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SUPREMA Faculdade de Ciências Médicas e da saúde de Juiz de Fora Ciclo cardíaco e Noções Básicas de Eletrocardiograma Lorhaine Miguel Orientação: Prof. Dr. Klaus Bertges Maio 2021 Método Clínico I 1 (Guyton et al., 2012) Coração 4 câmaras Átrio direito Ventrículo direito Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo Átrios recebem o sangue das veias, enquanto os ventrículos ejetam o sangue para o interior das artérias aorta e pulmonar CICLO CARDÍACO ANATOMIA DO CORAÇÃO 2 (Guyton et al., 2012) Aparelhos valvares 4 aparelhos valvares: Valva mitral Valva tricúspide Valvas semilunares aórticas Valvas semilunares pulmonares As valvas atrioventriculares funcionam com a participação das cordas tendíneas e músculos papilares CICLO CARDÍACO ANATOMIA DO CORAÇÃO (Guyton et al., 2012) Sistema excitocondutor Fibras especializadas com capacidade de autoexcitação Componentes: Nó sinusal Feixes internodais Feixe de His (A-V) Ramos direito e esquerdo Fascículos e fibras de Purkinje Transmissão do impulso elétrico de forma rápida e rítmica CICLO CARDÍACO ANATOMIA DO CORAÇÃO (Guyton et al., 2012) Sistema excitocondutor Cada contração é precedida por uma atividade elétrica Direção de propagação do impulso elétrico: Nó sinusal – Feixe de Bechmann – átrio esquerdo – feixes intermodais – Nó atrioventricular – Feixe de His – Ramos direito e esquerdo – Fibras de Purkinje No nó atrioventricular há uma lentificação na transmissão do impulso CICLO CARDÍACO ANATOMIA DO CORAÇÃO 5 Lorhaine Aparecida Fernandes Miguel (LAFM) - (Porto et al., 2016) Ciclo cardíaco Sequência de eventos O trabalho mecânico do coração depende de duas variáveis: volume de sangue e pressão Contração das fibras miocárdicas: aumento da pressão intracavitária Relaxamento das fibras miocárdicas: queda pressórica Essa variação da pressão intracavitária proporciona a abertura e fechamento das valvas, o esvaziamento dos átrios e enchimento dos ventrículos CICLO CARDÍACO FISIOLOGIA 6 (Porto et al., 2016) Diástole Relaxamento Enchimento ventricular: Terço inicial: enchimento rápido Recuperação do tônus do miocárdio atrial + chegada de sangue dos pulmões: aumento da pressão Redução da pressão intraventricular Abertura da valva mitral Esvaziamento atrial esquerdo 70% do volume atrial CICLO CARDÍACO BOMBA CARDÍACA 7 (Porto et al., 2016) Diástole Enchimento ventricular: Terço médio: Pequena quantidade de sangue Flui diretamente das veias Terço final: Contração atrial 30% do volume CICLO CARDÍACO BOMBA CARDÍACA 8 (Guyton et al., 2012) Diagrama de Wiggers CICLO CARDÍACO 9 (Porto et al., 2016) Sístole Contração Esvaziamento ventricular: contração isovolumétrica + período de ejeção + relaxamento isovolumétrico Contração Isovolumétrica: Fechamento das valvas atriventriculares (B1) Contração do miocárdio ventricular Aumento da pressão intraventricular Não há ejeção CICLO CARDÍACO BOMBA CARDÍACA 10 (Porto et al., 2016) Sístole Período de ejeção: Pressão VE > 80 mmHg Abertura das valvas semilunares Sangue é ejetado dos ventrículos para as artérias Ejeção rápida: 70% do volume no terço inicial Ejeção lenta: 30% do volume nos dois terços finais CICLO CARDÍACO BOMBA CARDÍACA 11 (Porto et al., 2016) Sístole Relaxamento isovolumétrico Final da sístole Relaxamento ventricular Redução brusca da pressão intraventricular Tentativa de retorno do sangue para os ventrículos Fechamento das valvas semilunares (B2) CICLO CARDÍACO BOMBA CARDÍACA 12 (Guyton et al., 2012) Diagrama de Wiggers CICLO CARDÍACO 13 (Porto et al., 2016) CICLO CARDÍACO COMBA CARDÍACA 14 (Guyton et al., 2012) Ciclo cardíaco CICLO CARDÍACO BOMBA CARDÍACA 15 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma É o registro da atividade elétrica do coração por meio de eletrodos adequadamente posicionados na superfície corpora O registro é feito em papel quadriculado impresso ou digitalizado Útil no diagnóstico de arritmias, sobrecargas das câmaras cardíacas lesões isquêmicas do miocárdio CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG 16 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Componentes do ECG normal: Onda P: despolarização atrial Complexo QRS: despolarização ventricular Onda T: repolarização ventricular Não há resposta mecânica Segmentos e intervalos Átrios não repolarizam? 17 (Dublin, 1996) ECG e Atividade Cardíaca CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG 18 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Registro: Padrão:25 mm/s; 10 mm/mV. 19 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Derivações: Plano frontal: 4 eletrodos nos membros Plano horizontal: 6 eletrodos na região precordial do tórax O registro é simultâneo em todas as 12 derivações 20 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Para compreender o traçado do ECG é necessário entender o “ponto de vista” de cada derivação Vetores 21 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG De modo geral, o ponto de vista corresponde ao polo positivo. No plano frontal: DI: membro superior esquerdo DII e DIII: parede inferior aVR: membro superior direito (right) aVL: membro superior esquerdo (left), semelhante a DI aVF: parede inferior (foot) 22 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG No plano horizontal, o polo positivo corresponde à posição dos eletrodos no tórax V1 e V2 estão no 4º espaço intercostal direito e esquerdo, respectivamente V3 fica entre V2 e V4, e geralmente é colado por último no paciente. V4, V6 e V6 estão no 5º espaço intercostal 23 (Dublin, 1996) Eletrocardiograma CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Corte transversal do tórax 24 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Identificação Ritmo Frequência Onda P Complexo QRS Segmento ST Onda T Ritmo: Regular ou Irregular 25 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Ritmo: identificar de onde surge o estímulo elétrico Sinusal: presença de onda P Ausência de onda P ou onda P negativa: onda atrial não sinusal 26 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG 27 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Frequência: Ritmo regular 1500/21 = 71 bpm 300 / 4 = 75 bpm 28 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Frequência: Ritmo irregular Nº de “QRS” em 30 “quadradões” x 10 Usa-se DII longo 16 x 10 = 160 bpm 29 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Onda P Sinusal ou não Duração e formato da onda 30 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Complexo QRS Duração menor que 120 ms (3 quadradinhos) Eixo QRS: entre -30° a +90º Se o QRS for predominantemente positivo em DI e em aVF quer dizer que o vetor vai em direção à DI e aVF, simultaneamente, sendo assim, o eixo encontra-se em 0 e +90˚ (normal) 31 (Dublin, 1996) Sistema Hexaxial de Bailey CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Tem a finalidade de calcular o eixo elétrico médio (vetor resultante) do coração É construído através do triângulo de Einthoven e das derivações aumentadas Importância: algumas patologias causam o desvio do eixo do coração para a direita (>90º) ou para a esquerda (<-30º) 32 (Dublin, 1996) Interpretação do ECG CICLO CARDÍACO NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Segmento ST Vai do ponto J ao início da onda T Deve estar ao nível do segmento PR Onda T É assimétrica, com a ascensão mais lenta e descenso mais rápido Polaridade acompanha a do QRS Amplitude em torno de 10 a 30% do complexo QRS 33 (Reis et al., 2020) Alterações comuns no ECG NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Sobrecarga Atrial Esquerda Duração maior ou igual a 120 ms Onda com entalhe Em V1 pode se apresenta bifásica com porção negativa maior ou igual a 40 ms34 (Reis et al., 2020) Alterações comuns no ECG NOÇÕES BÁSICAS DE ECG Supradesnivelamento do segmento ST: Na maioria dos casos indica IAM, mas pode estar relacionado a hipertrofia ventricular ou distúrbio de polarização 35 Exemplo NOÇÕES BÁSICAS DE ECG 36 SUPREMA Faculdade de Ciências Médicas e da saúde de Juiz de Fora OBRIGADA! lorhaine_fernandesjf@hotmail.com
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