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Quadro clinico acalasia

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Quadro clínico e diagnóstico da Acalásia 
Idiopática 
➔ Sintomas frequentes: 
O sintoma mais frequente da acalasia é a disfagia progressiva, que se inicia com dificuldade na 
ingesta de alimentos sólidos (91% dos pacientes), progredindo para pastosos, até chegar à 
dificuldade de beber líquidos (85% dos pacientes).Dificuldade para eructar ocorre em, 
aproximadamente, 85% dos pacientes, embora poucos relatem o sintoma espontaneamente. 
➔ Hipertrofia das parótidas: 
É possível observar também, em alguns pacientes, a hipertrofia das parótidas e de outras 
glândulas salivares, devido à intensificação do reflexo esofagossalivar, com possível sialorreia. 
De 76 a 91% dos casos apresentarão episódios de regurgitação com a evolução da doença, o que 
pode levar a episódios de pneumonia aspirativa (8% dos pacientes). 
➔ Queimação retroesternal: 
A queixa de queimação retroesternal é frequente e geralmente devido à irritação direta por 
alimentos, medicamentos ou lactato produzido pela fermentação bacteriana. Pode ocorrer 
soluço por obstrução do esôfago distal. No sentido de superar essa obstrução, os pacientes 
comem mais devagar e se utilizam de manobras como a elevação do pescoço ou o jogo dos 
ombros para trás, a fim de aumentar o esvaziamento esofágico. 
➔ Outros sintomas: 
Perda de peso, regurgitação, dor torácica e pirose ocorrem em 40 a 60% dos pacientes. A perda 
de peso geralmente é leve, em torno de 5 a 10kg. No caso da dor tipo anginosa, deve-se lembrar 
de, primeiramente, descartar problemas cardíacos. 
➔ Diagnóstico diferencial: 
Deve-se fazer diagnóstico diferencial com outras afecções que cursam com disfagia, como 
estenose cáustica ou por refluxo, divertículos esofágicos, esclerodermia e neoplasia (de esôfago 
ou extrínseca). Em um paciente com disfagia esofágica sem história de estenoses cáusticas, 
radiação prévia, divertículo de Zenker ou cirurgia prévia por câncer de esôfago, a endoscopia 
deve ser o 1º método para determinar a causa e excluir malignidade. Se endoscopia digestiva 
alta normal, podem-se realizar raios X baritados em caso de suspeita de obstruções mecânicas, 
comoanéis esofágicos, acalasia ou compressão extrínseca. Já a manometria deve ser feita na 
suspeita de distúrbio de motilidade esofágica quando os exames mencionados não forem 
diagnósticos ou para confirmação da acalasia. Para o diagnóstico da doença de Chagas, tem-se 
o teste de fixação do complemento, descrito por Machado Guerreiro, que permaneceu como 
único exame para análise da doença até a década de 1950. Atualmente, são usados os testes de 
ELISA, hemaglutinação indireta e imunofluorescência indireta. Para o diagnóstico da doença de 
Chagas, é necessário resultado positivo em, pelo menos, 2 métodos diferentes. 
➔ Exames radiológicos: 
Entre os exames radiológicos, a radiografia de tórax avalia a condição cardíaca (como 
cardiomegalia) e as complicações pulmonares de aspiração crônica. Pode, eventualmente, 
demonstrar o relevo do esôfago dilatado e o nível hidroaéreo mediastinal. Entre outros achados, 
têm-se o duplo contorno cardíaco à direita, o alargamento do mediastino e a ausência de bolha 
gástrica. O estudo radiológico contrastado do esôfago (Esôfago-Estômago-Duodeno – EED) deve 
ser solicitado, mas falso negativo pode ocorrer em um terço dos casos.

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