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Anatomia do olho: Órbita ocular: formada por ossos que dão sustentação ao globo ocular. Contém quatro paredes: superior, medial, lateral e inferior. - Parede superior: composta por: osso frontal e asa menor do esfenoide (em amarelo). - Parede lateral: composta por: asa maior do esfenoide e osso zigomático. - Parede inferior: composta por: parte do osso zigomático, maxila e processo orbital do osso palatino. - Parede medial: composta por: face lateral do osso esfenoide, osso etmoide (em cinza), osso lacrimal (em roxo) –Importante pela proximidade com o saco lacrimal e osso maxila. Observar o canal óptico no centro do osso esfenoide. Logo em seguida estão as fissuras orbitarias superior e inferior. São por eles que vão passar todas as estruturas que entram e saem da orbita, como os vasos e nervos. Tipos de fratura: Nesse tipo de fratura ocorre um trauma contuso, como um soco ou uma bolada no olho, e por conta disso há o aumento da pressão dentro da orbita causando a fratura óssea, dada sua fragilidade. Especialmente a maxila e o etmoide com estrutura fina, ficam mais propensos a fratura. A conduta é aguardar um período para que a região desinflame e depois corrige cirurgicamente. No exame, se vê o velamento do seio (cinza), que nada mais é que sangre extravasado, devido a fratura da maxila. Espera-se que o seio fique preto, com nenhuma presença de conteúdo. Caso o exame mostre um local acinzentado pode indicar preenchimento por ar ou outra substancia. A seta indica ar (preto) na cavidade orbitária. Exame que consegue identificar a fratura, pois apresenta assimetria do olho. O olho simétrico não pode ser muito para frente, ou proptotico e nem muito para dentro, ou enoftalmo (caso da imagem). Nos casos de fratura pequena ou que não cause alterações significativas, como por exemplo restrição de motilidade ocular ou diplopia, não é indicado cirurgia. No caso abaixo indica-se pelo desconformo da mudança de posição anatômica. A correção é feita colocando uma placa/malha que fara o suporte do olho que foi perdido na fratura. Outro exemplo de fratura e a do tipo trap-door. Como o osso da criança é mais elástico, a fratura (com um vai e vem) do osso maxila leva ao pinçamento de um dos músculos, responsáveis pela movimentação ocular. O fato dessa fratura não simplesmente quebrar e desabar, mas sim pinçar o musculo, acaba sendo uma urgência médica, e não há possibilidade de esperar desinflamar, visto que a musculatura está em processo de isquemia e perde sua função por conta da fibrose subsequente. O exame físico é essencial, pois no exame de imagem o pinçamento pode ser pequeno e de difícil visualização. O paciente não consegue erguer o olho que foi acometido (musculo esta pinçado), e este estará com um hematoma subconjutival. - Órbita – vista superior: Observar o nervo optico, que passa pelo canal optico e forma o quisasma optico (em amarelo). Abaixo dele encontra-se a hipófise. O seio cavernoso fica próximo, e mais à direita está o nervo trigêmeo com seus três ramos, oftálmico, maxilar e mandibular. Ao lado do olho, há a glândula lacrimal (direita encostada no osso frontal) dentro da orbita, sendo temporal-superior e inervada. Lembrar que o nervo optico é extremamente sensível e caso encoste nele durante uma cirurgia, isso pode causar cegueira irreversível. Esse é o caso do trauma, que causa lesão nessas estruturas e é muito grave. - Posição das órbitas As duas paredes mediais são paralelas entre si e as duas paredes laterais formam um ângulo de 90° entre elas. Entretanto, as orbitas são levemente abduzidas, rodando “para fora”. Então para que a visão seja centrada, o olho, mais especificamente os músculos extrínsecos, acomodam a estrutura “para dentro”. SPL – sem percepção luminosa. O paciente com cegueira tende a rodar o olho para fora, visto que essa posição é mais confortável anatomicamente. Isso porque ele relaxa os músculos que mantém a PPO – posição primaria do olhar. - Ápice orbitário - Músculos: - Extrínsecos: estão na orbita e são responsáveis pela movimentação ocular. Reto superior – eleva o olho Reto inferior – deprime o olho Reto lateral – abdução, para fora Reto medial – adução, para dentro Obliquo superior – vem rente a parede lateral, faz flexão na tróclea e se insere na lateral do olho. Assim, faz a rotação para dentro ou insicotorção. Obliquo inferior - excicotorção. - Intrínsecos: estão dentro do globo ocular. - Estrabism0: Nesse caso, ou ocorre uma hiperfunção de um dos músculos ou sua hiperfunção. Esotropia (ET) = olho virado para dentro, hiperfunção do reto medial ou hiperfunção do reto lateral. Exotropia (XT) = olho virado para fora Hipertropia = Olho eleva Hipotropia = olho deprime Em crianças geralmente é uma hiperfunção muscular e pode descobrir no exame físico. No adulto, em pacientes diabéticos, idoso, é mais comum a hiperfunção com oclusão dos vasos que irrigam os nervos ou músculos e gera isquemia. - Vascularização/Irrigação Feita basicamente pela artéria carótida. Ela se ramifica em interna e externa, com a carótida externa indo para as pálpebras, principalmente, enquanto todo o sistema dentro do globo ocular vem de ramos da carótida interna. O ramo principal da carótida interna, a artéria oftálmica, entra dentro da orbita pelo canal óptico junto com o nervo óptico. La dentro se ramifica, dando origem a artéria central da retina, que é muito importante pois perfura o globo ocular e irriga as estruturas internas. - Drenagem: Veias que saem do globo ocular, principalmente a veia oftálmica superior e inferior. Elas drenam para o seio cavernoso. Quando há um processo infeccioso dentro da órbita, nesse espaço fechado, o perigo é que ele se dissemine para o SNC, por conta do contato/comunicação que existe entre essas estruturas. As veias ao contrário das artérias, não possuem válvulas, então essa disseminação de microrganismos ocorre de maneira mais fácil. Por isso a importância do tratamento correto das celulites, evitando a meningite e abcessos cerebrais. Ocorre anastomose entre as veias que drenam as pálpebras, as estruturas dentro do cone, como músculos e globo ocular. Observar na imagem também a hipófise (cabeça de alho), logo abaixo do quiasma ótico. Uma alteração dessa estrutura, como um macro adenoma, gera uma compressão do quiasma ótico e consequente mudança do campo visual. Nervos: Os que interessam para a oftalmologia estão destacados em amarelo. Lembrando: 2° par: nervo ótico 3° par: nervo oculomotor 4° par: nervo troclear 5° par nervo trigêmeo 6° par: nervo abducente 7° par: nervo facial Trigêmeo em amarelo, com seus 3 ramos, oftálmico, mandibular e maxilar. Os ramos maxilar e oftálmico são relevantes para a oftalmologia. O ramo oftálmico é responsável pela inervação sensitiva das estruturas no interior da órbita: glândula lacrimal, pele e globo ocular, além da pálpebra superior e supercilio. O ramo maxilar é responsável pela sensibilidade da porção inferior, como a pálpebra inferior e pele abaixo dela. Estruturas orbitárias Dentro da cavidade que acomoda o olho, existe tecido adiposo de preenchimento. A glândula lacrimal fica no interior da órbita, numa posição temporal-superior. O septo orbital é formado por periósteo e é responsável pela proteção contra a invasão de microrganismos. Quando ele chega no seu limite, ou no chamado rebordo costal, ele “rebate” para cima e faz a proteção das estruturas. O único local em que há abertura do septo é a fissura palpebral. Processos infecciosos que ocorrem do septo para fora (celulite pré-septal) apresentam tratamento (cefalexina VO, antibioticoterapia em casa, sem necessidade de exame de imagem) diferente de celulites pós-septais/orbitárias, pois nestas a infecção estáno interior da órbita (internação com antibiótico EV, com exame de imagem para visualizar possível abscesso e meningite cerebral). O septo fica posterior ao saco lacrimal, este que repousa sobre o osso lacrimal, e portanto infecções no saco lacrimal são consideradas celulites pré-septais. O músculo orbicular é responsável por fechar o olho e é inervado pelo nervo facial (nervo 7 – mimica). O responsável por abrir os olhos é o músculo retrator da pálpebra superior. Paralisias faciais periféricas em que há acometimento do n. facial provocam disfunção na ação do m. orbicular (deixando o olho mais aberto). - Via lacrimal: Importante pois é uma queixa recorrente, e no caso das crianças, a obstrução do canal lacrimal (que pode ser congênita e se resolve ao longo do tempo) deve ser bem orientada. A lágrima é produzida pela glândula lacrimal principal e/ou acessórias (auxilio) e são drenadas para os canalículos. Os canalículos superior e inferior se abrem no ponto lacrimal e se juntam para formar o canalículo comum, que desemboca no saco lacrimal, contínuo com ducto nasolagrimal, que se abre na concha meatal inferior. Observar a carúncula, mais esponjosa e em vermelho na imagem abaixo: 50% da lagrima é drenada para o canalículo inferior e a outra metade para o superior. A obstrução em qualquer ponto - representado em amarelo - da via lacrimal, gera o excesso de lágrima, que pode ser provocado por hipersecreção, com disfunção da glândula lacrimal, chamado de lacrimejamento ou por problemas de drenagem, chamada de epífora. - Patologias da glândula lacrimal: - Dacrioadenite: inflamação/infecção da glândula lacrimal. Cursa aumento de volume na região e com ptose palpebral característica, chamada ptose em S. - Tumores lacrimais: podem acometer todas as estruturas oculares, e dentre elas a glândula lacrimal. Quando isso ocorre, a pálpebra fica elevada, edemaciada, apresentando ptose. - Trauma palpebral: devem ter um tratamento adequado, principalmente quando há o acometimento de estruturas como o canalículo, que pode perder sua função, necessitando de reconstituição. - Estenose do ponto lacrimal: Às vezes a própria idade avançada pode estenosar o ponto lacrimal. Pode ser resolvido com uma microcirurgia, abrindo o ponto lacrimal. - Ponto lacrimal ectópico: Com a idade e frouxidão dos músculos que mantem a pálpebra tópica, ela pode “virar para fora” (ectrópio ou eversao), incluindo o ponto lacrimal, chamado de ponto lacrimal ectópico, não conseguindo drenar a lágrima, causando lacrimejamento. - Tumores palpebrais: Como a pálpebra é uma pele idêntica ao resto do corpo, tumores como o Carcinoma basocelular, o Carcinoma espinocelular e o melanoma de pálpebra podem acometer essa região. E o problema é o mesmo do trauma: reconstrução. A córnea é muito inervada, então qualquer coisa causa um desconforto muito grande. Se há alguma deformidade ou alteração, provoca lesão e desconforto, precisando de cuidado na reconstrução. - Infecções: - Canaliculite: infecção do canalículo. - Dacriocistite: infecção do saco lacrimal. Não é comum e deve ser pesquisada a causa, podendo ser primeiramente uma obstrução das vias, que acumula lagrima e gera proliferação de microrganismos. Tratamento como uma celulite pré septal. - Obstrução congênita: é mais comum, principalmente em pediatria. A obstrução congênita é causada pela ocorrência de válvula de Hasner patente, ou seja, a criança nasce com ela ainda integra, impedindo a passagem da lacrima pelo canal. A criança apresenta lacrimejamento geralmente unilateral, podendo ter saída de secreção, pela maior propensão de crescimento bacteriano. O olho costuma ficar branco, por isso não se pensa em conjuntivite. A maioria das vezes a válvula de Hasner se rompe espontaneamente, sendo que a indicação nesses casos é a realização de massagem no saco lacrimal para forçar a ruptura. Se após 1 ano de vida a válvula ainda está funcionante, é feita a perfuração no consultório. - Dacriocistocele: edema do saco lacrimal (excesso de lágrima). Detalhamento do exame que permite identificar se há obstrução superior com formação de membrana ou se é inferior, em que o instrumento “bate” no osso (duro) e não na membrana (mole). - Sistema lacrimal: O filme lacrimal é importante para proteção contra infecções (lisozimas), lubrificação, nutrição, remoção de células e bactérias, oxigenação corneana (já que a córnea é avascular) e melhora da superfície óptica. O excesso de lagrima pode ser por hipersecreção ou falha na drenagem. Quando há excesso de produção de lágrima denomina-se lacrimejamento. E se há uma hipofunção da glândula lacrimal, ocorre o olho seco. Quando há algum problema na drenagem, como obstrução no canalículo, é a chamada epífora. - Pálpebras: Anatomia: a pele da pálpebra é muito fina/delgada, e recobre os músculos orbicular (n. facial e fecha o olho) e elevador da pálpebra superior (abre o olho). No interior do tarso (em azul com cápsula em laranja), uma placa fibrosa, está a glândula de Meibomian, responsável pela secreção da porção lipídica do filme lacrimal e importante na diminuição da evaporação da porção aquosa desse filme. Existe uma linha cinzenta, em que dela para frente há a lamela anterior e apresenta cílios e algumas glândulas, enquanto a lamela posterior a linha cinzenta acomoda a glândula de Meibomian. Isso é importante no momento da sutura, que a união das linhas cinzentas garante a efetividade da reconstrução. - Função: A pálpebra é responsável pela proteção do globo ocular e pela secreção, distribuição e drenagem da lágrima, pela ação das glândulas lacrimais acessórias. - Patologias: Meibomite: na borda da pálpebra existem pequenos pontinhos amarelos que são responsáveis por ejetar a secreção lipídica do filme lacrimal. A infecção da glândula de Meibomian causa obstrução desses pontos. Clínica: olho seco. Tratamento: colírio lubrificante e compressa morna. Hordéolo (terçol): infecção da glândula de Zeis, presente próxima do folículo piloso. Tem o mesmo tratamento da meibomite. Pessoas com peles oleosas, rosáceas e pele descamativa tem maior probabilidade. Blefarite: “cascas” que se formam nos cílios. Provocada por Staphylococcos, são irritativas, provocando hiperemia das pálpebras, também podendo causar sensação de corpo estranho no olho. Cronicamente pode evoluir para ceratite, infecção na córnea. Pode ser tratado com blefagel ou Johnsons amarelinho. - Trauma de pálpebra: - Tumores palpebrais: - Ptose: Importante nas crianças. Existe uma situação chamada de ambliopia (falta de estimulo de luz), em que a via visual se desenvolve ao longo da infância e vai desde a córnea/retina até as margens occipitais, assim se a criança até os 7/8 anos de idade tem a privação do estimulo luminoso, não tem mais correção. Outras causas de ambliopia são o grau elevado que não apresenta alteração anatômica e a catarata. - Lagoftalmo: apresentado por pacientes com paralisia facial periférica com disfunção de inervação. Significa exposição do globo ocular quando a pálpebra não fecha completamente (olho meio aberto), que pode ser provocado por paralisia facial de Bell. Pode causar lesão de córnea, pois o olho não fica bem lubrificado. Pacientes tem que ser orientados a utilizar lubrificante e ser ocluído com micropore durante o sono. Observar pacientes em CTI se o olho está aberto. - Dermatite de contato: é comum nas pálpebras, pois a pele fina é facilmente sensibilizada por agentes alergênicos, como esmalte. Causa hiperemia, prurido, pode haver formação de pápulas. O primeiro passo é o reconhecimento e a remoção do agente. Podem ser utilizados corticoides e anti-inflamatórios durante a fase aguda. - Xantelasma: placas de colesterolamareladas, associadas a pacientes que tem hipercolesterolemia. É uma questão estética, que pode ser removida por cirurgia. - Infecção/Celulite: processo que provoca edema e hiperemia palpebral. Celulite pré-septal tem que ter uma porta de entrada, como hordéolo ou alguma lesão, e são tratadas com cefalexina VO e acompanhamento. Celulites orbitárias são associadas a sinais sistêmicos, como febre, e pode haver alteração de reflexos, de motilidade ocular (músculos extrínsecos) e de visão. Nesse caso é necessária uma TC com contraste para fechar diagnóstico e avaliar as complicações (presença de abscessos dentro da órbita, intracerebral). As principais causas são sinusite (seio velado) e infecções dentárias. - Dermatocalaze: pele cai por cima da pálpebra, o que pode provocar perda de campo visual ou contato dos cílios com a córnea. Então, pode ser apenas estético, mas também funcional. Globo ocular: - Conjuntiva: é um tecido transparente que reveste o globo ocular (conjuntiva bulbar), cujo limite é o limbo (transição entre córnea e conjuntiva/esclera). Ela recobre a pálpebra por dentro, chamada conjuntiva tarsal. O edema da cojuntiva é chamado de quemose. A inflamação da conjuntiva causa congestão vascular, o que é denominado de conjuntivite, podendo ser alérgica ou infecciosa. A conjuntiva contém glândulas, responsáveis pela secreção de mucina, um dos componentes da lágrima. Pterígio (“carne crescida” mostrada na figura anterior em vermelho”) é uma proliferação do tecido da conjuntiva, podendo crescer em cima da córnea com um aspecto hiperemiado e vasos ingurgitados. Pode provocar sensação de corpo estranho e reduzir a visão. Lubrificar o olho e evitar a exposição solar podem evitar seu crescimento. - Córnea: Tecido transparente e espesso que apresenta cinco camadas (endotélio, membrana de Bowman, epitélio, estroma) cujos limites são os limbos. Qualquer opacidade é notada pelo paciente como redução visual. Cirurgia de transplante de córnea. Ela é importante para a proteção contra invasão de microrganismos e para a transmissão e a refração da luz. É a primeira lente do olho. Dificilmente apresenta processo infeccioso, exceto a penetração dela ainda integra pelo gonococo que causa um quadro grave. Mas é comum apresentar corpo estranho, que necessita de antibiótico profilático para evitar essas infecções pós trauma penetrante. - Iris: Tecido colorido do olho, pela presença de células pigmentadas, responsável por controlar a entrada de luz na retina por meio de midríase ou miose da pupila. Esse controle é exercido por dois músculos: o esfíncter da pupila, inervado por fibras parassimpáticas provenientes do n. oculomotor, cuja contração provoca miose; e o m. radial da íris, inervado por fibras simpáticas provenientes do plexo simpático cervical, cuja contração acarreta midríase. Os melanócitos presentes na íris a tornam uma membrana opaca à luz. Acomodação: mecanismo para enxergar com nitidez objetos distantes ou próximos Pacientes a partir dos 40 anos, perde-se esse mecanismo de acomodação. - Patologias da íris: por apresentar melanócitos, pode ter lesões de “pele”. Nevus: benigno. Melanoma: maligno. Defeito de formação da íris = Coloboma Nódulos de Lisch (“pintinhas”): patognomônico de neurofibromatose. Não causa nenhuma alteração oftalmológica. - Corpo ciliar e ângulo camerular: Importantes para a acomodação e drenagem, para controle da pressão ocular. O corpo ciliar é formado principalmente por músculos ciliares e sua camada mais superficial é responsável por produzir o humor aquoso, liquido que preenche o seguimento anterior do olho (do corpo ciliar para frente) e é drenado pelo ângulo camerular (entre a íris e a córnea). Do corpo ciliar para trás existe o humor vítreo que é mais viscoso, consistência de gelatina. Essa pressão intraocular quando elevada gera glaucoma com a lesão de nervo optico. E é dependente da simetria entre produção e escoamento do liquido. O corpo ciliar acomoda a visão, visto que é conectado ao cristalino por fibras, que é uma lente maleável/elástico em pessoas jovens. Objetos próximos necessitam de maior convergência do que aqueles que estão longe. E após os 40 anos ele perde essa capacidade de se modificar de tamanho e formato e acomodar a visão. Catarata: opacidade do cristalino. - Esclera: Corresponde ao branco do olho, é o local de inserção dos músculos extrínsecos do olho e se une à córnea no limbo. Anteriormente, é recoberta pela conjuntiva bulbar, por onde passam pequenos vasos sanguíneos e terminações nervosas. - Retina: Reveste o olho por dentro, onde estão localizadas as células nervosas fotorreceptoras, principalmente na fóvea. Tem um aspecto avermelhado, como “sombra” da coroide. Por isso, no teste do olhinho no RN espera-se que haja o reflexo vermelho, e se ausente indica catarata ou tumor de retina. - Coroide: Localizada entre a esclera e a retina (abaixo dela), é um tecido muito pigmentado e altamente vascularizado que pode ser acometido por melanoma. É considerada a camada nutrícia do olho. - Nervo optico: não fica no centro da retina, e sim mais voltado para a região nasal. Importante no exame de campo visual. Representado pela bolinha amarela. - A macula: é a região principal da retina, representada pela bolinha vermelha na imagem, e seu centro, chamado de fóvea, e é onde se concentram os fotorreceptores. Acomoda a visão fina, de detalhes. A retina é formada por dez camadas, incluindo os fotorreceptores (cones e bastonetes), interneurônios chamados células bipolares e neurônios sensoriais, formados por células ganglionares que formam o nervo óptico. Cones: cores e detalhes, centro da retina, ambiente muito iluminado. Bastonetes: preto e branco, periferia da retina, ambiente pouco iluminado. - Os fotorreceptores, cones e bastonetes, são estimulados pela luz e vão hiperpolarizar e enviam sinais para as células ganglionares. Entre os fotorreceptores e as ganglionares existem as bipolares que fazem comunicação entre células. É a junção dos axônios dessas células que formaram o nervo o nervo ótico.
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