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SISTEMA GENITAL MASCULINO

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Sara Fernandes - XXIX 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 
☞ ANAMNESE 
 
 Idade 
- Recém nascidos: são importantes problemas de ambiguidade sexual, hidrocele e edema escrotal (hérnias), 
criptorquias e dismorfias penianas; afecções que interferem com o fluxo sanguíneo testicular (torção do 
cordão espermático); 
- Puberdade e em jovens adultos: predominância de processos infecciosos (ISTs e tumores testiculares); 
- > 40 anos: priapismo, hidrocele secundária, prostatismo 
- > 60 anos: obstruções de próstata e cânceres. 
- 70 – 80: câncer de próstata 
 Distúrbios espermatogênicos: radiologia 
 Profissão: substâncias tóxicas e químicas, temperatura elevada, radiação  alcatrão (carcinoma escrotal) 
 Vida conjugal e hábitos de higiene 
 
☞ SINAIS E SINTOMAS 
 
 Dor: origem no próprio órgão genital ou em suas adjacências 
 Disúria: (dor ao urinar) indicativa de inflamação no trato urinário inferior, estenose uretral, estenose 
do meato externo. 
 Dor testicular: local, dor referida indica litíase uretral 
 Dor na próstata, perineal, lombossacra (cálculo no terço inferior do ureter); dor discreta em sensação 
de peso (neoplasias malignas de testículo (câncer de próstata com disseminação metastática e 
prostatites. prostatites ou CA de próstata 
 Dor epdídimária: local ou quadrante inferior do abdome, ângulo costo-vertebral ipsilateral (mais 
rara) 
 
 Hematúria: presença de hemácias na urina. Pode ser micro, diagnosticada pelo exame microscópico ou macro 
(maciça), detectada a olho nu pelo aspecto escuro da urina, que fica marrom (Coca-Cola) na urina ácida, e 
rósea na urina alcalina. Tem origem prostática ou uretral, dependendo da patologia envolvida. A hematúria 
total depende de lesões situadas acima do colo da bexiga, no ureter ou no rim, havendo tempo para se 
misturarem no sangue e na urina. A litíase e as infecções do trato urinário representam as causas mais 
frequentes de hematúria. 
 Hematúria inicial: próstata ou uretra 
 Hematúria terminal dolorosa: HBP ou CA de bexiga 
 Hematúria total: acima da bexiga, ureter ou rim 
 Hematúria idiopática 
 
 Alterações miccionais: ardência miccional (comum nas prostatites); incontinência urinária verdadeira, onde 
o paciente elimina urina sem perceber e quase continuamente, observado em casos de epispadia, lesões 
raquimedulares e esfincterianas; hesitação, esforço para urinar e diminuição da força do jato urinário. 
 Disúria (prostatites) 
 Polaciúria 
 Nictúria 
 Incontinência de urgência ou paradoxal ou de transbordamento: dificuldade para iniciar o 
gotejamento terminal constante 
 Alterações do jato urinário (fraco, lento, fino) 
 Hesitação, esforço para urinar, diminui a força e calibre do jato urinário: uropatias obstrutivas 
infravesicais 
 
Sara Fernandes - XXIX 
 Retenção urinária: incapacidade de esvaziar, parcial ou completamente a bexiga. Deve ser diferenciada de 
anúria ou ausência de micção, quando a bexiga se encontra vazia em consequência da interrupção do 
funcionamento renal. 
 Completa: dolorosa, o indivíduo é incapaz de eliminar qualquer quantidade de urina, podendo ser 
aguda (dolorosa, ansiedade, impaciência, palidez, sudorese e desejo de urinar) ou crônica..  sonda 
o paciente e libera a massa, se não for pede um ultrassom 
 Incompleta: permanência de certa quantidade de urina após término da micção, paciente refere 
polaciúria, geralmente crônica e não dolorosa (com distensão ou sem distensão)  bexiga palpável 
na região suprapúbica (bexigoma) 
 
 Priapismo: ereção persistente, prolongada e dolorosa, sem desejo sexual. Os corpos cavernosos ficam 
túrgidos e endurecidos, mas os esponjosos mantém sua consistência normal São várias as causas 
(neurogênicas, psicogênicas, infecciosas, traumáticas, etc. A persistência do priapismo provoca lesões graves 
e irreversíveis nos corpos cavernosos comprometendo o mecanismo de ereção  necrose por alteração 
vascular. 
 
 Hemospermia: presença de sangue no esperma, resultando de várias causas como tuberculose, 
esquistossomose, carcinoma das vesículas seminais, etc. O sangramento pode ser discreto ou intenso. 
 Ca de próstata ou vesículas seminais 
 Cirrose hepática 
 Discrasias sanguíneas 
 Inflamação de próstata e vesículas seminais 
 Litíase prostática 
 Hiperplasia benigna prostática 
 Pós-coito prolongado (não atolgócica) 
 
 Corrimento uretral: presença de secreção que sai pelo meato da uretra, queixa frequente em pacientes 
adultos. As principais causas são prostatites e uretrites. O primeiro sintoma de blenorragia é corrimento 
purulento, profuso, amarelo ou pardo e costuma aparecer 3 a 5 dias após o contágio. 
 Corrimento serossanguinolento: estreitamento uretral, câncer de uretra ou corpo estranho na uretra. 
 Corrimento purulento, profuso: uretrite gonocócica 
 Corrimento esbranquiçado com “gota matinal”: prostatites, uretrite não gonocócica, uretrite 
traumática 
 
 Distúrbios sexuais: 
 Ejaculação precoce: é a incapacidade de controlar o processo de ejaculação, durante a permanência 
do pênis na vagina, sem que tenha todo tempo suficiente para satisfazer a parceira. A causa é psíquica. 
 Ausência da ejaculação: pode ocorrer por falha na emissão de esperma por obstrução dos canalículos 
ejaculatórios, por processos inflamatórios ou após simpactectomia lombar, ou em decorrência da 
ejaculação retrógrada. Teste de coleta da urina  paciente se masturba e a presença de 
espermatozoides na urina examinada determinará. 
 Anorgasmia: incapacidade de chegar ao orgasmo durante o coito, a origem é psicogênica. 
 Libido: diminuição por estados depressivos 
 Dispareunia: dor ou desconforto durante ou após o ato sexual. 
 
 Impotência sexual 
 Infertilidade 
 
☞ EXAME FÍSICO 
 
 Faz-se o exame da genitália masculina depois de o do abdome, incluindo as regiões inguinais, em virtude da 
localização dos linfonodos relacionados à rede linfática perineal e pélvica. 
Sara Fernandes - XXIX 
 Órgãos genitais externos: inspeção e palpação do pênis e da bolsa escrotal, com o paciente de pé ou em 
decúbito dorsal 
 Órgãos genitais internos: próstata e vesículas seminais, exame feito pelo toque retal. 
 Sempre antecedida de uma avaliação geral do corpo. 
 
1- EXAME DO PÊNIS 
 
 Investigação de anomalias congênitas, na inspeção 
 Retrair completamente o prepúcio para uma boa visualização da glande e do sulco balanoprepucial, expondo 
lesões que poderiam passar despercebidas (lesões ulceradas, neoplasias, balanopostites e condilomas). 
 Investigar o diâmetro, aspecto e posição do meato uretral externo, o diâmetro normal é de 8mm. é necessário 
fazer uma compressão anteroposterior da glande, tornando-a entre os dedos indicador e polegar, Com essa 
manobra os lábios meatais se afastam, dando boa visualização do orifício. 
 Tamanho do pênis (obs para meninos obesos que o órgão se esconde no panículo adiposo); síndrome da 
virilização precoce (hiperplasia congênita da glândula suprarrenal). 
 A palpação pode revelar áreas de endurecimento ao longo do corpo esponjoso por conta de um processo 
inflamatório periuretral secundário ou por consequência de cálculo impactado na uretra. 
 Placas fibrosas palpáveis no trajeto dos corpos cavernosos  doença de Peyronie. 
 Artérias dorsais palpáveis  para se palpar a esquerda, coloca-se o dedo indicador esquerdo na base do pênis 
e com o polegar na base do corpo cavernoso esquerdo, pressiona-se para cima, o que põe a artéria em contato 
com o indicador. A mesma coisa para a artéria dorsal esquerda. 
 
2- EXAME DA BOLSA ESCROTAL 
 Investiga-se tamanho, formato, características da pele, aspectos vasculares, contornos, massas e sinais 
flogísticos. 
 A pele escrotal normal é enrugada, mas é lisa na criança e nos adultos com insuficiência hormonal 
 Normal  forma ovoide, tamanho de 25ml, superfície lisa, contornos regulares, consistência elástica 
 Massas escrotais: durasou moles, de múltiplas causas 
 Comprometimento da drenagem linfática por microfilárias  linfoescroto, onde a pele se apresenta 
espessada, edemaciada, com múltiplas formações bolhosas, que fazem minar líquido linfático. 
 Tamanho e configuração da bolsa escrotal alterados por processos inflamatórios, neoplásicos ou traumáticos 
(hidrocele, sinais flogísticos nos abcessos e evolução para fascite necrosante). 
 Coloração avermelhada da pele escrotal  processos inflamatórios agudos e acidentes vasculares 
 Criptorquia e hipogonadismo  flacidez, atrofia, perda dos movimentos de contração, apagamento das 
pregas horizontais do escroto 
 
3- EXAME DOS TESTÍCULOS 
 Testículo normal: o esquerdo é mais baixo que o direito. Apresentam superfície lisa, consistência elástica e 
formato ovoide 
 Palpação: palpa-se um dos testículos, comparando-o com o do outro lado, avaliando a consistência, formato, 
contornos e tamanho. Em seguida, palpa-se os epidídimos, situados acima e anteriormente aos testículos, 
procurando reconhecer as partes do corpo, cabeça e cauda. Depois, palpa-se os cordões espermáticos até o 
anel inguinal externo e procura-se por hérnias inguinais. Nessa fase do exame, o paciente tem que fazer a 
manobra de Valsalva ou tossir repetidas vezes. Por último, é feita a pesquisa do reflexo cremastérico. 
 Áreas endurecidas ou nodulares lesões malignas 
 No adulto cada testículo tem aproximadamente 25 ml. 
Sara Fernandes - XXIX 
 Aumento uniforme dos testículos em processos inflamatórios agudos (ou atrofia testicular) ou irregularmente 
nas neoplasias e lesões sifíticas gomosas. 
 
4- EXAME DOS EPIDÍDIMOS 
 Os epidídimos se localizam na borda posterossuperior dos 
testículos s e são facilmente perceptíveis entre os dedos 
indicador e polegar, fazendo-os deslizar de baixo para cima e 
de diante para trás, ao longo de ambas as faces dos testículos 
(manobra de Chevassu) 
 Aumento regular e difuso é observado nas epididimites 
agudas, enquanto o aumento irregular e multinodular sugere 
processo tuberculoso. Aumento de volume localizado na 
cabeça ou no corpo do epidídimo é comum nas lesões dsticas. 
Na cauda, quase sempre é consequência de epididimite 
inespecífica. 
 A sensibilidade epididimária é maior nos processos 
inflamatórios agudos e nas lesões microcísticas - causas 
frequentes das chamadas neuralgias testiculares essenciais. 
 
 
5- EXAME DOS CANAIS DEFERENTES 
 Os canais deferentes intraescrotais são palpados com facilidade em 
condições normais, desde seu ponto de junção na cauda epididimária até 
o orifício externo do anel inguinal. Esse segmento do canal deferente pode 
ser identificado pela sensação toda especial que se tem de "corda de 
chicote". 
 Agenesia deferencial, lesões císticas ou granulomatosas podem ser 
detectadas por simples manobras palpatórias, que devem ser simultâneas 
e comparativas. Quando acometido de processo tuberculoso, o deferente 
pode tomar a forma característica de "contas de rosário': 
 
6- EXAME DOS CORDÕES ESPERMÁTICOS 
 Lesões dos cordões espermáticos são percebidas por palpação. Na funiculite, o cordão se encontra espessado 
e doloroso. 
 A hidrocele do cordão e as lesões císticas são diagnosticadas por palpação e transiluminação. Uma causa 
comum da funiculite recidivante nas regiões endêmicas é a filariose, quando se palpam tumefação difusa e 
certo grau de espessamento do cordão espermático. 
 Transluminação: realizado quando o escroto é aumentado. Sala escura  transmissão da luz vermelha  
brilho  cavidade com líquido seroso  hidrocele espermatocele (líquido transparente deixa passar a luz). A 
ausência de transluminação pode indicar: estrutura vascular, tumor, sangue, hérnia, testículo normal 
 
 
7- TOQUE RETAL 
 O posicionamento correto do paciente, uso de luvas, lubrificação abundante e introdução digital suave são as 
condições fundamentais para o toque retal. 
Sara Fernandes - XXIX 
 
 POSIÇÕES: 
- Posição de Sims ou lateral esquerda, mantendo o membro inferior em semiextensão e o superior flexionado 
- Posição genupeitoral: é a mais adequada, preferida pela maioria dos examinadores 
- Posição de decúbito supino, na qual o paciente fica semissentado com as pernas flexionadas. O examinador 
passa o antebraço por baixo da coxa do paciente; esta posição é indicada em especial nos enfermos em 
condições gerais precárias. 
 
 Antes do exame solicitar ao paciente para urinar, esvaziando o máximo que puder da bexiga; depois palpa-se 
a bexiga e percute-se, para verificar se existe uma urina residual aumentada 
 Antes de realizar o toque retal, é necessário inspecionar cuidadosamente a região anoperineal, examinando-
se a pele em volta do ânus em busca de sinais inflamatórios, alterações provocadas pelo ato de coçar, fissuras, 
pertuitos fistulosos, condilomas e abscessos. 
 Inspeção para detectar mamilos hemorroidários 
 Relaxamento do paciente 
 
 Expõe-se o ânus com o dedo indicador e polegar da mão esquerda, coloca-se a polpa do indicador direito sobre 
a margem anal e faz-se uma compressão continuada e firme para baixo, com o intuito de relaxar o esfíncter 
externo. Em seguida, introduz-se o dedo, lenta e suavemente, por meio de movimentos rotatórios. A 
introdução digital tem que ser feita com delicadeza e suavidade para que não haja dor. Quando não se consegue 
introduzir o dedo devido a dor intensa ou espasticidade esfincteriana, é necessário considerar a possibilidade 
de criptite ou fissura anal. 
 Um esfíncter anal relaxado, principalmente quando associado a redundância e relaxamento retal, é encontrado 
nas enfermidades do sistema nervoso central com disfunção neurológica da bexiga, ou quando o paciente 
realiza coito anal. 
 
 As estruturas a serem examinadas durante o toque retal são: 
- Parede anterior, pela qual se avaliam a próstata, as vesículas seminais e o fundo de saco 
vesicorretal 
- Parede lateral esquerda 
- Parede lateral direita 
- Parede posterior (sacro e cóccix) 
- Para cima (até onde alcançar o dedo). 
 
8- EXAME DE PRÓSTATA 
 Analisar tamanho, consistência, superfície, contornos, sulco mediano e mobilidade da próstata. Ela normal é 
palpável na parede anterior do reto como uma estrutura em formato de coração, com base pra cima e vértice 
para baixo. 
 Normal  a próstata tem o tamanho de uma noz grande, é regular, simétrica, depressível, apresenta superfície 
lisa, consistência elástica, lembrando borracha, contornos precisos, é discretamente móvel e o sulco mediano 
e lobos laterais são palpáveis. 
 As vesículas seminais não costumam ser acessíveis ao exame palpatório. Para avaliá-las, deve-se recorrer ao 
método de Picker. 
 
 MANOBRAS ESPECIAIS 
 Transluminação: ou diafanoscopia é um recurso propedêutico muito útil na investigação das afecções 
intraescrotais. Realiza-se esse exame em uma sala escura, fazendo-se incidir no escroto a luz de um foco 
luminoso, no sentido postemanterior. O líquido da hidrocele é claro e transparente, deixando-se 
atravessar pelo feixe de luz. Os raios luminosos são interceptados apenas pelo testículo e por outras 
Sara Fernandes - XXIX 
estruturas sólidas que ficam visíveis no interior do lago translúcido formado pelo líquido seroso 
acumulado. Transiluminação positiva constitui o mais importante sinal diagnóstico da hidrocele vaginal. 
Os raios luminosos não ultrapassam as tumefações intraescrotais sólidas (lesões inflamatórias, 
infecciosas e não infecciosas ou neoplásicas). 
 
 Método de Kunstadter. usado para melhor localizar o testículo distópico. Com o paciente de pé, o médico, 
sentado à sua frente, introduz o dedo indicador homônimo no orifício inguinal externo do lado a ser 
examinado, ao mesmo tempo que pousa o dedo polegar sobre a região inguinal. Para facilitar o exame, 
costumam-se ensaboar os dedos. A seguir, movimenta o polegar para baixo, na tentativa de apreender o 
testículo entre os 2 dedos. Na criptorquia verdadeira, não é possível tracionar completamente o testículo para o interior da 
bolsa escrota!. Nos casos de pseudocriptorquia (testículo migratório), a gônada é facilmente 
recolocada no interior da bolsa escrotal. 
 
 
☞ DOENÇAS DO PÊNIS 
 
1. Fimose 
 
 É uma afecção na qual o orifício prepucial é tão pequeno que não se consegue expor a glande. Pode 
ser congênita ou adquirida (processo inflamatório acompanhado de edema e formação de tecido 
cicatricial). 
 No recém-nascido e nos primeiros anos de vida a glande e o prepúcio não se encontram totalmente 
separadas. Com a persistência das aderências balanoprepuciais, surge a fimose adquirida, decorrente 
da formação de um anel cicatricial que impede a retração do prepúcio (postite seca ou viral). 
 São possíveis surtos de infecções balanoprepuciais, aumento do esforlo miccional, abalamento do 
saco prepucial durante a micção, depósito esbranquiçado de esmegma, estreitamento progressivo do 
meato uretral e, às vezes, formações subprepuciais de cálculos. 
 Estenose do orifício prepucial  retração extemporânea do prepúcio 
 diferente de excesso de prepúcio  dá pra afastar e ver a glande 
 
2. Parafimose 
 
 É o estrangulamento do pênis por um anel fibrótico, provocando dor de intensidade progressiva. Se a 
pele for retraída à força, o anel constritivo pode estrangular a glande, tornando difícil ou impossível o 
retorno à situação primitiva. 
Sara Fernandes - XXIX 
 A glande ingurgitada edemacia, fica túrgida e torna-se cianótica. Lesões isquêmicas prolongadas 
podem redundar em gangrena seca da glande. Nessas condições, em geral, é necessário o tratamento 
de urgência. 
 
3. Balanite 
 
 É a inflamação aguda ou crônica da glande; postite, a do prepúcio. Em geral, apresentam-se juntas 
(balanopostite). Balanite isolada pode ser observada em pacientes circuncidados. 
 Principais causas: reação alérgica ou irritação química (preservativo de látex, geleia contraceptiva); 
infecções fúngicas (Candida albicans), bacterianas (estafilococos, estreptococos, Borrelia vicentii), 
afecções mucocutâneas (líquen plano, psoríase, eritema fixo, doença de Behçet), reação 
medicamentosa (sulfas, tetraciclinas, barbitúricos). 
 Condições de higiene precárias 
 Pode causar distúrbios miccionais e até corrimento uretral profuso 
 Balanite erosiva e gangrenosa  rara, microrganismos anaeróbios 
 Balanite xerótica obliterante  lesão pré-cancerosa 
 Balanopostite: inflamação da glande e do prepúcio, causada por alergias, infecções e higiene precária 
 
4. Agenesia ou duplicação do pênis 
5. Alterações do tamanho 
6. Estenose do meato uretral externo 
 
7. Tumores 
 Lesões neoplásicas e não-neoplásicas 
 condiloma 
 
8. Hipospádia e 
 
9. Síndrome de Fournier: bactéria comedora de carne 
 
☞ DOENÇAS DO EPIDÍDIMO 
 
1. Epididimite 
2. Espermatocele: formação císitica intra-escrotal, resultante de obstrução dos túbulos epididimários 
responsáveis pelo transporte dos espermatozoides 
3. Neoplasias epididimárias 
 
☞ DOENÇAS DO TESTÍCULO 
 
1. Anorquia 
 
 E a ausência congênita dos testículos. Embora as crianças anórquicas não apresentem estigmas de 
ambiguidade sexual, elas desenvolvem, em consequência da falta de secreção testicular, traços 
eunucoides, com ausência dos caracteres sexuais secundários e alterações da estrutura esquelética, 
representadas por aumento da estatura e da envergadura, além de alongamento desproporcional das 
extremidades inferiores em relação ao tronco. 
 A investigação laboratorial evidencia elevação das gonadotrofinas e diminuição da testosterona 
(urinária e plasmática) e níveis de testosterona inalterados após estímulo com gonadotrofina 
coriônica humana. 
 
2. Poliorquia 
 
Sara Fernandes - XXIX 
 É a presença de mais de 2 testículos no mesmo indivíduo. É uma anomalia congênita extremamente 
rara. Não há alterações funcionais 
 
3. Distopia testicular (criptorquia e ectopia) 
 
 A criptorquidia ou criptorquia é um defeito de desenvolvimento, no qual o testículo fica retido em 
alguma parte de seu trajeto normal. Em outras palavras, o testículo encontra-se na sua via anatômica, 
mas sem chegar à bolsa escrota!. Conforme o local da parada, a criptorquidia pode ser lombar, ilíaca 
ou inguinal. É possível classificá-la, também, em intra-abdominal e intracanalicula. 
 Na ectopia testicular, condição que não deve ser confundida com a criptorquidia, a gônada localiza-
se fora de seu trajeto normal. Testículo ectópico, portanto, é aquele que migrou para uma posição 
anatômica anormal. 
 Apresentações mais comuns da ectopia: inguinal, superficial, perineal, pubiana, crural, peniana e no 
hilo esplênico. 
 Nas distopias testiculares, a inspeção revela diminuição do volume de um dos lados da bolsa escrota! 
- distopia unilateral -, ou de ambos os lados - distopia bilateral. 
 Testículos retráteis ou migratórios (pseudocriptorquidia ou criptorquidia fisiológica) ascendem ao 
conduto inguinal pela contração intermitente do músculo cremaster. 
 LINHA TESTICULAR 
 
 
 
4. Hidrocele 
 É o acúmulo do líquido seroso no interior da túnica vaginal do testículo ou nas bainhas do funículo 
espermático por hiperprodução (inflamação do testículo e seus 139 I Doenças dos Órgãos 
Genitais Masculinos apêndices) ou reabsorção diminuída (obstrução linfática ou venosa do 
cordão espermático) 
 Pode ser primária ou secundária (traumática, infecciosa ou neoplásica). 
 As hidroceles primárias são mais frequentes nos indivíduos acima de 40 anos e desenvolvem-se 
vagarosamente, tornando-se, com o passar do tempo, grandes e tensas. As secundárias, mais 
comuns nos indivíduos entre 20 e 40 anos de idade, são quase sempre de aparecimento súbito, 
com sintomas e sinais que denunciam sua causa. 
 
5. Orquite Aguda 
 Geralmente viral, mais frequente no vírus da parotidite. Outras causas incluem sífilis, tuberculose 
e granulomas. 
 Prevalência em adolescentes e adultos jovens 
 Quadro clínico: surge 3 a 4 dis após paroditite com edema, dor testicular aguda, febre alta, eritema 
escrotal associado 
 
6. Epididimite aguda 
 Etiologia: DSR: clamídia, micoplasmas e nenseria 
Sara Fernandes - XXIX 
 Bactérias gram-negativas 
 Prevalências em adultos e jovens 
 Quadro clínico: aumento da sensibilidade do epidídimo, dor que pode irradiar para o cordão 
espermático, abdome ou flanco homolateral, secreção ou prurido uretral, disúria. 
 
7. Escroto agudo 
 Presença de dor forte na região, edema importante, alteração na consistência das estruturas da 
bolsa testicular 
 Causas: torção testicular intravaginal ou extravaginal (torção do cordão espermático) 
Traumatismo, hérnia inguinoescrotal encarcerada (enforca), orquipididimite, síndrome de 
Fournier, orquiepididimite aguda 
 Inspeção: pele escrotal  avermelhada, quente e edemaciada, tumefação escrotal, testículo 
doloroso 
 
 
 
 
☞ DOENÇAS DO CORDÃO ESPERMÁTICO 
 
 
1. Varicocele 
 Dilatação ou tortuosidade das veias do cordão espermático 
 Mias comum na puberdade 
 Idiopática 
 Primárias, secundárias (neoplasias renais, hidronefrose, neoplasias retroperitoneais) 
 
 
☞ DOENÇAS DA PRÓSTATA 
 
1. Prostatismo 
 Sintomas de próstata 
 Dor prostática: secundária à inflamação; edema e distensão da cápsula prostática  local: 
abdome inferior, inguinal, perineal, lombossacral e/ou retal 
Sara Fernandes - XXIX 
 HPB (Hiperplasia prostática benigna) 
 Retenção urinária aguda 
 ITU e prostatites 
 Litíase vesical  pode ser produzida na bexiga 
mesmo 
 Falência do detrusor  distensão do músculo, que 
entra em falência 
 Insuficiência renal aguda e crônica 
 Hematúria 
 Diagnóstico: questionário I-PSS + história clínica 
(leve de 0-7, moderada de 9-19, severa de 20-35) 
 - Toque retal: avaliar o tamanho e consistência, existência de nódulo e tecido pétreo 
- Exame laboratorial (PSA,EAS para descartar infecção ou hematúria, UREIA E CREATININA) 
- PSA: antígeno específico da próstata, marcador tumoral elevado na maioria dos casos, nos 
homens > 50 anos, valor sérico de aumenta coma idade e com volume prostático  normal até 4 
mg/ml. Se o PSA total for entre 4 mg e 20 mg/ml solicita-se PSA livre. PSA é elevado em 25% dos 
casos de HPB, sendo que se o total for maior que 20 mg/ml, a chance de câncer é de 60%. PSA . 
50 mg/ml é sugestivo de metástase 
 
 
2. Câncer de próstata 
 95% adenocarcinomas 
 Pode ser assintomático ou apresentar sintomas semelhantes à hiperplasia benigna de próstata 
 Hematúria total ou terminal pode aparecer tardiamente 
 Sintomas urinários obstrutivos: podem aparecer pela neoplasia primária ou compressão 
extrínseca dos ureteres pelos linfonodos comprometidos 
 
3. Prostatite 
 Processo inflamatório, agudo e crônico causado por bactérias 
 Agentes mais comuns: E. coli, N, gonorreahea, peseudomonas, kleibsiella, prateus... 
 Sintomas: febre, calafrios, dor lombossacral e perineal, mialgia, artralgia, corrimento uretral, 
sintomas de irritação vesical, distúrbios sexuais, hematúria inicial ou terminal

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