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Definição (2009): Grupo de doenças distintas entre si, que têm características comuns – envolvimento axial inflamatório e/ou artrite periférica e radiológicas – sacroilitiíte e entesopatia, associados a predisposição genética – HLA B27. Quais doenças fazem parte das espondiloartrites? 1. Principal: espondilite anquilosante 2. Espondiloartrite juvenil (início abaixo dos 16 anos) 3. EpA indiferenciada (não fecha critério para nenhuma outra) 4. Artrite psoriásica 5. Uveite Anterior aguda (as vezes não há a presença do HLA B27, somente a uveite de repetição) 6. Artrite reativa 7. Artrite associada a doença de Crohn ou colite ulcerativa Espondilite Anquilosante: Conceito: A espondilite significa uma inflamação da coluna e anquilosante diz respeito a perda de mobilidade por junção das vertebras. Sexo: predomínio masculino (3-5:1) Raça: mais predominante em caucasoide Idade de início: 2°-4° décadas Epidemiologia: HLA-B27+: 80-90% dos pacientes caucasoides Prevalência na população geral: varia ente 0,1 a 0,2% (as vezes chega a 0,5%) – em comparação com a artrite reumatoide que chega a 1% Na população que possui o B27 positivo, a prevalência é de 2% E no caso da população com HLA-B27 positivo + parente consanguíneo de paciente espondilitico: 20% Assim, o HLA-B27 não é essencial, porem torna-se importante para a doença. Patologia: Entese: presente em vários locais. No final do musculo, onde ele se insere no osso, é um deles. E essa região é acometida na espondiloartrite. Diferenças entre artrite reumatoide e espondiloartrite: Na artrite reumatoide há a produção do TNF, mas há um maior estimulo da via do RAMKL e do DKK, provocando a erosão. Alem dela ser uma doença periférica, como mãos e pes. A espondilite, é uma doença de predomínio axial, e apesar de estimular também o TNF, há a ativação da via wnt e que provocar a formação óssea, com inflamação da entese. Isso gera mais formação óssea e a calcificação dessa entese, com perda de mobilidade. Interação proposta entre a inflamação e neoformação óssea nas espondiloartrites: (fisiopatologia) Ocorre inicialmente a susceptibilidade genética, com presença do HLA-B27 e outros genes envolvidos. Além disso, há a quebra da barreira, por exemplo na doença de Crohn e na psoríase, podem ocorrer infecções com bactérias especificas que ajudam na quebra da barreira e início da inflamação no local. Logo, a mesma inflamação que ocorre na pele, vai acometer o intestino e também a entese, provocando a artrite. Também há o envolvimento com o estresse mecânico que ocorre na “junção” dos ossos e ajuda a causar a inflamação. E estimula as células T com formação de ossos e anquilose. Qual o papel do HLA-B27 para a herança de espondilite anquilosante? Apenas 5% dos indivíduos HLA positivos desenvolve a EA. A EA raramente reincide em famílias na ausência de HLA ou em membros B27 negativos de famílias com EA Gêmeos e estudos familiares sugerem que metade do risco de desenvolver EA é devido ao HLAB27. Logo, o HLA é quase essencial para a herança da EA, mas outros genes determinam quais casos B27 positivos desenvolverão a doença. Alterações clínicas: Inicialmente ocorre a inflamação da sacrilíaca, em que o paciente acorda com rigidez e dor lombar, e ao longo do dia há a melhora. Também pode acontecer a dor em nádegas alternante. Na imagem é possível ver esclerose da sacrilíaca, “corner” com pontos brilhantes sugestivo de inflamação e perda de liquido entre as vertebras. Ex. de anquilose e calcificação: Nem todo paciente ira evoluir com perda de mobilidade da coluna em região lombar. Sabe-se que aqueles que possuem provas de inflamação mais altas e presença de HLA+, terão maior susceptibilidade a isso. Posição do esquiador. Avaliação da mobilidade: Normal até 12cm Manifestações extra-articulares: 1. Oftalmológicas: uveíte anterior aguda recorrente 2. Cardíacas: aortite, bloqueio cardíaco, disfunção miocárdica 3. Pulmonares: fibrose apical, distúrbio ventilatório restritivo 4. Renais: nefropatia por deposito de IgA, amiloidose 5. Neurológicas: síndrome cauda equina, subluxação E periféricas: Olho: uveite anterior aguda Início agudo e unilateral Remissão espontânea Recorrente Relacionada ao HLAB27 Apresenta dor ocular e olho vermelho Pode evoluir para cegueira Diagnóstico: Definir o que e uma lombalgia inflamatória de acordo com diversos critérios: Critérios antigos: Sacroiliíte Radiológica – Graduação (1966): Critérios novos: Com o advento da ressonância magnética, aqueles pacientes que tinham a clínica favorável a espondilite e que faziam o raio X e esse se apresentava normal, e ficavam sem o fechamento de diagnostico, passaram a ter a inflamação óssea visualizável pela RM. Assim, os achados são sacroilite inflamatória, com edema ósseo e erosão. E o diagnostico se tornou mais precoce. Radiológica e não radiológica: Não são todas as inflamações que são secundarias a espondiloartrite, visto que existe o falso positivo na RM. Em resumo: 1. Sintomas: dor lombar de ritmo inflamatório, inflamação de tendão de aquiles, dos joelhos e uveite. 2. No exame de imagem: alterações com erosão e inflamação 3. Laboratório: VHS/PCR + VHS- velocidade de hemo-sedimentação: é feito centrifugando o sangue e observando essa velocidade em que as hemácias irão se depositar no fundo do tudo de ensaio. Essas moléculas se repelem por terem cargas iguais. E quando o paciente tem prova de inflamação aguda +, haverá uma união entre as cargas diferentes das hemácias e dessas provas, que farão um deposito mais rápido. Assim, esse exame é indireto de medida de inflamação. 4. História clínica: boa resposta a AINHs (anti- inflamatórios) 5. Genética: HLA-B27 positivo e História Familiar 6. Doenças predisponentes/concomitantes: infecção, psoríase e Crohn 7. Diagnóstico atual: Curiosidade: Possível abordagem para triagem de EpA Axial em pacientes com lombalgia crônica: Recomendações do ASAS/EULAR para o tratamento da EA: Orientar o exercício físico que trabalhe a mobilidade da coluna, como natação, pilates e musculação, além de fisioterapia e reabilitação. Procurar grupos de associação de pacientes ou de auto ajuda. Medicamentoso: anti-inflamatórios em associação aos bloqueadores de TNF, tanto para a doença axial como periférica. Opções: sulfasalazina é um moderador que pode ser usado em doença periférica Corticoides locais ao são usados no tratamento, somente em casos isolados, por exemplo de artrite de joelho. Tratamento geral: Não medicamentoso – orientação Os pacientes possuem o risco aumentado de doenças cardiovasculares e de osteoporose Treat to targer: ASDAS < 1,3 AINE para os sintomáticos Não respondeu ao AINE 1-3 meses: anti TNF (etanercept, adalimumab, golimumab. Infliximab) EpA radiográfica – secukinumab Glicocorticoide – usado para infiltração Indagar o paciente sobre o quanto de dor na lombar ele sentiu na última semana, sendo 0 o melhor e 10 o pior. No caso do paciente global, o quantos % a doença tem prejudicado a sua vida. Escore: Artrite Psoriásica: Epidemiologia: Sexo: 1 mulher para cada 1 homem Raça predomínio caucasoide Idade de início 4° - 6° décadas HLAB27+; 2 Psoríase na população geral 1 a 2% Artrite psoriásica 5 – 40% pacientes psoriásicos Nesse caso é uma artrite assimétrica, acometendo uma única “junta”, diferente da artrite reumatoide que é simétrica. Manifestação mais grave. Observar lesão em placa no dorso da mão. Alterações radiológicas periféricas: Acomete mais distal, diferente da AR que é proximal. Tratamento:A psoríase apresenta boa resposta ao uso de metotrexato, assim a artrite também responde a ele. Síndrome de Reiter ou Artrite Reativa: Associação com HLA-B27, em que o paciente apresenta uma infecção pelas seguintes bactérias: 1. Chlamydia 2. Salmonella 3. Shigella 4. Yersinia 5. Campylobacter 6. Clostridium E por conta disso, após essa predisposição, apresenta a artrite. Quadro clinico: Artrite assimétrica predominante em membros inferiores e evidência de infecção precedente É uma artrite – oligoartrite assimétrica Uretrite – pouco sintomática Conjuntivite – leve e autolimitada Etiologia: Geniturinária ou Gastrointestinal Doença inflamatória intestinal Artrites enteropáticas Epidemiologia: Sexo: 1-2 mulheres : 1 homem Raça predomínio caucasoide Idade de início: 2ª – 3ª década HLA-B27+: 10-70% D.I.I na população geral: 2-20/100.000 Artrite enteropática: 5-20% pacientes DII O problema desses pacientes, é que aqueles que tem DII não se pode usar anti-inflamatório, e o que acaba ditando o tratamento é a doença mais grave, no caso a intestinal. Assim ele se torna mais limitado e por isso a importância de se recomendar o exercício.
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