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CURSO DE PSICOLOGIA
 
ANDREIA SOUZA DE MELO- 28285092
ADRIANA COTRIM RODRIGUES RENOSTO- 28245547
CESARINA DE LOURDES SILVA ANTONIO- 28290613
GISELI 
NATALIA DE SOUSA VALENCIANO – 28176071
PAULO HENRIQUE T. EVANGELISTA DOS SANTOS- 28291732
TAMIRES DOS SANTOS DE S. NUNES – 28286622
PSICOLOGIA DO ESPORTE 
GUARULHOS
2021
INTRODUÇÃO 
A Psicologia do Esporte abrange pressupostos psicológicos e da motricidade e de conhecimento recente, porém no final do século XIX já se encontravam estudos que abordavam questões psicofisiológicas no esporte. Estudos esses que vem ganhando espaço com as grandes divulgações de esportes e tentando se apropriar de sua identidade dentro dos amplos campos que há na psicologia, entretanto por muito tempo estudos do comportamento humano relacionado a atividades físicas foram realizados sem que houvesse a definição dessa área e seu objetivo declarado, mesmo estando sob o título de psicologia do esporte.
A Psicologia do esporte se divide em dois campos, o acadêmico onde quem atua seu interesse está voltado principalmente para a ciência e ensino e a Psicologia do Esporte aplicada, que envolve psicodiagnósticos e intervenções. Já nas graduações de Psicologia, a inclusão da Psicologia Esportiva como disciplina a ser abordada é recente, e ainda assim, optativa. Entretanto, nas grades curriculares de Educação Física a disciplina se encontra sendo obrigatória há mais de duas décadas.
Sendo uma ciência que implica na busca por conhecimentos dos processos psicológicos e a conduta do atleta durante a prática de atividades físicas. Com o objetivo de se aprofundar e melhorar as condições internas do atleta, para que assim seja possível aumentar a capacidade física, técnica e tática. Logo, a psicologia entraria no âmbito esportivo com o intuito de ter melhor adequação quando referido o desempenho do atleta e para isso o treinamento deveria estar direcionado aos fatores motores, físicos e técnicos, bem como aos aspectos psicológicos e cognitivos.
Estudo referente à psicologia do esporte vem sendo cada vez mais produzidos, artigos, livros e pesquisas, surtindo maiores impactos dentro desse campo. No entanto, essas pesquisas quando referido a atletas portadores de necessidades especiais obtém uma defasagem em seu impacto, pois as conclusões obtidas dessas pesquisas e estudos são advindas de atletas sem necessidades especiais.
Portanto, a utilização dessas conclusões com atletas sem necessidades especiais em atletas com tais necessidades é algo a ser repensado, pois ao fazermos isso estamos excluindo características que são de extrema importância ao focarmos no indivíduo com necessidades especiais. E para que seja compreendido o quanto essas diferenças influenciam no dinamismo desse atleta, estudos e pesquisas com esse grupo se fazem necessárias dentro do campo da Psicologia Esportiva.
ESPORTE PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
O esporte torna-se muito importante para a realização do processo de inclusão social. 
“ainda, e principalmente, as condições sociais como fontes geradoras de incapacidades, uma vez que é no próprio meio social que determinados indivíduos tornam-se reconhecidos como deficientes.” (SAETA, 2006, p. 67)
A prática de esportes para portadores de necessidades especiais surgiu na Alemanha em 1918. Após a Primeira Guerra Mundial. Em 1932 no Reino Unido surgiu uma associação de jogadores de golfe, para amputados unilaterais de membros superiores.
Após o final da Segunda Guerra Mundial surgiu na Inglaterra no hospital de Stoke Mandeville o Centro Nacional de Lesionados Medulares criado por Ludwig Guttman. O obetivo era tratar homens e mulheres do exercito inglês feridos na guerra. 
O esporte auxiliava na reabilitação dos pacientes e amenizava problemas psicologicos.
No Brasil surgiu dois clubes de basquete em cadeiras de Rodas em 1958. A frente dessa iniciativa estava Robson de Almeida (criador da fundação do Clube do Otimismo no RJ) e Sergio Serafim Del Grande. Ambos haviam realizados tratamento de reabilitação nos Estados Unidos. 
Eles iniciam dois clubes de basquete em cadeiras de rodas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Hoje em dia existem muitas associações que fazem parte do comitê paralímpico Brasileiro. Tendo como objetivo central incentivar o epsorte para deficientes e organizar o desporto em nível de competições regionais, nacionais e internacionais. 
Em 1960 em Roma ocorre os jogos de Stoke Mandeville. Eram 23 países e 400 atletas. O evento teve o apoio do Comitê Olimpico Italiano.
Em 1964 nos Jogos Olimpicos em Tóquio os jogos de Stoke Mandeville ocorreu alguns dias após o encerramento dos jogos Olimpicos. A impresa já chamava o evento de ”Paralimpíadas” (fusão das palavras paraplegia e olímpico) para diferenciar quando as competições ocorriam em paralelo. 
Em 1968 foi interrompido a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos na mesma cidade, por falta de acessibilidade para pessoas em cadeira de rodas. 
Em 1988 em Seul, foi um importante avanço para o esporte Paralímpico. Uma edição elaborada com total organização, e preparo para os atletas. Desde o inicio dos jogos foi a primeira vez que os competidores utilizaram de locais modernos e adaptados. 
75 Mil pessoas assistiram as cerimônias de abertura no Estádio Olímpico. Pela primeira vez ocorreu o revezamento da tocha paralímpica e tornou-se compulsório desde então. 
No ano seguinte, foi fundado o Comitê Olímpico Internacional. Em 2001, o IPC e o Comitê Olímpico Internacional assinaram um acordo de cooperação, para que a cidade que for sede dos jogos Olímpicos passam a ter a obirgações em relaçao aos Jogos Paralímpicos.
O ultimo País a sediar os jogos foi o Brasil em 2016. Os jogos ocorreram no Rio de janeiro. O próximo evento estava agendado para 2020 em Tóquio, mas devido a crise ocasionada mundialmente pelo Coronavírus os Jogos foram transfiridos por hora para julho ou agosto de 2021 porém sem confirmação.
Alguns Esportes Coletivos 
Basquete 
É praticado por pessoas que possuem dificuldades de locomoção. Em competições deve ser utilizadas cadeiras de rodas adaptadas. Os atletas são classificados de acordo com o comprometimento motor que segue uma escala determinada. 
Benefícios da sua prática é o estimulo das funções cognitivas, aumento do senso de estratégia, aprimoramento da capacidade motora, vínculos afetivos, inserção social, desenvolve o trabalho em equipe, entre outros benefícios. 
Bocha Adaptada 
O bocha adaptada é indicado para pessoas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos. 
A disputa consiste em lançar bolas que podem ser vermelhas ou azuis. O foco é chegar o mais próximo da bola branca.
Pode ser praticado em duplas, em equipe ou sozinho. Utiliza as mãos, os pés e a cabeça. Se o participante tiver maior comprometimento dos membros pode ter o auxilio de um assistente. Existe uma classificação funcional dividida em quatro classes, de acordo com o grau da deficiência e da necessidade de um assistente. 
Tênis de Mesa
O tênis de mesa esteve presente na primeira edição dos Jogos Paralímpicos em 1960.
As regras são as mesmas do t~enis de mesa convecional. Somente o saque é diferente para os usúarios de cadeiras de rodas. Neste caso o sacador precisa que a bola ultrapasse a linha de fundo da mesa. Nesta modalidade a bolinha pode pular duas vezs na mesa. Esse esporte abrange quase todas as deficiências.
Futebol de 5
O futebol de 5 é direcionado para atletas cegos. A competição ocorre em uma quadra semelhante a de futsal. Os participantes utilizam vendas nos olhos (alguns atletas podem apresentar percepção luminosa) o goleiro é um individuo que enxerga normalmente.
A bola possui barulho para orientar os jogadores.
A partida possui dois tempos de 25 minutos cada. A modalidade passou a fazer parte dos jogos Paralimpícos em 2004. 
Alguns esportes individuais 
Natação 
A natação é um esporte que pode ser praticado por pessoas com deficiência visual e física. As competições variam de 50a 400 metros, nas modalidades peito, livre, borboleta e costas e possui também provas de revezamento.
Todas as funções do corpo são trabalhadas neste esporte. Proporciona a sensação de leveza ao corpo e auxilia na mobilidade dos membros.
Artes Marciais 
Karatê, Jiu-Jitsu, Muay thai, Kung fu, Judô são excelentes para trabalhar os músculos do corpo. É facilmente adaptados, contribuir com a autoconfiança e proporciona força e equilíbrio.
Atletismo 
Existe uma classificação que é feita de acordo com a capacidade do atleta em realizar movimentos, da potência dos músculos que não sofreram lesão e das sequelas do tipo da deficiência. 
Existem modalidades para pessoas com deficiência física, mental e visual. Esses atletas são acompanhados por um guia. 
As provas podem ser de arremesso, lançamento, pista e salto.
Medalhistas
Os cincos maiores atletas paralímpicos medalhistas brasileiros em Paralimpíadas: 
1. Daniel Dias - Natação 2008-2016 - 24 Medalhas (14 ouros, 7 pratas, 3 bronzes)
2. André Brasil – Natação 2008-2016 - 14 Medalhas (7 ouros, 5 pratas, 2 bronzes)
3. Clodoaldo Silva - Natação 2000-2016 - 14 Medalhas (6 Ouros, 6 Pratas, 2 bronzes)
4. Ádria Santos – Atletismo 1988-2008 – 13 Medalhas (4 ouro, 8 pratas, 1 bronze)
5. Luiz Cláudio Pereira – Atletismo 1984-1992 – 9 Medalhas (6 Ouros, 3 Pratas)
A PSICOLOGIA DO ESPORTE APLICADA A ATLETAS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
A Psicologia, como instrumento capaz de melhorar s condições psicológicas do sujeito, passa a ser mais uma ferramenta que pode ser empregada no meio esportivo. 
Com a finalidade de atender a grande demanda de aspectos que causam sofrimento psicológico, a Psicologia do Esporte é algo inovador. 
Clubes, associações, academias, já podem contar com esse serviço para favorecer a si próprio e a seus atletas, em suas práticas esportivas, o que beneficia sua vida pessoal e a construção de sua autoestima e valorização. 
Para chegarmos a esse grande passo na Psicologia, veremos um pouco da história sobre a inclusão de pessoas com portadoras de necessidades especiais no esporte em geral. 
A prática esportiva adaptada, foi uma forma de incluir os portadores der necessidades especiais, em esferas a que ainda não pertenciam. Essa prática, com o tempo passou a ganhar mais visibilidade e preocupação em disseminar a valorização da diversidade, como por exemplo, em olimpíadas e desportos, em geral. 
Em 1948, o médico alemão Ludwig Guttmann, que reabilitava soldados feridos da Segunda Guerra Mundial, criou eventos esportivos para a participação desses soldados. Esses eventos foram chamados de Jogos Internacionais de Stoke Mandeville. 
Aos poucos, os países foram aderindo a essa inclusão esportiva, visando o benefício que isso traria a eles e a sua população com necessidades especiais, mas muito se esqueceram que esses atletas necessitavam muito mais que um incentivo social para competir. 
Atletas que não possuem disfunções físicas e/ou cognitivas, precisam de suporte psicológico devido a pressões que lhes são impostas diariamente, em se tratando de esporte como fonte de renda: portadores com necessidades especiais, necessitam ter o mesmo olhar, com manejos que lhes tragam benefícios ao seu psicológico, já que no cotidiano, mesmo em tempos atuais, ainda vemos alguma resistência por parte da sociedade, quanto as suas condições. 
O ambiente esportivo, precisa favorecer os aspectos psicológicos desses atletas. 
 
“A psicologia do esporte pretende entender que comportamentos interagem a partir do desenvolvimento do indivíduo dentro de um determinado grupo ou atividade”. Porém não somente com isso, mas também que tipo de aprendizagem é relevante, que desenvolvimento físico e de treinamento de habilidades é levado a efeito nos diferentes esportes que se pratica. (MOSQUERA, 1984) Sendo assim seria necessária a utilização de uma psicologia diferente para deficientes, no entanto, o conhecimento da psicologia esportiva que temos hoje é insuficiente (FEIJO, 1998) ou com muitas áreas com pouca produção cientifica o que sinalizaria talvez que novas subáreas da psicologia esportiva, podem e devem surgir.” 
 
 “Segundo Brazuna e Castro (2001), percebe-se que o resultado mais importante para o atleta deficiente físico é a mudança de identidade de “pessoa deficiente” para a identidade de atleta. Para eles, o importante é ser visto como um corredor, nadador, etc. Os paratletas competem contra si e contra os estereótipos construídos socialmente pelos não-deficientes.” 
 
As variáveis constantes nesse contexto de necessidades especiais, são relevantes para a melhor compreensão da demanda existente. 
O estresse causado pela socialização desse atleta, é algo que precisa ser trabalhado além de seu corpo 
 
“...O conceito de estresse como reação, segundo Selye6, compreende a “totalidade das reações de adaptação orgânica, as quais objetivam a manutenção ou reestabelecimento do equilíbrio interno e/ou externo”. 
 
“O conceito de estresse, de acordo com Nitsch3, pode ser compreendido como um produto tridimensional.” 
 
 
 
Com isso, vemos a necessidade de um novo olhar de dirigentes, professores, técnicos e Psicólogos, para a questão dos portadores de necessidades especiais no esporte. 
Há muito que se trabalhar e melhorar e, para isso, é imprescindível que haja um renovo cultural quanto ao desporto envolvendo atletas com necessidades especiais. 
DESENVOLVIMENTO “Esporte de Desempenho”
O deficiente geralmente limita o seu potencial devido a uma deficiência, manifesta-se principalmente pela dificuldade em realizar movimentos. Assim, o movimento toma contornos de uma importância fundamental na vida do deficiente (BARBANTI 2002). 
A prática esportiva é fator incontestável no processo de reabilitação e inclusão social, e com o tempo, essa pratica toma novos rumos. O simples ato de praticar atividades físicas começa ter outro sentido. Começa a se aventurar nas primeiras competições sem pretensões ousadas de vitórias, porem com o passar do tempo e muito treinamento os bons resultados começam a aparecer, a motivação pela pratica esportiva aumenta e a expressão atleta surge. Aos poucos esse atleta deficiente físico se inclui no esporte de rendimento. Esporte esse que Barbanti (2002) defende que deve seguir as mesmas regras e normas do esporte em geral. No entanto, diz que podemos estar incorrendo em um erro, pois evidenciamos as diferenças as quais não queremos que existam. Por isso o esporte para deficientes físicos segue uma classificação mundial conhecida como classificação médico-desportiva. Essa classificação separa as deficiências pela sua natureza e é utilizada, por exemplo, nos jogos para-olímpicos que são considerados o segundo maior acontecimento esportivo mundial.
As competições para atletas deficientes físicos, quando se organizam atividades para deficientes, já se preocupa com fatores como acessibilidade, por exemplo, proporcionando ao deficiente uma situação de conforto e sentimento de inclusão que há tanto tempo esta em moda e que, no entanto falta muito para conseguir alcançar a famosa inclusão social. O esporte hoje é um dos grandes responsáveis pela inclusão social, no entanto será que nos preocupamos como é feita essa inclusão do deficiente físico.
Os fatores psicológicos do atleta podem ficar abalados por vários motivos, por isso a importância da psicologia do esporte para atletas portadores de deficiência física. Esses atletas seriam preparados tanto para melhorar seus desempenhos em competições como para posteriormente conseguir levar uma vida mais tranquila, sabendo como conviver com sua diferença perante uma sociedade por meios de igualdade.
INTERVENÇÃO SOCIAL
No Atletismo participam atletas com deficiências físicas, visuais e mentais, e as provas se dividem em corridas, saltos, lançamentos e arremessos. Segundo o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB, 2008), as competições seguem as regras da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o que inclui algumas adaptações, a exemplo o uso de próteses, cadeira de rodas ou guia, mas sem oferecervantagem em relação aos seus adversários.
O impacto da incapacidade física é uma área de relevante interesse de investigação, que tem merecido consideração por parte de diversos estudos, onde vários autores têm demonstrado o quanto o corpo e demais estigmas relacionados às pessoas com deficiência são vistos negativamente e como irreversíveis pela sociedade. No caso da aquisição de uma doença que resulte numa alteração da integridade corporal ou ainda uma lesão traumática que ocasione uma ruptura de mobilidade, ambas, inegavelmente, são responsáveis por significativas mudanças no cotidiano e perspectivas de vida de qualquer indivíduo.
Nesta perspectiva, se observa a importância de criar e estimular mecanismos que favoreçam a superação desta percepção negativa do Self pelos próprios portadores de deficiências. Conforme Santiago, Souza e Florindo (2005), o esporte surge como uma dessas estratégias, pois a prática de atividade física pode se constituir em momento privilegiado de excitação e percepção das potencialidades do ser humano portador de deficiência, física ou mental, servindo como estímulo para integrar os aspectos constitucionais da auto-imagem. “A integração poderia ser favorecida por meio de atividades que visem resgatar, nas pessoas portadoras de deficiências, sentimentos positivos de dignidade e amor próprio” (p. 2). 
Durante as intervenções, o psicólogo responsável conversa com os atletas e técnicos sobre problemas existentes e aplica algumas técnicas psicológicas como: de concentração e motivação, de relaxamento, de visualização e de controle emocional. São aplicadas também técnicas de dinâmica de grupo com a finalidade de desenvolver o espírito de time e união de grupo.
Markunas (2003) define periodização como um processo pedagógico de organização do treinamento esportivo em períodos. Assim, o plano de treinamento psicológico, tanto quanto o físico, o técnico e o tático devem ser organizados de acordo com as metas do atleta levando em conta o calendário competitivo (Markunas, 2003; Martini, 2000). Por esse motivo o trabalho de intervenção em Psicologia do Esporte deve ser programado juntamente com a equipe técnica.
Segundo Markunas (2003), a preparação psicológica inclui o treinamento psicológico (treinamento de habilidades psicológicas como a capacidade de concentração, de auto-relaxamento, de automotivação), mas vai além dele. Com ela busca-se trabalhar as habilidades pessoais de maneira global a fim de que o atleta saiba lidar com as situações de competição e com todas as exigências e tarefas da vida esportiva da melhor forma possível.
O trabalho da Psicologia do Esporte dirigida aos treinadores é tão ou ainda mais importante que o trabalho feito com os desportistas, se levar em conta a grande influência que têm os treinadores sobre seus atletas, especialmente quando esses possuem algum tipo de limitação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho abordamos o assunto da Psicologia do esporte que vem ganhando espaço dentro dos campos voltado para a ciência e que envolve psicodiagnósticos e intervenções. A psicologia do esporte implica na busca de conhecimentos dos processos psicológicos e conduta do atleta durante á pratica de atividades físicas e seu principal objetivo é se aprofundar na melhoria das condições internas do atleta aumentando a sua capacidade física, técnica e tática.
Ainda foi possível verificar que dentro desta abordagem existe uma inclusão defasada quando se trata dos atletas portadores de necessidades especiais, apesar de ser um fator de muita importância para realização do processo de inclusão social, uma vez que, para melhor compreensão, é necessário que haja estudos e conclusões incluindo o dinamismo desses atletas com tais necessidades, pois se refere de características de estrema importância. Anteriormente o esporte auxiliava na reabilitação dos pacientes e amenizava os problemas psicológicos.
Houve a possibilidade de se inteirar com a historia das paraolimpíadas a qual tem por objetivo incentivar o atleta com necessidades especiais, onde o mesmo pode competir a nível regional, nacional e internacional e conhecer a historia dos jogos olímpicos e paraolímpicos que foram interrompidos devido a falta de acessibilidade para as pessoas em cadeiras de rodas. Ademais, conhecemos alguns esportes coletivos, individuais e artes marciais e suas regras, voltados para pessoas portadoras de tais necessidades.
É importante ressaltar que além de um fator importante na inclusão social, a Psicologia do esporte é algo inovador e atende a grande demanda de aspectos causadores de sofrimento psicológico. Tal pratica tem beneficiado a vida pessoal e a construção da autoestima desses atletas, porem ainda há muito em que melhorar e para isso, é imprescindível que haja um renovo cultural quanto ao desporto envolvendo os atletas aqui mencionados. Ademais, os atletas com necessidades especiais necessitam ter o mesmo olhar a qual um atleta sem tais necessidades tem, a qual lhes tragam benefícios ao seu psicológico, porem ainda existe certa resistência da sociedade em que vivemos no que diz respeito as suas condições.
Existem alguns tipos de intervenções que possibilita o atleta com necessidades especiais superar a percepção negativa do próprio self, pois o esporte surge como estratégia onde o individuo se constrói com uma percepção das suas potencialidades física ou mental, estimulando a integração dos aspectos da autoimagem que pode ser favorecida por meio das atividades que possibilitam o resgate de sentimentos positivos de dignidade e amor próprio. O psicólogo aplica técnicas de motivação e concentração, de relaxamento, de visualização e controle emocional, assim como treinos psicológicos de acordo com as metas do atleta e calendário competitivo, motivo pelo qual deverá ser programado com uma equipe técnica. Este treinamento busca trabalhar também as habilidades pessoais de maneira global com a finalidade de lidar com as situações das competições e exigências e tarefas da vida da melhor maneira possível.
“O trabalho da Psicologia do Esporte dirigida aos treinadores é tão ou ainda mais importante que o trabalho feito com os desportistas, se levar em conta a grande influência que têm os treinadores sobre seus atletas, especialmente quando esses possuem algum tipo de limitação.”
Este trabalho foi extremamente importante para o nosso conhecimento e aprofundamento deste tema, visto que nos permitiu compreender melhor além de aperfeiçoar as competências de investigação, seleção, organização e comunicação da informação.
Falaremos um pouco sobre o filme que nos inspirou a fazermos este trabalho, “PÓDIO PARA TODOS”.
O filme Pódio para Todos reflete a situação das pessoas com deficiência tomando como base os Jogos Paralímpicos, que já se tornaram comuns na sociedade atual.
Histórias de vida são contadas por atletas Paraolímpicos que tiveram que se superar muito mais do que um atleta normal, para conquistar seu lugar na sociedade e serem considerados heróis por sua nação.
Atletas que não foram reconhecidos pelo seu país de Origem como seres humanos, e foram adotadas por famílias estrangeiras para um recomeço. Crianças que fugiram da guerra, que tiveram sua perna amputada para sobreviver de um câncer. São histórias que te deixam perplexo, indignado e ao mesmo tempo admirado pela força de vontade e superação que tiveram em não se deixarem abater e conseguirem participar de um evento esportivo de grande alcance mundial.
O documentário faz também uma homenagem a um médico alemão, fugido da Segunda Guerra Mundial, que ao se exilar na Inglaterra começa a tratar soldados paraplégicos, que eram deixados de lado pela nação (simplesmente davam morfina para a pessoa aguentar a dor e deixar eles morrerem seis meses depois). Esse médico conseguiu resultados inacreditáveis, agregando o esporte como tratamento aos deficientes. O progresso foi tanto, que internamente no hospital iniciou-se uma competição dirigida para ex-soldados. O que foi uma simples competição interna se transformou em um evento de proporçãomundial. Merecidamente.
O fato que chama a atenção é que falar de deficiência é tratar de um problema referente à condição humana. É somente ao ser humano que parece minimamente aceitável desenvolver tais sentimentos em relação a outra pessoa. É o que o documentário Pódio para Todos busca demonstrar. Que se subestima alguém por suas deficiências e por isso se lança sobre este um olhar marginal. O esporte é uma forma de corrigir esses rumos e se construir um novo paradigma para a sociedade.
O ideal é que as pessoas passem a ter consciência de que a realidade é diferente para todos, mas as oportunidades são universais. Alguns são exímios usando as mãos, outros usando os pés. E na falta de um ou outro, há quem seja capaz de fazer com os pés o que se julga possível fazer somente com as mãos. E vice-versa. E o nome que se dá a isso não é outro senão superação.
O documentário traz uma série de lições de vida para as pessoas que não acreditam no potencial de se reinventarem e de sublimar. Trata-se efetivamente da capacidade de superação, que os atletas paralímpicos desenvolvem de maneira natural. 
Crítica sobre o documentário
No documentário é nos apresentado uma reflexão frente a dificuldades que pessoas com deficiência encontram, tendo como base os Jogos Paralímpicos. Uma organização que envolve competições totalmente direcionadas às pessoas com os mais diversos tipos de deficiência. 
	Promovendo a inclusão de muitos pelo esporte e por meio da realização de um grande sonho, que é o de competir. Sendo possível ver competições de atletismo, natação, futebol, entre outros dentro dessa grande gama é apresentado nos Jogos Paralímpicos.
	Focando na perspectiva de que cada atleta deva ter o seu tratamento pensado de forma estratégica de acordo com suas especificidades, o esporte proporciona uma das máximas que norteiam o espírito desportivo dentro do seu papel social, a inclusão. Ou seja, pessoas que obtenham uma condição devem ser tratadas conforme as próprias necessidades, logo não se pode pedir que uma pessoa que tem uma deficiência entre em uma competição com uma pessoa que não obtém deficiência alguma. Em prol dessa visão de igualdade existem os Jogos Paralímpicos, que possibilitam que os atletas obtenham adversários à “mesma altura” e tenham oportunidade de subir ao pódio.
	Que o grau de deficiência afetam mais a uns do que a outros, isso temos em mente, no entanto a deficiência não deveria ser vista como um problema, mas sabemos que dentro da sociedade ela vista dessa forma. Por ser um assunto de extrema delicadeza e complexidade, o documentário tenta nos levar para uma reflexão norteada por situações que conscientizem a sociedade e voltem os olhares para esses atletas que se mostram serem guerreiros e vencedores de seus próprios pódios.
	Inerente ao ser humano, a condição de desenvolver sentimentos em relação a outra pessoa. Pódio para Todos transmite essa reflexão. Pessoas que tenham alguma condição especial são subestimadas perante a sociedade e recebem um olhar marginal, sendo afastados às margens e muitas vezes esquecidos de sua existência. 
	Pódio para Todos, busca mostrar que por meio do esporte é possível transformar essas vidas, corrigindo esses rumos e construir novos paradigmas dentro da sociedade. As pessoas precisam rever alguns conceitos em busca de se compreender que a realidade se torna diferente para todos, mas que oportunidades são universais. Considerando que alguns são de máxima excelência usando os pés, outros as mãos e que há aqueles que na falta de um ou outro são capazes de fazer com as mãos o que seria só capaz de se fazer com os pés, e vice-versa, superando todas as dificuldades que lhe foram impostas.
	Diante de todo esse julgamento, pessoas com deficiência se sentem inferiores por conta de suas limitações. Confrontando essa situação, o esporte tornou possível que acontecessem os Jogos Paralímpicos e que cada vez mais vem mostrando que não há limites para o ser humano, mesmo sofrendo de alguma limitação física e/ou mental. Tendo como princípio o ato de superação, que se obtém como meta para qualquer atleta. 
	O documentário Pódio para Todos nos leva a conhecer uma série de lições de vida acerca de pessoas que desacreditam em seu potencial de se reinventarem, tratando-se diretamente da capacidade de superação, característica desenvolvida naturalmente em atletas paralímpicos. Pódio para Todos aborda essas questões de forma genuína, mostrando a realidade de atletas paralímpicos trazendo reflexões sobre como vemos a deficiência, diversidade e excelência. 
REFÊRENCIAS: 
https://www.efdeportes.com/efd121/a-psicologia-do-esporte-atletas-portadores-de-necessidades-especiais.htm
http://rbce.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/viewFile/236/238
http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/07n2/Brazuna.pdf
A psicologia do esporte aplicada a atletas portadores de ... http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br › visit 
A psicologia do esporte aplicada a atletas portadores de ... 
https://www.efdeportes.com › efd121 › a-psicologia-do... 
https://www.efdeportes.com/efd135/fatores-motivacionais-entre-atletas-comdeficiencia-fisica.htm 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922002000400005#:~:text=O%20conceito%20de%20estresse%2C%20de,determi nada%20forma%2C%20a%20processos%20biol%C3%B3gicos.
https://www.encontro2011.abrapso.org.br/trabalho/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNToiYToxOntzOjExOiJJRF9UUkFCQUxITyI7czozOiI1ODAiO30iO3M6MToiaCI7czozMjoiNzk0M2I2NzI1ZGQ5ZjI2MDg3NThiODE2YzMwNmNlMTEiO30%3D
file:///C:/Users/PedroL/Downloads/1434-Texto%20do%20artigo-5198-2-10-20110525%20(1).pdf
https://www.google.com/search?biw=1360&bih=657&ei=cDFRYKyNE9TB5OUP_7uDkA0&q=o+que+%C3%A9++interven%C3%A7%C3%A3o+psicol%C3%B3gica+para+atletas+com+defici%C3%AAncia&oq=o+que+%C3%A9++interven%C3%A7%C3%A3o+psicol%C3%B3gica+para+atletas+com+defici%C3%AAncia&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAM6BwgAEEcQsANQwugkWKGIJWDAiSVoAXACeAGAAZ8CiAHHF5IBBjAuMS4xMpgBAKABAaoBB2d3cy13aXrIAQjAAQE&sclient=gws-wiz&ved=0ahUKEwishYDF7rXvAhXUILkGHf_dANIQ4dUDCA0&uact=5

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