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Recursos - Copia

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Bem-vindo! 
Nessa apostila você irá aprender sobre recursos no processo 
civil de forma objetiva e descomplica. Esse material foi criado 
pensando na 1° fase da OAB de forma alguma possui conteúdo 
suficiente para a 2° fase em Civil, não abordaremos a criação de 
peças. Minha intenção foi realmente ensinar e não copiar artigos 
que você facilmente tem acesso apenas abrindo o Vade Mecum, 
isso não significa que os artigos mencionados não sejam 
importantes, para um perfeito entendimento da matéria é necessário 
a leitura de TODOS os artigos mencionados. 
Ao final da apostila eu deixei algumas questões para fixação 
do conteúdo e para observação de como a OAB e FGV cobram o 
tema na 1° fase. Após a leitura dessa apostila e dos artigos 
mencionados, você será totalmente capaz de responder todas as 
questões. Desejo a todos bons estudos. 
Mayara Miriam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral dos Recursos 
Os recursos visam, primordialmente, reformar decisões judiciais que 
contenham algum defeito, invalidar decisões judiciais que possuam certas 
nulidades, esclarecer pontos importantes de decisões judiciais e integrar as 
decisões judiciais. 
Via de regra temos dois juízos, o chamado juízo de admissibilidade e o 
juízo de mérito. Falaremos agora sobre o que é analisado dentro da análise 
feita pelos tribunais no juízo de admissibilidade: 
 Será analisado primeiramente se o recurso é cabível e se há previsão 
legal para o mesmo dentro daquele caso concreto; 
 Se a parte recorrente possui interesse e legitimidade para recorrer; 
 Se o recurso foi interposto no prazo previsto (tempestividade) e se existe 
algum fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer, exemplo é a 
pessoa que recebe decisão condenatória de pagar determinado valor e 
paga para depois recorrer, esse recurso não será aceito, houve 
preclusão a parte praticou ato incompatível de recorrer, a pessoa fica 
impedida de propor recurso; 
 Por fim será analisado se houve o preparo do recurso, ou seja, se as 
custas processuais foram pagas. 
Todos esses itens sendo analisados e considerados cabíveis o recurso será 
recebido, isso apenas significa que o recurso passou no juízo de 
admissibilidade, passado o juízo de admissibilidade entramos no juízo de 
mérito que é o que vai analisar de fato o conteúdo, dentro deste juízo o recurso 
pode ser provido ou desprovido. Há duas alegações viáveis no juízo de mérito, 
Error in Judicando e Error in Procedendo. Vejamos: 
 Error in Judicando é o erro de julgamento, entende que há um vício 
no mérito, na decisão do juiz, é como dizer que o juiz decidiu mal. É um 
erro em relação ao conteúdo a forma da decisão está correta, mas no 
conteúdo houve erro, o juiz analisou mal o direito material, isso nos leva 
a uma reforma da decisão, caso o recurso seja aceito. 
 Error in Procedendo é o erro de procedimento, quando há um vício 
formal, por exemplo, uma sentença que não contenha fundamentação 
completa, se há deficiência na fundamentação estamos diante de error 
in procedendo. Vicio formal, o juiz não cumpriu todos os requisitos 
formais na sua decisão. 
O recurso sendo provido um error in procedendo leva a invalidação da 
decisão judicial. 
Princípios Que Regem os Recursos 
 Princípio do duplo grau de jurisdição e do acesso à justiça: As decisões 
judiciais são passiveis de falhas, o duplo grau de jurisdição vem 
justamente para que as decisões possam ser revisadas por um órgão 
superior para caso haja alguma falha possa ser corrigida. Tal princípio 
possui previsão constitucional. 
 Princípio da Taxatividade: Esse princípio cuida de todo o sistema 
recursal, não permitindo que os litigantes inovem no mecanismo 
recursal, ou seja, só existem recursos se eles forem expressamente 
expressos por lei, não é possível inovar nesse sentido. Os recursos 
existem em um rol taxativo no ordenamento jurídico. 
No CPC os recursos são: 
1. Embargos de Declaração; 
2. Apelação; 
3. Agravo de Instrumento; 
4. Agravo Interno; 
5. Recurso Ordinário Constitucional; 
6. Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário; 
7. Embargos de Divergência; 
8. Recurso Especial; 
9. Recurso Extraordinário. 
 Princípio unirrecorribilidade ou singularidade: Esse princípio traz a ideia 
de que para cada decisão há um recurso especifico, contra cada 
decisão o mesmo legitimado só pode interpor um único recurso em 
cada oportunidade. Para cada espécie de decisão existente na lei deve 
ter apenas um recurso adequado para aquela situação a fim de não 
causar dúvidas. Este princípio comporta exceções, já que, por exemplo, 
o art. 1.028 do CPC prevê a possibilidade de utilização do recurso 
extraordinário e especial contra a mesma sentença. Além disso, sempre 
que uma decisão for obscura, contraditória ou omissa, caberão 
embargos de declaração e outro recurso. 
 Princípio da fungibilidade recursal: O princípio da fungibilidade protege 
as partes resguardando-a contra eventuais incongruências da lei, já que 
a parte não pode ser prejudicada em seu direito por uma falha do 
legislador. Por meio deste haverá na prática, se preenchidos alguns 
requisitos, a substituição ou o recebimento de um recurso por outro, a 
admissão do recurso nominalmente errado como se fosse o correto no 
caso concreto, em respeito ao aproveitamento máximo dos atos 
processuais e à flexibilização de procedimentos. Esse princípio é muito 
útil quando há dúvida objetiva a respeito de qual o recurso cabível, 
quando a lei não é clara ou permite mais de uma interpretação, o juiz 
competente poderá receber e conheça o recurso equivocadamente 
interposto pela parte, tal como se fosse o recurso correto. O Art. 277 do 
CPC afirma “ Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz 
considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a 
finalidade. ” 
 Princípio da proibição da reformatio in pejus: Esta disposição veda o 
agravamento da situação da parte recorrente. É vedada a reforma da 
decisão para piorar a situação do recorrente: ou a sua situação se 
mantém como está, ou melhora. Não poderá o recorrente ter sua 
condenação agravada em razão do seu próprio recurso. 
 Princípio da voluntariedade: Este princípio diz que ninguém é obrigado a 
interpor um recurso, é voluntario. 
 Princípio da dialeticidade: É uma forma de buscar a verdade por meio da 
argumentação lógica. De acordo com esse princípio, não basta que o 
recorrente manifeste o seu inconformismo com a decisão e sua vontade 
de recorrer, é preciso também que demonstre, desde logo, as razões de 
seu inconformismo, expondo por que a decisão lhe traz algum prejuízo e 
por que deve ela ser anulada ou reformada. 
 Princípio da preclusão consumativa (consumação) ou não 
complementaridade: Impede que o vencido ofereça novo recurso contra 
a decisão recorrida, assim como o impede de aditar, complementar ou 
corrigir o recurso interposto. Uma vez manejado o recurso, ocorreu a 
preclusão consumativa, não se pode mais ser repetido. Por exemplo: O 
dr. Evandro interpôs apelação para sua cliente Vanessa e 2 dias depois 
Vanessa procura outro advogado dizendo que não confia no trabalho do 
dr. Evandro, e que além de querer trocar de advogado deseja que a 
apelação seja refeita. A troca de advogados é possível já a nova 
apelação não. 
Recursos em espécie 
Apelação: Esse recurso é disciplinado do art. 1009 ao 1014 do CPC, onde 
vemos que da sentença cabe apelação, a finalidade deste recurso é impugnar 
todas as questões que foram decididas ao longo do processo que não 
comportem agravo de instrumento. A petição de apelação deve preencher os 
seguintes requisitos formais: 
 Os nomes e qualificação das partes; 
 A exposição dos fatos e do direito; 
 As razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade e o 
pedido de nova decisão. 
O artigo 1011determina que a apelação será distribuída imediatamente a um 
relator, que decide se julgará o recurso de forma monocrática ou de forma 
colegiada. O prazo para interposição do recurso de apelação, assim como para 
apresentar contrarrazões, é de 15 dias (art. 1.03, § 5º). 
Agravo de instrumento: Com o agravo de instrumento buscamos levar 
ao conhecimento imediato do tribunal de segunda estância as questões que 
demandam uma apreciação mais imediata, como exemplo temos as tutelas 
provisórias que são questões de caráter urgente, por isso precisam ser 
analisadas pelo tribunal em caráter urgente. O artigo 1015 traz as hipóteses 
de cabimento do agravo de instrumento: 
 Tutelas provisórias; 
 Mérito do processo; 
 Rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
 Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido 
de sua revogação; 
 Exibição ou posse de documento ou coisa; 
 Exclusão de litisconsorte; 
 Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
 Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
 Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos 
embargos à execução; 
 Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º 
Apesar da forma taxativa das hipóteses de cabimento do agravo de 
instrumento, a jurisprudência do STJ já autorizou o manejo do referido recurso 
em hipóteses não descritas na lei, autorizando sua interpretação extensiva. 
O agravo de instrumento deve ser dirigido diretamente ao tribunal competente, 
por meio de petição contendo: 
 Os nomes das partes 
 A exposição do fato e do direito 
 As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o 
próprio pedido 
 O nome e endereço completo dos advogados constantes do processo 
Recurso Especial: Previsto no art. 105, inciso III, da Constituição Federal. 
É utilizado para contestar uma decisão proferida por um Tribunal de Justiça ou 
pelo Tribunal Regional Federa em segunda instância que contenha violação à 
lei federal ou, ainda, contra decisão que julgar válido ato de governo local 
contestado em face da lei federal. Deve ser apresentado ao Superior Tribunal 
de Justiça, seu regulamento e forma de procedimento estão no art. 1.029 e 
seguintes do CPC. Hipóteses de cabimento do recurso especial: 
 Decisões que contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
 Decisões que julgarem válido ato de governo local contestado em face 
de lei federal; 
 Decisões que derem a lei federal interpretação divergente da que lhe 
haja atribuído outro tribunal. 
Em qualquer destas hipóteses, o advogado poderá se valer do referido recurso, 
endereçado e dirigido ao Presidente ou ao vice-presidente do Tribunal 
Recorrido, que fará o Juízo de admissibilidade. 
Recurso Extraordinário: 
Esta espécie de recurso é interposta perante o tribunal à quo em razão da 
existência de decisões que: 
 Contrariem dispositivo da Constituição; 
 Declarem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
 Julguem válida lei ou ato de governo local contestado em face da 
Constituição; 
 Julguem válida lei local contestada em face de lei federal. 
Essas hipóteses estão elencadas no art.102 da constituição. O Recurso 
Extraordinário é de competência do Supremo Tribunal Federal, sendo 
fundamental observar que a peça processual deverá encaminhar somente 
matéria de direito. 
Embargos de declaração: É através deste instrumento jurídico que as 
partes podem pedir esclarecimentos ao juiz ou tribunal sobre a decisão judicial 
proferida, podendo assim sanar dúvidas causadas por contradições ou 
obscuridades na sentença. Esse recurso reforça o inciso IX do art.93 da 
Constituição Federal, que dispõe: “Todos os julgamentos dos órgãos do Poder 
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de 
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias 
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a 
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o 
interesse público à informação”. Os embargos garantem a eficácia do princípio 
da devida fundamentação das decisões, vale reforçar que os embargos são 
uma das hipóteses onde o magistrado pode alterar a sentença. Art. 494 do 
CPC: Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: 
I. Para corrigir lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões 
materiais ou erros de cálculo; 
II. Por meio de embargos de declaração. 
As hipóteses de cabimento, estão dispostas nos incisos do art. 1.022, CPC. 
Assim, o texto do artigo: 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial 
para: 
I. Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II. Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o 
juiz de ofício ou a requerimento; 
III. Corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I. Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao 
caso sob julgamento; 
II. Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §1° 
Agravo Interno: É uma espécie recursal que visa impugnar as decisões 
monocráticas proferidas pelo relator. Tem como objetivo levar a decisão ao 
conhecimento do órgão colegiado competente para que este se manifeste, 
seja a favor ou contra, visando uma reanalise da decisão tomada 
monocraticamente por um grupo colegiado. O agravo Interno tem suas 
hipóteses de cabimento disciplinadas no art. 1021: 
“Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo 
órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do 
regimento interno do tribunal. 
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente 
os fundamentos da decisão agravada. 
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-
se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo 
retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão 
em pauta. 
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão 
agravada para julgar improcedente o agravo interno. 
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão 
fundamentada, condenará o agravante a pagar à agravada multa fixada entre 
um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito 
prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do 
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. ” 
Recurso Ordinário Constitucional: É um gênero de recursos onde 
podem ser suscitadas tanto questões de fato quanto de direito, previsto no 
art. 102, II e 105, II da Constituição Federal e art. 1027 do CPC, o recurso 
ordinário goza de efeito devolutivo amplo e translativo, julgado pelo STF e 
STJ. É como se o STJ e STF atuassem como tribunais de apelação e não 
como corte de precedentes que é a função primordial desses tribunais na 
análise do recurso especial e extraordinário. A interposição do recurso deve 
ser endereçada ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão denegatória. 
Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário: 
Previsto no artigo 1042 do Código de Processo Civil, este recurso é cabível 
contra decisões do Presidente ou Vice-presidente de tribunal que declarar 
inadmissível o recurso especial ou extraordinário, a finalidade deste agravo é 
possibilitar que o apelo obstado seja apreciado pela instância superior. 
Embargos de Divergência: É cabível contra decisões proferidas 
contra órgãos fracionários do STF ou do STJ, porém, não é cabível contra 
decisões proferidas pela Corte Especial do STJ ou plenário do STF. Esse 
recursovisa eliminar divergências jurisprudenciais internas ao STF ou ao STJ 
estabelecendo quais teses devem prevalecer, buscando um tratamento 
igualitário por meio das decisões judiciais. Art.1043 do CPC: É embargável o 
acórdão de órgão fracionário que: 
I - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de 
qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e 
paradigma, de mérito; 
II - (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016) 
III - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento 
de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e 
outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a 
controvérsia; 
IV - (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões para fixação: 
1) Cláudio, em face da execução por título extrajudicial que lhe moveu Daniel, 
ajuizou embargos à execução, os quais foram julgados improcedentes. O 
advogado de Cláudio, inconformado, interpõe recurso de apelação. Uma 
semana após a interposição do referido recurso, o advogado de Daniel requer a 
penhora de um automóvel pertencente a Cláudio. 
 
Diante do caso concreto e considerando que o juízo não concedeu efeito 
suspensivo aos embargos, assinale a afirmativa correta. 
a) A penhora foi indevida, tendo em vista que os embargos à 
execução possuem efeito suspensivo decorrente de lei. 
b) O recurso de apelação interposto por Cláudio é dotado de efeito 
suspensivo por força de lei, tornando a penhora incorreta. 
c) A apelação interposta em face de sentença que julga 
improcedentes os embargos à execução é dotada de efeito 
meramente devolutivo, o que não impede a prática de atos de 
constrição patrimonial, tal como a penhora. 
d) O recurso de apelação não deve ser conhecido, pois o 
pronunciamento judicial que julga os embargos do executado tem 
natureza jurídica de decisão interlocutória, devendo ser 
impugnada por meio de agravo de instrumento. 
 
2) Carolina, vítima de doença associada ao tabagismo, requereu, em processo 
de indenização por danos materiais e morais contra a indústria do tabaco, a 
inversão do ônus da prova, por considerar que a parte ré possuía melhores 
condições de produzir a prova. 
O magistrado, por meio de decisão interlocutória, indeferiu o requerimento por 
considerar que a inversão poderia gerar situação em que a desincumbência do 
encargo seria excessivamente difícil. 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) A decisão é impugnável por agravo interno. 
b) A decisão é irrecorrível. 
c) A decisão é impugnável por agravo de instrumento. 
d) A parte autora deverá aguardar a sentença para suscitar a 
questão como preliminar de apelação ou nas contrarrazões do 
recurso de apelação. 
3) Arthur ajuizou ação perante o Juizado Especial Cível da Comarca do Rio de 
Janeiro, com o objetivo de obter reparação por danos materiais, em razão de 
falha na prestação de serviços pela sociedade empresária Consultex. 
A sentença de improcedência dos pedidos iniciais foi publicada, mas não 
apreciou juridicamente um argumento relevante suscitado na inicial, 
desconsiderando, em sua fundamentação, importante prova do nexo de 
causalidade. Arthur pretende opor embargos de declaração para ver sanada tal 
omissão. 
Diante de tal cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) Arthur poderá opor embargos de declaração, suspendendo o 
prazo para interposição de recurso para a Turma Recursal. 
b) Os embargos não interrompem ou suspendem o prazo para 
interposição de recurso para a Turma Recursal, de modo que 
Arthur deverá optar entre os embargos ou o recurso, sob pena de 
preclusão. 
c) Eventuais embargos de declaração interpostos por Arthur 
interromperão o prazo para interposição de recurso para a Turma 
Recursal. 
d) Arthur não deverá interpor embargos de declaração pois estes 
não são cabíveis no âmbito de Juizados Especiais. 
4) Mariana propôs ação com pedido condenatório contra Carla, julgado 
improcedente, o que a levou a interpor recurso de apelação ao Tribunal de 
Justiça, objetivando a reforma da decisão. Após a apresentação de 
contrarrazões por Carla, o juízo de primeira instância entendeu que o recurso 
não deveria ser conhecido, por ser intempestivo, tendo sido certificado o 
trânsito em julgado. 
Intimada dessa decisão mediante Diário Oficial e tendo sido constatada a 
existência de um feriado no curso do prazo recursal, não levado em 
consideração pelo juízo de primeira instância, Mariana deverá 
a) Interpor Agravo de Instrumento ao Tribunal de Justiça, 
objetivando reverter o juízo de admissibilidade realizado em 
primeiro grau. 
b) Ajuizar Reclamação ao Tribunal de Justiça, sob o fundamento de 
usurpação de competência quanto ao juízo de admissibilidade 
realizado em primeiro grau. 
c) Interpor Agravo Interno para o Tribunal de Justiça, objetivando 
reverter o juízo de admissibilidade realizado em primeiro grau. 
d) Interpor nova Apelação ao Tribunal de Justiça reiterando as 
razões de mérito já apresentadas, postulando, em preliminar de 
apelação, a reforma da decisão interlocutória, que versou sobre o 
juízo de admissibilidade. 
Essas questões já foram utilizadas em exames de ordem anterior, todas são de 
autoria da FGV, minha intenção com elas foi mostrar a forma como a FGV 
cobra a matéria na primeira fase. 
Gabarito: 
1)C 2)C 3)C 4)B

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