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Geografia Ciência da Sociedade- Resenha (1)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT 
GEOGRAFIA – LICENCIATURA 
DISCIPLINA: TEORIA E MÉTODO EM GEOGRAFIA 
NOME: VITÓRIA FERREIRA DE SOUZA 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA: GEOGRAFIA CIÊNCIA DA SOCIEDADE – UMA 
INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO 
 
 
 
ANDRADE, Manuel Correia. A institucionalização da Geografia; A busca de 
novos paradigmas; Geografia e ação. In: Geografia ciência da sociedade: uma 
introdução à análise do pensamento geográfico. 2° triagem. São Paulo: Atlas 
S.A, 1992. 
 
 
 A obra retratada é de autoria do geógrafo pernambucano Manuel Correia de 
Andrade. Nascido em 1922, anos depois, Andrade ingressou nas faculdades de 
Direito, Geografia e História. As publicações de suas pesquisas e obras o 
tornaram um dos geógrafos mais reconhecidos do Brasil. Dentre as obras de 
Andrade, esta: “Geografia ciência da sociedade: uma introdução à análise do 
pensamento geográfico”. 
 O capítulo 7 (a institucionalização da Geografia brasileira) da obra citada 
anteriormente, discorre sobre a institucionalização do ensino da Geografia no 
Brasil, com a criação das faculdades de Filosofia, Ciências e Letras; e da 
pesquisa, com o surgimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), e a Associação dos geógrafos brasileiros (AGB), ambos na década de 
30. 
 Atualmente a Universidade de São Paulo (USP) se apresenta como uma das 
universidades mais desenvolvidas e renomadas do Brasil. Ao ler o texto é 
possível entender o “motivo” de tal destaque. Pois, “incorporando” novos 
recursos mais compromissados com o ensino e a pesquisa, a USP dividiu a 
cadeira de Geografia em disciplinas e incentivou a produção de teses de 
doutorado (ANDRADE, 1992). Vale ressaltar que o XVIII Congresso 
Internacional de Geografia trouxe grandes contribuições para o processo de 
amadurecimento da Geografia brasileira. 
 A Associação dos geógrafos brasileiros (AGB) foi fundada em 1934 pelo 
geógrafo francês Pierre Deffontaines. Andrade (1992), ressalta que a AGB 
difundiu métodos de trabalho em uma época em que não haviam cursos de pós-
graduação em Geografia, realizando reuniões e pesquisas em vários lugares do 
Brasil. Contribuindo para elucidar os conhecimentos geográficos no país. 
 Fundado em 1937, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 
também trouxe importantes contribuições para a formação dos geógrafos e para 
o desenvolvimento da pesquisa no país. Representando um grande “passo” na 
pesquisa brasileira e na ciência geográfica. 
 O capítulo 9 (a busca de novos paradigmas) do texto, aborda sobre quatro 
correntes teórico-metodológicas, são elas: a corrente teórico-quantitativista, a da 
Geografia do comportamento e da percepção, a corrente ecologista e a corrente 
radical. 
 A primeira corrente (teórico-quantitativista) se opõe a ideia da observação da 
realidade e da Geografia empírica (aulas de campo). Tem por base os modelos 
matemáticos-estatísticos, utilizando-se de gráficos, tabelas e diagramas. 
Acredito que tal corrente se “aplicaria” com certa eficiência no que se refere ao 
levantamento demográfico da população, a teoria malthusiana, dentre outras 
áreas da Geografia que envolve a matemática. 
 No texto, no contexto do crescimento desordenado do capital entre diferentes 
países, ocasionando o acirramento das desigualdades sociais, as outras três 
correntes aparecem atreladas a essa conjuntura. 
 Um primeiro grupo tomou por base “antigos” pensadores/fontes da Geografia, 
utilizando-se de novas metodologias, surgindo a corrente da Geografia da 
percepção e do comportamento. Os seguidores da Nova Escola, preocupando-
se com a multidisciplinaridade, passaram a produzir estudos geográficos mais 
relacionados com a temática ambiental (ANDRADE, 1992). Imagino que se refira 
a corrente ecologista. Tais estudos sobre o meio ambiente são muito importantes 
para que não avance ainda mais a degradação da natureza, que caracteriza a 
relação homem e meio como sendo predatória. 
 Um segundo grupo buscou entender as razões do conflito citado 
anteriormente (desigualdades sociais), e tal entendimento deveria partir da raiz 
do problema, por isso, ser chamada de corrente radical. Penso que a raiz de tais 
problemas seja o próprio capitalismo, na medida em que, na lógica capitalista, 
para a ver um rico é preciso existir várias pessoas em situação de pobreza. 
 No capítulo 10 (Geografia e ação) do texto abordado, inicialmente é 
contextualizado sobre o crescimento Industrial e as problemáticas causadas a 
natureza. A Indústria possibilitou a produção em massa, e consequentemente, o 
aumento das atividades extrativistas que resultam na devastação da natureza. 
Dessa forma, na década de 70 os geógrafos se debruçaram mais sobre a 
temática que envolve as questões sociais. A Geografia passa a ter uma relação 
mais intrínseca com a sociedade e suas preocupações. 
 Em síntese, percebe-se a notória evolução da Geografia e do pensamento 
geográfico. A Geografia brasileira recebeu grandes contribuições de pensadores 
internacionais, que foram “evoluindo” intelectualmente junto com essa ciência ao 
longo do tempo. Tal evolução (em parte) partiu das inquietações desses 
indivíduos, que buscando por novos conhecimentos geográficos foram 
“moldando” a Geografia para cada recorte temporal (espaço-tempo). Tornando 
cada vez mais próxima a relação entre a ciência geográfica e a sociedade. 
Acredito que, com as contribuições dos diversos pensadores/geógrafos de 
diferentes lugares do mundo, o surgimento das correntes teórico-metodológicas, 
dos grupos ideológicos, surge assim, uma ciência multidisciplinar que está a 
serviço da sociedade. 
 
 
 
Referência bibliográfica 
ANDRADE, Manuel Correia. A institucionalização da Geografia; A busca de 
novos paradigmas; Geografia e ação. In: Geografia ciência da sociedade: uma 
introdução à análise do pensamento geográfico. 2° triagem. São Paulo: Atlas 
S.A, 1992.

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