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Conduta odontológica em pacientes com distúrbios cardiovasculares

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1) Aferir a PA antes de iniciar o 
procedimento; 
2) Aferir novamente 5 minutos após a 
injeção anestésica (que não poderá 
ultrapassar a dose de 0,04 mg de 
adrenalina/consulta)*; 
3) Se não houver alteração da PA, 
poderemos dar continuidade ao 
procedimento. 
* 4,4 tubetes com adrenalina 1:200.000 ou 
 2,2 tubetes com adrenalina 1:100.000 ou 
1 tubete com adrenalina 1:50.000) 
 
 
 
DISTÚRBIOS CARDIOVASCULARES 
A hipertensão leve/estágio 1 (pressão arterial sistólica 
↓160 mmHg ou diastólica ↓100 mmHg – paciente ASA II) 
geralmente não limita a realização da cirurgia bucal, 
tanto eletiva quanto de urgência. O manejo deste 
paciente inclui o uso de um protocolo de redução de 
ansiedade e o monitoramento dos sinais vitais. 
No caso de pacientes com hipertensão 
moderada/estágio 2 (pressão arterial sistólica ↓180 
mmHg ou diastólica ↓110 mmHg – paciente ASA III), a 
cirurgia eletiva (como, por exemplo, remoção cirúrgica 
de terceiro molar) só deverá ser realizada após consulta 
com médico de referência. Assim, o controle da pressão 
arterial pode ser feito e o paciente classificado como 
ASA III poderá ser classificado como ASA II. Nos casos 
de cirurgia de urgência (por exemplo, extração dentária 
por dor), a cirurgia poderá ser realizada, mas com maior cautela, seguindo o monitoramento descrito 
no quadro acima e o protocolo de controle de ansiedade 
PROTOCOLO DE REDUÇÃO DE ANSIEDADE 
Se refere a uma série de ações que propicie acolhimento ao paciente. Um ambiente tranquilo, onde o 
paciente se sinta à vontade, uma conversa calma e esclarecedora, anestesia local realizada de forma 
cautelosa e criação de vínculo com o paciente são alguns dos exemplos. Em casos extremos, pode-se 
fazer o uso de medicações ansiolíticas (ex: midazolam e diazepam). 
Em casos de pacientes com hipertensão leve/estágio 1 ou moderada/ estágio 2, muitas vezes, não há 
contraindicação do uso de vasoconstritores e sim, indicação de redução de vasoconstritor e realização 
de protocolo de redução de ansiedade. 
Isto ocorre devido a liberação de adrenalina endógena do paciente causada pela ansiedade e pela 
sensação de dor é extremamente danosa nestes casos e muito mais prejudicial para o paciente que a 
utilização reduzida de vasoconstritor. Utilizar a dose de 0,04 mg de adrenalina/consulta é seguro e 
permite analgesia adequada para que o paciente não libere quantidades elevadas de adrenalina 
endógena. 
Abordagens em Pacientes com Comprometimento Sistêmico 
 
DISRITMIAS 
A disritmia é qualquer alteração do ritmo cardíaco e/ou da frequência 
cardíaca. Pacientes que são propensos a sofrerem ou sofrem de 
disritmias cardíacas geralmente possuem história de doença cardíaca 
isquêmica e necessitam de modificações no protocolo de tratamento 
odontológico. Limitar a dose de adrenalina por consulta a 0,04mg é uma 
das medidas (4,4 tubetes com adrenalina 1:200.000 ou 2,2 tubetes com 
adrenalina 1:100.000 ou 1 tubete com adrenalina 1:50.000). Além disso, esses 
pacientes podem fazer uso de anticoagulantes ou serem portadores de 
um marcapasso cardíaco permanente. 
Limitar a dose de adrenalina por consulta a 0,04mg é uma das medidas (4,4 tubetes com adrenalina 
1:200.000 ou 2,2 tubetes com adrenalina 1:100.000 ou 1 tubete com adrenalina 1:50.000). Além disso, esses 
pacientes podem fazer uso de anticoagulantes ou serem portadores de um marcapasso cardíaco 
permanente. 
Os marcapassos não são contraindicações para a cirurgia bucal e não existem evidências que 
demonstrem a necessidade de profilaxia antibiótica em pacientes portadores de marcapasso. 
Equipamentos elétricos, como bisturi elétrico ou os que emanam micro-ondas, não devem ser 
utilizados próximos do paciente ou devem ser reprogramados previamente.. 
Assim como outros pacientes sistemicamente comprometidos, os sinais vitais desse paciente devem 
ser monitorados cuidadosamente. 
ANGINA PECTORIS 
A angina é uma dor causada pela obstrução do suprimento arterial para o coração. Esta obstrução 
leva a uma discrepância entre a demanda de oxigênio requisitada pelo coração e a capacidade das 
artérias coronárias em supri-la. A maior demanda de oxigênio pelo coração pode estar aumentada, por 
exemplo, por exercício, ansiedade ou durante a digestão de uma grande refeição. 
Paciente com angina pectoris (artéria obstruída x normal). 
 
O cirurgião-dentista tem a responsabilidade de utilizar todas as medidas preventivas disponíveis ao 
tratar o paciente que possui história de angina, de forma a reduzir a possibilidade de que um 
procedimento cirúrgico que desencadeie um episódio de angina: 
o Obter uma cuidadosa história sobre a angina do paciente (saber a frequência, a duração e a 
gravidade da angina, a resposta aos medicamentos ou atividade diminuída e quais episódios que 
já causaram angina ao paciente). 
o O médico do paciente deve ser consultado. 
o Se a angina ocorre somente durante exercícios moderados a intensos e responder facilmente 
às medicações, os procedimentos cirúrgicos bucais podem ser realizados. 
o Entretanto, se o episódio de angina ocorrer durante exercícios mínimos, se várias doses de 
medicações orais são necessárias para aliviar o desconforto torácico ou se o paciente possui 
angina instável (que se manifesta em repouso ou piora significativa), a cirurgia eletiva deve ser 
adiada até que uma consulta médica seja realizada. 
o Ter disponível, no consultório ou na unidade de saúde, medicamentos para alívio dos sintomas 
de angina como: dinitrato de isossorbida ou spray de nitroglicerina. 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PARA PACIENTE COM HISTÓRIA DE ANGINA 
1. Consultar o médico do paciente. 
2. Usar protocolo de redução de ansiedade. 
3. Ter comprimidos (dinitrato de isossorbida) ou spray (nitroglicerina) disponíveis. 
4. Não atender o paciente após uma grande refeição (como o almoço, por exemplo). 
5. Assegurar uma anestesia local efetiva antes de iniciar a cirurgia e limitar a quantidade de adrenalina 
(máximo de 0,04 mg*). O paciente não poderá sentir dor, pois isto poderá desencadear um episódio 
de angina. 
6. Monitorar rigorosamente os sinais vitais. 
7. Manter contato verbal com o paciente durante todo o procedimento. 
* 4,4 tubetes com adrenalina 1:200.000 ou 2,2 tubetes com adrenalina 1:100.000 ou 1 tubete com adrenalina 1:50.000. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA) 
A insuficiência cardíaca congestiva ocorre quando o miocárdio doente se torna incapaz de 
corresponder ao débito cardíaco exigido pelo corpo ou quando uma demanda excessiva é exigida do 
miocárdio normal. Os sintomas da insuficiência cardíaca congestiva incluem ortopneia (distúrbio 
respiratório que causa encurtamento da respiração quando o paciente está em posição supina), 
dispneia noturna paroxística (dificuldade respiratória 1 ou 2 horas após assumir a posição supina) e 
edema nos tornozelos. 
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva compensada por dieta e tratamento medicamentoso 
podem realizar cirurgia bucal ambulatorial com segurança. Um protocolo redutor de ansiedade e 
suplementação com oxigênio são úteis. Os pacientes com ortopneia não devem ser colocados na 
posição supina durante qualquer procedimento. 
A cirurgia para pacientes com cardiomiopatia hipertrófica não compensada deve ser adiada até que a 
compensação seja alcançada ou que os procedimentos possam ser realizados em ambiente hospitalar 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PARA PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA (CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA) 
1. Adiar o tratamento odontológico até que a função cardíaca tenha melhorado e o médico acredite 
que o tratamento seja possível. 
2. Conferir quais as medicações que o paciente utiliza. 
3. Usar um protocolo de redução de ansiedade. 
4. Evitar a posição supina. 
5. Limitar a dose de adrenalina a 0,04mg/consulta*. 
* 4,4 tubetes com adrenalina 1:200.000 ou 2,2 tubetes com adrenalina1:100.000 ou 1 tubete com adrenalina 1:50.000. 
INFARTO DO MIOCÁRDIO 
A abordagem cirúrgica de um paciente que teve um infarto inicia-se com uma consulta ao médico do 
paciente. Geralmente, recomenda-se que os procedimentos cirúrgicos eletivos sejam adiados até pelo 
menos 6 meses após o infarto. O risco de ocorrer um novo infarto diminui ao máximo por cerca de 6 
meses, especialmente se o paciente estiver realizando um acompanhamento adequado. Após 6 meses 
do infarto do miocárdio, o tratamento do paciente é semelhante ao de um paciente com angina. 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PARA PACIENTE COM HISTÓRIA DE INFARTO DO 
MIOCÁRDIO 
1. Consultar o médico do paciente. 
2. Conferir quais medicações que o paciente utiliza, especialmente anticoagulantes. 
3. Usar um protocolo de redução de ansiedade. 
4. Ter comprimidos (dinitrato de isossorbida) ou spray (nitroglicerina) disponíveis. 
5. Assegurar uma anestesia local efetiva antes de iniciar a cirurgia e limitar a quantidade de adrenalina 
(máximo de 0,04 mg*). 
6. Monitorar rigorosamente os sinais vitais. 
7. Manter contato verbal com o paciente durante todo o procedimento. 
* 4,4 tubetes com adrenalina 1:200.000 ou 2,2 tubetes com adrenalina 1:100.000 ou 1 tubete com adrenalina 1:50.000. 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO (AVE) 
Pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral são sempre suscetíveis a novos acidentes 
neurovasculares. Assim como no infarto do miocárdio, a realização de anestesia local e procedimento 
cirúrgico oral menor em um paciente que teve AVC inicia-se com uma consulta ao médico do 
paciente. Geralmente, recomenda-se que os procedimentos cirúrgicos eletivos maiores sejam adiados 
até pelo menos 6 meses após o AVC. 
SINAIS E SINTOMAS DE UM AVE 
Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são: 
- Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo. 
- Confusão mental. 
- Alteração da fala ou compreensão. 
- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos). 
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar. 
- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. 
COMO AGIR? 
S orriso – observar se a boca está torta 
A braço – pedir para levantar o braço e notar dificuldade de realizar o movimento 
M ensagem – atentar para alterações de fala e de compreensão 
U rgente – ligar para 192 (SAMU – serviço de atendimento médico de urgência) 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PARA PACIENTE COM HISTÓRIA DE AVE 
1. Consultar o médico do paciente. 
2. Conferir quais as medicações que o paciente utiliza. 
3. Usar um protocolo de redução de ansiedade. 
4. Assegurar uma anestesia local efetiva antes de iniciar a cirurgia. 
5. Monitorar rigorosamente os sinais vitais.

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