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EDUCAÇÃO NO CAMPO

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Resenha crítica - EDUCAÇÃO DO CAMPO NA AMAZÔNIA
	O presente texto tem como objetivo discutir o artigo EDUCAÇÃO DO CAMPO NA AMAZÔNIA: Retratos de realidade das escolas multisseriadas no Pará; produzido por Salomão Antônio Mufarrej Hage, que atualmente é   professor do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Programa de Linguagens e Saberes da Amazônia. E do episódio que aborda educação no campo, apresentado pelo programa produzido pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Edição nº6 onde foram convidados o professor Doutor Adelar Pizzeta e Professora Doutora Dulcinéa Campos , tendo como mediador Edgard Rebouças.
Inicialmente a discussão que se insere no episódio apresentado pela UFES é de ordem semântica, ao se abordar a diferenciação entre educação (no) campo e educação (do) campo, onde se chaga a conclusão de que é necessário compreender o campo hoje como um ambiente em movimento, sendo formado por diversas lógicas. Em contrapartida, trazendo essa discussão para o espaço da região amazônica, Hage (2005) discorre em seu artigo que a região apresenta como característica fundamental a heterogeneidade, inclusive no campo, onde coabitam no mesmo espaço comunidades extrativistas tradicionais, trabalhadores industriais, indígenas, quilombolas e outros conjuntos populacionais que não compartilham da mesma cultura. 
Tomando essa principal característica (heterogeneidade) e a educação no campo e para o campo, as interrogativas que se seguem são sobre as politicas educacionais, é necessário compreender que a educação que se deve aplicar no campo deva ser inclusiva, ao ponto de não se diferenciar da educação urbana, ao mesmo passo em que respeite as especificidades, necessidades e conhecimentos dos alunos daquele ambiente. 
Os alunos do campo precisam conhecer o ambiente em que habitam e principalmente o jogo de interesses que ocorre, o modo de produção no campo, que se estende em grande parte do agronegócio e do latifúndio, se confrontam com a agricultura familiar, extrativista e se subsistência. 
O papel da educação nesse ambiente se torna fundamental para a reprodução e manutenção dos camponeses, e é partir de políticas públicas educacionais que essa educação emancipadora e inclusiva pode chegar de forma que seja efetiva. 
É observável que nos centros urbanos estão ocorrendo um processo de homogeneização da sociedade, onde padrões são estabelecidos como parâmetro para se conviver, já no campo a dinâmica social é mais independente e lenta, os grupos ainda são heterogêneos, e por conta disso a educação proposta tem que abarcar as diferenças e singularidades. 
Em suma, o que ambos os trabalhos apresentam é que surge uma necessidade por parte do Estado em ofertar uma educação de qualidade e que respeite os processos de cada grupo social que habita o campo, principalmente na Amazônia, onde esse espaço comporta de um lado diversas comunidades de culturas diferentes, e que tem a agricultura familiar como meio de produção, e do outro, as empresas de agronegócio e o latifúndios, onde o capitalismo busca homogeneizar o espaço para otimizar seu processo de produção. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAGE, Salomão Mufarrej et al. Educação do campo na Amazônia: retratos de realidade das escolas multisseriadas no Pará. Belém: Gráfica e Editora Gutemberg Ltda, v. 1, 2005. 
A Educação do Campo.16 de jul. de 2018]. Disponível em: https://youtu.be/kUiGs4xVpDY. Acesso em: 10 maio. 2021.

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