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Doença de Alzheimer: Sintomas, Fatores de Risco e Tratamento

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ALZEIMER:
Um distúrbio neurológico degenerativo, progressivo e irreversível. Começa
de maneira insidiosa e se caracteriza-se por perdas graduais da função
cognitiva e por distúrbios do comportamento e afeto.
FISIOPATOLOGIA
∎ Alterações neuropatológicas e específicas encontradas no Azheimer:
entrelaçamento neurofibrilar e placas senis ou neutríticas.
∎ O comprometimento neural ocorre principalmente no córtex cerebral e
resulta na diminuição do cérebro;
∎ Alterações similares são encontradas no cérebro normal do idoso;
∎ As células mais afetadas são aquelas que utilizam o neurotransmissor
acetilcolina (envolve a memória)
Fatores e Predisposições
∎ O único fator de risco bem conhecido e aceito universalmente é a idade -
doença idade-dependente, ou seja, à medida que a idade avança, maior é
a probabilidade de sua ocorrência.
∎ História familiar, síndrome Down
∎ Processo de envelhecimento acelerado, exacerbado e de aparecimento
prematuro.
∎ Mulheres sejam mais afetadas do que homens.
∎ Traços de alumínio encontrados no cérebro de pacientes com DA levou
vários pesquisadores suspeitarem de que esse metal estivesse implicado
na etiologia da DA (inconclusivo).
∎ Outros possíveis fatores de risco: exposição ou ingestão de substâncias
tóxicas como álcool, chumbo, e solventes orgânicos, medicamentos
diversos, trauma craniano, exposição à radiação, estilo de vida, estresse,
infecções, doenças imunológicas e câncer, altos níveis de colesterol e de
homocisteína (relacionada com o “stress oxidativo”), a obesidade e
diabetes estão sendo estudados.
Diagnóstico diferencial
∎ Demência confirmada por
avaliação clínica e
neuropsicológica. ∎ Declínio
progressivo da
memória e de outra função
mental. ∎ Sem alteração de
consciência. ∎ Sintomas iniciais
entre 40 e 90 anos de
idade. ∎ Ausência de outras
condições que justifiquem o
quadro demencial.
Sintomas e evolução
∎ Em média, de acordo com as estatísticas,
95% dos pacientes falecem nos primeiros 5 anos, no entanto conhecem-se
casos com 10, 15 e até com mais de 20 anos de evolução.
∎ Fase inicial:
O estágio inicial raramente é percebido. Parentes e amigos (e,
às vezes, os profissionais) veem isso como "velhice", apenas uma fase
normal do processo do envelhecimento. Como o começo da doença é
gradual, é difícil ter certeza exatamente de quando a doença começa. A
pessoa pode:
∎ Ter problemas de linguagem).
∎ perda significativa de memória – particularmente das coisas que
acabam de acontecer.
∎ Não saber a hora ou o dia da semana.
∎ Ficar perdida em locais familiares. ∎ Ter dificuldade na tomada de
decisões.
∎ Ficar inativa ou desmotivada.
∎ Apresentar mudança de humor, depressão ou ansiedade.
∎ Reagir com raiva incomum ou agressivamente em
determinadas ocasiões.
∎ Apresentar perda de interesse por hobbies e outras atividades.
∎ Fase Intermediária:
Como a doença progride, as limitações ficam mais claras e mais
graves. A pessoa com demência tem dificuldade com a vida no dia a dia e:
∎ Pode ficar muito desmemoriada, especialmente com eventos
recentes e nomes das pessoas.
∎ Pode não gerenciar mais viver sozinha, sem problemas.
∎ É incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras.
∎ Pode ficar extremamente dependente de um membro familiar e do
cuidador.
∎ Necessita de ajuda para a higiene pessoal, isto é, lavar-se e vestir-
se.
∎ A dificuldade com a fala avança.
∎ Apresenta problemas como perder-se e de ordem de
comportamento, tais como repetição de perguntas, gritar, agarrar- se e
distúrbios de sono.
∎ Perde-se tanto em casa como fora de casa.
∎ Pode ter alucinações (vendo ou ouvindo coisas que não existem).
FASE FINAL
O estágio avançado é o mais próximo da total dependência e da
inatividade. Distúrbios de memória são muito sérios e o lado físico da
doença torna-se mais óbvio.
A pessoa pode:
∎ Ter dificuldades para comer.
∎ Ficar incapacitada para comunicar-se.
∎ Não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares.
∎ Ter dificuldade de entender o que acontece ao seu redor.
∎ É incapaz de encontrar o seu caminho de volta para a casa.
∎ Ter dificuldade para caminhar.
∎ Ter dificuldade na deglutição.
∎ Ter incontinência urinária e fecal.
∎ Manifestar comportamento inapropriado em público.
∎ Ficar confinada a uma cadeira de rodas ou cama.
Terapeutica
∎ Três pilares: melhorar a cognição,retardar a evolução e tratar os
sintomas e as alterações de comportamento.
∎ A terapia colinérgica é a mais utilizada podendo inclusive melhorar
efetivamente a cognição e a funcionalidade em um grupo restrito de
pacientes, cerca de 20% a 33%. O nível de acetilcolina (neurotransmissor
decisivo no desempenho cognitivo) está diminuído na doença de
Alzheimer (DA) por diminuição de produção ou por excessiva destruição
pela ação da enzima acetilcolinesterase.
∎ Agonistas colinérgicos ou por inibidores colinesterásicos, ambos
aumentando a atividade colinérgica. 1996 a donepesila,1988 a
rivastigmina, 2001 a galantemina.
Diagnóstico de enfermagem
∎ Risco de lesão relacionado a falta de atenção quanto aos perigos
ambientais; ∎ Interação social prejudicada devido a diminuição da
capacidade de compreendr o ambiente; ∎ Processos mentais prejudicados
devido a processos fisiológicos da doença; ∎ Nutrição alterada devido a
perda da memória; ∎ Mobilidade física prejudicada relacionado a
instabilidade da marcha; ∎ Processo familiares interrompidos relacionado
ao não
reconhecimento; ∎ Déficit de autocuidado relacionado a progressão da
doença; ∎ Comunicação verbal prejudicada relacionada a doença
neurodegenerativa;
Cuidados de enfermagem
∎ Manter rotinas; ∎ Orientar paciente quanto ao ambiente; ∎ Cuidar risco de
quedas; ∎ Auxílio na ingesta hídrica e alimentar; ∎ Evitar alimentos de difícil
deglutição; ∎ Cuidados com higiene e conforto;

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