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Anatomia dentária (1)

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Prévia do material em texto

Anatomia
dentária
Dara Carvalho de Souza-476857
2020
Material elaborado com
o intuito de facilitar o
processo de
aprendizagem em
anatomia dentária
proposto pela
professora Delane na
disciplina de Anatomia
Bucomaxilofacial.
Sumário
Prefácio......................................................................................................2
Aspectos anatômicos gerais dos dentes..........................................4
Incisivos......................................................................................................9
Caninos....................................................................................................18
Pré-molares............................................................................................23
Molares....................................................................................................31
referências..............................................................................................41
Aspectos anatômicos gerais dos dentes 
Os dentes, no geral, servem para mastigação, proteção,
sustentação de tecidos moles, fonação e estética da face. Fixam-se
nos ossos por meio de fibras colágenas, o ligamento periodontal,
essa ligação é denominada “gonfose”. São 20 decíduos e 32
permanentes. Compreendem os grupos do incisivos, caninos, pré-
molares e molares. Os dentes decíduos são pouco calcificados em
relação aos permanentes. 
O dente é formado por coroa e raiz, unidas pelo colo, em sua maior
parte é composto por dentina, na porção da coroa é recoberto por
esmalte e na parte da raiz pelo cemento. 
Uma coroa dental tem faces, bordas e ângulos. A face que
se volta para o vestíbulo da boca é a face vestibular, a face que se
volta para a língua é face lingual, a face mesial fica mais próxima do
plano sagital mediano, a face distal fica mais distante do plano
mediano, a face oclusal é a
superfície que entra em contato com as homônimas dos dentes
antagonistas durante a oclusão, nos incisivos e nos caninos as
bordas incisais correspondem as faces oclusais, os ângulos são a
combinação dos nomes das três faces que o
compõem.
Raiz : o tamanho e número da raiz está diretamente relacionada
com o tamanho da coroa, ou seja uma coroa pequena terá raízes
pequenas e únicas. As raízes, quando múltiplas, saem do bulbo
radicular, que é uma base comum. As extremidades livres das
raízes são conhecidas como ápice e nela há uma abertura
chamada forame apical, que possibilita a comunicação entre a
polpa e o periodonto, por ele passam nervos e vasos.
Terços: com o intuito de facilitar a descrição anatômica, o dente
pode ser dividido em terços
por meios de linhas imaginárias, podendo ser na horizontal ou
vertical. No caso das linhas horizontais, a divisão será cervical,
médio e oclusal, no caso das linhas verticais, a divisão será mesial,
médio e distal.
Os dentes são representados por números de dois dígitos, o
primeiro se refere ao quadrante e o segundo à ordem do dente no
quadrante. Na dentição decídua, os quadrantes são 5,6,7 e 8, e os
dentes vão de 1(incisivo central) a 5 (segundo molar), já na dentição
permanente, os quadrantes são 1, 2,
3 e 4, e os dentes vão de 1 (incisivo central) a 8 (terceiro molar).
Imagem 1.
Imagem 2.
A coroa pode ser dividida de acordo com seus elementos
arquitetônicos:
Cíngulo: Saliência arredondada no terço cervical da face lingual de
incisivos e caninos, porção mais saliente do lobo lingual.
Cúspide: Saliência em forma piramidal quadrangular, típica
de pré-molares e molares.
Crista marginal: eminência linear romba situada nas bordas
mesial e distal da face lingual de incisivos e caninos (vai do cíngulo
aos ângulos incisais) e nas bordas medial e distal da face oclusal de
pré-molares e molares (estende-se das cúspides vestibulares às
linguais). 
Ponte de esmalte: eminência linear que une cúspides,
interrompendo o sulco principal.
Tubérculo: saliência menor que a cúspide, sem forma definida.
Bossa: elevação arredondada situada no terço cervical da face
vestibular de todos os dentes permanentes e decíduos, entre os
terços cervical e médio da face lingual de pré-molares e molares.
Sulco principal: depressão linear aguda, estreita, que separa as
cúspides umas das outras. 
Sulco secundário: pequeno e pouco profundo, irregular e variável
nas faces oclusais. Torna a superfície mastigatória menos lisa.
Fosseta/Fóssula: depressões encontradas na terminação do sulco
principal ou no cruzamento de dois deles, estas são as fossetas
principais, já no encontro de um sulco principal com um ou dois
secundários são as fossetas secundárias, fossetas menores e
menos profundas. No fundo das fossetas principais podem surgir
pequenas depressões irregulares conhecidas por cicatrículas.
Fossa: escavação ampla e pouco profunda da face lingual de
dentes anteriores, particularmente dos incisivos superiores. Entre a
fossa lingual e o cíngulo pode surgir uma depressão profunda
chama forame cego.
Imagem 3.
Faces curvas: as faces das coroas dos dentes são sempre curvas e,
em grande maioria, convexas 
Face vestibular maior que a lingual, com exceção apenas o primeiro
molar superior da dentição permanente e o segundo molar
superior da dentição decídua, neles a face lingual é maior do que a
vestibular.
Face mesial maior que a distal: as faces livres convergem para
distal, em consequência disso a face mesial possui dimensões
maiores do que a distal. Além disso, a face mesial é mais alta que a
face distal 
Face mesial plana e reta e face distal convexa e curva: a face distal,
por ser menor, apresenta-se mais convexa, assim formando com a
raiz um ângulo que não existe no lado mesial.
Linha cervical: o diâmetro mésio-distal é maior nos molares e
menor nos incisivos. Quanto mais larga a face oclusal, maior base
de sustentação deve ter a coroa em nível cervical.
Conseqúentemente, a linha cervical apresenta-se mais ou menos
curva, de acordo com a dimensão desse diâmetro. Nos molares,
ela é uma linha praticamente reta, torna-se um pouco curva
(abertura voltada para a raiz) nos premolares e acentua sua
curvatura nos caninos e incisivos. No incisivo central inferior é uma
curva bem fechada, em forma de V. Em todos os dentes, a
curvatura da linha cervical é mais acentuada no lado mesial do que
no lado distal.
Inclinação da face vestibular na direção lingual: as faces livres
convergem para a oclusal, logo deduz-se que a face vestibular se
inclina para o lado lingual e a lingual para o lado vestibular, sendo a
vestibular a face que mais se inclina. Essa inclinação inicia na união
do terço cervical com o terço médio da face vestibular, dessa
maneira, a maior proeminência vestibular fica restrita ao terço
cervical, conhecida como bossa vestibular. Essa proeminências
ajudam a proteger a gengiva marginal, desviando os alimentos,
evitando impacção.
Lobos de desenvolvimento: são centros primários de formação
do dente durante sua embriogênese, que depois se fusionarão e
deixarão sulcos. Os dentes têm quatro lobos (exceto o primeiro
molar inferior e, as vezes, o segundo pré-molar inferior).
Desvio distal da raiz: as raízes dos dentes, em geral, se desviam,
sendo o terço apical aquele que mais se desvia, prevalentemente
para distal. O desvio ocorre pois a raiz se inclina para sua artéria
nutridora do dente.
Imagem 4.
Incisivos (11, 12, 21, 22, 31, 32, 41, 42)
Têm formato de pá
Centrais e laterais 
8 dentes
Incisivo central superior (11/21)
Indispensável na estética facial, na fonação, tem forma de cunha,
função de cortar os alimentos, sua face vestibular apresenta dois
sulcos rasos cérvico-incisal, remanescentes da fusão dos lobos no
desenvolvimento. Quando recém-erupcionados possuem bordas
serrilhadas pela presença de três mamelões, posteriormente irão
se desgatar.
Face vestibular: a coroa é estreita no terço cervical e larga no
terço incisal, isso significa que as bordas mesial e distal
convergem na direção cervical, porém a borda mesial é mais
retilínea, ao passo que a borda distal é mais convexa, mais
inclinada e faz um ângulo ao encontrara superfície distal da
raiz. Na borda incisal, o ângulo mésio-incisal é mais agudo que
o ângulo disto-incisal, que é mais arredondado.
Imagem 5
Face lingual: seu terço cervical mostra uma saliência
arredondada nomeada cíngulo, em seus terços médio e incisal
observa-se uma depressão chamada fossa lingual, que é
delimitada pelas cristas marginais mesial e distal, ao se
aproximar da borda incisal, ambos vão perdendo espessura.
imagem 6
Raíz: sua forma é uma espécie de pirâmide triangular com
cantos arredondados. Seu tamanho corresponde a 1 e ¼ da
coroa, o ápice não se desvia muito para distal.
Imagem 7
Faces de contato: as faces mesial e distal evidenciam seu
aspecto de cunha. Ambas as faces têm inclinação lingual. O
diâmetro vestíbulo-lingual é grande no terço cervical,
diminuindo 1mm ou menos junto à linha cervical.
Imagem 8
Imagem 9
Incisivo central inferior (32/42)
Face vestibular: sua largura tem a proporção de 2/3 da largura
da face vestibular do incisivo central superior. Embora, seja
plana nos terços médio e incisal, é convexa no terço cervical. As
bordas mesial e distal encontram a borda incisal em ângulos
quase retos, com pouco arredondamento. As bordas mesial e
distal convergem para ocolo.
É o menor e mais simétrico dente, seus elementos anatômicos são
pouco evidentes.
Face lingual: Levemente côncava, é menor que a vestibular
devido a convergência das faces de contato para a lingual e
cervical. Isso proporciona uma forma levemente triangular.
Devido ao cíngulo ser baixo, as cristas marginais são
dificilmente perceptíveis e a fossa lingual seja apenas uma leve
depressão.
Faces de contato: as faces mesial e distal são triangulares,
espessas no terço cervical e mais delgada a medida que as
faces vestibular e lingual convergem para a borda incisal. Os
dois terços incisais da coroa são mais inclinados para lingual
em relação a raiz. Olhando por esse lado, pode-se ver o
contorno arredondado da bordaincisal.
Raiz: a raiz é reta, achatada mésio-distalmente, sendo assim é
larga no sentido vestíbulo-lingual, com sulcos longitudinais
evidentes, sendo o distal o mais profundo dos dois. Numa
visão transversal, a raiz mostra-se oval e a dimensão vestibular
maior que a lingual.
Imagem 10.
Incisivo lateral superior (12/22)
Semelhante ao incisivo central superior, porém é menor em
suas dimensões, exceto o comprimento da raiz. É o dente que mais
sofre variações em sua forma.
Face vestibular: é mais estreita que a do incisivo central
superior, sendo assim sua coroa tem maior convexidade no
sentido mésio-distal. As bordas mesial e distal são mais
convergentes e os ângulos mésio e disto-incisal mais
arredondados.
Face lingual: possui os mesmos itens do incisivo central, com a
diferença nas cristas marginais mais salientes e fossa lingual
mais profunda. O cíngulo é mais estreito, e entre o cíngulo e a
fossa lingual surge frequentemente uma depressão em forma
de foceta, o forame cego .
Incisivo lateral inferior (32/42)
Face vestibular: a coroa do incisivo lateral inferior difere da do
central em suas bordas mesial e distal que são mais inclinadas,
o que possui um aspecto triangular, além disso a borda mesial
é ligeiramente mais alta que a distal, possui ainda inclinação no
sentido cervical, de mesial para distal que é acentuado devido
ao desgaste. Possui um maior arredondamento no ângulo disto
incisal, tudo isso corrobora para que a área de contato distal
esteja mais deslocada para a cervical em relação à área de
contato mesial.
Semelhante ao incisivo central inferior, porém ligeiramente
maior nas dimensões da coroa e da raiz. 
Face lingual: os aspectos observados nessa vista são os
mesmos que o da face vestibular.
Faces de contato: a borda incisal não é uma perfeita linha reta,
sendo assim os ângulos vestíbulo-lingual não estão formando
ângulos retos, pelo contrario, ela é girada disto-lingualmente,
de tal dorma que o ângulo disto-incisal fique em posição mais
lilngual que o ângulo mésio-incisal. O cíngulo também
acompanha essa rotação.
Raiz: se comparada com a raiz do central, é mais longa, mais
robusta, com sulcos mais profundos, principalmente o distal,
geralmente desviada para o distal.
Caninos (13,23,33,43)
São 4 dentes, seu nome faz referência por parecer dentes de
cachorros, têm função de dilaceração, fonação das sílabas e nas
mulheres são mais arredondados. 
Não possui simetria bilateral na coroa, devido ao segmento mesial
da aresta longitudinal da cúspide ser menor e menos inclinado que
o distal.
Os caninos têm uma particularidade em seu contorno convexo
mésio-distal, que se evidencia se vista por incisal: a metade mesial
é mais convexa, mais proeminente e mais projetada para vestibular
que a metade distal.
Canino superior (13/23)
É o dente mais longo, o tamanho da coroa é semelhante a do
incisivo central superior, entretanto a raiz é bem mais longa, a
coroa tem um formato diferenciado, que lhe confere aspecto de
força e robustez.
Face vestibular: é convexa, e diferente dos incisivos, a sua face
vestibular tem formato pentagonal, devido a presença de uma
cúspide na borda incisal, que a divide em duas inclinações. O
segmento mesial da aresta longitudinal é mais curto e menos
inclinado. O maior segmento distal torna o ângulo disto-incisal
mais arredondado e deslocado para cervical que o ângulo
mésio-incisal. As bordas mesial e distal convergem para o colo,
sendo a da borda distal mais acentuada. A borda mesial é mais
alta, mais plana que a borda distal. A face vestibular tem uma
elevação longitudinal em forma de crista que segue até a
cúspide, que é acompanhado de cada lado por sulcos rasos,
que evidenciam um aspecto trilobado à face, sendo o lobo
central mais proeminente.
Face lingual: tem o mesmo formato da face vestibular, porém
sendo mais estreita, principalmente no terço cervical, devido a
convergência das faces de contato para lingual e cervical. As
cristas marginais e o cíngulo são bem desenvolvidos no canino
superior, sendo o cíngulo especialmente robusto,
assemelhando-se a uma cúspide, por vezes está acompanhado
por uma crista cérvico-incisal, que quando presente divide a
fossa lingual em uma mesial e uma distal. Há também casos em
que a face lingual é lisa.
Faces de contato: as faces mesial e distal têm formato
triangular, sendo lisas e convexas, porém a face mesial é maior
e mais plana, se comparado com os incisivos, os caninos são
bem mais espessos vestíbulo-lingualmente, a linha cervical tem
uma curva mais aberta e a borda vestibular é mais convexa.
Raiz: tem formato cônico, é bem forte e longa (as vezes pode
chegar ao dobro do comprimento da coroa), é reta, raramente
se desvia para distal, transversalmente seu aspecto é oval, com
maior diâmetro vestibular. Possui sulco longitudinal nas
superfícies mesial e distal.
Imagem 11.
Canino inferior (33/43)
Face vestibular: é mais convexa que o canino superior e não
possui crista cérvico-incisal tão marcada. A borda mesial é mais
alta que a distal, mais retilínea e alinha com a superfície mesial
da raiz. A borda distal é mais incinada e curva e forma um
ângulo com a superfície distal da raiz. Devido o maior
estreitamento, comparado ao canino superior, a convergência
dessas bordas para a cervical é menor. A metade distal é mais
larga e prolonga-se no sentido distal, em contrapartida a
metade mesial é mais robusta e se projeta vestibularmente,
assim como o canino superior.
Face lingual: diferente do canino superior, o cíngulo e as cristas
marginais são bem discretas, bem como não há crista que uma
o cíngulo à cúspide. Sua forma acompanha a dos incisivos
inferiores, com uma fossa lingual pouco escavada.
Faces de contato: vendo por este lado, a borda vestibular é
menos convexa do que a do canino superior, bem como o
diâmetro vestíbulo-lingual também é menor.
Raiz: é levemente mais curta que a raiz do canino superio e
bastante achatada no sentido mésio-distal. Possui sulcos
longitudinais nas superfícies mesial e distal. A raiz,
frequentemente, se inclina para distal, ou pelo menos se terçoapical.
Tem a coroa mais longa e estreita que o canino superior. 
Imagem 12
Pré-Molares (14/24/34/44/15/25/35/45)
Composto por 8 dentes, têm forma de mesa na região oclusal,
têm função de pré-trituração, fonação e suporte para as
bochechas.
Primeiro premolar superior (14/24)
Face vestibular: é semelhante ao canino superior, porém
corresponde a ¾ menor e ter seus sulcos e convexidades
menos desenvolvidos. O que difere na semelhança é o
segmento mesial da aresta longitudinal da cúspide, que é mais
longo que o segmento distal da mesma cúspide.
Face lingual: tem o mesmo contorno da face vestibular, sendo
mais lisa, convexa e menor em dimensões. Por essas
características reduzidas, em vista pela face lingual é possível
ver os contornos da face vestibular. O segmento distal da
aresta longitudinal da cúspide lingual é maior que o mesial,
assim o vértice da cúspide encontra-se deslocado para a mesial
em relação ao ponto médio da coroa. Esta é uma característica
diferencial forte do primeiro premolar superior.
Faces de contato: as bordas vestibular e lingual das faces de
contato são quase paralelas, mas ainda assim convergem para
oclusal. A borda lingual é mais convexa e inclinada, tendo a
maior projeção lingual situada no terço médio. Na borda
vestibular, a maior projeção fica entre os terços cervical e
médio. Se vistas pelas faces de contato, as cúspides ficam com
seus vértices projetados dentro do contorno das raízes. A
cúspide vestibular é mais volumosa e mais alta. A linha cervical
de ambos os lados é bem curva e aberta, ao seu nível no lado
mesial, há uma depressão característica que ocupa o terço
cervical da coroa e invade parte da raiz. A face distal é toda
convexa, não possui depressão no terço cervical. Outra
diferença entre a face distal e mesial é a presença constante do
prolongamento do sulco principal da face oclusal.
Face oclusal: tem forma pentagonal, a borda vestibular é divida
em mésio-vestibular e disto-vestibular. As bordas mesial e distal
convergem para a lingual, já que a face lingual é menor que a
vestibular. Pela vista oclusal tem-se uma melhor ideia da forma,
tamanho e posição das cúspides. A mesial é reta vestíbulo-
ligualmente, a distal é convexa. A metade distal da cúspide
inclina-se mais para vestibular. Existe um sulco que separa as
cúspides, este fica ligeiramente deslocado para a lingual, já que
as cúspides têm tamanho desproporcional. É retilíneo e
termina no encontro da crista marginal de cada lado em
fossetas principais mesial e distal. Nelas terminam também
sulcos que margeiam as critas marginais de disposição
vestíbulo-oclusal e línguo-oclusal. Por ser a fosseta formada
pela reunião de três sulcos é denominada fossa triangular.
Raiz : geralmente possui duas raízes cônicas com inclinação
distal, sendo uma vestibular maior e outra lingual menor. Há
casos em que elas se apresentam fusionadas, com uma linha
demarcatória bem nítida. São menores que as raízes dos
caninos, cerca de 3 a 4 mm mais curtas.
Imagem 13.
Primeiro premolar inferior (34/44)
Face vestibular: Tem semelhança com o canino, embora seja
mais baixa. Possui simetria bilateral, com a cúspide situada
sobre o longo do eixo do dente, logo podemos dizer que os
segmentos mesial e distal da aretsa longitudinal são do mesmo
tamanho. Porém em alguns casos pode haver assimetria.
Face lingual: é menor que a vestibular devido a convergência
das faces mesial e distal em direção linguo-cervical e às
dimensões da cúspide lingual. Dessa maneira, e pelo fato da
coroa ser inclinada para a lingual, vê-se quase toda a face
oclusal olhando pela face lingual. Há a presença de um sulco
pequeno proveniente da fosseta mesial da face oclusal, que
separa a cúspide lingual da crista marginal mesial.
Faces de contato: há uma forte convexidade da face vestibular,
inclinação para lingual e saliência do terço cervical, que é a
bossa vestibular. O vértice da cúspide vestibular coincide com o
longo do eixo do dente. A face lingual não se inclina muito,
sendo quase vertical. A crista marginal mesial é mais cervical
em posição do que a distal e também mais inclinada da
vestibular para a lingual
Face oclusal: tem aspecto ovóide, com polo maior na vestibular
e as bordas mesial e distal convergem para a lingual. As
cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma
ponte de esmalte, limitando cada lado da fosseta. A fosseta
distal é maior que a mesial e fica em posição mais lingual em
relação a fosseta mesial, esta mais deslocada para vestibular.
Raiz: achatada mésio-distalmente, com aspecto oval em visão
transversal. As vezes possui sulcos longitudinais suaves, que
marcam a superfície mesial da raiz. Em alguns casos, cerca de
¼ , apresentam um sulco mesial profundo, em forma de fenda,
que por vezes promove até bifurcação apical. Vista pela face
vestibular, a raiz encurva-se para distal.
Imagem 14
Segundo premolar superior (15/25)
Face oclusal: tem formato oval. O sulco primário é central e não
deslocado para lingual como no primeiro premolar. O vértice
da cúspide lingual encontra-se alinhado com o ponto médio da
coroa. A diferença entre as cristas marginais é menos
acentuada. O diâmetro mésio-distal do lado lingual é
semelhante ao lado vestibular. No segundo premolar superior
o sulco principal do centro da coroa é curto. As fossetas mesial
e distal estão próximas entre si. Outra característica é a
presença de muitos sulcos secundários.
Raiz: geralmente possui uma raiz única, que é achatada mésio-
distalmente, com presença de sulcos longitudinais, podendo
estar ausentes em alguns casos.
Sua coroa é similar à do primeiro premolar, porém menor. Além
disso, seus elementos anatômicos são mais suaves, assim como
seus ângulos são mais arredondados. As cúspides são de
tamanhos semelhantes, a vestibular sendo levemente maior. O
vértice da cúspide lingual não está tão deslocado para mesial, nem
há sulco interrompendo a crista marginal mesial ou depressão no
terço cervical da face mesial.
Imagem 15.
Segundo premolar inferior (35/45)
Face vestibular: sua face vestibular é semelhante a do primeiro
premolar inferior, porém a cúspide vesibular é menos
pontiaguda, com a sua aresta longitudinal mais horizontalizada.
As bordas mesial e distal são menos convergentes para o colo
e a área de contato mesial fica em um nível ligeiramente mais
alto. A face vestibular inclina-se para a lingual, principalmente
em seu terço médio e oclusal.
Face lingual: é mais larga no segundo premolar. A cúspide
lingual é central e, as vezes, deslocada para mesial. Há
constante depressão entre a cúspide e a crista marginal distai.
A cúspide lingual é, muitas vezes, dividida em duas cúspides
subsidiárias: uma mesial, maior, outra distai, menor. O sulco
que as separa é, portanto, mais distai. Ele avança sobre a face
lingual em pequena extensão.
Faces de contato: a mesial é mais alta e larga, a cúspide lingual
é proporcionalmente maior, sendo assim a convergência das
bordas vestibular e lingual para a oclusal é menos aguda do
que no primeiro premolar inferior. O vértice da cúspide lingual
fica alinhado com a superfície lingual da raiz.
Face oclusal: tem um contorno circular devido as grandes
dimensões da cúspide e da face lingual. Mesmo assim, as
bordas mesial e distai com as respectivas cristas marginais
tendem a convergir para a lingual. Embora, os padrões
morfológicos da face oclusal deste dente sejam muito variáveis,
ele geralmente é bicuspidado e tricuspidado. Na primeira, um
sulco divisório mésio-distal, em forma de arco aberto para a
vestibular (ocasionalmente retilíneo), corre entre as duas
cúspides. Da metade distai deste sulco parte uma depressão
rasa em direção lingual. Na forma tricuspidada, um sulco
lingual, partindo do sulco mésio-distal, separa nitidamente a
cúspide mésio-lingual, maior, da cúspide disto-lingual, menor.
Na união de ambos os sulcos surge uma fosseta central.
Raiz: é cônica, oval em secção transversal e com sulcos
longitudinais muito pouco pronunciados.
Tem uma coroa mais volumosa que a do primeiro premolar inferiore possuem uma cúspide lingual de proporções bem maiores. Eles
diferem entre si mais do que entre os pré-molares superiores.
Imagem 15.
Molares
Têm forma de mesa
Têm mais cúspides que os pré-molares
Composto por 12 dentes
Função de trituração com maior eficiência e fonação.
Primeiro molar superior (16/26)
Face vestibular: contorno trapezoidal, grande base oclusal,
sendo que os lados mesial e distal do trapézio convergem a
partir das áreas de contato em direção cervical. A área de
contato mesial fica entre os terços médio e oclusal e a distal no
terço médio. A mesial é mais alta, além de ser mais reta, menos
convexa.
Face lingual: seu formato é o mesmo que o vestibular, porém é
maior. É possível ver duas cúspides por esta face, sendo a
mésio-lingual maior e a disto-lingual menor. O sulco que as
separa inicia-se na face oclusal e, com a forma de um arco de
concavidade distai, alcança o centro da face lingual. A partir daí,
ele continua reto em direção cervical, como uma depressão
rasa e larga, até a depressão similar longitudinal da raiz lingual.
A face lingual mostra um tubérculo, o tubérculo de carabeli,
este varia em forma e tamanho, porém é uma característica
desse dente.
Faces de contato: são retangulares. A face distal é convexa e a
mesial achatada, quase plana e maior em todas as dimensões.
As bordas vestibular, que é convexa cervicalmente e daí
continua como uma linha reta até oclusal, e lingual, que é
uniformemente convexa do colo até a face oclusal, convergem
para oclusal.
A coroa do primeiro molar superior é da mesma altura da coroa
dos pré-molares do mesmo arco, porém é duas vezes mais larga. 
Face oclusal: tem contorno losângico. Na borda oclusal, a
cúspide mésio-vestibular é mais alta e mais larga do que a
cúspide disto-vestibular. Um sulco vestibular se estende entre
as cúspides até o terço médio da coroa, local onde termina em
fosseta ou de forma imperceptível. Um arranjo irregular de
sulcos principais em forma de H maiúsculo separa as quatro
cúspides. Essa forma pode ser assim decomposta: as duas
cúspides mesiais são separadas por um sulco de direção
mésio-distal, que vai da fosseta mesial à fosseta central; as
duas cúspides vestibulares são separadas por um sulco, já
mencionado, que vai da face vestibular à fosseta central; ambos
os sulcos se encontram na fosseta central em ângulo reto. As
duas cúspides linguais são separadas por um sulco curvo, já
mencionado, que vai da face lingual à fosseta distal ao lado da
crista marginal distai ou além dela; este último sulco é ligado à
fosseta central por um sulco que acompanha a longa diagonal
e que, de tão raso, em alguns dentes nem se nota. Ele é assim
raso porque passa transversalmente sobre uma ponte de
esmalte que liga a cúspide mésio-lingual à disto-vestibular. O
sulco apenas aprofunda a parte central da ponte de esmalte,
sem chegar a interrompê-la. Na realidade, ela é que interrompe
o sulco.
Raiz: o primeiro molar superior tem um bulbo radicular que se
divide em três raízes, nas posições mésio-vestibular, disto-
vestibular e lingual. A raiz lingual é a maior e mais longa de
todas; tem forma cónica e diverge muito das outras devido a
sua inclinação lingual. Ela é sulcada longitudinalmente nos dois
terços cervicais de sua superfície lingual. Não se desvia para a
distai. As raízes vestibulares são achatadas mésio-distalmente e
a raiz mésio-vestibular é bem mais larga do que a disto-
vestibular. Elas divergem muito pouco do eixo do dente e são
mais ou menos paralelas entre si. O terço apical dessas raízes
muitas vezes se curva um em direção ao outro, outras vezes
ambos se desviam um pouco para a distai. As três raízes não se
fusionam. Estão sempre bem separadas uma das outras
Imagem 16.
Primeiro molar inferior (36/46)
Face vestibular: contorno trapezoidal grande base oclusal, a
linha cervical é praticamente reta, mas mana uma ponta de
esmalte na direção da bifurcação das raízes. Tem como
característica mais importante as três cúspides mésio-
vestibular, vestibular-medina e disto-vestibular, separadas
por sulcos verticais, sendo o sulco mésio-vestibular mais
profundo e mais longo que o sulco disto-vestibular, e
frequentemente termina numa fosseta no centro da face
vestibular. A cúspide mésio-vestibular é a mais volumosa e
mais alta, seguida pela vestibular mediana e, por último, a
disto-vestibular. Isso significa que a borda oclusal é inclinada
de mesial para distal, logo a borda mesial é mais alta do que
a distal, além de ser mais retilínea. A face vestibular é muito
convexa no terço cervical (bossa vestibular).
Face lingual: contorno semelhante ao da face vestibular,
porém é menor, já que aas faces mesial e distal convergem
para a lingual. A face lingual, convexa em todas as direções,
não se inclina como a vestibular. 
Faces de contato: pelas faces de contato, pode-se ver como
a face vestibular é inclinada para lingual. A face mesial é
maior que a face distal.
Face oclusal: é mais larga na borda mesial do que na distal,
mais larga na borda vestibular do que na lingual. A borda
vestibular, entrecortada pelas cúspides e sulcos que as
separam, é curvilínea, com acentuação dessa curva na
porção distal. As cúspides mesiais são as maiores e
perfazem metade, ou mais da metade, da coroa.
É o maior dente da boca, possui uma coroa alongada, lembra
um paralelepípedo.
Raiz: possui duas raízes que estão sempre bem separadas e se
curvam levemente para distal, comprimidas mésio distalmente
e largas vestíbulo-lingualmente. A raiz mesial é mais longa e
larga e, também, mais comprimida. Possui sulcos longitudinais
mesial e distal.
A disposição dos sulcos pode ser retilíneos e cruzados. Um deles é
mésio-distal, com início na fosseta mesial e término bifurcado. O
ramo lingual da bifurcação interrompe-se na crista marginal distai
(fosseta distai), e o ramo vestibular desloca-se para a vestibular e
passa entre as cúspides vestibular mediana e disto-vestibular. O
outro é vestíbulo-lingual (formado pelos sulcos vestibular e lingual);
separa as cúspides mesiais das demais e cruza o primeiro sulco em
ângulos retos, formando a fosseta central. Uma outra disposição
de sulcos, mais complicada, é de maior ocorrência. Neste arranjo, o
sulco mésio-distal não é retilíneo, mas em linha quebrada, com três
ângulos, como se fosse uma letra W de ramos bem abertos. No
ângulo do meio, onde se unem os ramos internos do W, termina o
sulco proveniente da face lingual, formando a fosseta central. Nos
vértices dos outros dois ângulos terminam os sulcos provenientes
da face vestibular. O sulco mésio-vestibular é ligeiramente mesial
em relação à fosseta central, e o disto-vestibular une-se com o
sulco mésio-distal entre a fosseta central e a fosseta distai. Sulcos
secundários são comuns nas vertentes triturantes das cúspides.
Terminam principalmente no sulco mésio-distal.
Imagem 17.
Segundo molar superior (17/27)
Face lingual: há a diferença de tamanho entre as cúspides, e
também há casos em que a cúspide disto lingual não existe,
neste caso o dente será tricuspidado, o sulco lingual é mais
curto e menos profundo. Não há tubérculo de carabelli. 
Faces de contato: muito semelhantes a do primeiro molar,
entretando não há tubérculo de carabelli.
Face oclusal: a borda lingual desta face é menor que a borda
vestibular, devido a cúspide disto-lingual ser menor, portanto
as bordas mesial e distal convergem para a lingual. Nos casos
em que falta a cúspide disto-lingual, a convergência é muito
mais acentuada e a face oclusal passa a ter um contorno
triangular. Os sulcos principais da face oclusal são,
basicamente, os mesmo descritos no primeiro molar, com a
diferença apenas que o sulco que une a fosseta central à
fosseta distal é bem mais profundo. 
Raiz: as raízes são reduzidas em todos os aspectos, se
comparadas a do primeiro molar. As raízes vestibulares são
paralelas, próximas e se inclinam para distal. Fusão de duas
raízes é comum, principalmente da mésio-vestibular com a
lingual.
É menor que o primeiro molar, nota-se que a cúspide disto-
vestibular émuito menor que a mésio-vestibular, o que difere do
primeiro molar onde elas têm apenas uma leve diferença de
tamanho. Devido a essa diferença, a borda oclusal se inclina
cervicalmente de mesial para distal. 
Imagem 18.
Segundo molar inferior (37/47)
Face vestibular: na sua borda oclusal mostra apenas duas
projeções relativas às cúspides mésio-vestibular e disto-
vestibular. A convergência das bordas mesial e distal para o
colo é mais discreta nesse dente. 
Face lingual: menor que a precedente, com o sulco lingual
pouco evidente.
Faces de contato: a face distal desse dente, se comparadas ao
primeiro molar, é menos convexa e no lugar que seria a
projeção da quinta cúspide aparece a concavidade da crista
marginal.
Face oclusal: tem o formato retangular, tem a convergência
menos acentuada das faces livres para distal e das faces de
contato para lingual no sentido horizontal. As quatro cúspides
estão simetricamente dispostas na face oclusal, tendo um sulco
vestíbulo-lingual separando as cúspides mesiais, maiores, das
distais menores, e outro sulco, o sulco reto da fosseta mesial
até a fosseta distal, dividindo as cúspides vestibulares das
linguais. Ambos os sulcos se cruzam em ângulos retos no
centro da face oclusal.
Raízes: são menores e menos divergentes, se comparado ao
primeiro molar, nem sempre seus ápices se inclinam para a
distal, as vezes eles se encurvam um em direção ao outro. Têm
tendência de fusionar.
É um pouco menor que o primeiro molar inferior, possui quatro
cúspides.
Imagem 19.
Referências
MADEIRA, M.C. Anatomia do Dente. 2ª ed. São Paulo: Sarvier.
2000
DOMÍNIO. Dental-Lite. Disponível em:
<https://play.google.com/store/apps/details?
id=com.ISOFORM.DentalLite>. Acesso em: 02 de outubro de
2020.
DOMÍNIO. [ENDO-E]. Disponível em: <http://www.endo-
e.com/>. Acesso em: 01 de outubro de 2020.

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