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MEDIDAS DE DOBRAS CUTÂNEAS DEFINIÇÃO: Dobra cutânea, ou também prega cutânea, é uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de gordura contida no tecido celular subcutâneo e, a partir daí, podermos estimar a proporção de gordura em relação ao peso corporal do indivíduo. MATERIAL – ADIPÔMETRO Dobras Cutâneas (DOC) São as medidas mais utilizadas quando o objetivo é estimar a densidade corporal total a fim de derivar a gordura corporal relativa (%GC). Pressuposto Teórico: Grande proporção da gordura corporal se encontra localizada nos tecidos subcutâneos. fácil aplicabilidade baixo custo operacional bom nível de confiabilidade informações quanto ao padrão de distribuição do tecido adiposo subcutâneo pelas diferentes regiões anatômicas. dificuldade em isolar os tecidos adiposo e muscular (experiência do avaliador) erros intra e inter avaliador método derivado de outros métodos indiretos (duplamente indireto) Dobras Cutâneas Dobras Cutâneas Habilidade do avaliador (familiarização com a técnica) Tipo de compasso Equação preditiva escolhida Validade e Confiabilidade da Técnica de Espessura de Dobras Cutâneas Fatores a serem analisados para a escolha de uma Equação Preditiva Adequada Idade Sexo Raça Nível de gordura corporal Nível de aptidão física Adipômetros Sanny (R$ 800,00) (R$ 900,00) (R$ 1500,00) Cescorf científico (R$ 800,00) Cescorf clínico (R$ 190,00) IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES COMPASSOS DE DOBRAS CUTÂNEAS PARA A ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL Cyrino, E.S; Okano, A.H; Glaner, M.F; Romanzini,M; Gobbo, L; Makoski.A; Buna,N.; Melo, J.C; Tassi,G.N. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2003 Objetivo: investigar o impacto da adoção de diferentes compassos para a análise da composição corporal mediante medidas de espessura de dobras cutâneas, em 259 sujeitos do sexo masculino Compassos Lange (norteamericano) e Cescorf (brasileiro) Resultados: Diferenças significantes foram encontradas na comparação entre os compassos em todas as espessuras de dobras investigadas,sendo as maiores valores determinados pelo compasso Lange Pontos anatômicos para medir DOC Na literatura especializada são mencionados 93 possíveis locais anatômicos onde a medida de uma dobra cutânea pode ser realizada; A maioria dos protolocos utiliza do seguintes locais para a medida: Triciptal (TR) Subescapular (SB) Axilar média (AM) Biciptal (BI) Torácica ou Peitoral (TX) Supra-ilíaca (SI) Coxa (CX) (medial e proximal) Panturrilha medial (PM) Abdominal Procedimentos padronizados: realizar as medidas sempre no hemicorpo direito do avaliado; identificar e marcar cuidadosamente o ponto anatômico correspondente à dobra cutânea; definir o tecido celular subcutâneo das estruturas mais profundas por intermédio do polegar e do dedo indicador da mão esquerda; destacar a DC colocando o polegar e o dedo indicador separados por aproximadamente 8 cm entre si, sobre uma linha perpendicular ao eixo que acompanha a dobra da pele. elevar a dobra cutânea por volta de 1 cm acima do ponto de medida; manter a dobra cutânea pressionada enquanto realiza a medida; aguardar por volta de 2 a 4 segundos após soltar a pressão das hastes do compasso para que a leitura da medida seja realizada; realizar uma série de três medidas no mesmo local, de forma alternada; Dobra Cutânea Peitoral ou Tórax Em pé Braços relaxados Ombro descontraídos TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA: Prega obliqua; Homens: Ponto medial entre axila e mamilo. Mulheres: Um terço da distância entre axila e mamilo. Dobra Cutânea Peitoral ou Tórax Homens: Ponto medial entre axila e mamilo. Mulheres: Um terço da distância entre axila e mamilo. Dobra Cutânea Triciptal Em pé (ereto) Braços estendidos e relaxados ao longo do corpo TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega longitudinal; Ponto medial entre o processo acromial da escápula e o processo olecraniano da ulna Dobra Cutânea Biciptal Em pé (ereto) Braços estendidos e relaxados ao longo do corpo Palma da mão voltada para frente TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega longitudinal; Ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps (vertical) Dobra Cutânea Axilar Média Em pé (ereto) Braço direito ligeiramente abduzido e flexionado ao lado do corpo TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega obliqua ou longitudinal; Ponto em que coincide o nível do processo xifóide (esterno) e a linha axilar média. Dobra Cutânea Supra-ilíaca Em pé (ereto) Braço direito ligeiramente afastado para trás TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA: Prega obliqua; 2 cm acima da crista-ilíaca ântero-superior, na altura da linha da axila anterior. Dobra Cutânea Abdominal Em pé (ereto) Pés afastados Peso do corpo distribuído nos dois pés TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA 2 cm à direita da cicatriz umbilical Prega longitudinal ou perpendicular Dobra Cutânea Abdominal Dobra Cutânea Subescapular Em pé Braços estendidos e relaxados ao longo do corpo TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega obliqua; 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. Dobra Cutânea Coxa Medial Em pé (ereto) Direção vertical Tirar a sobrecarga da perna TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega longitudinal; No ponto médio entre a linha inguinal e a borda proximal da patela Dobra Cutânea Coxa Proximal Em pé (ereto) Direção vertical Tirar a sobrecarga da perna TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega longitudinal; No terço superior da distância entre a linha inguinal e a borda proximal da patela Proximal Medial (Guedes (1985)) (Pollock e Wilmore (1993)) Dobra Cutânea de Panturrilha Medial ou perna medial Sentado Joelhos flexionados a um ângulo de 90º Pés em contato com o solo TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO REFERÊNCIA ANATÔMICA Prega longitudinal; Ao nível da circunferência máxima da panturrilha na linha média de sua borda medial O QUE FAZER COM AS MEDIDAS OBTIDAS PELAS DOBRAS CUTÂNEAS? ANÁLISE DAS DOBRAS CUTÂNEAS As medidas das espessuras podem ser analisadas: Em equações de regressão associados à densidade corporal e, posteriormente a gordura em relação ao peso corporal. Em tabelas construídas, considerando a somatória das espessuras das dobras cutâneas, de acordo com o sexo do avaliado. 40% - 60% está na região subcutânea. DENSIDADE CORPORAL AMOSTRA UTILIZADA PARA CRIA-LO POPULAÇÃO A SER ESTUDADA QUAL PROTOCOLO ESCOLHER? As equações de Siri (1956) e Brozek (1963), cit. Pollock & Wilmore (1993), são geralmente utilizadas para converter a densidade corporal em % de gordura corporal. Fórmula para predição da Gordura Corporal Faulkner (1968) %G = [0,153 x (tríceps + subescapular + supra-ilíaca + abdominal) + 5,783] Exemplo: Dobras: Tríceps: 25 mm,Subescapular: 18 mm, Supra-ilíaca: 34 mm, Abdominal: 32 mm Σ = 25 + 18 + 34 + 32 = 109 mm % Gordura = (0,153 x (109) + 5,783) % Gordura = 16,677 + 5,783 % Gordura = 22,46 JACKSON E POLLOCK (1978;1980) PROTOCOLO DE 3 DC HOMENS: (18 – 61 ANOS) PEITORAL – ABDOMINAL – COXA MULHERES: (18 – 55 ANOS) TRÍCEPS – SUPRA – ILIACA - COXA DC = densidade corporal (g/cm3) 3DOC = dobras cutâneas (tricipital + suprailíaca + coxa medial) ID = idade (anos) Obs: Utilizou compasso Lange DC = 1,0994921 - 0,0009929 x (3DOC) + 0,0000023 (3DOC)2 –(0,0001392 x ID) Jackson et al. (1980) EQUAÇÃO GENERALIZADA PARA ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM MULHERES (18 a 55 anos) DC = densidade corporal (g/cm3) 3DOC = dobras cutâneas (peitoral + abdominal + coxa medial) ID = idade (anos) Obs: Utilizou compasso Lange DC = 1,109380 - 0,0008267 x (3DOC) + 0,0000016 (3DOC)2 – (0,0002574 x ID) Jackson et al. (1978) EQUAÇÃO GENERALIZADA PARA ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM HOMENS (18 a 61 anos) Fórmula de Siri (1961) %GORDURA = [(4,95/DC) - 4,50] x 100 Brozeket al. (1963) % GORDURA = [(4,57/DC) - 4,142] x 100 EQUAÇÕES PARA A CONVERSÃO DOS VALORES DA DENSIDADE CORPORAL EM GORDURA CORPORAL RELATIVA Nível ótimo Modera damente alto Alto Muito alto 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 2 6 8 13 18 23 26 29 32 35 38 Meninos – Dobras Cutâneas (TR+SE) DC (mm) %G Lohman (1987) CLASSIFICAÇÃO PELO %G E PELO £DC Nível ótimo Modera damente alto Alto Muito alto 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 4 10 15 20 24 28 30 33 35.5 38 40 Meninas – Dobras Cutâneas (TR+SE) DC (mm) %G Lohman (1987) CLASSIFICAÇÃO PELO %G E PELO £DC NA POPULAÇÃO JOVEM CLASSIFICAÇÃO DO %GORDURA NA POPULAÇÃO JOVEM Willians et al. (1992) Meninos obesos ≥ 25% Meninas obesas ≥ 30% TABELAS DE GORDURA RELATIVA GUEDES & GUEDES Deve-se somar as espessuras das 3 dobras cutâneas. Enquadrar o valor correspondente ao somatório das espessuras das 3 dobras na respectiva tabela, de acordo com o sexo do avaliado. O enquadramento na tabela do valor equivalente ao somatório das dobras é realizado com a parte inteira (ex. 43) na linha vertical e a parte decimal (ex. 0,4) na linha horizontal. Da projeção desses valores resulta o % de gordura. (%) GORDURA = 4,95 - 4,5 x 100 DC MASSA GORDA (kg)= % GORDURA x PC 100 Massa Magra (kg) = Peso Corporal – Massa Gorda % Massa Magra = 100 – Gordura relativa CÁLCULO PARA O PESO IDEAL HOMENS: Peso Ideal = Massa Magra 0,85 MULHERES: Peso Ideal = Massa Magra 0,75 Nomograma de Baun e Baun (1981) Um método valido, simples, rápido e fácil de determinacão do percentual de gordura corporal. Indicado para uso em amostras grandes. Será necessário somar as seguintes dobras cutâneas: • homens: peitoral, abdominal e coxa; • mulheres: triceps, suprailiaca e coxa. A partir da somatória e com o uso de uma régua, una a idade do avaliado (coluna a esquerda) ao valor do somatório das três dobras (coluna a direita). Magro Ótimo Sobrepeso Gordo Obeso Homens < 8% 8-15% 16-20% 21-24% > 24% < 13% 13-23% 24-27% 28-32% > 33% Mulheres CLASSIFICAÇÃO A PARTIR DO PERCENTUAL DE GORDURA Classificação (LOHMAN, 1992) Metabolismo Basal Ou taxa metabólica basal, é a quantidade mínima de energia que nosso corpo necessita para se manter mesmo que em repouso, e funcionando perfeitamente as funções vitais do nosso corpo. Metabolismo Basal Em torno de 75% da energia que você gasta no dia-a-dia serve apenas para manter o seu corpo funcionando. A energia gasta com exercícios físicos é de apenas 10-15% e o resto é gasto na geração de calor. Pode-se citar, dentre as equações mais utilizadas, as de Harris e Benedict (1919 – mais utilizada para pacientes enfermos); FAO/WHO (1985 e 2004), Cunningam (1991 – baseia-se na massa magra) e RDI (2005). O Gasto Energético com Atividades Físicas (GAF), somado ao e ao GEB determinam o GET. (Taxa de metabolismo basal) segundo o método Harris-Benedict? Nível de atividade Sedentário 1200 Levemente ativo 1375 Bastante ativo 1725 Muito ativo 1900
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