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Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. • Artimanha, engodo, engano, artifício. • Crime material – consumação com a obtenção da vantagem ➤ Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. Admite-se o concurso de pessoas em coautoria quando um emprega a fraude e o outro obtém a indevida vantagem patrimonial. ➤ Sujeito Passivo: Qualquer pessoa, desde que determinada. Não se pode denunciar por estelionato quando as vítimas são indeterminadas. Em casos tais, pode se caracterizar crime contra a economia popular. Ex.: adulteração de balança. A vítima é a pessoa enganada que sofre o prejuízo material. Pode haver mais de uma (a que é enganada e a que sofre o prejuízo). ➤ Objetivo da Fraude: Provocar o equívoco da vítima (induzir em erro) ou manter o erro em que já incorre a vítima, independentemente de prévia conduta do agente. O emprego da fraude deve ser anterior à obtenção da vantagem ilícita. ➤ Consumação: O estelionato tem duplo resultado (prejuízo para a vítima e obtenção de vantagem pelo agente). O crime é material, só se consuma com a efetiva obtenção da vantagem ilícita (não há a expressão “com o fim de”, típica dos crimes formais). Se a vítima sofre o prejuízo, mas o agente não obtém a vantagem, o crime é tentado. ➤ Tentativa: É possível. Mas, se a fraude é meio inidôneo para enganar a vítima, o crime é impossível (por absoluta ineficácia do meio). A inidoneidade do meio deve ser analisada de acordo com as circunstâncias pessoais da vítima. Se o meio é idôneo, mas, acidentalmente, se mostrou ineficaz, há tentativa. Súmula nº 73, STJ. A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual. Deve atingir pessoa determinada. Vítimas incertas é crime contra a economia popular – Lei 1521/51 (pirâmides,correntes, adulteração de bombas, balança e taxímetro) Disposição de coisa alheia como própria I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; Defraudação de penhor III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; * Sujeito ativo é o devedor Fraude na entrega de coisa IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; • Vidro no lugar de cristal • Cobre no lugar de ouro • Mercadoria de segunda Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; •Contrato de seguro em vigor •Caso de auto-lesão punível •Intuito de obter o valor do seguro •Bem jurídico tutelado – patrimônio do segurador Fraude no pagamento por meio de cheque VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustrar o pagamento. • Deve haver má-fé na emissão do cheque • Súmula 246 STF – “Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime(...)” • Cheque – ordem de pagamento a vista • Cheque pós-datado afasta o crime ex.: passar um cheque pré-datado e a pessoa tentar depositar antes da data. • Pode configurar o estelionato comum • O banco paga (cheque especial) – não há crime em relação ao banco – ilícito civil • Súmulas 521 do STF e 244 do STJ – foro competente é o do local da recusa • Súmula 554 do STF x Arrependimento posterior “O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta o prosseguimento da ação penal” § 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela Lei no 13.228, de 2015). Alterado pela Lei nº 13.964, de 2019 § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. *Basta a notícia do crime, nos outros casos a vítima precisa representar. *Criança é até 12 anos incompletos *Perde o direito de ação contado 6 meses depois da ciência do crime