranuloma venéreo e granuloma inguinal ou donovanose 
 
 
 SKENITES E BARTHOLINITES: no vesbíbulo, funcionam como (porta de entrada de microrganismos 
a uretra os orifícios excretores das glândulas de Skene e de Bartholin. As infecções dessas glândulas 
denominam-se skenites e bartholinites. Em sua forma aguda, causam dor e febre, podendo formar 
abscessos. Na forma crônica, surgem “pseudocistos" que não apresentam qualquer sintoma. 
Sara Fernandes – XXIX 
 
 VAGINITES E CERVICITES 
 Infecções causadas por agentes variados com sintomas inespecíficos, como gonococos, bacilo da 
tuberculose, germes que se propagam nas vias linfáticas e sanguíneas 
 Sintomas: corrimento 
 vulvovaginite por deficiência de estrogênio surge na menopausa, após ovarioectomia ou 
irradiação da pelve 
 Principais: candidíase, vaginose bacteriana e tricomoníase  diferenciação pela secreção vaginal 
 
 
 DIP 
 Infecção que se propaga por via ascendente, alcançando os órgãos genitais pélvicos e repercussão 
sistêmica, longe da pelve é decorrente da disseminação hematogênica bacteriana pela circulação 
 Salpingites, ooforites (anexites), abscessos tubo-ovarianos, parametrites e pelviperitonite. 
 Fatoresde desenvolvimento: condições como o pós-parto e o pós-aborto, cirgirurgias por via 
vaginal por causa de germes anaeróbios, presentes na flora vaginal 
 O não tratamento na fase aguda pode deixar sequelas na fase crônica, como abscessos, dor 
crônica, corrimentos e metrorragia. 
 
- Sintomas gerais: mal-estar, febre, calafrios, vômito, taquicardia 
- Sintomas regionais: hemorragia, corrimento, disúria, tenesmo 
- Sintomas e sinais locais: dor, abaulamento do fundo de saco vaginal posterior, que, puncionado, dá 
saída a uma secreção purulenta. 
 
 
 NEOPLASIAS DA VULVA 
 
 Ocorrem por vestuário apertado, contato com secreções, urina, condições de higiene, produtos na 
região e alterações metabólicas. 
 Distrofia vulvar = neoplasia intraepitelial vulvar (NIV), classificadas nos graus de diferenciação 
NIV I, II e III. 
 Manifestação: lesões banco avermelhadas, atróficas ou hipertróficas e prurido. 
 Fatores de risco: vulvite crônica, HPV e condiloma acuminado. 
 
 Benignas 
 
 Cistos de Skene e os cistos de Bartholin (origem infecciosa): originadas de oclusão dos duetos 
das glândulas dérmicas, incluindo os cistos sebáceos. 
 Hidroadenomas (neoplasias de glândulas sudoríparas apócrinas) localizados nos grandes lábios 
e geralmente assintomáticos, menos frequentes. 
 Fibromas: raros, podem alcançar grandes dimensões, sendo conhecidos como “molusco 
pêndulo" em virtude de seu aspecto. 
 Lipomas, hemangiomas elinfangiomas: também são raros e, em regra, assintomáticos. 
 Cisto do canal de Nuck: neoplasia embrionária na linha inguinal e nos grandes lábios. Devido à 
localização, torna-se às vezes difícil o diagnóstico diferencial com cisto da glândula de Bartholin, 
quando este se localiza na porção cranial dos grandes lábios. 
 
 Malignas 
 
 Carcinoma escamoso: tem aspecto polimorfo, podendo ser circunscrito ou difuso. Na fase 
avançada da doença, o prurido é o sintoma principal, acompanhado de dor e de sangramento. 
A neoplasia, às vezes, propaga-se por contiguidade para o lado oposto, devido à coalescência 
dos lábios (úlcera em beijo). Melanoma, sarcoma e linfoma, são raras. 
Sara Fernandes – XXIX 
 NEOPLASIAS DA VAGINA 
 
 Benignas: 
 
 Cistos de inclusão: aparecem geralmente na parede posterior da vagina e são consequência da 
inclusão de porções da mucosa vaginal durante a correção cirúrgica de lacerações perineais ou de 
episiotomias. São pequenos e assintomáticos. 
 Cistos mesonéfricos e cistos paramesonéfricos (embrionários): originam-se de restos do 
conduto de Wolff. Localizam-se, em geral, nas paredes laterais da vagina, atingindo, às vezes, 
tamanho suficiente para dar como sintoma a obstrução parcial do conduto vaginal com dor ao 
coito ou dispareunia. Com grande frequência são assintomáticos. 
 Outras neoplasias benignas menos frequentes são a endometriose e a adenose. 
 Malignas: a maioria é do tipo epidermoide, localizadas na parede posterior da vagina, no terço 
superior. Se ulceraçõa rapidamente e provocam dor, corrimento e hemorragia 
 
 NEOPLASIAS ÚTERO 
 
 Divididas em: originadas no tecido epitelial (papiloma e carcinoma), as do tecido conjuntivo 
(liomiomas e pólipos), as do tecido mesodérmico (sarcoma, neoplasias mesodérmicas mistas) e 
as do endométrio ectópico ( endometriose). 
 Liomiomas/fibromas/miomas: ocupam o corpo uterino em 95% dos casos, tem a maior 
importância clínica porque são mais frequentes. 
 
- Grandes miomas: os que crescem “para fora” do miométrio, são chamados de subserosos, 
podendo comprimir o reto, a bexiga e os ureteres, causando desconforto retal, tenesmo, polaciúria 
e dor lombar e no baixo ventre. Os que crescem “para dentro” da cavidade uterina são chamados 
de submucosos, podendo provocar hemorragia e dor, se se exteriorizarem. O sinal principal é a 
tumoração; se sofrerem necrobiose provocam dor e se forem localizados na parede do útero, são 
chamados de intramurais. 
 
 Malignas 
 
 Câncer de colo (carcinoma escamocelular): na fase inicial é insidioso, causa sangramento 
vaginal (irregular ou pós-coito), corrimento fétido, dispaurenia e dor pélvica. 
 Câncer do endométrio: hemorragia, curetagem obrigatória em mulheres pós menopausa, 
corrimento sanguinolento com odor fétido. 
 
 NEOPLASIAS ANEXIAIS (TUBA E OVÁRIO) 
 
 Benignas mais frequentes: são a adenomatoide (origem mesotelial) e o liomioma de origem 
mesodérmica. 
 Neoplasias malignas: raros, como o carcinoma da tuba, que apresenta como sintomas dor, 
corrimento e tumoração anexial. O sangramento ocorre, às vezes, nas pacientes pós-
menopáusicas. 
 
 As neoplasias do ovário são as neoplasias mais polimorfas da genitália. São evidenciadas 
clinicamente apenas quando estão muito desenvolvidas, causando aumento de volume do 
abdome. Essas neoplasias são geralmente assintomáticas, exceto quando determinam 
complicações como a torção do pedículo, o que causa dor, náuseas, vômito, rigidez da parede 
abdominal, taquicardia e sinais de colapso circulatório. A ruptura da neoplasia, cujos 
sintomas dependerão da quantidade e das características do seu conteúdo, varia do 
Sara Fernandes – XXIX 
desconforto periumbilical ao abdome agudo. A supuração pode levar à peritonite 
generalizada. 
 
 ENDOMETRIOSE 
 
 É a presença ectópica de endométrio dentro do útero, no miométrio (adenomiose ou 
endometriose interna) ou fora do útero (endometriose externa). Os focos de endometriose 
externa mais frequentes são nos ovários, mas podem ser encontrados nos ligamentos 
uterossacros, no septo retouterovaginal, nos pulmões, na região umbilical e em cicatriz cirúrgica. 
 
 O sinal mais comum é a tumoração, sendo sintoma característico, quando presente, a 
dismenorreia secundária, que se acentua progressivamente. Ocasionalmente, correspondendo ao 
ciclo menstrual, ocorre hemorragia periódica em um foco de endometriose externa (umbigo), por 
exemplo. A laparoscopia é o exame complementar mais adequado para o diagnóstico da 
endometriose nos ovários. 
 
 
 MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS 
 
 Imperfuração do hímen: é uma alteração congênita, geralmente diagnosticada na puberdade, 
após a primeira menstruação (menarca), que não se exterioriza (criptomenorreia). O sangue 
acumula-se na vagina (hematocolpo), no útero (hematométrio) ou nas tubas (hematossalpinge) 
e derrama no peritônio (hematoperitônio). 
- Queixa de dor e no exame ginecológico, observa-se abaulamento da membrana himenal 
imperfurada. O diagnóstico diferencial principal é feito com a agenesia da vagina. 
 
 PROLAPSOS GENITAIS 
 
 São o deslocamento para baixo do útero e da vagina, geralmente acompanhados da bexiga e do 
reto. O prolapso vaginal pode ocorrer sem descida do útero, mas a recíproca não é verdadeira. 
 Costumam acompanhar o prolapso uterovaginal diversas alterações, chamadas de "lesões 
satélites': as quais compreendem a cistocele (procidência da bexiga), a retocele (procidência do 
reto) a incontinência urinária de esforço (perda involuntária de urina, aos mínimos esforços, 
cansequente a alterações anatômicas do ângulo uretrovesical) e a enterocele (procidência do 
peritônio e das alças intestinais) e o alongamento hipertrófico do colo uterino. 
 Para que se caracterize o prolapso uterino, é necessário que o órgão se desloque em bloco (corpo 
e colo), como um todo, no sentido caudal. Se o corpo do útero permanece em sua situação normal, 
não há prolapso e, sim, alongamento hipertrófico do colo. Pode haver, entretanto, concomitância 
das duas alterações. O diagnóstico do prolapso genital e de suas "lesões satélites" depende 
fundamentalmente da identificação das estruturas prolabadas. 
 
 Classificação: 
 
- Estágio I: o ponto mais distai do prolapso está, no máximo, a 1 em acima do hímen, ou seja, não 
ultrapassa esse nível (-1 cm) 
- Estágio II : o ponto de referência mais distai do prolapso está entre 1 em acima ou 1 em abaixo do 
hímen 
- EstágioIII: a porção mais distai do prolapso está a mais de 1 em abaixo do plano do hímen, porém o 
comprimento vaginal total é menor que 2 cm 
Estágio IV: em essência, seria uma completa eversão 
Sara Fernandes – XXIX 
 O diagnóstico diferencial entre prolapso uterino e alongamento hipertrófico é feito pelo aumento do 
colo, medido pelo histerômetro, e pela constatação da integridade dos fundos de saco laterais da 
vagina presentes no alongamento hipertrófico. 
 
 Fatores de predisposição: "fraqueza” congênita do aparelho de suspensão dos órgãos genitais; 
trabalho de parto mal orientado com lesão do aparelho de sustentação (períneo). Há associação com 
lesões perineais e retroperineais, bem como de ligamentos de sustentação da região. 
 Quadro clínico: sensação de peso, de dificuldade de esvaziar o reto e a bexiga, de disúria e de 
polaciúria. No exame ginecológico, detecta-se a presença do prolapso, sendo conveniente lembrar que 
a paciente deve ser examinada na posição ginecológica e de pé, em repouso e após esforço. Caso 
contrário, prolapsos de 1 º grau passam despercebidos. 
 
 
 NEOPLASIAS DA MAMA 
 
 Benignas 
 
 Fibroadenoma 
 Tumor filodes 
 Cistos 
 Lipoma, hamartoma e adenoma 
 Papiloma 
 
 Câncer de mama in situ versus Câncer de mama invasivo 
 
O tipo de câncer de mama também pode se referir se o câncer se disseminou ou não. O câncer de mama in 
situ é um câncer que começa no ducto de leite e não cresce no restante do tecido mamário. O termo câncer 
de mama invasivo (ou infiltrante) é usado para descrever qualquer tipo de câncer de mama que se 
disseminou no tecido mamário circundante. 
 
 Carcinoma ductal in situ (DCIS): carcinoma intraductal é considerado não invasivo ou câncer de mama 
pré-invasivo. 
 
 Câncer de mama invasivo (ou infiltrante): é aquele que se disseminou pelo tecido mamário adjacente. 
Os tipos mais comuns são o carcinoma ductal invasivo e carcinoma lobular invasivo. O carcinoma ductal 
invasivo representa entre 70 a 80% de todos os cânceres de mama. 
 
Tipos especiais de câncer de mama invasivo 
 
 Câncer de mama triplo negativo: é um tipo agressivo de câncer de mama invasivo, representa 
cerca de 15% dos cânceres de mama. É um câncer difícil de ser tratado. 
 Câncer de Mama Inflamatório: é um tipo raro de câncer de mama invasivo, que representa de 1 
a 5% dos cânceres de mama. 
Tipos menos comuns de câncer de mama 
 Doença de Paget: começa nos dutos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. É 
raro, representando de 1 a 3% dos casos de câncer de mama. 
 
 Angiossarcoma: os sarcomas da mama são raros, representando menos de 1% dos cânceres de mama. O 
angiossarcoma começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos. Pode envolver o tecido 
mamário ou a pele da mama. Alguns podem estar relacionados ao tratamento radioterápico prévio dessa 
região.

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