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Conhecida como barriga d’água ou doença dos caramujos, é uma doença parasitária de evolução crônica, causada por um Trematódeo. HOSPEDEIROS Definitivo: Ser humano Intermediário: Caramujos do gênero Biomphalaria que habitam coleções de água doce, pouca correnteza ou parada – riachos e córregos (Espécies B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila. EPIDEMIOLOGIA Bio-ecológico: condições ambientais que otimizam a reprodução do caramujo e propiciam a sobrevivência do parasito. Sócio-ecológico: Condições ambientais modificadas pela ocupação social de espaço (construção de açudes, sistemas de irrigação, práticas agrícolas, formas de eliminação dos dejetos, etc) Mundo: Ocorrência tropical (54 países) – África e leste do mediterrâneo. Américas: América do Sul – Caribe, Venezuela e Brasil Brasil: 1,5 milhões de pessoas estão infectadas, com sua maioria no NE e SE, porém há relatos de casos em todo o território nacional. PERÍODOS Transmissibilidade: · Ser humano: A partir de 5 semanas, podendo chegar a mais de 20 anos. · Caramujo: Começa com 4 – 7 semanas após a infecção e permanecem infectados para o resto da vida (cerca de um ano). Incubação: 2 – 6 semanas CICLO BIOLÓGICO SINAIS E SINTOMAS Forma aguda (Inicial): Inicialmente ocorrem manifestações alérgicas em casos assintomáticos. Em casos sintomáticos temos dermatite carcariana (até 5 dias), febre por volta da 3ª – 7ª semana, linfadenipatia, cefaleia, anorexia, dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos e tosse seca. Forma Crônica (Tardia): Diarreia constante, alternando-se com prisão de ventre e presença de sangue, tonturas, dor de cabeça, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, impotência, emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento de volume do abdômen. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Deve evitar a ocorrência, reduzir a prevalência e impedir a expansão da endemia. A ficha SINAN deve ser preenchida, identificando se a transmissão é autócne (transmissão no local de ocorrência), se é importado (local diferente), indeterminado (local inconclusivo) ou se foi descartado (sem confirmação laboratorial. MEDIDAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE · Atividades em educação em saúde + busca de novos casos · Práticas que modifiquem as condições favorecedoras e mantenedoras da transmissão · Orientação da população sobre ações de prevenção · Programa Saúde na Escola (PSE). MEDIDAS DE SANEAMENTO BÁSICO E AMBIENTAL · Esgotamento sanitário (instalações sanitárias, coleta e tratamento de dejetos). · Instalações hidráulicas e abastecimento de água potável visando reduzir o contato da população com coleções hídricas de risco. · Redução, principalmente em áreas urbanas, do número de coleções hídricas favoráveis à proliferação de planorbídeos (aterro, quando pertinente) · Revestimento e canalização de cursos d’água e/ou obras de engenharia sanitária · Limpeza e remoção da vegetação domiciliar e/ou flotante · Adequação de sistemas de irrigação · Monitoramento das coleções hídricas que sejam criadouros de moluscos, visando impedir a sua contaminação por dejetos humanos.
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