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PROBLEMA 4

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PROBLEMA 4
DIGESTÃO 
- As proteases, que são as enzimas proteolíticas, 
quebram as proteínas em aminoácidos no estômago e 
no intestino. Essas proteases são sintetizadas como 
formas inativas maiores, conhecidas como 
zimogênios, que são secretados no trato digestivos e, 
ao serem clivados, se transformam em proteases 
ativas. Essas enzimas ativas possuem especificidades, 
dessa forma, precisam agir em conjunto para digerir 
as proteínas. 
DIGESTÃO NO ESTÔMAGO 
- A digestão das proteínas se inicia no estômago, onde 
as células principais secretam o pepsinogênio e as 
células parietais secretam HCl. O ácido do lúmen 
gástrico altera a conformação do pepsinogênio, que 
passa a clivar a si mesmo, produzindo sua forma ativa 
chamada de pepsina. Assim, a ativação do 
pepsinogênio é autocatalítica. O ácido do estômago 
também se faz importante ao desnaturar as proteínas 
da dieta, fazendo com que elas fiquem inativas e 
desdobradas, tornando-as melhores substratos para 
as proteases. No pH baixo a pepsina não é 
desnaturada e age como uma endopeptidase, 
clivando ligações peptídicas em vários pontos dentro 
da cadeia, produzindo peptídeos menores e alguns 
aminoácidos. 
DIGESTÃO NO INTESTINO 
- Ao chegar no intestino, o conteúdo gástrico encontra 
as secreções do pâncreas exócrino. Um exemplo é o 
bicarbonato, que além de neutralizar o ácido 
estomacal, aumenta o pH permitindo a ativação das 
proteases pancreáticas, que também estão presentes 
nessas secreções. Quando secretadas, essas proteases 
estão na forma de pró- enzima inativa e se tornam 
ativas em um curto espaço de tempo, pois podem 
digerir umas às outras. Isso ocorre através da 
clivagem do tripsinogênio, pela ação da 
enteropeptidase (enteroquinase), sendo convertido 
em tripsina. Essa tripsina possui um papel central na 
digestão, pois ela catalisa as clivagens que convertem 
quimotripsinogênio em quimotripsina, a pró-elastase 
em elastase e as pró-carboxipeptidases em 
carboxipeptidases. Dessa forma, além de clivar 
proteínas das dietas, ela ativa outras proteases 
produzidas pelo pâncreas. 
 
A enteropeptidase é secretada pelas células da 
borda em escova do intestino delgado. 
- A tripsina, quimotripsina e elastase são serina-
proteases que agem como endopeptidases. A tripsina 
é a mais específica, clivando ligações peptídicas nas 
quais o grupo carboxila (carbonila) é fornecido por 
lisina ou arginina. A quimotripsina é menos 
específica, mas favorece resíduos que possuam 
aminoácidos ácidos ou hidrofóbicos. A elastase cliva 
elastina e outras proteínas nas ligações em que o 
grupo carboxila é doado por resíduos de aminoácidos 
com cadeias laterais pequenas (alanina, glicina ou 
serina). 
- Os peptídeos menores formados pela ação das 
endopeptidases são atacados pelas exopeptidases, 
que clivam 1 aminoácido por vez a partir do fim da 
cadeia. Um exemplo são as carboxipeptidases ativas, 
provenientes das pró-carboxipeptidases, que 
removem aas da extremidade carboxiterminal. A 
carboxipeptidase A libera preferencialmente 
aminoácidos hidrofóbicos, enquanto a 
carboxipeptidase B libera aminoácidos básicos 
(arginina e lisina). 
 Enzimas das células intestinais 
- As exopeptidases produzidas pelas células intestinais 
agem dentro da borda em escova e dentro das 
células. As aminopeptidases, localizadas na borda, 
clivam um aminoácido por vez a partir da extremidade 
aminoterminal dos peptídeos. Já as peptidases 
intracelulares agem em pequenos peptídeos que são 
absorvidos pelas células. Além de digerirem a si 
próprias e as proteínas da dieta, as enzimas digestivas 
digerem as células intestinais, promovendo a 
esfoliação para o lúmen. As células são substituídas 
por células que amadurecem a partir de precursoras 
das criptas duodenais. 
As endopeptidases hidrolisam ligações peptídicas 
no interior das cadeias. O restante são 
exopeptidases, que podem ser aminopeptidases, 
removendo o aa N-terminal, ou carboxipeptidases, 
retirando o aa C-terminal. 
ABSORÇÃO 
- Os aminoácidos são absorvidos do lúmen do 
intestino delgado principalmente por proteínas de 
transporte semi-específias dependentes de Na+ na 
membrana luminal (apical) da célula intestinal da 
borda em escova. Isso é feito a partir de um 
transporte ativo secundário, em que a bomba de 
sódio e potássio utiliza ATP para bombear Na+ para 
fora da célula, mantendo uma baixa concentração 
intracelular desse íon. Portanto o mecanismo de 
transporte primário é a criação desse gradiente de 
sódio e, o transporte secundário, é o acoplamento do 
aminoácido ao influxo de sódio. Os aminoácidos são, 
então, transportados para fora da célula em direção 
ao fluido intersticial por transportadores facilitados 
na membrana serosa (basolateral). 
- Existem no mínimo 6 diferentes carreadores de 
aminoácidos sódio-dependentes na membrana apical 
da borda em escova, sendo que eles possuem certas 
especificidades para os diferentes aminoácidos: 
 Carreadores que transportam 
preferencialmente aminoácidos neutros 
 Carreadores que transportam prolina e 
hidroxiprolina 
 Carreadores que transportam 
preferencialmente aminoácidos ácidos 
 Carreadores que transportam aminoácidos 
básicos (lisina, arginina e ornitina) e cistina 
(dois resíduos de cisteína ligados por ponte 
dissulfeto) 
- Adicionalmente a esses carreadores, alguns 
aminoácidos são transportados através da membrana 
apical por carreadores de transporte facilitado, sendo 
que a maioria é transportada por mais de um sistema 
de transporte. 
O transporte de aminoácidos através da 
membrana serosa é bidirecional, porque durante o 
jejum, o epitélio intestinal e outros tipos celulares 
captam aminoácidos do sangue para utilizar como 
fonte de energia. 
 
 Transporte para dentro das 
células 
- Os aminoácidos que entram no sangue são 
transportados através das membranas celulares dos 
vários tecidos principalmente por co-transportadores 
Na+-dependentes e, em menor extensão, por 
transportadores facilitados. Essa dependência de 
sódio no transporte de aminoácidos no fígado, no 
músculo e outros tecidos permite que as células 
desses tecidos concentrem aminoácidos do sangue. 
As proteínas de transporte possuem algumas 
diferenças entre os tecidos, por exemplo: 
 O sistema N para a captação de glutamina 
está presente no fígado, mas não está 
presente em nenhum outro tecido ou está 
presente como uma isoforma com 
propriedades diferentes. 
- Há também alguma sobreposição na especificidade 
das proteínas transportadoras, com a maioria dos 
aminoácidos sendo transportados por mais de um 
carreador. 
Pequeníssimas quantidades de polipeptídios 
passam para o sangue, e ele podem ser 
transportados através das células do epitélio 
intestinal, provavelmente por pinocitose, ou 
passar entre as células que revestem a parede do 
intestino. 
 
TURNOVER PROTÉICO E POOL 
INTACELULAR 
- O pool de aminoácidos dentro das células é uma 
grande mistura de aminoácidos da dieta e 
aminoácidos derivados da degradação de proteínas 
existentes. Todas as proteínas dentro da célula têm 
uma meia-vida, que é o tempo no qual 50% das 
proteínas que foram sintetizadas deverão ser 
degradadas, sendo que algumas proteínas têm vida 
curta (5 a 20 minutos), e outras possuem meias-vidas 
de várias horas ou mesmo dias. 
- Dessa forma, as proteínas estão em contínuo 
turnover, ou seja, estão frequentemente sendo 
sintetizadas e degradadas no corpo. Exemplos de 
proteínas que são submetidas a síntese e degradação 
amplas são a hemoglobina, as proteínas musculares, 
as enzimas digestivas e as proteínas das células 
esfoliadas do TGI. 
 A hemoglobina é produzida nos reticulócitos 
e reconvertida em aminoácidos pelas células 
fagocíticas que removem as células vermelhas 
maduras da circulação diariamente. 
 A proteína muscular é degradada durante os 
períodos de jejum, e os aminoácidos são 
utilizados paraa gliconeogênese, sendo que, 
após a ingestão na dieta, a proteína muscular 
é ressintetizada. 
- As proteínas também são recicladas dentro das 
células. A síntese de várias enzimas é induzida em 
resposta à demanda fisiológica (jejum ou alimentado), 
e essas enzimas estão continuamente sendo 
degradadas. As proteínas intracelulares também são 
danificadas por oxidação e por outras modificações 
que limitam sua função. Os mecanismos para 
degradação intracelular de proteínas desnecessárias 
ou danificadas envolvem os lisossomas ou o sistema 
ubiquitina/proteassoma. 
TURNOVER LISOSSOMAL 
- Os lisossomas participam dos processos de autofagia 
e de endocitose. A autofagia é um processo regulado 
complexo no qual componentes intracelulares são 
envolvidos por membranas que se fundem com 
lisossomas. Dentro dos lisossomas, as proteases da 
família das catepsinas degradam as proteínas 
ingeridas a aminoácidos livres, os quais podem deixar 
os lisossomas e reingressar no pool de aminoácidos 
intracelular. 
Os detalhes de como a autofagia é induzida são 
ainda desconhecidos, porém acredita-se que a 
inanição da célula é um gatilho para induzir esse 
processo. 
VIA UBIQUITINA-PROTEASSOMA 
- A ubiquitina é uma proteína pequena (76 
aminoácidos), altamente conservada e tem a função 
de marcar proteínas intracelulares para a degradação 
por ligação covalente a grupos ε-amino de resíduos 
de lisina. Esse processo é realizado por um sistema de 
três enzimas que adicionam a ubiquitina às proteínas-
alvo para a degradação. Muitas vezes, a proteína-alvo 
é poliubiquitinilada, ou seja, moléculas adicionais de 
ubiquitina são ligadas a moléculas de ubiquitina 
prévias e, após a poliubiquitinilação estar completa, a 
proteína-alvo é liberada do complexo trienzimático. 
- Então, o complexo proteolítico chamado 
proteassoma degrada a proteína marcada, liberando 
a ubiquitina intacta que pode novamente marcar 
outras proteínas. O proteassoma básico é um 
complexo proteico 20S cilíndrico com múltiplos sítios 
proteolíticos internos, sendo que esse complexo 20S é 
regulado por complexos de proteínas cap, os quais se 
ligam a proteínas ubiquitiniladas (requer ATP) e as 
entregam ao complexo 20S. 
A hidrólise de ATP é utilizada tanto para desdobrar 
a proteína marcada quanto para impeli-la para o 
interior do cilindro. 
 
CICLO DA UREIA 
- O corpo pode obter aas de proteínas da dieta ou de 
proteínas endógenas (via de mão dupla). O nosso 
corpo é incapaz de estocar de aminoácidos e 
proteínas, dessa forma, em caso de excesso de 
aminoácidos, eles serão usados para: 
 Síntese de compostos nitrogenados não 
proteicos (p. ex nucleotídeos) 
 Síntese de glicose e glicogênio 
 Síntese de ácidos graxos 
 Gerar ATP na respiração celular 
- Para que os aas sejam utilizados eles precisam 
perder o seu grupo amina, liberando, assim, a cadeia 
carbônica restante. O grupo amina perdido precisa ser 
convertido em ureia, porque a amônia formada é 
tóxica e muito solúvel em água, então, se fosse 
excretada na urina, haveria uma grande perda de 
água. Para a maioria dos aminoácidos, o grupo amina 
é retirado através da reação de transaminação. 
REAÇÕES DE TRANSAMINAÇÃO 
- A transaminação é o principal processo para 
remover o nitrogênio dos aminoácidos, sendo que na 
maioria dos casos, o nitrogênio é transferido, como 
um grupo amino, do aminoácido original para o alfa-
cetoglutarato, formando glutamato, enquanto o 
aminoácido original é convertido em seu alfa-
cetoácido correspondente. O glutamato formado 
pode passar por uma transaminação, transferindo seu 
grupo amino para o oxalacetato e o dupla O do 
oxalacetato entra no lugar da amina. O oxalacetato se 
transforma em aspartato e o glutamato volta a ser o 
alfa-cetoglutarato. 
 Na reação de transaminação, o aminoácido 
perde o grupo amino e recebe um “dupla O” 
do alfa-cetoglutarato. 
 
- Todos os aminoácidos, exceto lisina e treonina, são 
submetidos a reações de transaminação, que são 
catalisadas pelas transaminases ou 
aminotransferases. Existe ainda o cofator, que é o 
piridoxal-fosfato (PLP). Como essas reações são 
reversíveis, elas podem ser utilizadas para remover o 
nitrogênio de aminoácidos ou para transferir 
nitrogênio para alfa-cetoácidos para formar aas. 
REAÇÕES DE DESAMINAÇÃO 
- As células do corpo e as bactérias do intestino 
liberam o nitrogênio de certos aminoácidos na forma 
de amônia ou íon amônio (NH4+). O íon amônio 
libera um próton para formar amônia, sendo que o pH 
fisiológico favorece o NH4+. Contudo, é importante 
observar que NH3 também está presente no 
organismo, pois essa é a forma que pode atravessar as 
membranas celulares. 
 O NH3 passa para a urina a partir das células 
tubulares renais e diminui a acidez da urina 
pela ligação de prótons, formando NH4+, que 
não pode mais se difundir livremente através 
das membranas. 
- O glutamato pode ser desaminado oxidativamente 
por uma reação catalisada pela glutamato-
desidrogenase, ocorrendo na mitocôndria da seguinte 
forma: 
 O glutamato reage com o NAD+ (ou com o 
NADP) e H2O, sendo que o oxigênio da água 
entra na forma de dupla O no glutamato, que 
volta a ser alfa- cetoglutarato. 
 O NAD ou NADP recebe H+ do glutamato e 
libera o amônio (grupo amina livre- NH4+). 
 
- Essa reação é reversível, assim, ela pode incorporar 
amônia ao glutamato ou liberar amônia a partir de 
glutamato. Esse processo fornece uma das fontes de 
amônia que entra no ciclo da ureia. 
- Além do glutamato, vários outros aminoácidos 
liberam o seu nitrogênio como NH4+: 
 A histidina pode ser diretamente desaminada 
para formar NH4+ e urocanato. 
 A serina e a treonina são desaminadas por 
reações de desidratação que requerem PLP e 
são catalisadas pela serina-desidratase. 
 A asparagina é desaminada pela 
asparaginase, produzindo aspartato e NH4+. 
 A glutaminase age na glutamina, formando 
glutamato e NH4+, sendo que essa reação é 
particularmente importante no rim, no qual o 
íon amônio produzido é excretado 
diretamente na urina, formando sais com 
ácidos metabólicos. 
- No músculo e no cérebro o ciclo dos nucleotídeos da 
purina permite que o NH4+ seja liberado dos 
aminoácidos. Isso ocorre a partir das seguintes 
etapas: 
1. O nitrogênio é coletado pelo glutamato a 
partir de outros aminoácidos por meio das 
reações de transaminação 
2. O glutamato transfere seu grupo amino para o 
oxaloacetato para formar aspartato, o qual 
fornece nitrogênio para o ciclo dos 
nucleotídeos da purina 
3. As reações do ciclo liberam fumarato e NH4+, 
que pode deixar o músculo na forma de 
glutamina. 
ALANINA E GLUTAMINA 
- O turnover proteico e a degradação dos aminoácidos 
ocorrem em todos os tecidos, porém as enzimas do 
ciclo da ureia são ativas principalmente no fígado. 
Assim, é necessário um mecanismo para transportar o 
nitrogênio dos aas para o fígado, sendo que a alanina 
e a glutamina são os principais transportadores no 
sangue. A alanina é exportada principalmente pelo 
músculo, através do ciclo glicose-alanina. 
 O músculo metaboliza a glicose por meio da 
glicólise, disponibilizando o piruvato. 
 O piruvato é transaminado com o glutamato 
para formar alanina. 
 No fígado, a alanina é transaminada a 
piruvato, e o nitrogênio será utilizado para a 
síntese de ureia. 
 O piruvato formado é utilizado para a 
gliconeogênese, e a glicose é exportada para o 
músculo para servir como energia. 
- A glutamina é sintetizada a partir do glutamato pela 
fixação de amônia, com gasto de ATP e catálise da 
enzima glutamina-sintetase. A glutamina vai até o 
fígado, o rim ou o intestino, nos quais a glutaminase 
irá remover o nitrogênio amida para formar 
glutamato mais amônia. 
ETAPAS DO CICLO DA UREIA 
- O ser humano adulto normal está em balanço 
nitrogenado, isto é, a quantidade de nitrogênio 
ingerida a cada dia, principalmente na forma deproteína na dieta, é igual à quantidade de nitrogênio 
excretada. O principal produto de excreção é a ureia, 
a qual é eliminada pelo corpo na urina. A ureia possui 
um carbono originado de CO2, um dos nitrogênios 
veio do grupo amina do NH4+ liberado na 
desaminação e outro vem do aspartato da 
transaminação. 
 
- O ciclo da ureia possui as seguintes etapas: 
1. Síntese de carbamoil-fosfato 
- Nessa reação, o NH4+, bicarbonato e ATP reagem 
para formar carbamoil-fosfato. É necessário a 
clivagem de 2 ATP, sendo que um ATP foi hidrolisado 
liberando ADP e Pi (fornece a energia) e o outro libera 
apena ADP, porque o fosfato passa a fazer parte da 
molécula. A enzima que catalisa essa reação, a 
carbamoil-fosfato-sintetase I (CPSI), é encontrada nas 
mitocôndrias do fígado e do intestino. 
Existe a CPSII, localizada no citosol, que produz 
carbamoil-fosfato para biossíntese de pirimidinas, 
utilizando o nitrogênio da glutamina. 
 
2. Produção de arginina 
- O carbamoil-fosfato reage com a ornitina formando 
citrulina, através da energia da ligação fosfato do 
carbamoil-fosfato. Essa reação ocorre na mitocôndria 
e é catalisada pela ornitina-transcarbamoilase. 
 
- Em seguida, a citrulina é transportada através da 
membrana mitocondrial em troca de ornitina 
citoplasmática e entra no citosol. A citrulina reage 
com o aspartato, a 2ª fonte de nitrogênio para a 
síntese da ureia, para produzir argininossuccinato. 
Essa reação, catalisada pela argininossuccinato-
sintetase, é direcionada pela hidrólise do ATP a AMP e 
PPi (pirofosfato). 
 
- O argininossuccinato é clivado pela 
argininossuccinato-liase para formar fumarato e 
arginina. O fumarato é convertido em malato (pela 
fumarase citoplasmática), o qual é usado tanto para a 
síntese de glicose pela via da gliconeogênese quanto 
para a regeneração de oxaloacetato pelas reações do 
ciclo do TCA. 
 
3. Clivagem da arginina 
- A arginina, que contém os nitrogênios derivados do 
NH4+ e do aspartato, é clivada pela arginase, 
produzindo ureia e regenerando ornitina. A ureia é 
produzida a partir do grupo guanidino da cadeia 
lateral da arginina. 
 
A ornitina é um aminoácido que, embora possa ser 
regenerada pelo ciclo da ureia, ela também pode 
ser sintetizada a partir de uma reação de 
transaminação catalisada pela ornitina- 
aminotransferase, no intestino. 
REGULAÇÃO DO CICLO DA UREIA 
- A regulação do ciclo da ureia é por feed-forward, 
que é contrária à regulação por feedback 
(retroalimentação). O ciclo da ureia é regulado pela 
disponibilidade de substrato, dessa forma, quanto 
maior a velocidade de produção de amônia, maior a 
velocidade de produção de ureia. Essa regulação é 
uma característica geral de controle de vias de 
eliminação, tal como o ciclo da ureia, o qual remove 
compostos tóxicos do organismo. Dois outros tipos de 
regulação controlam o ciclo da ureia: 
 Ativação alostérica da CPSI pelo N-acetil-
glutamato (NAG) 
- O NAG é formado especificamente para ativar a 
CPSI. A síntese de NAG a partir de acetil-CoA e 
glutamato é estimulada pela arginina. Quando os 
níveis de arginina no fígado aumentam, 2 reações são 
estimuladas. A primeira é a síntese do NAG, o qual irá 
aumentar a velocidade pela qual o carbamoil-fosfato 
é produzido. A segunda é para produzir mais ornitina 
(via reação da arginase), de tal forma que o ciclo 
possa operar mais rapidamente. 
 Indução/repressão da síntese das 
enzimas do ciclo da ureia 
- A indução ocorre em resposta a condições que 
requerem um aumento do metabolismo proteico, tais 
como uma dieta rica em proteína ou um jejum 
prolongado. A habilidade de uma dieta rica em 
proteína para aumentar os níveis das enzimas do ciclo 
da ureia é um outro tipo de regulação por feed-
forward. 
FUNÇÃO DURANTE O JEJUM 
- Durante o jejum, o fígado mantém os níveis de 
glicose no sangue, assim, os aminoácidos das 
proteínas musculares são a maior fonte de carbono 
para a produção de glicose pela via da 
gliconeogênese. Conforme os carbonos dos 
aminoácidos são convertidos em glicose, os 
nitrogênios são convertidos em uréia. Dessa forma, 
há um aumento da excreção urinária de uréia durante 
o jejum. 
- O principal aminoácido que serve como substrato 
para a gliconeogênese é a alanina, a qual é sintetizada 
nos tecidos periféricos para agir como um carreador 
de nitrogênio. A liberação de glucagon, que acontece 
durante o jejum, estimula o transporte de alanina 
para o fígado. 
Duas moléculas de alanina são necessárias para 
gerar uma molécula de glicose. 
 
METABOLISMO DOS 
AMINOÁCIDOS 
- O corpo mantém um pool de aminoácidos livres 
relativamente grande no sangue, mesmo que em 
jejum. Esses aas livres derivam dos aminoácidos da 
dieta e do turnover de proteínas no corpo. Dessa 
forma, os tecidos possuem continuamente 
aminoácidos para síntese de proteínas e derivados 
essenciais (p.ex. neurotransmissores), assim como o 
fígado possui substratos aminoácidos para a 
gliconeogênese e várias outras células possuem esses 
aminoácidos como fonte de substrato energético. O 
turnover proteico permite mudanças na quantidade 
de diferentes proteínas produzidas nos tecidos em 
resposta às mudanças no estado fisiológico e remove 
continuamente as proteínas danificadas ou 
modicadas. Além disso, ele fornece um pool de aas 
específicos que podem ser utilizados como substratos 
oxidáveis, precursores para a síntese de heme, 
creatina-fosfato, purinas e pirimidinas. 
FLUXO INTERÓRGÃOS 
- O estado de jejum é um exemplo de fluxo 
interórgãos de aminoácidos necessários para manter 
o pool no sangue e suprir os tecidos. Durante o jejum 
noturno, a síntese proteica no fígado e em outros 
tecidos é feita numa taxa diminuída em comparação 
com o estado pós-prandial. 
- O efluxo de aminoácidos do músculo sustenta o 
pool de aminoácidos do sangue, isso porque, durante 
o jejum noturno essa liberação está estimulada pelos 
baixos níveis de insulina e altos níveis de 
glicocorticoides no sangue. Essa insulina promove a 
captação de aminoácidos e a síntese de proteínas, 
então a queda dos seus níveis resulta em aumento da 
taxa de proteólise e liberação de aas. Além disso, 
conforme aumenta a liberação de glicocorticoides 
pelo córtex adrenal, ocorrem também a indução da 
síntese de ubiquitina e o aumento da proteólise 
ubiquitina-dependente. O efluxo de aminoácidos do 
músculo esquelético ocorre da seguinte forma: 
1. O músculo oxida os BCAA (valina, leucina e 
isoleucina), produzindo energia e glutamina 
2. Os grupos amino dos BCAA, do aspartato e 
do glutamato saem do músculo na alanina e 
na glutamina (representam 50% do total de 
nitrogênio alfa-amino liberado pelo músculo) 
METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS 
NO FÍGADO DURANTE O JEJUM 
- O fígado é o principal local de captação de alanina, 
pois ele elimina o nitrogênio amino incorporando-o na 
ureia. Ele também extrai aminoácidos livres, alfa-
cetoácidos e um pouco de glutamina do sangue. A 
alanina e outros aas são oxidados e seus esqueletos 
de carbono são convertidos em glicose. O glucagon e 
os glicocorticoides possuem papel importante na 
estimulação da captação de aminoácidos pelo fígado e 
no aumento da gliconeogênese e da ureagênese: 
 O transporte de alanina para o fígado é 
aumentado pelo glucagon 
 Há uma indução da síntese de enzimas 
gliconeogênicas durante o jejum noturno, o 
que se correlaciona com a indução das 
enzimas de degradação de aminoácidos (p. 
ex., tirosina-aminotransferase) e das enzimas 
do ciclo da ureia 
 A síntese de ureia também aumenta devido 
ao fornecimento aumentado de NH4+ a partir 
da degradação de aminoácidos no fígado. 
METABOLISMO EM OUTROS 
TECIDOS DURANTE O JEJUM 
- A glicose produzida pelo fígado é utilizada para 
fornecer energia para o cérebro e outros tecidos 
dependentes de glicose (p.ex. eritrócitos). O músculo 
em exercício oxida um pouco dessa glicose a piruvato,o qual é utilizado como esqueleto de carbono da 
alanina (ciclo glicose- alanina). A glutamina é gerada 
por pulmões e cérebro para a remoção de NH4+ 
formado a partir do catabolismo de aminoácidos ou 
vindo do sangue. 
- O rim, o intestino e células com taxas rápidas de 
turnover (p.ex. sistema imunológico), são os principais 
locais de captação de glutamina, que serve como 
substrato energético para esses tecidos, como 
doadora de nitrogênio para a síntese de purinas e 
como substrato para a amoniogênese no rim. Muito 
do nitrogênio não-utilizado da glutamina é transferido 
para o piruvato para formar alanina, que, por sua vez, 
carrega o nitrogênio não-utilizado de volta ao fígado. 
- Os BCAA pode ser utilizado pelo cérebro como fonte 
de energia e, além disso, eles também uma fonte de 
nitrogênio para a síntese de neurotransmissores 
durante o jejum. 
PRINCÍPIOS QUE GOVERNAM O 
FLUXO DE AMINOÁCIDOS 
- O padrão de fluxo interórgão de aminoácidos é 
bastante afetado por condições que alteram o 
suprimento de substratos energéticos, como por 
exemplo: jejum noturno, refeição mista ou refeição 
rica em proteína. Além disso, ele é afetado por 
condições que aumentam a demanda por 
aminoácidos, como acidose metabólica, estresse 
cirúrgico, injúria traumática, queimaduras, 
cicatrização e sepse. O fluxo de carbono e nitrogênio 
dos aminoácidos nessas diferentes condições é 
comandado por vários fatores: 
 Pelo fato da amônia (NH3) ser tóxica, ela é 
transportada entre os tecidos como alanina 
ou glutamina. A alanina é o principal 
transportador de nitrogênio de aminoácido 
dos outros tecidos de volta para o fígado, no 
qual o nitrogênio é convertido em ureia e 
excretado na urina. Assim, a quantidade de 
ureia sintetizada é proporcional à quantidade 
de carbono de aminoácido que está sendo 
oxidado como substrato energético 
 O pool de glutamina no sangue possui várias 
funções metabólicas essenciais: 
1. Fornece amônia para a excreção de prótons na 
urina como NH4+ 
2. Serve como substrato energético para o intestino, 
o rim e as células do sistema imunológico. 
3. O grupo amida da glutamina serve como fonte de 
nitrogênio para reações biossintéticas no sistema 
imunológico e outras células em rápida divisão 
4. No cérebro, a formação de glutamina a partir de 
glutamato e NH4+ é uma maneira de remover 
amônia e de transportar glutamato entre os 
diferentes tipos celulares no cérebro. 
5. Durante acidose metabólica, o rim se torna o 
local predominante de captação de glutamina, à 
custa da utilização de glutamina nos outros 
tecidos. 
6. Durante a sepse, na ausência de acidose, as 
células envolvidas na resposta imune 
(macrófagos, hepatócitos) se tornam os locais 
preferenciais de captação de glutamina. 
 
 Os BCAA compõem proteínas em geral e 
podem ser convertidos em intermediários do 
ciclo de Krebs, sendo utilizados como 
substratos energéticos por quase todos os 
tecidos. Eles também são os principais 
precursores de glutamina. 
 Os aminoácidos são os principais substratos 
gliconeogênicos, e a maioria da energia 
obtida de suas oxidações é derivada da 
oxidação da glicose formada a partir de seus 
esqueletos de carbono. 
 As taxas de turnover proteico determinam o 
tamanho do pool de aminoácidos livres 
disponível para a síntese de novas proteínas e 
para outras funções essenciais. 
USO DE AMINOÁCIDOS EM TECIDOS 
INDIVIDUAIS 
- Como os tecidos diferem em suas funções 
fisiológicas, eles possuem diferentes requerimentos 
de aminoácidos. Entretanto, todos os tecidos 
compartilham necessidades de aminoácidos 
essenciais para a síntese proteica, e o turnover é um 
processo contínuo em todas as células. 
 RIM 
- Um dos papéis principais do nitrogênio de 
aminoácidos é fornecer amônia no rim para a 
excreção de prótons na urina. O NH4+ é liberado da 
glutamina pela glutaminase e pela glutamato-
desidrogenase, resultando na formação de alfa-
cetoglutarato, que pode ter várias funções: 
 Ser utilizado como substrato energético pelo 
rim e oxidado a CO2 
 Ser convertido em glicose para utilização nas 
células da medula renal 
 Ser convertido em alanina para devolver 
amônia para o fígado (síntese de ureia) 
- A taxa de captação de glutamina do sangue e a sua 
utilização pelo rim dependem da quantidade de ácido 
que deve ser excretada para manter um pH normal 
no sangue. Como a glutamina fornece 2/3 do NH4+ 
excretado pelo rim, em caso de acidose metabólica, a 
captação de glutamina pelo rim aumenta várias vezes, 
assim como a excreção de NH4+. A amônia aumenta a 
excreção de prótons, pois fornece um tampão para os 
prótons que são transportados para o fluido tubular 
renal. Existem transportadores específicos na 
membrana das células renais que transportam os 
prótons dessas células para o lúmen tubular em troca 
de Na+. Em seguida, esses prótons são tamponados 
por fosfato, bicarbonato e pela amônia (NH3). 
A amônia, que não possui carga, é capaz de se 
difundir através da membrana das células 
tubulares renais para a urina. Conforme ela se 
combina com um próton na urina, ela forma NH4+, 
que não pode ser transportado de volta para as 
células. A remoção de prótons como NH4+ diminui 
a necessidade de excreção de bicarbonato para 
tamponar a urina. 
- A glutamina também pode funcionar como substrato 
energético pelo rim, principalmente durante jejum e 
acidose metabólica: 
1) A glutamato-desidrogenase (GDH) converte 
glutamato em alfa- cetoglutarato, o qual é 
oxidado a CO2, convertido em glicose ou 
liberado com esqueleto da serina ou alanina. 
2) O alfa- cetoglutarato pode ser convertido em 
oxalacetato pelas reações do ciclo do TCA e o 
oxalacetato é convertido em 
fosfoenolpiruvato (PEP) pela PEP-
carboxiquinase. 
3) O PEP pode ser convertido em piruvato e em 
seguida em acetil- CoA, alanina, serina ou 
glicose. 
- A glicose é utilizada pelas células da medula renal, 
que têm uma dependência alta da glicólise 
anaeróbica, devido ao baixo suprimento de O2 e 
capacidade mitocondrial. O lactato liberado pela 
glicólise anaeróbica é captado e oxidado nas células 
corticais do rim, as quais têm uma alta capacidade 
mitocondrial e um suprimento sanguíneo maior. 
 MÚSCULO ESQUELÉTICO 
- O músculo esquelético é o principal local de síntese e 
degradação proteica, devido à sua grande massa. A 
estimulação da síntese proteica pela insulina 
depende de um suprimento adequado de 
aminoácidos. A degradação de proteínas durante 
estados catabólicos afeta proteínas funcionais, como 
a miosina, que são utilizadas para satisfazer as 
demandas mais urgentes de aminoácidos em outros 
tecidos. Durante a sepse, a está estimulada pelo 
glicocorticoide cortisol, que ativa a proteólise 
ubiquitina-dependente. 
 Oxidação de aminoácidos de cadeia 
ramificada 
- Todos os tecidos podem interconverter aminoácidos 
e intermediários do ciclo do TCA por meio das reações 
das transaminases, ou seja, alanina ↔ piruvato, 
aspartato ↔ oxaloacetato e alfa-cetoglutarato ↔ 
glutamato. 
1. Primeiro passo é a transaminação dos BCAA a 
alfa-cetoácidos 
2. Os alfa-cetoácidos, são então, liberados no 
sangue e captados pelo fígado quanto 
oxidados a CO2 ou glutamina no músculo e 
em outros tecidos. 
- As rotas oxidativas dos BCAA convertem o esqueleto 
de carbono tanto em succinil-CoA quanto em acetil-
CoA. Essas rotas geram NADH e FADH2 para a síntese 
de ATP antes da conversão do carbono em 
intermediários do ciclo do TCA, fornecendo, assim, 
energia ao músculo sem perda de carbono como CO2. 
 Conversão de aas de cadeia 
ramificada em glutamina 
- Para fornecer o esqueleto de carbono para a 
formação de glutamina a principal rota de 
catabolismo de valina e isoleucina no músculo 
esquelético é entrar no ciclo do TCA como succinil-
CoA e sair como alfa-cetoglutarato. Ou podem ser 
provenientes também dos esqueletos de carbono do 
aspartato e glutamato.- No ciclo dos nucleotídeos da purina, a desaminação 
do AMP a IMP libera NH4+. O AMP é ressintetizado 
com grupos amino fornecidos pelo aspartato. 
 Ciclo glicose- alanina 
- O nitrogênio proveniente da oxidação de BCAA no 
músculo esquelético também pode ser transferido de 
volta para o fígado como alanina, no ciclo glicose-
alanina. A alanina liberada pelo músculo esquelético é 
captada principalmente pelo fígado, no qual o grupo 
amino é incorporado na ureia, e o esqueleto de 
carbono pode ser convertido de volta em glicose por 
meio da gliconeogênese 
 INTESTINO 
- Durante o jejum, a glutamina é um dos principais 
aminoácidos utilizados pelo intestino. Os principais 
destinos do carbono da glutamina no intestino são: 
 Oxidação a CO2 
 Conversão em esqueletos de carbono de 
lactato, citrulina e ornitina 
- O intestino também utiliza aspartato e glutamato da 
dieta, os quais entram no ciclo do TCA. A importância 
do intestino no metabolismo de nitrogênio de todo o 
corpo advém da alta taxa de divisão e morte das 
células da mucosa intestinal, e da necessidade de 
provê-las continuamente com aminoácidos para 
manter as altas taxas de síntese proteica necessárias 
para a divisão celular. Essas células não são 
importantes apenas para a captação de nutrientes, 
mas também para manter uma barreira contra a 
invasão de bactérias do lúmen intestinal e são, 
portanto, parte do sistema passivo de defesa 
 FÍGADO 
- É o principal local do metabolismo e do catabolismo 
de aminoácidos, síntese de ureia e converte a maioria 
do carbono dos aminoácidos em intermediários do 
ciclo do TCA ou da rota glicolítica (os quais podem ser 
convertidos em glicose ou oxidados a CO2) ou em 
acetil-CoA e corpos cetônicos. Também converte 
aminoácidos não essenciais e sintetiza proteínas 
plasmáticas. 
ESTADOS DIETÉTICO E 
FISIOLÓGICO 
- A taxa e o padrão de utilização de aminoácidos pelos 
diferentes tecidos mudam com os estados dietético e 
fisiológico. Existem 2 desses estados que vão diferir 
do estado pós absortivo em relação à disponibilidade 
de aas. São eles: 
 Período pós-prandial 
- Esse é o momento após uma refeição rica em 
proteína, em que o intestino e o fígado utilizam a 
maioria dos aminoácidos absorvidos. O glutamato e o 
aspartato são utilizados como substratos energéticos 
pelo intestino, e muito pouco deles entra na veia 
porta. O intestino também utiliza um pouco de BCAA. 
O fígado capta de 60 a 70% dos aminoácidos 
presentes na veia porta e a maioria são convertidos 
em glicose na rota gliconeogênica. 
- Após uma refeição de pura proteína, os níveis 
aumentados dos aminoácidos da dieta chegando ao 
pâncreas estimulam a liberação de glucagon acima 
dos níveis de jejum, aumentando, portanto, a 
captação de aminoácidos pelo fígado e estimulando a 
gliconeogênese. 
 Estados hipercatabólicos 
- Cirurgia, trauma, queimaduras e estresse séptico são 
exemplos de estados hipercatabólicos caracterizados 
pelo aumento da utilização de substratos energéticos 
e por um balanço nitrogenado negativo. Isso resulta 
do turnover acelerado de proteínas e de um aumento 
da taxa líquida de degradação proteica, 
principalmente no músculo esquelético. 
DOENÇAS NUTRICIONAIS 
- Uma dieta saudável deve fornecer: 
1. Energia suficiente, na forma de carboidrato, 
gordura e proteínas, para as necessidades 
metabólicas diárias do corpo 
2. Aminoácidos e ácidos graxos para síntese de 
proteínas e lipídios 
3. Vitaminas e minerais, que funcionam como 
coenzimas, hormônios ou componentes 
estruturais (cálcio e fosfato). 
- Existe a desnutrição primária, na qual 1 ou todos 
esses componentes estão ausentes da dieta. Já na 
desnutrição secundária ou condicional, a ingestão de 
nutrientes é adequada, mas a desnutrição resulta da 
má absorção dos nutrientes, utilização ou 
armazenamento deficientes, perda excessiva ou 
aumento das necessidades dos nutrientes. A 
desnutrição é generalizada e pode ser grosseira ou 
sutil, possuindo umas das seguintes causas: 
 Pobreza; ignorância; alcoolismo crônico; 
doenças agudas e crônicas; restrição dietética 
autoimposta (p.ex. anorexia). 
DESNUTRIÇÃO PROTEICO- 
ENERGÉTICA (DPE) 
- A DPE grave é uma doença severa e muitas vezes 
fatal, sendo comum em países pobres, onde até 25% 
das crianças podem ser afetadas. A DPE se apresenta 
como uma variedade de síndromes clínicas, as quais 
são caracterizadas por ingestão dietética de proteínas 
e calorias insuficiente para atender às necessidades 
do corpo. Os dois extremos dessas síndromes são 
conhecidos como marasmo e Kwashiorkor. É 
importante ressaltar que existem 2 compartimentos 
proteicos no corpo: 
 Compartimento somático: proteínas dos 
músculos esqueléticos 
 Compartimento visceral: reservas proteicas 
nos órgãos viscerais, principalmente no fígado 
- Esses dois compartimentos são regulados de formas 
diferentes, sendo o compartimento somático afetado 
mais severamente no marasmo, e o compartimento 
visceral esgotado de forma mais severa no 
kwashiorkor. 
- As vítimas mais comuns da DPE em todo o mundo 
são as crianças, sendo que aquela cujo peso diminui 
em menos de 80% do normal é considerada 
desnutrida. O diagnóstico pode ser feito de diversas 
maneiras: 
 Nas formas leves a moderadas, pode-se 
comparar o peso do corpo para dada altura 
com tabelas-padrão 
 Avaliar depósitos de gordura, da massa 
muscular e das proteínas plasmáticas 
 Com perda de gordura, a medida da 
espessura das dobras cutâneas (pele e tecido 
subcutâneo) está reduzida. 
 Em caso de catabolismo do compartimento 
somático, a redução resultante na massa 
muscular será refletida pela circunferência 
reduzida na parte média do braço 
 Para avaliar o compartimento visceral, é 
necessária a medição dos níveis de proteína 
do soro (albumina, transferrina e outras). 
MARASMO 
- A criança é considerada com marasmo quando o 
peso é reduzido para 60% do normal para o sexo, 
altura e idade. A criança com essa doença sofre 
retardo de crescimento e perda de massa muscular, 
como resultado do catabolismo e depleção do 
compartimento somático. Já o visceral, que parece ser 
o mais precioso, sofre apenas uma pequena depleção, 
por isso os níveis de albumina sérica são normais. 
Além disso, ocorre uma diminuição da produção de 
leptina, estimulando o eixo hipotalâmico-hipofisário-
suprarrenal a produzir cortisol que contribui para a 
lipólise, resultando em mobilização da gordura 
subcutânea como fonte de energia. Dessa forma, as 
extremidades corporais são extremamente magras, e, 
em comparação, a cabeça parece ser grande demais 
para o corpo. 
- Estão presentes anemia, manifestações de 
deficiências multivitamínicas e imunodeficiência 
(mediada pelas células T), por isso é comum a 
presença de infecções. 
KWASHIORKOR 
- Ocorre quando a privação de proteína é 
relativamente maior do que a redução de calorias 
totais, sendo que essa é a forma mais comum de DPE 
observada em crianças africanas que foram 
desmamadas muito cedo e posteriormente 
alimentadas, quase exclusivamente, com dieta de 
carboidratos. Formas menos graves podem ocorrer 
em todo o mundo, como em indivíduos com estado 
de diarreia crônica, em que a proteína não é 
absorvida, ou naqueles com perda crônica de 
proteína. 
- Ao contrário do marasmo, a privação de proteína se 
associa com a perda grave do compartimento visceral, 
resultando em hipoalbuminemia, que dá origem a um 
edema generalizado ou dependente. Essa retenção de 
líquidos (edema) pode mascarar a perda real de peso 
e a modesta perda da gordura subcutânea e da massa 
muscular, que são relativamente preservadas. 
- As crianças com kwashiorkor apresentam lesões 
cutâneas, com zonas alternadas de 
hiperpigmentação, descamação e hipopigmentação 
(pintura descascando). As alterações capilares 
incluem perda total da cor ou zonas alternadas com 
cabelos pálidos e maisescuros, alisamento, textura 
fina e perda de inserção firme ao couro cabeludo. 
- Outras características que distinguem do marasmo 
incluem fígado gorduroso aumentado (síntese 
reduzida do componente das lipoproteínas), 
desenvolvimento de apatia, indiferença e perda de 
apetite. Podem estar presentes também deficiências 
de vitaminas, assim como defeitos na imunidade e 
infecções secundárias. A inflamação causa pela 
infecção produz um estado catabólico que agrava a 
desnutrição. 
DESNUTRIÇÃO PROTEICO-
ENERGÉTICA SECUNDÁRIA 
- A DPE secundária é comum em pacientes com 
doenças crônicas ou hospitalizados. Existe uma forma 
severa chamada de caquexia, que muitas vezes se 
desenvolve em pacientes com câncer em estágio 
avançado. Os mecanismos são complexos, mas as 
“caquetinas” (como o fator indutor de proteólise), 
que são secretadas por células tumorais, e as 
citocinas (especialmente o TNF), que são liberadas 
como parte da resposta do hospedeiro aos tumores 
avançados, parecem estar envolvidas. Ambas 
estimulam diretamente a degradação de proteínas do 
músculo esquelético, e a TNF também estimula a 
mobilização de gorduras a partir das reservas lipídicas. 
Principais alterações anatômicas da DPE 
 Insuficiência de crescimento 
 Edema periférico no Kwashiorkor 
 Perda de gordura corporal e atrofia 
muscular: mais acentuado no Marasmo 
 
MICRONUTRIENTES 
- Durante o jejum prolongado, os depósitos de 
algumas vitaminas, principalmente as hidrossolúveis 
(complexo B e vitamina C) não duram durante muito 
tempo. Consequentemente, depois de 1 semana ou 
mais de privação alimentícia, deficiências vitamínicas 
leves começam a surgir e, após várias semanas, grave 
deficiência vitamínica pode sobrevir. Essas 
deficiências podem se somar à debilidade que leva à 
morte. 
VITAMINAS 
- Vitaminas são compostos orgânicos necessários em 
pequenas quantidades para o metabolismo normal e 
que não podem ser fabricadas pelas células do corpo. 
As necessidades diárias variam muito, dependendo de 
fatores como o tamanho corporal, a velocidade do 
crescimento, a quantidade de exercício e a gestação. 
Existem as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), que 
são absorvidas no intestino delgado junto com as 
gorduras, e as hidrossolúveis que são absorvidas por 
transporte mediado. 
 VITAMINA A 
- Essa vitamina existe nos tecidos animais na forma de 
retinol e, no caso dos alimentos vegetais, existem 
provitaminas que formam a vitamina A. Essas 
provitaminas são os pigmentos carotenoides 
amarelos e vermelhos que, devido à semelhança com 
as estruturas químicas vitamina A, podem ser 
convertidas a ela no fígado. A função básica da 
vitamina A é o seu uso na formação dos pigmentos 
retinianos dos olhos, e, consequentemente, pode 
prevenir a cegueira noturna. Ela também é necessária 
para o crescimento e proliferação normal dos 
diferentes tipos de células epiteliais. Quando ocorre 
carência de vitamina A, as estruturas epiteliais do 
corpo tendem a ficar estratificadas e queratinizadas, 
se manifestando por: 
 Descamação da pele e, às vezes, acne 
 Deficiência e cessação do crescimento 
esquelético 
 Deficiência reprodutiva, associada à atrofia do 
epitélio germinativo dos testículos e, às vezes, 
à interrupção do ciclo sexual feminino 
 Queratinização da córnea, com resultante 
opacificação e cegueira. 
- A vitamina A tem sido denominada como vitamina 
anti-infecção, pois na falta dessa vitamina as 
estruturas epiteliais danificadas frequentemente são 
infectadas. 
 VITAMINA B1 (TIAMINA) 
- A tiamina age sob a forma de pirofosfato de tiamina, 
funcionando como uma carboxilase em conjunto com 
a descarboxilase proteica, para a descarboxilação do 
ácido pirúvico e de outros acetoácidos. 
- A deficiência de tiamina causa diminuição da 
utilização do ácido pirúvico e de alguns aminoácidos 
pelos tecidos, mas aumenta a utilização das gorduras, 
provocando uma doença nutricional chamada 
beribéri, que possui um quadro relacionando aos 
sintomas citados a seguir: 
 O SNC depende de forma quase completa do 
metabolismo dos carboidratos para obtenção 
de energia e, na deficiência de tiamina, a 
utilização de glicose pelo tecido nervoso 
pode estar reduzida por 50% a 60%, sendo 
substituída pela utilização de corpos 
cetônicos. Dessa forma, os neurônios do SNS 
frequentemente apresentam cromatólise e 
intumescimento durante a deficiência da 
tiamina. Essa deficiência também pode 
provocar degeneração das bainhas de 
mielina das fibras nervosas, tanto nos nervos 
periféricos quanto no sistema nervoso 
central. 
 A falta de tiamina também enfraquece o 
miocárdio, desenvolvendo insuficiência 
cardíaca. Além disso, pode causar alguns 
distúrbios do TGI, como: indigestão, 
constipação grave e anorexia. Todos esses 
efeitos resultam da insuficiência da 
musculatura lisa e das glândulas do TGI ao 
obter energia suficiente do metabolismo dos 
carboidratos. 
A cromatólise é a desintegração da cromatina 
nucelar. 
 
 VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA) 
- A riboflavina, normalmente se combina nos tecidos 
com o ácido fosfórico para formar duas coenzimas, a 
flavina mononucleotídeo (FMN) e a flavina-adenina 
dinucleotídeo (FAD), que funcionam como 
transportadores de hidrogênio em importantes 
sistemas oxidativos das mitocôndrias. A deficiência de 
riboflavina resulta em uma depressão generalizada 
dos processos oxidativos no interior das células. Em 
seres humanos, não existem casos conhecidos de 
deficiência de riboflavina grave o bastante para 
provocar debilidades acentuadas, mas a deficiência 
leve pode provocar: 
 Distúrbios digestivos, sensações de 
queimação da pele e dos olhos, rachaduras 
dos cantos da boca, cefaleias, depressão 
mental e esquecimento. 
 
 VITAMINA B12 
- A vitamina B12 desempenha diversas funções 
metabólicas, atuando como coenzima aceptora de 
hidrogênio. Sua função mais importante é reduzir 
ribonucleotídeos a desoxirribonucleotídeos, passo 
necessário na replicação genética. Isso explica as 
funções principais dessa vitamina: 
1. Promoção do crescimento 
2. Promoção da formação e maturação das 
hemácias. 
- Dessa forma, em caso de deficiência de vitamina 
B12, pode ocorrer a anemia perniciosa, um tipo de 
anemia causada pela deficiência de maturação das 
hemácias. 
- Assim como a vitamina B12, o ácido fólico possui 
importância na replicação de genes celulares, mas 
nesse caso, porque ele participa da síntese das 
purinas e da timina, que formam DNA. Dessa forma, o 
ácido fólico é um promotor do crescimento ainda 
mais potente do que a B12. 
 VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO) 
- O ácido ascórbico é essencial para a ativação da 
enzima prolil hidroxilase que participa da formação 
da hidroxiprolina, constituinte integral do colágeno. 
Dessa forma, essa vitamina é essencial para o 
crescimento e força das fibras no tecido subcutâneo, 
cartilagem, ossos e dentes. Sem o ácido ascórbico, as 
fibras colágenas formadas em praticamente todos os 
tecidos corporais são defeituosas e fracas. 
- Uma das doenças mais comuns de ocorrer durante 
as longas viagens marítimas antigamente é o 
escorbuto, que possui a incapacidade de cicatrização 
das feridas como um dos efeitos mais importantes. 
Isso é provocado pela deficiência das células em 
depositar fibrilas colágenas. 
- A carência de ácido ascórbico também provoca a 
cessação do crescimento ósseo, devido a falta de 
deposição de colágeno, fazendo com que os ossos 
fraturem com facilidade no local de crescimento, 
devido à incapacidade de ossificação. 
- As paredes dos vasos sanguíneos ficam 
extremamente frágeis no escorbuto, os capilares são 
mais propensos à ruptura e, consequentemente, 
diversas pequenas hemorragias acontecem por todo 
o corpo. Nos casos de escorbuto extremo, as células 
musculares às vezes se fragmentam e ocorrem lesões 
gengivais com perda dos dentes. 
 VITAMINAD 
- A vitamina D aumenta a absorção gastrointestinal de 
cálcio, auxiliando o controle da deposição óssea desse 
mineral. Esse aumento é feito através da promoção 
do transporte ativo de cálcio através do epitélio do 
íleo. 
 VITAMINA K 
- A vitamina K é um cofator essencial para a enzima 
hepática que adiciona grupo carboxila aos fatores que 
são importantes para a coagulação do sangue. Sem 
essa carboxilação, esses fatores de coagulação são 
inativos, então quando ocorre a deficiência da 
vitamina K, a coagulação sanguínea é retardada. Uma 
vez que essa vitamina é sintetizada pelas bactérias no 
cólon, é raro que a pessoa apresente tendência 
hemorrágica devido à sua deficiência. 
SAIS MINERAIS 
 MAGNÉSIO 
- O magnésio é necessário como catalisador para 
muitas reações enzimáticas intracelulares, 
particularmente as relacionadas ao metabolismo dos 
carboidratos. Aumento da concentração extracelular 
de magnésio deprime a atividade do sistema nervoso 
e da contração muscular esquelética. Concentração 
baixa de magnésio provoca irritabilidade aumentada 
do sistema nervoso, vasodilatação periférica e 
arritmias cardíacas. 
 CÁLCIO 
- O cálcio está presente no corpo, sobretudo sob a 
forma de fosfato nos ossos. Quantidades excessivas 
de íons cálcio no líquido extracelular podem provocar 
parada cardíaca em sístole e agir como depressor 
mental. Baixos níveis de cálcio podem provocar a 
ativação espontânea das fibras nervosas, resultando 
em tetania. 
 FÓSFORO 
- O fosfato é o principal ânion do líquido intracelular. 
Os fosfatos têm a capacidade de se combinarem 
reversivelmente com diversas coenzimas e múltiplos 
outros compostos que são necessários para a 
operação dos processos metabólicos 
 FERRO 
- Dois terços do ferro corporal estão sob a forma de 
hemoglobina, embora quantidades menores estejam 
presentes sob outras formas, especialmente no fígado 
e na medula óssea. Carreadores de elétrons contendo 
ferro (citocromos) são encontrados nas mitocôndrias 
de todas as células do corpo, sendo essenciais para a 
maioria das oxidações que ocorrem nas células. 
 OLIGOELEMENTOS 
- Alguns elementos estão presentes no organismo em 
quantidades tão pequenas que são denominados 
oligoelementos. Três dos mais importantes desses 
oligoelementos são o iodo, o zinco e o flúor. 
 IODO 
- Ele é o oligoelemento mais conhecido e é essencial 
na formação da tiroxina e da triiodotironina, os dois 
hormônios tireoidianos que são essenciais para a 
manutenção do metabolismo normal em todas as 
células corporais. 
 ZINCO 
- O zinco constitui diversas enzimas, sendo que a mais 
importante é anidrase carbônica, presente nas 
hemácias catalisando a combinação do dióxido de 
carbono com a água. O zinco também é componente 
da desidrogenase lática sendo, consequentemente, 
importante para as interconversões entre o ácido 
pirúvico e o ácido lático. 
 FLÚOR 
- A presença de pequena quantidade de flúor no 
organismo, durante o período da vida em que os 
dentes estão se formando, é de extrema importância 
na proteção contra as cáries. O flúor se deposita nos 
cristais de hidroxiapatita do esmalte dentário, com o 
qual se combina, bloqueando as funções de diversos 
oligoelementos necessários para a ativação das 
enzimas bacterianas que causam as cáries. 
- A ingestão excessiva de flúor ocasiona a fluorose, 
que se manifesta em sua forma mais branda por 
manchas dentárias e, em seu quadro mais grave, por 
ossos aumentados.

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