Buscar

Propriedades Gerais da Virologia I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Virologia - Professor Edgar 07/08 Agressão e Defesa I
Aula 01 - Propriedades Gerais dos Vírus. 
Introdução: 
- Se estabelecem em… 
‣ Ordens: terminação é “virales” (ex: 
Mononegavirales). 
‣ Famílias: sufixo “viridae” (ex: 
Picornaviridae). 
‣ Subfamílias: sufixo 
“virinae” (ex: Parvovirinae). 
‣ Gêneros: sufixo “virus” (ex: Hepacivirus). 
- São escritos em itálico ou grifado, com letra inicial 
maiúscula. 
- Os nomes científicos de espécies de vírus são 
grafados em itálico e com a primeira palavra em 
maíuscula (ex: Mumpsvírus, SARS CoV-2). 
Origem evolutiva d$ vírus: 
- Ainda não se há uma forma definitiva e categórica de 
que se o vírus é o ou não um ser vivo. 
A. Os vírus podem derivar de componentes de células 
hospedeiras que se tornaram autônomos. Escape 
do DNA ou do RNA, que possa ter sido envolvido 
por uma membrana e escapado de uma célula 
inicial. 
 Ou… 
B. Os vírus evoluíram a partir de bactérias ou de 
outras células de vida livre. 
- Exemplo: minivírus (possui elementos 
constituintes de outras células, por exemplo, 
RNAt, sinatse, genes de reparo e chaperones) —
> vírus primitivo, não patogênico. 
- Por ele ter um elemento genômico, ele conseguiu se 
perpetuar, se replicar e adentrar em outras células. 
Tamanho do vírus: 
- Para lembrar… 
• 1mm = 10 -3 m. 
• 1 um (micra) = 10 -3 mm. 
• 1 nm (nanômetro) = 10 -3 um. 
• Angstrom [A] = 0,1 nm. 
- Vírus: unidade de tamanho —> nanômetro. 
• Poder de resolução do microscópio: capacidade do 
aumento do microscópio de distinguir dois pontos. 
- Para se ter um alto poder de resolução para se 
ver vírus, é necessário a microscopia eletrônica 
(ME). 
• Até 200 nanômetros: limite de resolução do 
MO. Alguns vírus tem esses tamanhos, que 
são os maiores vírus. Porém, a maioria dos 
vírus são menores que isso. 
Histórico dos vírus: 
- Os vírus acompanharam toda a evolução dos seres 
humanos, há mais de 7 milhões de anos atrás. 
• O vírus possui sua existência altamente intrínseca 
à evolução humana. 
‣ Vírus que não matassem os seres humanos, foram 
de extrema importância para nossa evolução, 
incorporando às células do nosso corpo (ex: 
retrovírus - HIV) se mantendo de forma latente, e 
passando essa fração viral para células filhas. 
• Hoje, no genoma humano, temos várias frações 
gênicas de retrovírus passados, chamados íntrons 
(genes inativos, que não participam de síntese 
protéica). 
- Curiosidade: retrovírus deu a capacidade invasora a 
células do nosso corpo, exemplo disso é a 
implantação do embrião na mucosa uterina. 
‣ HPV: também é um vírus que conviveu coma 
evolução humano. É um vírus oncogênico. 
‣ Herpes vírus. 
• São vírus que tem capacidade de se manter no 
núcleo da célula, e evoluir com a espécie humana, 
sem necessariamente levar ao óbito. 
• Os vírus, ao mesmo tempo que foram evoluindo, 
foram de diferenciando em espécies devido as 
várias migrações e separações dos grupos de seres 
humanos. 
- Inicialmente, caçadores e coletores, viviam sozinhos, 
mantendo os vírus de forma latente em seus 
organismo. 
- Com a evolução da espécie, e o início da 
convivência social (agricultura = sociedade 
1
Virologia - Professor Edgar 07/08 Agressão e Defesa I
primitiva), isso permitiu a manutenção e perpetuação 
de alguns vírus na sociedade, com o surgimento de 
vírus que passar a ter uma transmissibilidade: 
sarampo (vírus bovino), varíola (camelo, roedores), 
influenzae (aves aquáticas e migatórias). 
História da virologia: 
- Os vírus só foram evidenciados depois das bactérias. 
- Primeira ideia de se investigar a virologia foi na 
agricultura. 
• Adolf Meyer (1842-1942): moeu as plantas 
doentes do tabaco e colocou em contato com 
plantas sãs. Ele observou a transmissibilidade do 
vírus pelo sumo das plantas doentes para as 
plantas sãs. 
- Perderam que o cultivo do tabaco era 
prejudicado pois algumas plantas ficavam 
doentes e morriam. 
• Vírus do mosaico do tabaco. 
- Dimitri Ivanowsky (1864-1920): passou o sumo das 
plantas doentes por um filtro de porcelana (poros 
com tamanho de micras), portanto, ao passar o sumo 
por esse filtro (ele pensava que eram bactérias e 
ficariam retidas no filtro) colocou o sumo filtrado 
com plantas sãs, porém novamente ocorreu a 
transmissibilidade. 
- Marthus Beijerinck (1851-1931): fex sucessivas 
diluições do sumo das plantas infectadas, e percebeu 
que ainda se mantinha a infectividade. 
• Fluidum vivum contagiosum: manutenção da 
natureza reprodutiva somente em tecido vivo. 
- Leoffler e Frosch: isolaram o fluidum contagiosum de 
animais = febre aftosa. 
- Walter Reed em Cuba. 
- Felix d’Herelle: estabeleceu, através do bacteriófago 
que eram partículas sólidas, geométricas e que 
tinham capacidade de precipitar. 
• “Pai da virologia”. 
• Bcateriófagos: forma de tratamento sem o uso de 
antibióticos. 
- 1937: microscopia eletrônica. 
-
- 1940: Delbruck, Luria: perceberam mutações 
genéticas que ocorrem na ausência de seleção 
natural em pontos chaves da replicação viral, 
utilizando bacteriófagos. 
• Inocularam um pequeno número de bactérias em 
vários tubos de cultura. Após um período de 
crescimento 
- John Enders: Prêmio Nobel (1940) —> cultivo do 
vírus in vitro. Auxiliou na invenção da vacina da 
poliomielite por Salk e Sabin. 
- Avery, através de experimentos com ratinhos onde 
transformava uma bactéria não virulenta em uma 
altamente virulenta. Portanto, conseguiu trabalhar 
com a possibilidade de trabalhar com o DNA, mas 
ninguém sabia nada sobre DNA 
- Atualmente: cristalografia por Rx. Resolução em 
nível atômico. 
Diagnóstico d$ vírus: 
- Cultivo em células: faz o crescimento do vírus. 
Observa-se o efeito citopático do vírus (atuação do 
vírus sobre a célula e sua morfologia). 
• Dependendo do efeito citopático, é possível 
identificar o vírus. 
• Elementos virais acumulados dentro do núcleo ou 
do citoplasma (corpúsculos) podem ser observados 
em microscopia óptica, podendo der uma ideia de 
qual vírus é. 
- Cultivo em ovos embrionados: principalmente para 
produção de vacina. 
• Alguns vírus tem preferência pela 
cavidade amniórica, saco 
vitelino, cavidade alantóide… 
- Portanto, o diagnóstico da infecção 
viral é indireto é feito através… 
• Sorologia: buscar anticorpos no soro do indivíduo. 
2
Virologia - Professor Edgar 07/08 Agressão e Defesa I
- Microscópio de imunofluorescência. 
• Reação em cadeia de polimerase (PCR): pesquisa 
do genoma viral através de uma técnica de 
ampliação seja do DNA ou RNA viral. 
Vírus: conceit$ gerais. 
- Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios!! 
- São os menores agentes infecciosos de 20-30 nm de 
diâmetro. 
- Contém apenas um tipo de ácido nucleíco, DNA ou 
RNA!! 
- Os vírus são inertes no meio extra-celuar, ou seja, só 
se replicam no interior da célula. Se utilizam de 
alguns componentes celulares do hospedeiro para 
sua replicação. 
- A gama de hospedeiro para determinado vírus pode 
ser grande ou extremamente limitada. 
Definições em virologia: 
- Capsídeo (core): camada proteíca que protege o 
genoma viral. Presente em todos 
os vírus. 
- Nucleocapsídeo: junção do 
genoma viral + o capsídeo. 
- Capsômeros: frações menores 
do capsídeo. Pedaços 
proteícos, que juntos forma o 
capsídeo. 
- Invólucro/ envoltório/ 
envelope: camada externa lipídica presente em 
alguns vírus. 
- Espículas: elementos ligastes do vírus à células do 
hospedeiro. Fundamentais n processo infeccioso. 
• Para que isso ocorra, a célula do hospedeiro deve 
possuir receptores compatíveis com essas 
espículas. 
• Existem também anticorpos neutralizantes que são 
capazes de se ligar às espículas, bloqueando a 
ligação do vírus ao seu receptor na célula do 
hospedeiro. 
- Infecção: implantação + adaptação + replicação do 
MO, levando a uma injúria tecidual. 
• Para ocorrer a infecção, é necessário ligação do 
MO na célula do hospedeiro. 
- Simetria dos vírus: 
aspecto geométrico. 
• Poliédricas(icosaédricas): 20 
faces. 
• Helicoidal: em forma 
de “mola” (ex: vírus 
da raiva). 
• Complexos (ex: bacteriófago). 
• Importante: forma ≠ simetria. 
- Adenovírus: 
- Herpesvírus: icosaédrico. 
- Rotavírus: icosaédrico. 
3
Virologia - Professor Edgar 07/08 Agressão e Defesa I
• Acomete a fase de aleitamento e provoca um 
processo diarreico. 
- Papovavírus: “vírus da verruga”. 
• Icosaédricos. 
- Vírus da varíola: simetria complexa. 
- Vírus Influenza: pode se apresentar com simetria 
icosaédrica ou complexa. 
- Vírus ebola/ Marbung: simetria complexa. 
Classificação d$ vírus: 
1) Tipo de ácido nucléico: 
• RNA ou DNA. 
• Filamento único ou duplo. 
• Linear ou circular. 
2) Tamanho e morfologia: 
• Simetria, número de capsômeros, presença ou 
ausência de invólucro. 
• Presença de invólucro. 
3) Sucetibilidade a agentes físicos e químicos. 
• Capacidade de quanto tempo o vírus consegue 
sobreviver fora da célula. 
✓ Calor: em geral, a infecciosidade dos vírus é 
destruída por aquecimento a 50-60ºC durante 30 
minutos, com exceção do vírus da hepatite B. 
- Efetivo dependendo do tempo de exposição do 
material. 
✓ Frio: os vírus podem ser preservados em 
temperaturas de subcongelamento. 
✓ pH: em geral, os vírus são estáveis entre valores de 
pH de 5,0 e 9,0. 
✓ Radiação: vírus são sucetíveis a luz ultravioleta 
(não é indicada na esterilização de superfícies), 
raios X. Partículas irradiadas são incapazes de 
sofrer replicação. 
✓ Sucetibilidade ao éter: permite distinguir os vírus 
que possuem invólucro dos que não possuem. 
✓ Detergentes: detergentes não-iônicos degradam o 
conteúdo lipídico dos invólucros. 
4) Presença de enzimas específicas: para sua 
replicação. 
• DNA ou RNA polimerase. 
• Transcriptases (ex: hepatite B). 
• Neurominidases (ex: Influenza). 
5) Propriedades imunológicas: capacidade do vírus de 
induzir uma resposta contra o hospedeiro. 
6) Métodos de transmissão: 
• Feco-oral: vírus presentes nas fezes, que 
contaminaram um a água, que contaminou um 
vegetal e contaminou o humano que se alimentou. 
- Ex: rotavírus, hepatite A, enterovírus, vírus da 
paralisia… 
• Contato: com uma superfície. Depende do tempo 
que o vírus consegue permanecer na superfície e 
qual o tipo de superfície. 
- Ex: rinovírus (resfriado comum), SARS Cov-2… 
• Parenteral: através de agulhas contaminadas. 
4
Virologia - Professor Edgar 07/08 Agressão e Defesa I
- Ex: HIV, hepatite B e C… 
• Transfusão sanguínea. 
• Relação sexual (IST): HPV, HIV, hepatite B… 
• Através de vetores (mosquitos): dengue, zika, 
chikungunya, febre amarela… 
• Através de órgãos transplantados: citomegalovírus. 
• Através das vias aéreas: maior capacidade de 
transmissão. Sarampo, coronavírus… 
7) Tropismos: alguns vírus possuem uma preferência 
para uma determinada região. 
• Pulmão, intestino (enterovírus), genitália (HPV)… 
• Depende da concentração de receptores para 
aquele vírus. 
8) Patologia: como se traduz em doença. 
• Sintomas muito semelhantes. 
• História epidemiológica do paciente importante + 
exames físicos e laboratoriais. 
• Vírus apresentam suas características patológicas. 
5

Outros materiais