Buscar

Controle da osmolalidade dos líquidos corporais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONCENTRAÇÃO E DILUIÇÃO DA URINA pág. 385 Guyton 12ed 
Controle da osmolalidade dos líquidos corporais
-Refere-se à concentração e diluição da urina, por vias 
de ganho e perda de água (respiração, transpiração e 
ao longo do processo digestivo- água secretada no 
lúmen intestinal pelas secreções digestivas). O único 
com controle total, que contrabalanceia os outros é o 
renal, de acordo com as necessidades do organismo. 
 
-A manutenção do balanço hídrico, controlado pela 
função renal, dependa da entrada = perda. Balanço 
Positivo (entrada > perdas) – aumento do volume 
urinário e urina diluída/ hiposmótica. Se for Balanço 
Negativo (perdas > entrada) – diminuição do volume 
urinário e urina concentrada/hiperosmótica. 
Obs.: volume de soluto é constante, mas o de 
solvente/ água não – determinante da conc. da urina. 
Obs2.: Íons mais importantes na manutenção da 
osmolaridade são: sódio, cloro e bicarbonato. 
-Perturbação do balanço hídrico causa alteração da 
osmolalidade (medida pela alteração da concentração 
plasmática – Posm, relação entre íons e água no 
plasma). Mudanças da osmolalidade acarretam 
mudanças no [PNa+] (principal determinante da 
osmolalidade, devido sua higroscopia – propriedade 
de absorver água), [PCl-] e [PHCO3-] (ânions 
conjugados ao sódio). 
-Anormalidades das concentrações plasmáticas do 
sódio [PNa+] estão mais relacionadas com o balanço 
de água e não com íon. Mudanças no balanço do Na+ 
causam alteração do volume hídrico do liquido 
extracelular plasmático e não da osmolaridade, 
podendo causar edema. 
• Estado de hiposmolalidade: redução da Posm= 
plasma diluído (meio extracelular)  ocorre 
desvio de água para o interior das células  
tumefação/edema celular – expansão e acúmulo 
de líquido  gera inibição da liberação de ADH, 
como gatilho. Sintomas se for em excesso nas 
cél do hipotálamo (produz ADH): reação 
inflamatória local que causa náusea, mal-estar, 
cefaleia, letargia, e em casos mais graves 
convulsão e coma (tumefação das céls do 
cérebro). 
• Estado de hiperosmolalidade: elevação Posm + 
plasma concentrado (água sai da célula p/ 
plasma)  desidratação celular – perda de água 
pelas cél  contração das células  liberação 
aumentada de ADH para reter líquido. Possui 
mesmos sintomas em casos excessivos, com 
agravamento rápido do coma e possível morte. 
 OSMOLALIDADE ADH 
 PRESSÃO E VOLUME SANGUINEO  ADH 
-Esse controle hormonal age sobre o rim, é o principal 
mecanismo de controle de balanço hídrico do corpo, 
sendo que a excreção renal de água, sódio, potássio, 
H+ e ureia são independentes uns dos outros, 
possuem gradiente de concentração individual, mas 
todos dependem desse mecanismo do ADH de forma 
direta ou indireta. *Avaliação por íons* 
-É um peptídeo formado por 9 AA, sintetizado pelos 
núcleos paraventricular e supra-óptico das céls 
neuroendócrinas hipotalâmicas (são chamadas de 
magnocelulares, por possuírem axônios longos que 
chegam até hipófise) e liberados pela neurohipófise 
na circulação local, a expansão e retração celular. 
-Regulação fisiológica é osmótica (se dá pela sinapse 
de osmorreceptores locais hipotalâmicos com os 
neurônios magnocelulares) ou hemodinâmica 
(barorreceptores carotídeos, relacionados c/ centro 
vasomotor e por ele c/ hipotálamo; quando PA cai, há 
menor liberação de ADH e o inverso tambbém) que 
são sinérgicas – se complementam. 
Obs.: chamado de vasopressina por causar 
vasoconstrição, aumenta PA. 
 
-O ADH age no néfron distal (TCD e ducto coletor) 
aumentando a reabsorção de água em áreas que 
eram impermeáveis sem a presença da vasopressina. 
Ocorre da seguinte forma: ADH se liga ao seu receptor 
acoplado a proteína Gs estimuladora, aumenta 
AMPciclíco  ativa cascata das quinases  síntese de 
aquaporina tipo 2 (transportadores de água) e 
estimulam exocitose dos canais para se acoplarem as 
membranas  membrana apical permeável à água  
+ água reabsorvida. 
-E aumentam reabsorção de ureia no ducto coletor 
medular por transportadores – capaz de reter líquido. 
 
• Diabetes Insipidus/Central/Hipofisário 
-Chamada de diabetes neurogênica, nessa condição 
há queda da liberação e/ou efeitos do ADH. Causada 
por: traumatismo craniano, neoplasia ou infecções 
cerebrais que afetem os plexos que produzem esse 
hormônio, ou o ducto coletor se tornar insensível ao 
ADH. 
-Sintoma mais comum: polidipsia (elevação do 
consumo de água vinculado a perda excessiva). 
Tratamento com administração exógena de 
vasopressina 
• Síndrome da secreção inapropriada do ADH 
-A SIADH é o inverso da diabetes, tem elevação da 
liberação do ADH. Causada por neoplasia, infecções 
cerebrais, efeito colateral de tratamentos com drogas 
antineoplásicas (além de disfunção hídrica). 
• De diluição e diurese – Ausência de ADH 
-Após consumir líquido (todos os dias), altera 
osmolaridade, que cessa produção de ADH. Condições 
ideias para que ocorra são: separação ideal da 
reabsorção do soluto e do solvente no néfron, com 
destaque para alça de Henle (não sofre ação do ADH, 
mas tem mecanismos claros  porção descendente- 
reabsorção de água; porção ascendente- reabsorção 
elevada de NaCl (dilui muito). 
 
-Produção de urina hiposmótica pelos rins ocorre 
devido reabsorção apenas de soluto na alça 
ascendente, TCD e ducto coletor de forma ativa, dessa 
forma, a urina formada estará gradualmente + diluída. 
PORQUE MESMO COM A REABSORÇÃO DE H2O NO 
RAMO DESCENDENTE, O INTERSTICIO MEDULAR 
CONCENTRA DE 300 ATÉ 600? 
Devido saída de soluto no ramo ascendente, pois a 
saída de H2O do túbulo ocorre sempre por osmose, 
logo o interstício deve sempre estar mais concentrado 
– para isso, capacidade de reabsorção de soluto na 
ascendente super a de água na descendente. Mantém 
esse equilíbrio pelos vasos peritubulares, que agem 
como drenagem, pois recebem o excesso de soluto do 
interstício (mecanismo de contracorrente). 
-Durante a diurese, o interstício medular se mantém 
mais concentrado graças a reabsorção de sais elevada, 
promovendo urina diluída em maior frequência. 
• Concentração da urina – antidiurese. 
-Modo de produzir urina hiperosmótica, pelas 
condições: alto nível de ADH presente, devido 
carência hídrica (eleva reabsorção de água no TCD e 
DC) e alta osmolaridade no líquido intersticial medular 
(pois precisa criar um gradiente osmótico necessário 
p/ reabsorção da água) que ocorre, pois, ADH 
estimular reabsorção de ureia no ducto coletor 
medular para o interstício (cria transportadores de 
ureia). Conclui-se que mesmo na presença de ADH, 
com excesso de reabsorção hídrica, o interstício vai 
dobra sua concentração devido reabs. da ureia. 
 
 
 
 
-O interstício medular renal na antidiurese é muito 
mais concentrado do que o de outras partes do corpo, 
contribuem para elevação dos solutos: 
• Transporte iônico ativa p/ interstício a partir 
da parte ascendente da alça de Henle: 
constante, independe de concentração. 
• Transporte ativo de íons do DC p/ interstício 
medular constante 
• Difusão de ureia do DC p/ interstício medular 
(pelo ADH). 
• Difusão de pequenas quant. de H2O dos 
túbulos medulares p/ interstício (pelo ADH), é 
inferior à reabsorção de solutos. 
Obs.: independente da urina concentrada ou diluída, 
existe uma quantidade obrigatória de metabólitos 
presentes na urina que não serão reabsorvidos. Para 
isso, existe um volume urinário mínimo/obrigatório 
para abrigar esses compostos – alcançado graças a 
capacidade de concentração máxima urinária dos rins 
(protagonizada pelo ADH: 1200mOsm/L). 
Ex.: Náufrago de 70kg --- 600mOsm/dia de soluto 
 CCMU --- 1200MoSM/L 
VUO (v. urinário obrigatório= 600/1200  0,5 L/dia 
-Parte do potássio absorvido pelo intestino fica no 
fluido extracelular (plasma circulante) que vai ser 
excretado na urina, mediado pelo ADH e aldosterona 
– excreta quantidade fixa, mantendo concentrações. 
Contudo, a maioria fica nos tecidos (reservatórios 
intracelulares), a entrada nas células é controladapor 
hormônios – insulina, epinefrina e aldosterona. 
-A excreção renal de K+ ocorre por 3 processos renais: 
• Taxa de filtração (TFG x [potássio 
plasmático]): entra no néfron. 
• Reabsorção: no TCP porção final e porção 
ascendente da alça. 
• Taxa de secreção tubular: no TCD porção final 
e ducto coletor cortical. 
 
-As taxas de secreção são controladas pelo estado de 
conc. do K+ nos líquidos corpóreos. Em uma 
HIPERCALEMIA – elevação da secreção; e em uma 
HIPOCALEMIA – reduz secreção e eleva reabsorção 
pelas céls intercaladas (pois tem menos conc do que o 
esperado). 
*Como ocorre a secreção de K+? 
 Baseado em ¨pontos de controle¨, que são: 
permeabilidade do K+ na membrana apical (voltada p/ 
túbulo); atividade da bomba de Na+/K+ ATPase; 
gradiente eletroquímico (gerado pela entrada de 
potássio pela bomba) que permite secreção tubular. 
 
*Como a liberação de aldosterona influencia na 
secreção de K+? 
Aumenta a reabsorção de Na+, logo, promove 
maior síntese de bombas Na+/K+ ATPase na 
membrana basolateral (1) – aumenta conc. de K+ 
dentro da célula. Síntese de canais vazant.es de sódio 
(ENACs) na membrana apical (2) – permite entrada 
em massa de Na+, gerando gradiente altamente 
positivo. A aldosterona promove maior síntese de 
enzimas SGK1 (cinase dependente de glicocorticóides) 
e proteína CAP1 (protease ativadora de canal) que vao 
aumentar a permeabilidade dos canais de K+ (3, 4 e 5) 
e a taxa de saída/secreção de potássio AUMENTA. 
 
*Como a alteração do fluxo do líquido tubular 
influencia na secreção de K+? 
Quanto maior o fluxo, maior a secreção de potássio. 
Existem cílios sensíveis ao fluxo, dobráveis de acordo 
com sua condição, quando há o encurvamento, há 
uma tração do citoesqueleto onde estão conectados 
marcadores de ativação de fosfoquinases (ativa 
cascata de quinases) que resulta na entrada de Ca++ 
do líquido p/ cél, por aumento da permeabilidade. 
 
 
 
A partir disso, ativa uma via enzimática chamada 
ROMK, que são canais de K+ induzidos por Ca++, 
capazes de aumentar a permeabilidade dos canais de 
potássio, favorecendo a saída para o fluxo tubular 
(secreção). Obs.: também aumenta entrada de Na+. 
 
*Como a Presença VS Ausência de ADH influencia na 
secreção de K+? 
ADH diminui secreção de potássio, pois muda a 
concentração do interstício e retém o K+ nele. Já o 
fluxo urinário/tubular aumenta a secreção de potássio 
– dessa forma, há um contrabalanceio constante. 
 
*Como o aumento da conc. de K+ no liquido 
extracelular influencia na secreção? 
Estimula secreção de potássio, devido 
intensificação da bomba de Na+/K+ ATPase; eleva 
gradiente do K+ do LEC renal para interior das células 
– diminuindo o fluxo retrógado p/ interstício; e por 
estimulação da liberação de aldosterona. 
*Como a acidose metabólica altera o metabolismo 
do potássio? 
FASE AGUDA 
Queda da bomba Na+/K+ ATPase, pois tem déficit 
de ATP nessa condição. Essa queda da bomba, diminui 
a permeabilidade do K+ na membrana apical – diminui 
secreção e excreção de potássio. 
FASE CRÔNICA 
Consequente da retenção de K+ no plasma, tem 
aumento da aldosterona, que desencadeia aumento 
de secreção e excreção de potássio.

Outros materiais