Buscar

Aspectos cirurgicos DRGE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aspectos cirúrgicos da Doença do refluxo 
• O tratamento deve atuar sobre os 3 principais fatores 
etiopatogênicos da DRGE: 
Relaxamento espontâneo do EEI, tônus pressórico e posicionamento do EEI. 
Dessa maneira, o procedimento cirúrgico envolve 2 tempos principais: a 
hiatoplastia, que consiste na aproximação dos braços do pilar diafragmático 
por meio de sutura com fio inabsorvível com pontos em forma de letras (U, 
X), evitando a tensão e o garroteamento do esôfago distal, e a 
valvuloplastia, que realiza um envolvimento circunferencial do esôfago 
distal, em diferentes graus, pelo fundo gástrico (fundoplicatura). 
• A fundoplicatura à Nissen 
Com válvula total de 360°, é a mais utilizada e considerada efetiva contra o 
refluxo. Pode ser realizada ligadura dos vasos curtos do fundo gástrico para 
melhor mobilização do estômago, caso haja necessidade. 
 A válvula deve ser curta e frouxa (short-floppy), conhecida como Nissen-
Rossetti. A válvula total pode desencadear sintomas obstrutivos, 
principalmente se a peristalse do corpo do esôfago não for efetiva. Nestes 
casos pode ser usada a fundoplicatura parcial (Toupet-Lind – 180 a 270 
graus,embora tenha menor eficácia. Alguns cirurgiões ainda preferem o uso 
de válvulas parciais, mesmo com resultados inferiores à fundoplicatura 
total. 
A fundoplicatura parcial Belsey Mark IV a 270° é feita por meio de acesso 
torácico esquerdo. A gastroplastia à Collins, utilizada em casos de esôfago 
curto (estenose, Barrett), proporciona alongamento do esôfago para 
confecção da válvula. A cirurgia laparoscópica oferece vantagens, como 
menos dor no pós-operatório, menos formação de aderências 
intracavitárias, menos tempo de internação hospitalar e retorno precoce às 
atividades habituais. 
Quanto ao desaparecimento dos sintomas, as vias aberta e laparoscópica 
se equivalem. O acesso laparoscópico permite a visualização mais 
adequada do hiato esofágico através da óptica, o que só é obtido na cirurgia 
aberta por meio de grandes incisões. Atualmente, a taxa de conversão para 
cirurgia aberta é de 2% e tende a diminuir quanto maior a experiência do 
cirurgião no procedimento laparoscópico. Na cirurgia laparoscópica, 
realiza-se um procedimento igual ao da cirurgia aberta (confecção de 
válvula), porém utilizando, em vez de incisão mediana supraumbilical, 
punções com trocartes no abdome. O procedimento consiste nos seguintes 
tempos principais: dissecção da membrana frenoesofágica e do esôfago 
abdominal, hiatoplastia com pontos em X de fio inabsorvível e confecção 
da válvula. 
• Complicações cirúrgicas 
Ocorrem em cerca de 8% dos procedimentos (entre 2 e 13%). Pneumotórax 
relaciona-se com a abertura da pleura durante a dissecção hiatal. Pode 
ocorrer, também, pneumomediastino. São possíveis, ainda, perfurações 
esofágicas (durante dissecção e sutura do hiato) e gástricas (tração 
excessiva do fundo gástrico). Nesses casos, é crucial o reconhecimento da 
lesão no intraoperatório, o que oferece a possibilidade de reparo imediato. 
Outra complicação é hemorragia, geralmente por lesão esplênica e de 
vasoscurtos. Por fim, pode ocorrer, no pós-operatório, a migração da 
válvula para o tórax através do hiato esofágico, o que parece mais 
frequente na correção de grandes hérnias.

Outros materiais