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CINCO PRINCIPIOS QUE ORIENTAM A ELABORAÇÃO DO GUIA GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA As recomendações devem levam em conta o impacto das formas de produção e distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade do ambiente. Os aspectos que definem o impacto social incluem o tamanho e o uso das propriedades que vão produzir os alimentos, já os aspectos que definem o impacto ambiental estão relacionados as técnicas empregadas para a conservação do solo, o uso de fertilizantes, plantio das sementes, etc. O guia leva em consideração as formas pelas quais os alimentos são produzidos e distribuídos, privilegiando aqueles que o sistema de produção e distribuição seja socialmente e ambientalmente sustentável. A alimentação está diretamente relacionada com a ingestão de nutrientes, porém, alimentação também se diz respeito ao alimento em si. São esses alimentos que contém estes nutrientes. Eles tem diversas formas de serem combinados entre si, características, modo de preparo e modo de comer diferentes que estão intimamente relacionados com a dimensão cultural e social das práticas alimentares, influenciando a saúde e o bem estar. O guia oferece recomendações que levam em conta os nutrientes, alimentos, combinações de alimentos, preparações culinárias e as dimensões sociais e culturais das práticas alimentares. ALIMENTAÇÃO É MAIS QUE INGESTÃO DE NUTRIENTES Os guias alimentares devem levar em conta a evolução da alimentação e das condições de saúde de população, devido a mudança dos padrões alimentares na maioria dos países. A principal mudança ocorre envolvendo a substituição dos alimentos in natura ou minimamente processado de origem vegetal e preparações culinárias à base desses alimentos por alimentos industrializados, gerando um desequilíbrio na oferta de nutrientes e ingestão excessiva de calorias, aumentando o quadro de obesidade e diabetes. O guia oferece recomendações para promover a alimentação adequada e saudável, evidenciando acelerar o declínio da desnutrição e reverter as tendências desfavoráveis ao aumento da obesidade e outras doenças crônicas. Os conhecimentos gerados através de estudos experimentais ou clínicos são importantes para formular as recomendações sobre alimentação pois estas fornecem a base para compreender como os diferentes componentes dos alimentos interagem com a fisiologia e o metabolismo humano. Pesquisas tem demonstrado a existência de vários compostos químicos com propriedades bioativas em alimentos como frutas, verduras, legumes, castanhas, nozes e peixes. Os estudos populacionais também são importantes para prover informações preciosas sobre os padrões de alimentação, sua distribuição e tendência de evolução. O guia baseia suas recomendações em conhecimentos gerados por estudos experimentais, clínicos, populacionais e antropológicos, bem como os conhecimentos implícitos na formação dos padrões tradicionais de alimentação. GUIAS ALIMENTARES AMPLIAM A AUTONOMIA NAS ESCOLHAS ALIMENTARES O acesso seguro a informações confiáveis sobre uma alimentação adequada e saudável tem uma contribuição bastante considerável para que as pessoas, famílias e as comunidades ampliem a sua autonomia no momento de fazer escolhas alimentares e para que exijam o cumprimento do direito humano a uma alimentação adequada e saudável. Essa autonomia permite que as pessoas se tornem agentes promotores de sua própria saúde, desenvolvendo capacidade de autocuidado e também de agir sobre os fatores do ambiente que interferem na sua saúde. ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL DERIVA DE UM SISTEMA ALIMENTAR SOCIALMENTE E AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL RECOMENDAÇÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO DEVEM ESTAR EM SINTONIA COM O SEU TEMPO DIFERENTES SABERES GERAM O CONHECIMENTO PARA A FORMULAÇÃO DE GUIAS ALIMENTARES Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
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