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Enema Opaco

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2.3 ENEMA OPACO
 	Para diagnosticar pacientes com constipação e condições patológica relacionadas ao sistema gastrintestinal inferior, utilizamos o exame radiológico enema opaco. Por meio de um contraste permite-se estudar a forma e a função do intestino grosso e o reto (Andrade, 2014). 
Este procedimento é indicado para a suspeita de megacolón congênito, pólipos intestinais, tumores no intestino, câncer do intestino, colite, prisão de ventre crônica, diarreia crônica, fezes com sangue, diverticulite, vólvulos e entre outras complicações e patologias. Tanto crianças como adultos, podem estar solicitando a realização do procedimento. Este exame só poderá ser realizado obrigatoriamente por um profissional de saúde qualificado e em ambiente licenciado e adaptado (Chernecky CC, 2013). 
Com o avanço da fluoroscopia, ainda no século vinte podemos desfrutar de boas imagens radiográficas com meio de contraste simples; este permitia visualizar partes importantes do órgão a ser estudado, porém tinha suas limitações. Foi então que o método de duplo contraste surgiu, marcando assim um grande avanço no diagnóstico de alterações no sistema intestinal. Portanto, temos duas formas de realizar o exame enema opaco; realização simples, com apenas um meio de contraste e realização dupla, com dois meios de contraste (Fonseca, 2014).
Como todo procedimento, o exame enema opaco também oferece seus riscos e benefícios. Como vantagens, temos a possibilidade de diagnosticar diversas complicações e anomalias no trato gastrointestinal que é um de seus principais benefícios e desobstrução intestinal. Já como desvantagens o paciente pode sentir certos desconfortos e efeitos colaterais como náuseas, diarreia e inchaço abdominal. Um risco pouco comum, mas bem possível é a ocorrência de perfuração do colón quando a má introdução do tubo de enema (Teixeira RP, 2005).
Para o procedimento o paciente passa por um processo de três etapas primordiais antecedendo o exame. O primeiro passo se deve a restrições alimentares, onde a dieta de líquidos é inserida e depois fica proibido o consumo de qualquer alimento próximo à realização do exame. No segundo passo é inserida a limpeza do intestino grosso por meio de laxantes e na terceira etapa há uma limpeza mecânica com enema. Quando o meio de contraste é distribuído de maneira uniforme e preenchendo totalmente a região a ser estudada é sinal de normalidade. Este procedimento se utiliza de pouca radiação; um balão é inflado (utilização de ar) para auxiliar no procedimento e o contraste se manter no corpo. Gestantes e crianças são mais sensíveis aos riscos da radiação (Brown, 2003).
No caso de não ser possível a realização do exame enema opaco, para o diagnóstico da suspeita da Doença de Hirschsprung ou Mega Colón Congênito, por exemplo, pode-se utilizar também de outros métodos de diagnóstico como: biópsia retal, manometria anorretal, radiografias seriadas, exames como raios-X do abdômen e colonoscopia (Rodrigues, Sigrist, Biscaro, & Camargo, 2011).
O exame Enema Opaco é de crucial importância para o diagnóstico e investigação do trato gastrointestinal; ele demonstrou grande desenvolvimento técnico na obtenção de imagens radiográficas do cólon. Nos dias atuais, muitos processos patológicos, infecciosos, inflamatórios, neoplásicos e obstrutivos podem ser diagnosticados com êxito por meio desse procedimento; para assim poder dar inicio ao tratamento correto (Oliveira, 1999). 
2.3.1 MEIO DE CONTRASTE 
Enema Opaco ou Clister Opaco tem por finalidade estudar e diagnosticar anomalias do intestino grosso. O exame se utiliza de raios X contrastado, ou seja, para se visualizar melhor órgãos e estruturas do trato gastrointestinal, se utiliza um meio de contraste que ao absorverem os raios X facilita o exame morfo-funcional da área examinada (Bontrager, 2006). 
Para o procedimento, o sulfato de bário é mais comumente utilizado como meio de contraste para as radiografias a serem tiradas após o intestino ser preenchido; ou seja, a realização do exame é por via endocávitaria; para a visualização de outros órgãos do sistema digestivo também pode ser administrado por via oral (Sartori, Rizzo, Taborda, Anaya, & Caraballo, 2013). 
Como características o sulfato de bário possuí alto peso atômico, é preparado na forma de suspensão aquosa e insolúvel. Para ser utilizado o contraste de bário, precisa ser combinado a sulfatos e jamais pode ser aplicado via endovenosa. Sua representação na tabela periódica é BA (Bário) (Carlos Shuler Nin, 2013). 
Para uma melhor visualização e precisão no diagnóstico pelo exame, são necessárias algumas preparações antes como: jejum e preparo intestinal. Para crianças uma dieta liquida e pastosa é essencial e após o jantar antecedendo o exame, leite de magnésio (Bigélli R, 2002).
Na realização do exame é inserida uma sonda no reto do paciente; após esta etapa será fixada uma fita para que a sonda permaneça no local durante o procedimento. A sonda será conectada a uma bolsa com meio de contraste; a fim de obter imagens primordiais para o diagnóstico, o técnico profissional de enfermagem ira rodá-lo de um lado para o outro enquanto o material de contraste estiver fluindo pelo intestino do paciente (Nischimura, Potenza, & Cesaretti, 1999).
O exame dura em média quarenta e cinco minutos sem anestesia e é normal o paciente sentir algumas dores e desconfortos durante a realização do mesmo. Após o procedimento o paciente pode sentir inchaço abdominal e vir a querer evacuar. Devido ao procedimento, o paciente poderá ter prisão de ventre e suas fezes com coloração alterada devido ao meio de contraste; portanto é muito importante reestabelecer sua alimentação e ingerir bastante água (Elizete A.L. da-Costa-Pinto1, 2000).

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