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SINTAXE-DO-PORTUGUÊS-1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTAXE DO PORTUGUÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS – SP 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 CONCEITO DE SINTAXE ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA ...................... 4 
1.1 Tipos de frase ................................................................................................ 5 
1.2 Elementos da sintaxe ..................................................................................... 6 
2 CONCEITOS DE SINTAXE E FRASE .................................................................. 7 
3 ANÁLISE SINTÁTICA ........................................................................................... 8 
3.1 Termos da oração .......................................................................................... 9 
3.2 Predicação Verbal ........................................................................................ 10 
3.3 Termos Integrantes da Oração .................................................................... 11 
3.4 Termos Acessórios da Oração ..................................................................... 12 
4 AS LEIS SINTÁTICAS ........................................................................................ 14 
4.1 O campo de atuação da Sintaxe .................................................................. 17 
5 MORFOSSINTAXE ............................................................................................. 20 
5.1 O que é morfossintaxe? ............................................................................... 22 
6 MORFOSSINTAXE DO COMPLEMENTO NOMINAL ........................................ 25 
7 ANÁLISE SINTÁTICA E ANÁLISE MORFOLÓGICA .......................................... 27 
7.1 Morfologia .................................................................................................... 27 
7.2 Morfologia: aprofundando o conhecimento gramatical ................................. 29 
8 SUBSTANTIVOS ................................................................................................ 31 
8.1 Classificação dos substantivos .................................................................... 33 
8.2 Flexões dos substantivos ............................................................................. 34 
9 PREDICADO VERBAL ....................................................................................... 36 
10 ADJUNTO ADNOMINAL ................................................................................. 38 
10.1 Locução adjetiva .......................................................................................... 39 
10.2 Pronome adjetivo ......................................................................................... 39 
10.3 Oração adjetiva ............................................................................................ 40 
 
 
 
11 ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA ........................................................... 40 
11.1 Sintaxe e Semantica .................................................................................... 41 
12 SEMÂNTICA ................................................................................................... 42 
12.1 O que é Semântica? .................................................................................... 42 
12.2 Sinônimos e Antônimos ............................................................................... 43 
12.3 Homônimos e Polissemia ............................................................................. 43 
12.4 Hiperônimo e Hipônimo ................................................................................ 44 
13 FONOLIGIA, MORFOLOGIA, SINTAXE E SEMÂNTICA ................................ 45 
14 SINTAXE: A ESTRUTURA DAS SENTENÇAS: SIMPLES E COMPLEXAS DO 
PORTUGUÊS............................................................................................................ 46 
14.1 Categorias gramaticais ................................................................................ 47 
14.2 Os constituintes ............................................................................................ 53 
14.3 Ambiguidades estruturais ............................................................................. 55 
14.4 A relação núcleo e argumentos .................................................................... 56 
15 FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO NIVEL ORACIONAL ......................... 58 
16 SINTAXE DA COLOCAÇÃO ........................................................................... 60 
16.1 Colocação dos Termos na Oração ............................................................... 60 
16.2 Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos ................................................. 61 
16.3 Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos em Locuções Verbais ............. 65 
17 SINTAXE CONCORDÂNCIA ........................................................................... 66 
17.1 Concordância Verbal .................................................................................... 66 
17.2 Concordância Nominal ................................................................................. 74 
18 SINTAXE DE REGÊNCIA ............................................................................... 79 
18.1 Regência Verbal e Nominal .......................................................................... 80 
19 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS ................................................................ 82 
20 VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS ............................................................ 84 
21 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS OU INDIRETOS ..................................... 86 
 
 
 
21.1 Verbos Transitivos Diretos e Indiretos ......................................................... 88 
22 REGÊNCIA NOMINAL .................................................................................... 89 
23 SINTAXE E PONTUAÇÃO .............................................................................. 91 
23.1 Pontuação .................................................................................................... 91 
23.2 Pontuação nas frases .................................................................................. 92 
23.3 Termos integrantes da oração e pontuação ................................................. 93 
23.4 Termos acessórios da oração e pontuação ................................................. 94 
24 CAMPO DE ATUAÇÃO DA SINTAXE ............................................................. 95 
25 ESTILÍSTICA PARALELISMO SINTÁTICO E PARALELISMO SEMÂNTICO . 96 
25.1 Paralelismo sintático .................................................................................... 96 
25.2 Outros tipos de paralelismo: morfológico e rítmico ...................................... 97 
26 A ESTILÍSTICA E O ENSINO DE PORTUGUÊS .......................................... 101 
26.1 A Estilística ................................................................................................. 101 
26.2 Categorias estilísticas ................................................................................ 101 
26.3 Estilística fônica ......................................................................................... 103 
26.4 Estilística léxica .......................................................................................... 104 
26.5 Estilística sintática ...................................................................................... 106 
27 TERMOS CONSTITUINTES DA ORAÇÃO - SUJEITO E PREDICADO ....... 108 
27.1 Sujeito ........................................................................................................ 108 
28 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ............................................................................... 112 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 CONCEITO DE SINTAXE ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA 
 
Fonte: www.soportugues.com.br 
Sintaxe 
 
A sintaxe é o estudo das palavras dentrodas frases ou orações, da relação 
que elas criam entre si para compor o significado. É também o estudo da relação 
das orações dentro do período. A sintaxe é a ferramenta usada para formar uma 
frase compreensível, por isso se as relações que as palavras estabelecem entre si 
dentro de uma oração mudam, o sentido também muda, mesmo se usarmos as 
mesmas palavras. Assim como na matemática, se você tem a operação 10 dividido 
por 2, o resultado será diferente caso sejam invertidos os números. 10 dividido por 2 
é igual 5, mas 2 dividido por 10 é igual a 0,2. Percebemos que com a inversão dos 
números obtivemos uns resultados diferentes. 
 
 Diferença entre frase, oração e período 
 
Para entender melhor o sentido de sintaxe, é preciso compreender os 
conceitos de frase, oração e período. Esses três elementos, apesar de possuírem 
http://Fonte:%20www.soportugues.com.br/
http://www.gramatica.net.br/oracao/
http://www.gramatica.net.br/periodo/
 
5 
 
significados diferentes. Estão diretamente ligados. São os elementos essenciais 
para a criação de um discurso. Comecemos pela frase, que possui um significado 
muito mais aberto. As frases têm o objetivo de transmitir uma mensagem, então elas 
podem ser formadas por apenas uma palavra ou ter uma complexidade muito maior. 
Sempre é possível reconhecer o começo e o fim de uma frase oralmente, e na 
escrita normalmente se identifica o começo por uma letra maiúscula e o final por um 
ponto. Exemplos: 
 
“Socorro! ” 
“Eu preciso que alguém envie ajuda para atender uma senhora que foi atropelada e 
já não está conseguindo respirar. ” 
 
Orações e períodos possuem conceitos mais definidos. Uma oração é uma 
frase ou um fragmento dela que é formada por um verbo ou locução verbal. As 
frases compostas por orações são chamadas de períodos. Os períodos podem ser 
simples ou compostos, esta definição depende do número de orações em sua 
estrutura. Caso o período possua apenas uma oração, é chamado de período 
simples; se é formado por duas ou mais orações, é um período composto. 
Exemplos: 
 
“Pare com isso” é um período simples. 
“Pare com isso que já ficou chato” é um período composto. 
1.1 Tipos de frase 
A frase tem o objetivo de transmitir um conteúdo para alguém, e existem 
diversas maneiras para se fazer isso. Na língua portuguesa algumas dessas formas 
de se expressar já são muito comuns, e por isso a entoação delas tornou-se 
previsível. Esses tipos comuns de frases podem ser classificados conforme as 
categorias a seguir: 
 
 Frases declarativas: Frases que declaram ou informam algo. Podem ser 
tanto no sentido positivo quanto no negativo. 
http://www.gramatica.net.br/verbo/
 
6 
 
EXEMPLOS: Frase declarativa afirmativa: “Isto vai cair”; frase declarativa 
negativa: “Isto não vai cair”. 
 
 Frases interrogativas: Frases através das quais se procura obter alguma 
informação ou faz-se um questionamento. Podem ser diretas ou indiretas. 
EXEMPLOS: frase interrogativa direta: “Isto vai cair?”; frase interrogativa 
indireta: “Queria saber se isto vai cair”. 
 
 Frases imperativas: Normalmente empregadas em pedidos, ordens e 
conselhos. São frases que têm o objetivo de influenciar as ações do receptor 
da mensagem. Também podem ser afirmativas e negativas. 
EXEMPLOS: frase imperativa afirmativa: “Corra pelo campo”; frase imperativa 
negativa: “Não corra pelo campo”. 
 
 Frases exclamativas: Frases usadas para expressar uma emoção ou estado 
emotivo. 
EXEMPLO: “Isto vai cair em mim!”. 
 
 Frases optativas: Frases usadas para desejar algo. 
EXEMPLO: “Que seu sonho se realize!”. 
1.2 Elementos da sintaxe 
O campo de estudo da sintaxe é composto por três elementos: frase, oração e 
período. Frase é muito abrangente, logo não é necessário um estudo tão 
aprofundado. Oração e período, apesar de já terem sido definidos, ainda podem ser 
estudados mais a fundo. A oração possui alguns elementos que são fundamentais 
na sua constituição: 
 
 Sujeito 
 Predicado 
 Complemento 
 Adjunto 
 
7 
 
2 CONCEITOS DE SINTAXE E FRASE 
De acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa de Faraco e 
Moura (1996, p. 307) Sintaxe seria: “a parte da gramática que estuda as 
combinações e relações entre palavras de uma frase.” Nesse sentido, a Sintaxe 
estudaria, exclusivamente, funções e combinações de palavras em uma Frase e isto 
nos remeteria a uma outra pergunta: o que seria frase? Em consonância com os 
autores acima citados, Frase seria: [...] “À unidade mínima de Comunicação 
linguística.” (Idem, Ibidem). 
Diante desse conceito, percebe-se que a concepção de linguagem adotada 
por Faraco e Moura seria aquela em que a linguagem funcionaria especificamente 
para se comunicar, ou seja, “a linguagem como instrumento (“ferramenta”) de 
comunicação.” Por isso, pode-se concluir, em conformidade com os autores 
anteriormente citados, que qualquer enunciado linguístico ou palavra dentro de um 
contexto ou não, desde que se preste para comunicar seria uma Frase, vejamos: 
 
Fogo! 
Socorro! 
“... Tá vendo aquele edifício moço...” 
 
Porém, pensamos que o objetivo da linguagem não seria, unicamente, para 
se comunicar, porque sabemos que o falante/ouvinte, locutor/interlocutor, autor/leitor 
têm previamente estabelecidos intenções que não são exclusivamente 
comunicativas, ou seja, as pessoas agem e reagem também através da linguagem, 
para perceber isto na prática, basta xingar alguém, maltratar para ver se não tem o 
“troco”. Logo, há uma concepção inadequada de linguagem e um conceito não muito 
adequado também de frase, Frase não seria um termo que serviria apenas para se 
comunicar, isto é, a nosso ver, Frase seria um enunciado linguístico dotado de 
sentido completo e inserido num contexto “sócio-histórico-ideológico” capaz não só 
de estabelecer comunicação, como também de informar, impressionar, surpreender, 
exaltar, animar, criticar, rebaixar, desmoralizar, enfim, provocar ou não interação, 
emoção entre falante/ouvinte, locutor/interlocutor, autor/leitor, etc. 
 
8 
 
 Por conseguinte, dizer que a análise sintática estuda as relações e 
combinações entre as palavras de uma Frase seria um absurdo, porque, segundo o 
que vimos sobre o conceito de Frase dado pela gramática escolar (no nosso caso, a 
do Faraco e Moura), Frase poderia ser apenas uma palavra (conferir exemplos: a b), 
diante desse fato, como analisar sintaticamente Frases como estas?Já que Frases 
como (a), (b) são formadas apenas por uma palavra e como “estudar as relações e 
combinações entre as palavras dessas Frases?” 
Nesse sentido, antes de iniciarmos o processo de ensino e a aprendizagem 
da Sintaxe da Língua Portuguesa, devemos não só levar em consideração estes 
fatos, mas ter em mente uma concepção adequada de Sintaxe. E o que realmente 
seria Sintaxe? Sintaxe, a nosso ver, seria uma parte das gramáticas (já que não 
existe apenas um único tipo de gramática) que estuda as relações, combinações e 
funções das palavras não de uma Frase, mas sim de uma Oração, entendendo a 
oração não só como um enunciado linguístico que tem todas as características de 
uma Frase (ver o que dissemos antes sobre Frase), mas também como uma 
expressão composta por mais de duas palavras cuja característica marcante seria 
obrigatoriamente a presença de um ou mais verbos. 
Dessa forma, toda Oração pode ser considerada uma Frase, porém, a relação 
não é recíproca, ou seja, nem toda Frase pode ser uma Oração, a não ser que no 
bojo dessa Frase haja a presença de um ou mais verbos. 
3 ANÁLISE SINTÁTICA 
A análise sintática é a parte da gramática que estuda a função e a ligação de 
cada elemento que forma um período. Há também a análise morfológica. Essa é a 
parte da gramática que estuda individualmente cada elemento que forma um 
enunciado linguístico, ou seja, independentemente da sua função. 
A análise morfossintática, por sua vez, analisa os elementos do mesmo enunciadolinguístico sintática e morfologicamente. 
 
 
9 
 
3.1 Termos da oração 
A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita 
através de termos, os quais podem ser essenciais, integrantes ou acessórios. 
 
 Termos Essenciais da Oração 
Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma 
oração. Trata-se do sujeito e do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração 
tem sujeito. 
 
 Sujeito 
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. 
O núcleodo sujeito é a palavra que tem mais importância, é o principal termo contido 
no sujeito. 
 
Exemplos: 
Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. 
(pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa) 
 
O casal saiu para jantar. 
(casal é o núcleo do sujeito O casal) 
 
O sujeito pode ser: 
 
Determinado quando é identificado na oração ou Indeterminado quando não é 
possível identificá-lo, por exemplo, se o verbo não se refere a alguém determinado 
na oração. Os sujeitos determinados, por sua vez, se dividem em: 
 
 Simples quando tiver apenas um núcleo. 
 Composto quando tiver dois ou mais núcleos. 
 
Nem sempre o sujeito está expresso na oração. Quando isso acontece, 
estamos diante do sujeito oculto, elíptico ou desinencial. 
https://www.todamateria.com.br/termos-essenciais-da-oracao-sujeito-e-predicado/
https://www.todamateria.com.br/sujeito/
 
10 
 
Exemplos: 
Está um calor! (oração sem sujeito) 
Estão chamando aí à porta. (sujeito indeterminado) 
A Ana acabou de chegar. (sujeito simples) 
Caderno, lápis e borracha estão na mochila. (sujeito composto) 
Agi conforme suas orientações. (sujeito oculto: eu) 
 
 
Predicado 
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito 
da oração, todo o resto faz parte do predicado. 
3.2 Predicação Verbal 
 Verbos Intransitivos: Os verbos intransitivos não necessitam de 
complemento porque têm sentido completo. 
 Verbos Transitivos : Os verbos transitivos necessitam de complemento 
porque não têm sentido completo. 
 
Exemplos: 
Acordei! (verbo intransitivo) 
O velhinho morreu ontem. (verbo intransitivo) 
Vou preparar o jantar. (verbo transitivo) 
O velhinho contou uma história. (verbo transitivo) 
 
 Verbos de Ligação: Os verbos de ligação não indicam uma ação, mas sim 
uma forma de estar. 
 
Exemplos: 
Esta matéria é extensa. 
O estudante está com atenção. 
 
https://www.todamateria.com.br/predicado/
https://www.todamateria.com.br/verbos-de-ligacao/
 
11 
 
O Predicativo do sujeito e o Predicativo do objeto são complementos que 
informam algo ou atribuem uma característica a respeito do sujeito ou do objeto. 
Esse complemento pode seguir (ou não) um verbo de ligação. 
 
Exemplos: 
Esta matéria é extensa. (extensa=predicativo do sujeito) 
O rapaz brigou e deixou a namorada infeliz. (infeliz=predicativo do objeto) 
3.3 Termos Integrantes da Oração 
 Complemento Verbal 
Os complementos verbais são os termos utilizados para completar o sentido 
dos verbos transitivos. Assim, os verbos transitivos subdividem-se em: 
 
 Transitivos Diretos – exigem complemento sem preposição obrigatória (Objeto 
Direto). 
 Transitivos Indiretos – exigem complemento com preposição (Objeto Indireto). 
 Transitivos Diretos e Indiretos - exigem dois complementos, um sem e um 
com preposição. (Objeto Direto e Indireto). 
 
Exemplos: 
Ganhei flores. (verbo transitivo direto) 
Preciso de um bom café. (verbo transitivo indireto) 
Ganhei flores do João. (verbo transitivo direto e indireto) 
 
 Complemento Nominal 
O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um 
nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). 
 
Exemplos: 
Os idosos têm necessidade de afeto. 
A professora estava orgulhosa dos seus alunos. 
 
https://www.todamateria.com.br/termos-integrantes-da-oracao/
https://www.todamateria.com.br/complemento-verbal/
https://www.todamateria.com.br/complemento-nominal/
 
12 
 
Agente da Passiva 
Agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva 
e vem sempre seguido de preposição. 
 
Exemplos: 
O bolo foi feito por mim. 
(por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o bolo.) 
Os índios foram catequizados pelos jesuítas. 
(pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria:) 
Os jesuítas catequizaram os índios. 
3.4 Termos Acessórios da Oração 
Os termos acessórios da oração são o vocativo, o aposto, o adjunto adverbial 
e o adjunto adnominal, os quais que não são essenciais, no entanto, auxiliam no 
acréscimo de informação. Em outras palavras, são termos que possuem uma função 
secundária na construção sintática das orações, embora sejam indispensáveis 
nalguns casos. Todos eles têm como função exprimir circunstâncias, caracterizar os 
seres e determinar os substantivos. Vejamos abaixo cada um deles: 
 
Aposto 
Termo acessório que tem como função explicar, resumir, especificar sobre 
algo que já foi dito anteriormente. Geralmente, ele é separado por vírgulas, 
parênteses ou travessões. Segundo a intenção do discurso o aposto é classificado 
em: explicativo, distributivo, enumerativo, comparativo e resumidor. 
 
Exemplo: 
Doutora Ana, a melhor nutricionista da cidade, foi galardoada essa semana. 
(aposto explicativo) 
 
VocativoTermo utilizado para evocar, chamar ou interpelar o falante, sendo 
portanto, um termo independente, posto que não possui relação sintática com outro 
 
https://www.todamateria.com.br/termos-acessorios-da-oracao/
https://www.todamateria.com.br/aposto/
https://www.todamateria.com.br/vocativo/
 
13 
 
termo da oração. Geralmente o vocativo é separado por vírgulas. 
 
Exemplo: 
Querido, venha pela Avenida Rebouças pois o trânsito diminuiu. 
 
 
Adjunto Adverbial 
Termos que complementam os verbos, advérbios ou adjetivos indicando uma 
circunstância. De acordo com a finalidade que exprimem eles são classificados em: 
modo, tempo, intensidade, negação, afirmação, dúvida, finalidade, matéria, lugar, 
meio, concessão, argumento, companhia, causa, assunto, instrumento, fenômeno da 
natureza, paladar, sentimento, preço, oposição, acréscimo, condição. 
 
Exemplo: 
Os doces estavam muito saborosos. 
(adjunto adverbial de intensidade) 
 
 
Adjunto Adnominal 
Termos que acompanham o substantivo tendo como função caracterizar, 
modificar, determinar ou qualificar o nome. Os adjuntos adnominais podem ser: 
pronomes, numerais, artigos, adjetivos e locuções adjetivas. 
 
Exemplo: 
Os seus amigos foram divertidos comigo. 
 
Os termos acessórios são os termos dispensáveis e são utilizados para 
determinar, caracterizar, explicar ou intensificar. 
 
Adjunto Adnominal – caracteriza um substantivo, agente da ação, através de 
adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. 
 
 
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adverbial/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adnominal/
 
14 
 
Exemplos: 
O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. 
(educado, sua, de idade = adjunto adnominal) 
 
A economia do Brasil vai de vento em popa. 
(do Brasil = adjunto adnominal) 
 
Adjunto Adverbial – se refere a um verbo ou a um advérbio e indica uma 
circunstância. 
 
Exemplos: 
Canta lindamente. 
(lindamente = adjunto adverbial) 
 
Cheguei cedo. Vim de bicicleta. 
(cedo e de bicicleta = adjunto adverbial) 
 
Aposto - tem a função de explicar um substantivo. 
 
Exemplos: 
Sábado, dia sete, não haverá aula de música. 
(dia sete = aposto) 
 
O melhor do carnaval: alegria e disfarce das crianças. 
(alegria e disfarce das crianças = aposto) 
4 AS LEIS SINTÁTICAS 
A língua, tomada como um código composto de unidades, realiza-se pela 
interação perfeita e harmoniosa entre todos esses aspectos. Todos os falantes 
concretizam seus atos de fala, exercem sua competência comuni- cativa baseados 
https://www.todamateria.com.br/adjunto-adverbial/https://www.todamateria.com.br/aposto/
 
15 
 
nessas unidades. Contudo, nem todas as construções são possíveis na língua, nem 
todas podem ser consideradas “bem formadas”. 
 
 
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br 
São consideradas “bem formadas” as construções que não desobedecem à 
gramática da língua, isto é, que não desobedecem às suas leis que sejam 
constitutivas dessa gramática. Veja o exemplo a seguir, encontrado em textos 
produzidos por alunos do Ensino Fundamental: 
 
No mundo de hoje a violência parece até que virou parte da rotina que a cada dia há 
uma. 
 
Nessa passagem do texto de aluno percebemos uma“incoerência local” que 
certamente contribuirá para que o texto também se torne incoerente para o leitor. 
Percebe-se que esse aluno tem um julgamento da “textuali- dade” bastante 
insuficiente, ou seja, o seu domínio das estruturas sintá- ticas e semânticas da 
língua é insuficiente e está se refletindo no uso da língua. No exemplo, há um caso 
de inversão entre causa e consequência (a causa: a cada dia há violência; a 
consequência: a violência virou parte da rotina). A consequência aparece, nessa 
passagem, antes da causa, provocando o efeito de incoerência, aliado ao problema 
de ambiguidade que o termo “uma” provoca (seria um numeral? um artigo 
indefinido?). 
 
16 
 
O usuário da língua precisa observar que todos os elementos da estrutura 
oracional devem se apresentar de acordo com os processos característicos de 
associação, de concordância, de ordem na cadeia linear da frase e, consequente- 
mente, no sentido do enunciado: em consonância às leis fonológicas, morfoló- gicas, 
sintáticas e semânticas do português. Percebeu? Estamos falando da força das leis 
ou regras que constituem a gra- mática da língua. Mas vamos focar a nossa atenção 
às leis sintáticas. 
A língua é formada por morfemas lexicais e gramaticais, mas também pelo 
conjunto de regras e de leis combinatórias que permitem a construção de uma 
mensagem. São as leis sintáticas que autorizam ou recusam determinadas 
construções. São as leis sintáticas que elegem as sequências como gramaticais ou 
agramaticais(*)1, ou seja, aceitáveis ou não-aceitáveis linguisticamente, segundo as 
leis que regem a estrutura da língua portuguesa. Se as sequências forem permitidas 
na língua, elas serão consideras frases da língua, caso contrário, serão 
consideradas não-frases. 
Para Sautchuk (2004, p. 36), as leis sintáticas “são tão relevantes que a elas 
se reserva a manutenção da própria identidade da língua”, funcionam como “uma 
espécie de guardião da inteligibilidade da superfície linguística de um texto, pois são 
o elemento gerador e disciplinador das unidades linguísticas que compõem as frases 
de um texto”. 
As leis ou regras que administram a combinação de palavras para constituir 
frases são analisadas e descritas pela Sintaxe, daí a tripartição tradicional da 
Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB): colocação, regência e concordância. 
Como fica demonstrado no esquema a seguir, esses aspectos são apresentados 
como subdivisões do fenômeno da Sintaxe: 
 
 SINTAXE
 
 
 REGÊNCIA 
 
17 
 
4.1 O campo de atuação da Sintaxe 
O campo de atuação da Sintaxe é o estudo das leis ou regras que 
constituem as relações que podem ocorrer no eixo sintagmático da língua, ou seja, 
no eixo das combinações possíveis na cadeia horizontal da língua. As relações que 
ocorrem no eixo sintagmático da língua podem se formar entre palavras, gerando os 
sintagmas, e entre as relações que se realizam entre os sintagmas, gerando as 
frases. Para Silva e Koch (1995, p. 11), o termo frase tem uma abrangência muito 
grande, assim, ela prefere ficar com a concepção de frase como unidade 
comunicacional, ou seja, “todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer 
comunicação”. 
Segundo Carone (1986), a frase pode tomar forma de interjeições. Para a 
autora, as interjeições não são um tipo de vocábulo (embora a gramática tradicional 
as classifique como uma classe de palavra), pois não se constituem de morfemas. 
Assim, Ai! Ui! Oba! não são morfemas, mas em um contexto específico, em que são 
dotados de entonação que os torna capazes de exprimir um conteúdo significativo, 
podem constituir uma frase que, como afirma Azeredo (2001, p. 30) “representa 
globalmente a situação a que se refere”. 
Como afirma Mattoso Câmara Jr. (1967), a frase deve ter um propósito defini- 
do em termos comunicativos e uma entonação que lhe assinala nitidamente o 
começo e o fim. Será frase, portanto, qualquer palavra ou grupo de palavras 
suficiente para atender ao objetivo do falante: estabelecer a comunicação. Como no 
exemplo: 
A língua falada pelos brasileiros vai mesmo desaparecer? 
– Oh! Não! 
 
Se estivesse isolada, a palavra não constituiria uma frase. Entretanto, no texto 
do exemplo ela passa a ser frase. O gesto que a acompanha, a expressão fisionô- 
mica do falante, assim como os elementos da situação em que é pronunciada, 
fazem com que a as palavras Oh! Não! possam ser consideradas frases. Para 
Bechara (2004), mesmo assumindo formas tão variadas, as frases reser- vam traços 
comuns, como: 
 
 
18 
 
 São mensagens completas, levando-se em consideração a situação 
estabelecida entre falante e ouvinte. 
 São sequências linguísticas delimitadas por um silêncio precedente e pausa 
final (ou suspensão proposital da fala). 
 São proferidas com um contorno melódico particular. 
 
A frase pode ter verbo ou não. Quando é desprovida de verbo chama-se 
frase nominal, e não constitui oração. 
 
Como nos exemplos: 
Adeus! 
Rua Belo Horizonte 
 
Os elementos de base dessa categoria de frase são de categoria nominal 
(substantivos, adjetivos ou advérbios). A ausência do núcleo verbal impede que se 
identifiquem entre seus constituintes as funções que se manifestam na oração. 
Segundo Bechara (2004, p. 540), como são enunciados reais, apela-se para a 
interpretação mais ou menos próxima dos possíveis equivalentes expressos sob 
forma de oração. Assim,“entende-se” que um enunciado como Bom dia! equivale a 
Desejo bom dia ou Espero que tenha um bom dia!, ou Casa de ferreiro, espeto de 
pau valeria aproximadamente a Casa de ferreiro usa espeto de pau ou Quando a 
casa é de ferreiro, o espeto é de pau ou, ainda, Em casa de ferreiro não se usa 
espeto de ferro, mas de pau. (grifos do autor) 
Ainda que nas frases nominais as forças das leis sintáticas sejam exercidas, é 
apenas quando a frase contiver linguisticamente em si todos os dados da comuni- 
cação que chegamos ao nível da oração. A oração é a frase verbal que se presta a 
uma análise sintática de seus constituintes, e nela podemos encontrar, de maneira 
clara ou oculta, um núcleo verbal. Dessa forma, a oração reúne, na maioria das 
vezes, duas unidades significativas, a que chamamos sujeito e predicado. 
As frases verbais, que são o tipo dominante em português, podem se 
apresen- tar em diversas modalidades. Luft (1987, p. 11) considera que, para 
compreender as diversas modalidades de frase, é preciso ir às fontes da linguagem, 
ou seja, “às três faculdades da inteligência, vontade, e sensibilidade”. Segundo o 
 
19 
 
autor, delas é que decorrem as funções básicas da linguagem: intelectiva, volitiva e 
emotiva, e os três tipos essenciais de frase: declarativo, imperativo e exclamativo, 
além de duas modalidades intermediárias: interrogativa e optativa (esta também 
conhe- cida como um tipo de frase emotiva pela qual o falante expressa um desejo). 
Segundo Dubois Charlier (1981), as frases declarativas ou enunciativas estão 
ligadas à função referencial da linguagem, pois são utilizadas para transmitir in- 
formações relacionadas ao referente, ou seja, pela frase declarativa, o emissor 
busca transmitir informações objetivas sobre o referente. Quando utilizada na forma 
oral, caracteriza-se por uma entoação ascendente a que se seguee, na parte final, 
uma entoação descendente. Na forma escrita, as frases declarativas predominam 
nos textos de caráter informativo, sendo normalmente sinalizadas por ponto-final. 
Observe nos exemplos a seguir a forma como o emissor apresenta elementos 
declarativos sobre o referente: 
 
Seus pais viajaram ontem à noite. Foram de avião. O carro está na oficina. 
 
Já as frases interrogativas são as que apresentam o elemento interrogativo 
que, na oralidade, é marcado pela entoação e, do ponto de vista gráfico, pelo ponto 
de interrogação. A frase interrogativa pode ser direta ou indireta, como nos 
exemplos: 
Seus pais viajaram ontem à noite? (interrogativa direta) 
Indaguei se os pais dele tinham viajado ontem à noite. (interrogativa indireta) 
O carro de João está na oficina? (interrogativa direta) 
Ele perguntou se o carro de João está na oficina. (interrogativa indireta) 
 
As frases exclamativas remetem para uma determinada entoação, ou 
segundo Dubois Charlier (1981, p. 54), “para uma determinada gama de entoações 
que podem exprimir surpresa, descontentamento, medo etc.” Para esse linguis- ta, a 
frase exclamativa está relacionada com a função expressiva da linguagem, quando o 
emissor exprime no enunciado as marcas de sua atitude pessoal (emo- ções, 
avaliações, opiniões). Essas frases são comuns nas cartas pessoais, anúncios 
publicitários, poemas, canções sentimentais – gêneros de texto que, normalmen- te, 
explicitam as marcas expressivas de sentimentos, emoções etc. 
 
20 
 
Seus pais viajaram ontem à noite! Tiveram de ir de avião! Pudera! 
O velho carro estava na oficina! 
 
Ainda segundo o linguista Dubois Charlier (1981), temos as frases 
imperativas, as quais podem estar ligadas à função apelativa da linguagem, pois 
expressam ordens, incitação à ação, ou fazem um pedido, utilizando o verbo no 
modo imperativo ou no infinitivo. Entretanto, em certos casos, podem estar ligadas à 
função expressiva, quando a intenção emotiva do emissor será interpretada pelo 
destinatário ao perceber a entoação, os gestos, a expressão facial (na lin- guagem 
oral), e pelo contexto de produção da língua em funcionamento, como nos exemplos 
a seguir: 
 
Sai já daí, menino! 
Contra as notas baixas, estudar, estudar! 
Passe-me o açúcar, por favor! 
Não me procure mais! 
Vá com Deus! 
Misture o açúcar com a manteiga e bata muito bem. 
 
Para estudarmos a Sintaxe da língua, precisamos distinguir bem os três con- 
ceitos: frase, oração e período. 
5 MORFOSSINTAXE 
Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se 
relacionam às subdivisões conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde 
às classes gramaticais e a outra se refere às distintas posições ocupadas por uma 
mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguístico. Munidos de tal 
concepção, as elucidações descritas a seguir, certamente tornarão perfeitamente 
compreensíveis, face ao prévio conhecimento das referidas modalidades. 
 
21 
 
 
Fonte: www.portugues.uol.com.br/ 
 
Sendo assim, a morfossintaxe está condicionada ao fato de um substantivo, 
numeral, artigo, dentre outros, desempenharem diferentes funções quando dispostas 
em uma oração. Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste 
assunto, ora concebível como sendo de extrema relevância, ater-nos-emos a alguns 
casos em que esta ocorrência se materializa. Analisemos: 
 
As flores são um belo presente. 
Toda mulher aprecia ganhar flores. 
Gostamos muito do perfume das flores. 
Patrícia gosta muito de flores. 
Nem tudo são flores. 
 
Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob 
diferentes ângulos, podendo ser assim analisados: 
 
1. Enunciado – sujeito simples 
2. Objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto. 
3. Complemento nominal, haja vista que completa o sentido de um 
substantivo (perfume). 
https://portugues.uol.com.br/
 
22 
 
4. Objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo 
indireto. 
5. Predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o 
sujeito se refere, ainda se liga a este por intermédio de um verbo de 
ligação, configurando um caso de predicado nominal. 
6. Vocativo, pois invoca um chamamento. 
5.1 O que é morfossintaxe? 
Em uma análise, pode-se considerar apenas a palavra (morfologia) ou sua 
função (sintaxe). Quando ambas aparecem juntas, surge a morfossintaxe. A 
morfossintaxe resulta das análises morfológica e sintática realizadas 
simultaneamente. A palavra pode ser classificada isoladamente, analisando apenas 
sua classe gramatical, ou pode ser estudada a partir da função que estabelece 
dentro da oração. Se o objeto de estudo é a palavra, tem-se a análise morfológica. 
Entretanto, se a busca é por sua função na oração, surge a análise sintática. 
Quando a análise ocorre no âmbito da palavra e da frase, ou seja, quando o 
estudo envolve classe gramatical e função sintática, temos a Morfossintaxe. As 
dúvidas são muitas quando essa análise é exigida. Em geral, ela não é solicitada 
explicitamente. Entretanto, sempre que a função sintática é pedida, é importante 
pensar a que classe gramatical a palavra pertence. Fazendo isso, ficará mais fácil 
definir sua função. Embora a língua portuguesa não seja uma ciência exata, no caso 
da morfossintaxe é possível pensar de forma mais objetiva, pois as funções 
sintáticas são definidas previamente. Por exemplo, o adjetivo é um caracterizador, 
portanto, ou estará ao lado do nome, ou se relacionando com ele. Então, a única 
função sintática dessa classe gramatical será a de adjunto adnominal. Por isso, é 
melhor que a análise morfológica preceda à sintática. 
Se a análise é morfológica, qual é o objeto de estudo? A palavra. Então, por 
alguns minutos, imagine que a frase não exista, somente a palavra. “Corte-a” e 
indique sua classe gramatical. Coloque em prática todo seu conhecimento. 
“Dialogue” com cada palavra. Pense em que classe gramatical ela se enquadra. Se 
as dúvidas nos conceitos de substantivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, 
preposição, adjetivo, conjunção e interjeição aparecerem, é importante voltar e 
 
23 
 
revisar. Façamos a análise morfológica do enunciado abaixo, lembre-se de que o 
objeto de estudo é a palavra: 
 
A prova estava muito complicada. 
 
A: Artigo 
Prova: Substantivo 
Estava: Verbo 
Muito: Advérbio 
Complicada: Adjetivo 
 
Após classificarmos as classes gramaticais, passaremos a analisar a função 
sintática de cada termo. Volte à classificação das palavras e defina 
sua função dentro da oração. Vejamos a seguir exemplos de perguntas que auxiliam 
na hora de definir a função sintática dos termos na oração. 
 
Qual é a função do artigo? 
Acompanhar o substantivo, não é? Sintaticamente, quem tem a função de vir 
junto ao nome? Adjunto adnominal. Portanto, toda classe gramatical cuja funçãoé a 
de acompanhar o nome (numeral, pronome adjetivo, artigo) exercerá função 
sintática de adjunto adnominal. 
 
E o substantivo? Que função pode exercer? Vamos recordar? 
Núcleo do sujeito, do objeto indireto, do objeto direto, do predicativo, do 
agente da passiva, do complemento nominal e do aposto. Podendo exercer ainda as 
funções de adjunto adnominal e adjunto adverbial, quando compõe locuções 
adjetivas ou adverbiais. Qual o único termo do enunciado que estamos analisando 
que poderá exercer a função de núcleo do sujeito? Prova, não é? Por quê? Porque é 
um substantivo. 
 
Que função sintática terá o verbo? 
Se for significativo (intransitivo, transitivo direto, indireto, ou direto e indireto) 
terá a função de núcleo, ou seja, parte mais importante do predicado verbal ou 
 
24 
 
verbo-nominal. Se a função dele for de ligar o sujeito ao seu predicativo, terá a 
função de verbo de ligação. O verbo do enunciado que estamos analisando recebe 
esta classificação. 
 
Há algum advérbio?Qual é a única função sintática exercida por essa classe gramatical? Núcleo do 
adjunto adverbial. Então, no exemplo, a palavra muito (classificação: advérbio de 
intensidade – função sintática: adjunto adverbial) 
 
O adjetivo também aparece no exemplo. Que função sintática será exercida por 
ele? 
É importante recordar que o adjetivo pode ser núcleo do adjunto adnominal e 
do predicativo do sujeito. Para definir a função do adjetivo, a pergunta que deve ser 
feita é: onde o adjetivo está posicionado, ao lado de um nome, no sintagma nominal, 
ou no sintagma verbal? Se acompanhar um nome, sua função será de adjunto 
adnominal. Se estiver no sintagma verbal caracterizando o sujeito, como é o caso do 
adjetivo complicada, será um predicativo do sujeito, pois estará caracterizando-o. 
Agora, ficou fácil classificar o sujeito e o predicado do exemplo, não é mesmo? Se o 
sujeito está explícito e só possui um núcleo, será sujeito simples. Se o predicado é 
constituído de verbo de ligação, só poderá ser predicado nominal. 
É possível perceber que, embora para facilitar o estudo haja uma divisão 
entre morfologia e sintaxe, forma e função são inseparáveis. Por isso 
a morfossintaxe é tão importante. Como resultado das análises sintática e 
morfológica temos a morfossintaxe, levando em consideração a diferença que há 
entre classe e função. Na sua vida escolar você aprendeu (ou talvez ainda continue 
aprendendo) sobre os distintos fatos linguísticos, dentre eles: substantivo, adjetivo, 
sujeito, predicado, adjunto adverbial, etc. Contudo, é bem provável que não tenha 
aprendido como tais assuntos se dividem dentre as partes da gramática, tampouco 
acerca do que realmente seja morfossintaxe. Em razão disso, dispomo-nos a levar a 
você os conhecimentos necessários sobre um assunto de tamanha importância – 
muitas vezes cobrado em provas de concursos e exames de vestibulares. 
Desta feita, a morfossintaxe nada mais é do que a análise morfológica e 
sintática, realizada simultaneamente. Mas para que sua compreensão seja efetivada 
 
25 
 
de forma plausível, faz-se necessário entender, antes de tudo, que a análise 
morfológica diz respeito às dez classes gramaticais; e a análise sintática faz 
referência às funções desempenhadas por uma dada palavra, estando ela inserida 
num contexto oracional. 
Assim, colocando em prática tudo o que dissemos, analisemos o exemplo em 
questão, levando em consideração ambas as análises: 
 
Os alunos foram vencedores. 
 
Morfologicamente, temos: 
 
 Os – artigo definido (plural) 
 alunos – substantivo 
 foram – verbo ser (flexionado no pretérito perfeito do modo indicativo) 
 vencedores – neste contexto representa um adjetivo, mas pode também atuar 
como substantivo. 
 
Sintaticamente, concluímos que: 
 
 Os alunos – sujeito simples 
 foram vencedores – predicado nominal, em função do verbo de ligação 
 vencedores – predicativo do sujeito 
 
É preciso, pois, estabelecer a diferença entre classe e função para entender 
como se processa a morfossintaxe, pois uma palavra pode transitar entre uma 
posição e outra. 
6 MORFOSSINTAXE DO COMPLEMENTO NOMINAL 
O complemento nominal acrescenta sentido aos substantivos, adjetivos e 
advérbios. Para facilitar seu estudo, é importante conhecer sua morfossintaxe. A 
oração (enunciado centrado em um verbo) é estudada pela sintaxe. Para facilitar 
esse estudo, a oração foi dividida em termos classificados como essenciais, 
 
26 
 
integrantes e acessórios. O complemento nominal compõe os termos integrantes. 
O complemento nominal é um termo que complementa o sentido dos nomes 
(substantivos, adjetivos e advérbios). Portanto, há também nomes que são 
transitivos, ou seja, que buscam complemento. Acompanhe os exemplos: 
 
A professora tem cuidado com as crianças. 
É impossível não sentir saudade dos amigos. 
 
É possível perceber que os termos destacados em amarelo estão 
complementando o sentido dos substantivos. Entretanto, que classes gramaticais 
podem exercer a função sintática de complemento nominal? Uma palavra pode ser 
analisada considerando seus aspectos morfológicos (classe gramatical) e sintáticos 
(função dos termos na oração). No entanto, a análise também pode ser feita 
considerando esses dois aspectos. Quando isso acontece, a análise é classificada 
como morfossintática. O complemento nominal pode ter como núcleo, ou seja, parte 
principal, um substantivo, um pronome ou um numeral, podendo ainda ser 
representado por uma oração. Veja: 
 
O menino tem inveja do colega. (substantivo) 
O homem estava consciente de tudo. (pronome) 
O emprego será bom para os quatro. (numeral) 
Tenho a certeza de que tudo vai dar certo. 
(Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal) 
 
Sempre que for necessário classificar um termo como Complemento Nominal, 
não se esqueça de que ele completará o sentido de um nome (substantivo, adjetivo 
e advérbio), será introduzido por preposição e terá como núcleo o substantivo, o 
pronome e o numeral, podendo ser representado por uma oração. 
 
27 
 
7 ANÁLISE SINTÁTICA E ANÁLISE MORFOLÓGICA 
Todos nós já estudamos a gramática da língua portuguesa nas escolas, logo 
sabemos que uma gramática é dividida em várias partes: fonética, morfologia, 
sintaxe, etc. 
7.1 Morfologia 
A gramática descritiva é o estudo dos mecanismos referentes ao 
funcionamento de uma língua em um contexto, observando-se o tempo e a interação 
entre os falantes. Dessa maneira, a gramática analisa e descreve, de acordo com a 
definição de uso padrão e culto, as normas de funcionamento, a estrutura e a 
configuração formal que caracterizam uma língua. 
Dentro deste estudo, a morfologia é considerada como a primeira articulação 
da gramática, na qual o vocábulo formal é o objeto de análise. Com isso, a 
morfologia é a primeira articulação gramatical que estuda os segmentos fônicos 
associados a uma significação léxica (ou seja; a palavra) e suas formas. Assim, a 
morfologia sistematiza em classes as unidades mínimas dotadas de sentido de 
acordo com características e funções comuns entre elas. As classes 
gramaticais descritas são: 
 
 Substantivo 
 Adjetivo 
 Artigo 
 Pronome 
 Numeral 
 Verbo 
 Advérbio 
 Conjunção 
 Preposição 
 
O primeiro critério de classificação está relacionado as variações que a 
palavra pode apresentar. Logo, as classes estão separadas em palavras variáveis e 
http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/
http://www.infoescola.com/linguistica/gramatica-descritiva/
http://www.infoescola.com/portugues/palavra/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/classes-de-palavras/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/artigos/
https://www.infoescola.com/portugues/pronomes/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/adverbios/
http://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
 
28 
 
invariáveis. Palavras variáveis podem mudar de acordo com os seguintes critérios; 
gênero e número (algumas em grau); e são elas: 
 
 Verbo 
 Substantivo 
 Adjetivo 
 Pronome 
 Artigo 
 
As palavras invariáveis não apresentam modificações de acordo com o 
gênero ou com o número, elas se mantêm sob o mesmo formato, independentes do 
contexto a que estão inseridas, ou às palavras as quais se ligam no arranjo textual. 
São elas: 
 Advérbio 
 Preposição 
 Conjunção 
 
Numerais: constituem uma classe de palavras com a peculiaridade de 
subclassificações variáveis e invariáveis. 
Observe os exemplos: 
 
 
Todas as palavras nesta frase concordam em gênero e número, por isso 
foram registradas no feminino e no singular. Com exceção do advérbio, que por 
pertencer a uma classe invariável, não comprometeo sentido ou a concordância dos 
vocábulos na frase. Os verbos apresentam outras variações específicas: tempo, 
pessoa, modo e voz. 
 
Os filósofos militantes caminhavam rapidamente com bandeiras partidárias. 
 
http://www.infoescola.com/portugues/tempos-verbais/
http://www.infoescola.com/portugues/tempo-e-modo-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/vozes-do-verbo/
 
29 
 
De acordo com a análise realizada no exemplo anterior, tem-se uma estrutura 
concordando com o gênero masculino e o número no plural. Palavras de classes 
invariáveis: 
 
 rapidamente: advérbio 
 com: preposição 
No exemplo anterior “militantes” é substantivo, enquanto neste exemplo 
“militantes” apresenta-se como adjetivo. A mesma inversão ocorre com a palavra 
filósofo. No estudo da língua portuguesa, toda análise se refere às combinações de 
formas; assim, cada classe possui uma nomenclatura e é analisada de acordo com a 
função que exerce dentro de determinado contexto, na relação com as outras 
palavras. O que se trata de um outro plano gramatical; sintaxe. 
7.2 Morfologia: aprofundando o conhecimento gramatical 
De acordo com Joaquim Matoso Camara Júnior no livro “Estrutura da Língua 
Portuguesa” o segmento fônico se associa a uma significação gramatical situando-
se na primeira articulação da língua (a morfológica), gerando o vocábulo formal. O 
que se denomina de vocábulo é a palavra ou ainda a unidade mórfica por si só. Ao 
estudar morfologia, analisa-se, então, os morfemas. Os morfemas constituem-se por 
serem unidades de som e conteúdos menores do que a palavra. São unidades 
significativas mínimas, porque possuem significado, mas nem sempre funcionam de 
forma independente, precisam estar conectadas a outras. Exemplo: o “s” que marca 
o plural é uma unidade com significado de número, mas não faz sentido livremente. 
O vocábulo carro/s/ pode gerar outros, como carroça, carruagem, carreta. Enquanto 
o morfema /s/ que marca o plural na palavra só funciona ligado a outros morfemas 
com sentido completo. 
Assim, a gramática identifica dois tipos de morfemas: 
 
 Morfemas lexicais: são as formas livres: carro. 
 Morfemas gramaticais: possuem algum significado mas só existem presos /s/ 
(como marca de plural) /in/ (infeliz); dentre outros. 
 
http://www.infoescola.com/portugues/morfemas/
 
30 
 
Formas livres constituem uma sequência funcionando isoladamente. 
 
Exemplo: 
As flores nasceram hoje pela manhã. 
 
Formas presas funcionam ligadas a outras. 
Exemplo: 
“Pro” – do vocábulo “proscrever” 
 
Desta maneira, o vocábulo formal caracteriza-se por: 
 
 Uma unidade final indivisível em duas ou mais formas livres. Exemplo: 
paz. 
 Duas ou mais formas presas. Exemplo im + pro +vá + vel 
 Uma forma livre e uma ou mais formas presas. Exemplo: in + feliz 
 
OBSERVAÇÃO: 
Esses mesmos critérios aplicam-se às partículas proclíticas enclíticas, introduzindo 
um terceiro conceito na língua portuguesa; o de forma dependente. 
 
O critério mórfico estabelece a separação dos vocábulos por espaços em 
branco, registrando na ortografia as formas independentes. As palavras constituem-
se por unidades menores (morfemas), ao passo que a frase se compõe por 
palavras, e estas são graficamente separadas. Leia o período e observe esta 
descrição em funcionamento no texto: 
 
A primeira vez que viajamos juntos meus pais ainda eram felizes. Todos muito 
esperançosos e cheios de planos de um retorno que prometia ser a reconstituição 
de fragmentos de vidas. A viagem era de carro, o percurso foi previamente 
mapeado. Compartilhávamos uma profunda sensação de felicidade. Era como uma 
segunda via de identidade, com direito a uma reparação histórica. Nossa família 
refazia-se no caminho por um emaranhado de contos. Agradava-me ouvir vovó. 
 
31 
 
Suas memórias misturavam-se à memória coletiva de um povo. E nesse processo 
vovó já nem mais sabia separar a realidade dela da de seus antepassados. 
Fonte: (Leticia Gomes Montenegro; Ensaios de Contos I. Textos não publicados; 2018) 
 
A análise morfológica identifica a classe de cada palavra e verifica suas 
combinações dentro do texto. Algumas classes podem ocupar o papel de outra em 
determinada construção frasal. Por exemplo, a classe dos nomes (os substantivos e 
os adjetivos) podem se intercambiar. No termo destacado o substantivo “memória” é 
caracterizado pelo adjetivo “coletiva”. 
 
Observe como o adjetivo torna-se substantivo neste exemplo: 
“A coletiva (substantivo) em torno dos familiares trazia-os as tristes memórias.” 
 
A divisão foi feita para nos ajudar a compreender como funcionam as palvras 
na oração: sozinhas ou em relação às outras. Porém tal divisão, às vezes, confunde 
os alunos, principalmente quando o assunto é morfologia e sintaxe. Muitos 
confundem as duas partes e acabam por misturá-las em uma análise. 
A morfologia é a parte da gramática que considera a palavra em si (sozinha), 
já a sintaxe estuda a palavra em relação às outras que se acham na mesma oração. 
Em resumo, uma palavra exerce na oração duas funções: a morfológica que é a que 
a palavra exerce quanto à classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, 
etc) e a sintática, que vem a ser a que a palavra exerce em relação a outros termos 
da oração. Nesse caso, a palavra poderá desempenhar vários papéis (sujeito, 
objeto, etc). 
8 SUBSTANTIVOS 
Convencionou-se que os substantivos são as palavras que nomeiam os seres 
em geral. Nesta convenção há aspectos gramaticais importantes para entender o 
funcionamento dos substantivos dentro e fora dos contextos de usos linguísticos. 
Esta classe de palavras possui significado lexical e atribui nome para: 
 
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
 
32 
 
 Objetos substanciais: exemplos: homem, casa, livro, mesa, armário, carro, 
etc. 
 Objetos apreendidos manualmente como substanciais, tais como: qualidades 
(bondade, honestidade, integridade), estados (saúde, doença), processos 
(chegada, entrega, aceitação), dentre outros. 
 
Para algumas gramáticas os processos e os fenômenos não são “objetos”. 
Elas explicam que os substantivos também nomeiam processos, acontecimentos e 
fenômenos, tais como; chuva, ventania, caminhada, etc. 
 
Significado da palavra "substantivo" 
 
Uma pesquisa etimológica da palavra “substantivo” conforme a “Nova 
Gramática do Português Brasileiro", de Ataliba Castilho, apresenta que “Substantivo 
significa literalmente “o que está debaixo, na base”, é a tradução latina do grego 
hypokéimenon.” Através da definição deste vocábulo, pelos gramáticos gregos, 
compreende-se o substantivo como parte fundamental do texto, não há texto sem os 
substantivos. Nesse sentido, Ataliba de Castilho (2016) afirma que o substantivo e o 
verbo constituem categorias sintáticas de base, sem as quais não se constrói uma 
sentença. 
 
Uma observação importante sobre as funções das palavras nas orações 
 
No âmbito da funcionalidade dos substantivos, eles poderão cumprir a função 
de: 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 Núcleo do agente da passiva 
 Predicativo do sujeito 
 Complemento nominal 
 Aposto 
 Vocativo 
http://www.infoescola.com/linguistica/texto/
http://www.infoescola.com/portugues/nucleo-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/agente-da-passiva/
http://www.infoescola.com/portugues/predicativo-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/complemento-nominal/
http://www.infoescola.com/portugues/aposto/
http://www.infoescola.com/portugues/vocativo/
 
33 
 
 Adjunto adverbial 
 Adjunto adnominal. 
 
Toda vez que em uma análise sintática outra classe gramatical exercer uma 
dessas funções, ela estará ocupando morfologicamente a classificação de 
substantivo. O que pode acontecer, por exemplo, com um pronome, um numeralou 
qualquer palavra substantivada. 
8.1 Classificação dos substantivos 
Concretos e abstratos 
De acordo com Evanildo Bechara, substantivo concreto designa um ser que 
existe de maneira independente: casa, mar, sol, automóvel, mãe. São substantivos 
concretos nomes próprios, pessoas lugares, instituições, por exemplo. Substantivo 
abstrato é o que designa uma existência dependente, ligado a outro ser ou 
processo, designam ações (abraço, sorriso), estado e qualidade considerados fora 
dos seres: prazer, beijo, trabalho, saída, beleza, cansaço. 
 
Próprios e comuns 
Os próprios fazem parte de um conjunto de seres considerados em suas 
individualidades. Utiliza-se letras maiúsculas para diferenciar que esses nomes se 
referem a indivíduos ou lugares com existências únicas, mesmo que os nomes 
possam se repetir, cada substantivo será único. Exemplo: nomes de pessoas como 
Maria, Maria Flor, Maria da Fé. Os substantivos comuns são todos aqueles que já 
foram referidos anteriormente, tais como processos, ações, fenômenos ou objetos 
substanciais: casa, mesa, cama, cadeira, cachorro, beijo, carinho, passeata, etc. 
São palavras que possuem características comuns em quaisquer contextos 
extralinguístico nos quais existem. 
 
Substantivos coletivos 
São substantivos comuns, que designam um conjunto de objetos ou espécies, 
porém se apresentam no singular. Existe uma lista de substantivos 
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adverbial/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos-coletivos/
 
34 
 
coletivos comumente apresentados nas gramáticas como os mais significativos e 
usuais, seguem alguns exemplos: 
 
Alcatéia – de lobos 
Legião – de soldados, demônios 
Manada – de bois, búfalos, elefantes 
Matilha – de cães de caça 
Quadrilha – de ladrões 
Ramalhete – de flores 
Constelação – de estrelas. 
Arquipélago – de ilhas. 
8.2 Flexões dos substantivos 
Os substantivos podem variar em número, gênero e grau. 
 
 Número se refere ao singular ou plural 
 Gênero se refere ao masculino ou feminino 
 Grau se refere à apresentação normal, exagerada ou diminuída, ou 
seja; aumentativo ou diminutivo. 
 
Sobre o grupo de classes de palavras denominadas nominais 
 
Substantivos e adjetivos compartilham um grande número de traços mórficos 
comuns, ambos têm o mesmo processo de flexão de gênero e número. Por isso os 
traços morfológicos não são suficientes para distinguir uma classe da outra, sendo 
necessário fazer uso de um critério sintático e funcional para obter uma distinção 
correta. Observe no exemplo a seguir: 
 
A) Uma negra jovem foi aprovada no concurso para docente no programa de 
pós-graduação. 
B) Uma jovem negra foi aprovada no concurso para docente no programa de 
pós-graduação. 
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos-coletivos/
http://www.infoescola.com/astronomia/constelacao/
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
 
35 
 
 
No exemplo A o nome “negra” encontra-se acompanhado do artigo, o que o 
coloca no centro do sintagma nominal, logo será classificado como substantivo. Ao 
passo que, o nome ”jovem” surge qualificando o nome anterior, acompanhando-o e 
atribuindo-lhe uma característica. Em resumo, uma palavra exerce na oração duas 
funções: a morfológica que é a que a palavra exerce quanto à classe a que pertence 
(substantivo, adjetivo, pronome, etc) e a sintática, que vem a ser a que a palavra 
exerce em relação a outros termos da oração. Nesse caso, a palavra poderá 
desempenhar vários papéis (sujeito, objeto, etc). 
 
Exemplo: 
"Maria comprou um carro". 
 
Se analisarmos a palavra "Maria" no sentido morfológico, temos um 
substantivo próprio, já na sintaxe "Maria" é sujeito simples da oração. 
 
Análise morfológica: 
 
Maria: substantivo próprio 
comprou: verbo 
um: artigo 
carro: substantivo comum 
 
Análise sintática: 
 
Maria: sujeito 
comprou: núcleo do predicado verbal (comprou um carro) 
um: adjunto adnominal 
carro: núcleo do objeto direto (um carro) 
 
Não é difícil, basta o aluno prestar atenção e saber qual tipo de análise o 
professor está pedindo (a morfológica ou a sintática). Porém, às vezes, as duas são 
pedidas na chamada análise morfo-sintática. 
http://www.infoescola.com/portugues/sintagma/
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-simples/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-morfologica/
http://www.infoescola.com/portugues/analise-sintatica/
http://www.infoescola.com/portugues/predicado-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/adjunto-adnominal/
 
36 
 
9 PREDICADO VERBAL 
Chamamos de predicado verbal quando o núcleo do predicado é um verbo ou 
uma locução verbal. 
 
Exemplos: 
Caminhei com a minha mãe ontem. 
Maria comprou muitas roupas naquela loja. 
João e Maria estão brincando no balanço. 
 
Os verbos dividem-se em intransitivos e transitivos (diretos ou indiretos). 
 
Verbos intransitivos: São aqueles que não necessitam de um complemento 
e constituem o predicado sozinhos. 
 
Exemplos: 
Pedro cantou. 
Maria viajou. 
O bebê de Maria nasceu ontem. 
As flores desabrocharam. 
Rita cantou na festa. 
 
Observação: 
Mesmo não necessitando de um complemento, os verbos intransitivos podem vir 
acompanhados de alguns elementos, como no terceiro exemplo, acima. Contudo, 
esses elementos, chamados de predicativo ou adjuntos adverbiais, dentre outros, 
não fazem parte da predicação do verbo. Se o verbo é intransitivo, os elementos que 
o seguem não são seus complementos, mas sim outros termos. 
 
Verbos transitivos: São os verbos que necessitam de um complemento, ou 
seja, não podem constituir o predicado sozinhos. Eles dividem-se em transitivos 
diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos. 
 
http://www.infoescola.com/portugues/predicado/
http://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-intransitivo/
 
37 
 
1) Verbos transitivos diretos: São aqueles que necessitam de um complemento 
sem precisar de uma preposição. O seu complemento é chamado de objeto direto. 
Exemplos: 
Maria comeu uma maçã. 
Juliana comprou uma bolsa. 
Carlos odeia chuchu. 
Maria abraçou o Pedro. 
Joana detesta aranhas. 
 
2) Verbos transitivos indiretos: São aqueles que necessitam de um complemento, 
chamado de objeto indireto, e são ligados a seus complementos por meio de uma 
preposição. 
 
Exemplos: 
Maria gosta de Pedro. 
Você está sabendo de alguma coisa? 
Douglas participou da reunião de condomínio. 
A menina precisou de ajuda. 
 
 
3) Verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos): São os verbos que 
necessitam de dois complementos: um objeto direto, ou seja, complemento sem 
preposição; e um objeto indireto, complemento ligado ao verbo por preposição. 
 
Exemplos: 
João colocou o livro na estante. 
João deu um presente à Maria. 
Maria mostrou suas joias à Sofia. 
João emprestou o livro à Maria. 
Marina ofereceu um bombom a uma criança. 
 
Observação: 
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-transitivo-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
http://www.infoescola.com/portugues/verbo-transitivo-indireto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
http://www.infoescola.com/portugues/objeto-indireto/
 
38 
 
O mesmo verbo pode ser usado ora transitivamente ora de forma intransitiva, 
dependendo do sentido da frase. 
 
Exemplos: 
Deram onze horas. (intransitivo) 
A macieira dá maçãs suculentas. (transitivo direto) 
10 ADJUNTO ADNOMINAL 
De acordo com Cunha e Cintra (2008, p. 164), o adjunto adnominal é o termo 
de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um 
substantivo, qualquer que seja a função deste. Como o próprio nome sugere, ele 
acompanha o nome, ou seja, o substantivo. É importante frisar que o adjuntoadnominal tem valor acessório na construção das orações. Isso significa que, ao se 
juntar ao nome, ele acrescenta dados novos, porém dispensáveis à compreensão 
dos enunciados. Para a identificação das finalidades do adjunto em foco, sugere-se 
a leitura de trecho do romance Menino de engenho, do escritor paraibano José Lins 
do Rego: 
 
João Rouco vinha com três filhos para o eito. A mulher e os meninos ficavam 
em casa, no roçado. Com mais de setenta anos, aguentava o repuxo todo, 
como o filho mais novo. A boca já estava murcha, sem dentes, e os braços 
rijos e as pernas duras. Não havia rojão para o velho caboclo do meu avô. 
Não era subserviente como os outros. Respondia aos gritos do coronel José 
Paulino, gritando também. Talvez porque fossem da mesma idade e tivessem 
em pequeno brincado juntos. 
 
Esse trecho do romance ocupa-se de nos contar um pouco da rotina de 
trabalho de João Rouco, bem como de descrevê-lo fisicamente. Trata-se de um 
homem, com invejável vigor físico no auge de seus mais de setenta anos, que 
trabalha de forma braçal como se fosse o seu filho caçula. Em A boca já estava 
murcha, sem dentes, e os braços rijos e as pernas duras, perceba que os 
adjetivos murcha e sem dentes(desdentado) foram empregados para caracterizar a 
boca do personagem, ao passo que rijos definem os seus braços e duras, as suas 
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/livros/menino-de-engenho/
http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/
http://www.infoescola.com/escritores/jose-lins-do-rego/
 
39 
 
pernas. Ao acompanharem os nomes (os substantivos), os adjetivos funcionam 
como “adjuntos adnominais” no contexto dos enunciados. Além da forma adjetiva, o 
tipo de adjunto em questão pode vir expresso por meio do artigo (definido e 
indefinido), como em: 
 
A mulher e os meninos ficavam em casa, no roçado. 
 
Os artigos grifados definem os integrantes da família de João Rouco. 
Diferentemente, se fosse dito “Uma mulher...”, pois o artigo “uma” não definiria que 
se tratava de sua mulher. Os numerais também podem funcionar como adjuntos 
adnominais: 
 
João Rouco vinha com três filhos para o eito. 
Com mais de setenta anos, aguentava o repuxo todo [...]. 
 
O primeiro numeral cardinal, em destaque, especifica a quantidade de filhos 
do João Rouco, enquanto o segundo, a idade que ele possui. Veja, a seguir, outras 
maneiras pelas quais os adjuntos adnominais podem vir expressos: 
10.1 Locução adjetiva 
Entende-se “locução” como a junção de duas ou mais palavras que compõem 
um significado único: 
 
A pobre jovem sempre dizia que a sua vida estava sem cor. 
A locução em evidência corresponde ao adjetivo “descolorida”, utilizado como 
metáfora para se referir à vida sem expressividade da jovem. 
10.2 Pronome adjetivo 
A minha atual casa pertencia à família de meu amigo de infância. 
O nosso objetivo é garantir a sua segurança. 
 
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/locucao-adjetiva/
 
40 
 
10.3 Oração adjetiva 
Aquela senhora, que vende doces deliciosos, mudou-se de endereço. 
Aquele é o rapaz que beijei. 
 
É pertinente elucidar que um mesmo substantivo pode estar interligado a mais 
de um adjunto adnominal: 
 
 "A minha vontade é trabalhar como redatora." O substantivo “vontade” é 
acompanhado do artigo definido “a” e do pronome adjetivo “minha”. 
 "Quando cheguei ao evento, ele me olhou com um belo sorriso." O artigo 
indefinido “um” e o adjetivo “belo” foram empregados para precisar como foi o 
sorriso do rapaz para mim. 
 
Para finalizar: O adjunto adnominal une-se a um nome (substantivo), com o 
intuito de precisar o seu significado. Contudo, vale reiterar que se trata de um termo 
acessório, visto que a sua presença é dispensável para a compreensão do 
enunciado. 
11 ANALISE DA LINGUA PORTUGUESA 
 
Fonte: www.figuradelinguagem.com 
 
41 
 
11.1 SINTAXE E SEMANTICA 
A sintaxe está relacionada com os aspectos superficiais da linguagem – 
Estrutura e Forma. Funciona como um conjunto de regras de combinação para 
formar palavras, frases e sentenças. A semântica está relacionada com o significado 
dessas construções. Nós podemos até conhecer a estrutura de uma palavra, mas é 
necessário ligarmos ela a semântica, se não nunca entenderemos o seu significado. 
 
Exemplo: 
Makemake Kuai Pihi. Pihi Momona 
[Quer comprar peixe. Peixe Gordo.] 
 
Por mais que conheçamos a estrutura acima das palavras, podemos até nos 
arriscar a pronunciá-las, mas como não conhecemos a semântica esse enunciado 
não fará o mínimo sentido para nós. Conforme a convivência com linguagens 
“estranhas” ao nosso ver, nós passamos a compreender-las de maneira mais 
simples, conforme o tempo passa, a sintaxe e a semântica vão se articulando de 
maneira automática em nossa mente. 
 
Exemplos: 
(1) A mulher sorriu. 
(2) A mesa sorriu. 
 
Por mais que a estrutura sintática da frase (2) esteja correta ela não faz 
sentido. A força da “coerência semântica” é tão forte que mesmo que a organização 
sintática esteja 'distorcida' a frase ou enunciado ainda possuirá sentido. 
 
Exemplo: 
“Quando 900 anos de idade você atingir, parecer tão bem você não vai.” 
 
Mesmo que a estrutura esteja modificada nós podemos compreender 
perfeitamente a frase. Mas se a estrutura sintática for perfeita e a sua semântica for 
defeituosa, podemos considerar que o ato de comunicação foi um fracasso. 
 
42 
 
 
Exemplo: 
Idéias verdes incolores dormem furiosamente. 
 
E se a estrutura de uma frase foi reorganizada podemos obter um novo 
enunciado com sentido totalmente diferente: 
 
“Os políticos pensam que o público não sabe.” 
“O público sabe que os políticos não pensam.” 
 
E às vezes, as falhas na estrutura sintática podem originar falhas de 
entendimento (semântica), são os casos de ambigüidades: 
 
Exemplo: 
Márcia viu o homem no parque com o telescópio. 
12 SEMÂNTICA 
12.1 O que é semântica? 
A semântica é o estudo dos significados, não só da palavra, mas das orações, 
frases, símbolos e imagens, entre outros significantes. Esse estudo da gramática 
está muito associado com a sintaxe. Caso seja feita alguma alteração na base 
sintática, uma alteração de pontuação ou de palavras, o significado de toda a frase 
muda, mas também pode acontecer de o significado de apenas uma palavra mudar. 
Podemos usar o exemplo de um desenho de uma cadeira. A sintaxe seria o desenho 
em si, a semântica é o significado que aquele desenho traz: uma cadeira. Se 
fizermos qualquer alteração no desenho, o significado da cadeira pode mudar. Se 
apagamos o encosto do desenho da cadeira o significado muda, aquilo não é mais 
uma cadeira, e sim um banco. 
O processo de significação é o que possibilita a comunicação. Não adianta 
apenas ter a forma e a estrutura das palavras e frases, é preciso saber os 
significados delas para que o receptor da mensagem a compreenda com perfeição. 
http://www.gramatica.net.br/oracao/
http://www.gramatica.net.br/sintaxe/
 
43 
 
A sintaxe e a semântica são usadas em níveis mais específicos para a criação 
artística e publicitária. O autor pensa nos significados que quer transmitir, depois 
busca a melhor maneira e quais ou melhores elementos para fazer com que essa 
mensagem seja entendida. No estudo da gramática relacionado ao significado das 
palavras e frases, é preciso levar em consideração três aspectos: sinonímia, 
antonímia e homonímia. 
12.2 Sinônimos e Antônimos 
A sinonímia e a antonímia são aspectos muito importantes na hora de se 
estudar os significados de uma palavra ou frase. Sinônímia é a relação entre dois ou 
mais significantes que possuem o mesmo significado, ou seja, sinônimos são 
palavras diferentes que possuem o mesmo sentido. Antônimos são dois significantes 
que possuem significados opostos. Palavras que se contradizem são antônimas 
entre si. 
 
Exemplos:“Morto” e “falecido” são sinônimos, pois ambos os termos têm o mesmo significado. 
“Bondoso” e “malvado” são antônimos, pois seus significados se opõem. 
12.3 Homônimos e Polissemia 
A homonímia é um aspecto muito importante e variado na gramática 
portuguesa, pois além de contemplar a escrita, também traz aspectos da sonoridade 
das palavras. Os homônimos são significantes parecidos que possuem significados 
diferentes, ou seja, palavras parecidas ou iguais na pronúncia, escrita ou nas duas 
coisas, mas com significados divergentes. Normalmente os homônimos são 
generalizados como polissêmicos, mas a polissemia tem leves diferenças dos 
homônimos. A lista abaixo traz os definições e exemplos de tipos homônimos e de 
polissemia. 
Homógrafas: São palavras homônimas que possuem a escrita igual, mas são 
diferentes na pronúncia. 
 
 
44 
 
Exemplos: 
Em “eu almoço tarde” e “o almoço está pronto”, a palavra “almoço” (verbo) e 
“almoço” (substantivo) tem a mesma grafia, mas não é pronunciada da mesma 
maneira. 
Homófonas: São palavras homônimas que possuem a pronúncia igual, mas 
distinguem-se na grafia. 
Exemplo: 
“Cinto”(substantivo) e “sinto” (verbo) possuem a mesma oralidade, mas a escrita é 
diferente. 
 
Perfeitas: São palavras homônimas que tanto são homógrafas quanto 
homófonas. 
Exemplo: 
“Cedo”(do verbo ceder) e “cedo”(advérbio de tempo) são escritas e pronunciadas 
igualmente, mas não têm o mesmo significado. 
 
Paronímia: Palavras com grafia diferente, mas pronúncia muito parecida. 
Exemplo: 
“Descriminar” e “discriminar” têm pronúncias muito próximas, mas a primeira palavra 
significa “tirar a culpa”, a segunda quer dizer “diferenciar”. 
 
Polissemia: Ocorre quando uma mesma palavra tem mais de um significado. 
Exemplo: 
A palavra “graça” em “fez uma graça” e em “é de graça” tem significados diferentes 
em cada uma dessas frases. Na primeira remete a algo engraçado; na segunda, a 
algo que não tem custo, que é gratuito. 
12.4 Hiperônimo e Hipônimo 
Os hiperônimos e hipônimos são como um conjunto e seus elementos da 
matemática. Os hiperônimos são palavras que têm sentindo mais abrangente, como 
um conjunto que agrupa os seus elementos. Os hipônimos, por outro lado, são como 
os elementos que estão dentro deste conjunto, são palavras com um significado 
 
45 
 
mais específicos. Ambos são termos da semântica moderna, e são importantes, por 
exemplo, para que evitemos repetições excessivas num texto ou mesmo na fala. 
Exemplo: 
 
A palavra “automóvel” é o hiperônimo de “carro”, “moto” e “caminhão”. 
As palavras “barata”, “mosca” e “besouro” são hipônimos de “inseto”. 
13 FONOLIGIA, MORFOLOGIA, SINTAXE E SEMÂNTICA 
A gramática de Língua Portuguesa é dividida em várias partes, e isso muitas 
vezes gera dúvida em quem se aventura no universo da exploração da língua. Para 
que se compreenda que a gramática não é um bicho papão, é necessário 
compreender alguns conceitos: 
Fonologia: parte da gramática que estuda os sons e a sua formação, bem 
como a pronúncia de fonemas. 
Morfologia: parte da gramática que estuda as classes morfológicas ou gramaticais: 
advérbio, substantivo, adjetivo, pronome, verbo, interjeição, conjunção, numeral, 
preposição, artigo. É muito importante saber que uma mesma palavra, dependendo 
de sua colocação e contexto, pode exercer papéis diferentes, ou seja, pode 
pertencer a classes gramaticais distintas, ora pode ser, por exemplo, um artigo, e 
ora pode ser um numeral. 
Sintaxe: a sintaxe é a parte da gramática que se dedica a estudar as funções 
de termos - repare que aqui eu não falo em palavras, mas em termo - nos períodos. 
Dentro da sintaxe, podemos estudar o sujeito, predicado, vozes verbais, 
transitividade verbal, aposto e vocativo, complemento nominal, adjunto adnominal, 
entre outros. 
Semântica: a semântica é a parte da gramática que se dedica ao estudo dos 
sentidos exercidos por determinadas palavras, frases e orações, levando-se em 
conta o contexto em que estão inseridas. 
É importante conhecer as distinções acima para que se possa realizar bem 
determinadas tarefas muitas vezes cobradas em sala de aula ou provas e 
concursos. Isso acontece pois é diferente você falar de classificação morfológica ou 
 
46 
 
sintática, ou ainda morfossintática, quando há a junção de duas partes da gramática 
(morfologia e sintaxe). Para ilustrar esse fato, vejamos o seguinte exemplo: 
 
Elvis acordou mais cedo hoje. 
 
Considerando a classificação morfológica, Elvis é um substantivo, acordou um 
verbo, por exemplo. Ao analisar a classificação sintática, Elvis passa a ser sujeito e 
acordou mais cedo hoje passa a ser o predicado. 
14 SINTAXE: A ESTRUTURA DAS SENTENÇAS: SIMPLES E COMPLEXAS DO 
PORTUGUÊS 
Saber como os itens lexicais de uma língua se estruturam em uma sentença é 
a parte central da competência linguística dos seres humanos, tal como é entendida 
pela Gramática Gerativa. O falante de qualquer língua natural tem um conhecimento 
inato sobre como os itens lexicais de sua língua se organizam para formar 
expressões mais e mais complexas, até chegar ao nível da sentença. 
Imaginemos o léxico de nossa língua como uma espécie de dicionário mental 
composto pelo conjunto de itens lexicais (palavras) que utilizamos para construir 
nossas sentenças. Nossa competência nos permite ter intuições a respeito de como 
podemos dividir esse dicionário, agrupando itens lexicais de acordo com algumas 
propriedades gramaticais que eles compartilham. Essas propriedades nos levam a 
distinguir um grupo por oposição a outro. 
Assim, por exemplo, no processo de aquisição de nossa língua materna, 
sabemos, desde muito cedo, que um item lexical como mesa é diferente de um item 
lexical como cair. Uma criança logo diz caiu, mas nunca diz mesou. Isso indica que 
ela sabe que cair faz parte de um grupo de palavras – como chorar, querer, papar – 
que pode combinar-se com um tipo particular de sufixos, como -ou, -eu, -iu. Ao 
mesmo tempo, ela sabe que mesa faz parte de outro grupo de palavras – como 
cadeira, berço, brinquedo – que, por sua vez, pode se combinar com outro tipo de 
sufixo. 
Nossa competência linguística também nos ajuda a perceber que as 
sentenças de nossa língua não são o resultado da mera ordenação de itens lexicais 
 
47 
 
em uma seqüência linear. Sem nunca ter passado por um aprendizado formal a 
respeito desse assunto, sabemos que uma seqüência de palavras como menino 
bicicleta o da caiu não é uma sentença do português. Ao mesmo tempo, sabemos 
que, para termos uma sentença do português formada por esses mesmos itens 
lexicais precisamos, antes, fazer combinações intermediárias: compor o como 
menino; compor da com bicicleta; compor caiu com da bicicleta; e, finalmente, 
compor o menino com caiu da bicicleta. Sabemos, portanto, que a estrutura da 
sentença não é linear, mas sim hierárquica. 
Essa nossa competência também nos indica que uma sentença se constitui 
de dois tipos de itens lexicais: de um lado, estão aqueles que fazem um tipo 
particular de exigência e determinam os elementos que podem satisfazê-la; e de 
outro, estão os itens lexicais que satisfazem as exigências impostas pelos primeiros. 
Tomemos, como exemplo, uma sentença como ‘O João construiu uma casa ’. 
Intuitivamente, sabemos que o verbo construir é um item lexical do tipo que faz 
exigências. Construir precisa ser acompanhado de duas outras expressões 
lingüísticas: uma que corresponda ao objeto construído e outra, ao agente 
construtor. 
Na sentença em exame, as expressões uma casa e o João são as 
expressões que, respectivamente, satisfazem essas exigências impostas por 
construir. Isso é tão natural para nós que só nos damos conta de que as coisas são 
como são, se formos expostos a uma sentença fora de contexto, em que uma das 
exigências impostas por construir não esteja satisfeita. Imaginemos que alguém se 
aproxime de nós e nos

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