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Caderno manuscrito Medicina Legal

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CADERNO
MANUSCRITO DE
MEDICINA LEGAL
Viviane Amorim
Resumos para concurso público
1 
 
CONCEITO: conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir ao direito e que cooperam na 
elaboração, interpretação e execução de dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina 
aplicada. 
 
CORPO DE DELITO: elementos do crime. EXAME DE CORPO DE DELITO: exame dos vestígios, com laudo. 
CADEIA DE CUSTÓDIA: art. 158-B, do CPP. Manipulação e análise do vestígio. 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de 
crime que envolva: 
I – violência doméstica e familiar contra mulher; 
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 
 
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para 
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, 
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. 
§1.º. O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos 
policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. 
§2.º. O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da 
prova pericial fica responsável por sua preservação. 
§3.º. Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se 
relaciona à infração penal. 
 
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: 
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da 
prova pericial; 
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente 
imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; 
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de 
delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, 
2 
 
sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo 
atendimento; 
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas 
características e natureza; 
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma 
individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior 
análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; 
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas 
(embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas 
características originais, bem como o controle de sua posse; 
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, 
no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária 
relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza 
do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; 
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia 
adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, 
que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; 
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser 
processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação 
ao número do laudo correspondente; 
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, 
quando pertinente, mediante autorização judicial. 
 
PERITOS: oficiais e nomeados (“ad hoc”). PERÍCIA COMPLEXA: mais de uma área de conhecimento. Não 
pode ser realizada por um único perito. LAUDO PERICIAL: art. 160, CPP. 10 dias. Prorrogáveis, por 
requerimento dos peritos. 
 
NOTIFICAÇÕES: comunicações compulsórias. ATESTADO: declaração simples de um fato médico 
(paciente ou responsável). Qualquer médico. RELATÓRIO: principal documento. Descrição da perícia. 
7 partes (preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão, resposta aos quesitos). 
LAUDO: redigido pelo perito. AUTO: ditado ao escrivão, na presença de testemunhas. PARECER: 
esclarecimento sobre perícia realizada. DEPOIMENTO: a oitiva do perito é legal. DECLARAÇÃO DE 
3 
 
ÓBITO: sequência causal de doenças/acontecimentos que levaram ao óbito. Na morte violenta, IML. 
Morte natural com assistência, médico assistente. Morte natural sem assistência, serviço de 
verificação de óbito. 
 
IDENTIDADE: o que torna o indivíduo único. IDENTIFICAÇÃO: método científico. 4 requisitos: 
UNICIDADE: individualidade. IMUTABILIDADE/PERENIDADE: característica que não pode se modificar 
facilmente. PRATICABILIDADE: fácil registro, obtenção, baixo custo e adequação social. 
CLASSIFICABILIDADE: fácil arquivamento e recuperação. SISTEMA DE VUVETICH: V(4) E(3) I(2) A(1). 
Pontos para estabelecer a identidade de uma pessoa: regra de Locard, 12 pontos idênticos, sem 
divergência. RECONHECIMENTO: comparação. Não é método científico. 
 
DETERMINAÇÃO DA ESPÉCIE: OSSOS: morfologia geral, clavícula, canais de Havers (estruturas tubulares 
por onde passam os vasos sanguíneos). SANGUE: luminol (perícia local), cristais de Teichmann e 
albuminorreação/método de Unlenhuth (prova de certeza). DETERMINAÇÃO DO SEXO: ossos 
importantes: pelve (na mulher, mais larga horizontalmente. No homem, mais estreita lateralmente), 
crânio, mandíbula, tórax e ossos longos. Imprecisão em crianças e adolescentes. ESTIMATIVA DE 
IDADE: crescimento dos ossos longos, fechamento das suturas cranianas (início apagamento: 25-50; 
soldura total: 65-80), densidade óssea (osteoporose: idoso; denso: jovem). 
 
AÇÃO CONTUNDENTE: lesão contusa. RUBEFAÇÃO: área fica vermelha, sem ruptura de vasos 
sanguíneos. TUMEFAÇÃO: inchaço na área de impacto. ESCORIAÇÃO: arrancamento superficial da 
epiderme, não deixa cicatriz. EQUIMOSE: sangramento e ruptura (petéquias: em pontos; sugilações: 
em grãos, agrupamento de petéquias; víbices: estrias. Indícios de qual instrumento foi utilizado). 
Evolução: Legrand du Saulle (variável): vermelha (1), violácea (2-3), azulada (4-6), esverdeada (7-10), 
amarelada (12), desaparecimento (15-20). Equimose conjuntival não segue o espectro. Equimose 
bipalpebral (“sinal do guaxinim ou zerro”), traumatismo craniano. Equimose retroauricular, atrás da 
orelha. HEMATOMA: coleção sanguínea, localizado. BOSSA: “galo”, sanguínea ou serosa. FRATURA: 
perda da continuidade óssea. 
 
AÇÃO PERFURANTE: lesão punctória. PRIMEIRA LEI DE FILHOS: ou lei da semelhança. Feridas em 
botoeiras. SEGUNDA LEI DE FILHOS: ou lei do paralelismo. Paralelo às linhas de força da pele. LEI DE 
LANGER: confluência de regiões com linhas de força em sentidos diferentes, ferida irregular. 
4 
 
AÇÃO CORTANTE: lesão incisa. Deslizamento em sentido linear. Bordas regulares, afastadas pela 
elasticidade da pele, sangramento abundante (predomínio do comprimento sob a profundidade). 
CAUDA DE ESCORIAÇÃO: indica local de saída do instrumento. Pode indicar posição do agressor em 
relação à vítima. 
 
AÇÃO CORTANTE: lesão cortocontundente. DEGOLA: cervical (pescoço), posterior (nuca). 
ESGORJAMENTO: cervical anterior (garganta) ou lateral. DECAPTAÇÃO: secção da cabeça. 
ESQUARTEJAMENTO: secção das articulações. ESPOSTEJAMENTO: secção fora das articulações. 
 
AÇÃO MISTA: lesão pérfuro-incisa. Instrumento de 1 gume: lesão alongada, com ângulo agudo e outro 
ângulo arredondado (ex. faca).Instrumento de 2 gumes: lesão alongada, com dois ângulos agudos (ex. 
espada). Instrumento de 3 gumes: ferida irregular ou estrelada (ex. lima). AÇÃO 
CORTOCONTUNDENTE: lesão cortocontusa. Instrumentos portadores de gumes, influenciados pela 
ação contundente, pelo peso ou força de quem maneja (ex. foice, facão, machado). A mordedura é 
uma lesão cortocontusa. 
 
AÇÃO PERFUROCONTUNDENTE: lesão pérfuro-contusa. Armas de fogo, projétil é o instrumento. 
EFEITOS PRIMÁRIOS: projétil e lesões na vítima. Não afere distância. EFEITOS SECUNDÁRIOS: queima e 
combustão da pólvora. Aferem distância do disparo. TRAJETO: caminho percorrido dentro do corpo. 
Médico legista. TRAJETÓRIA: caminho percorrido da boca do cano da arma até o encontro do anteparo. 
Perito criminal. FERIMENTOS DE ENTRADA: regra: bordas invertidas (para dentro), invaginadas, lesão 
pequena. SINAIS (primários): regra geral. HALO DE ENXUGO/ORLA DE CHAVINY/LIMPADURA: 
tonalidade escura, limpeza das impurezas. ORLA DE ESCORIAÇÃO OU CONTUSÃO: arrancamento da 
epiderme. ARÉOLA OU ORLA EQUIMÓTICA: ruptura dos vasos sanguíneos. Exceção: tiro encostado em 
área que recobre osso, semelhante ao orifício de saída. TIRO ENCOSTADO: forma irregular, dentada 
com entalhes. CÂMARA DE MINA DE HOFFMANN: reação explosiva, golpe de mina. SINAL DE 
WERKGAERTNER: sinal da boca do cano da arma na pele. SINAL DE BENASSI: sinal no osso, fuligem na 
lâmina externa do osso. SINAL DE SCHUSSAKANOL: esfumaçamento do conduto. TIRO À CURTA 
DISTÂNCIA: regra geral, forma arredondada, bordas invertidas (para dentro), presença de efeitos 
secundários, formação de halos, orlas ou zonas, “queima roupa” (zona de chamuscamento). TIRO À 
DISTÂNCIA: não há presença de efeitos secundários. FERIMENTO EM PLANO ÓSSEO: SINAL DO FUNIL 
DE BONNET: ou cone truncado de Pousold. Na entrada, ferimento arredondado e regular (lâmina 
5 
 
externa), ferimento irregular, forma de cone voltada para dentro (lâmina externa). Na saída, cone 
voltado com a base voltada para fora. LESÕES POR PROJÉTEIS DE ALTA ENERGIA: fuzil. Na entrada, 
semelhança com projéteis comuns, bordas talhadas com microescoriações, ausência de orla de 
escoriação. Na saída, depende do plano que situa (ex. braço ou cabeça). FERIMENTOS DE SAÍDA: forma 
irregular, bordas reviradas para fora, diâmetro maior que o orifício de entrada, maior sangramento, 
não tem halo de enxugo ou orla de escoriação, não apresentam efeitos secundários. SINAL DE 
ROMANESI: escoriação. Área de saída em contato com anteparo, projétil encontra resistência. 
 
NECROPSIA: exame externo e interno do cadáver, feito pelo médico. É obrigatória em casos de morte 
violenta ou suspeita (quando há possibilidade de ter sido natural a sua causa). A morte sob custódia 
da administração judiciária é considera morte suspeita. EXUMAÇÃO: art. 163, CPP. Auto de exumação 
e reconhecimento (ditado ao escrivão, na presença de duas testemunhas), ciência a administração do 
cemitério, convite a autoridade policial e familiares, abertura da urna, documentação fotográfica, 
exame cadavérico (inclui fase de putrefação), coleta de terra e tecidos, exames histológicos e 
toxicológicos. 
 
CRONOTANATOGNOSE: FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS OU MEDIATOS: EVAPORAÇÃO 
CADAVÉRICA (PERDA DA ÁGUA): 1-3h. Opacificação da córnea. Sinal de Ripault ou Sinal de Sommer ou 
macha negra escleral (esclera perde viscosidade). ESFRIAMENTO CADAVÉRICO (ALGOR MORTIS OU 
ALGIDEZ): extremamente variável, tendência ao equilíbrio com o meio ambiente, progressivo e não 
uniforme (-0,5°C/h nas primeiras 3h de morte, -1,5°C/h após 3h). Tempo de morte: 37,2 °C – 
temperatura retal do cadáver/1,5 (fórmula aplicável para 12-15h de morte). MANCHAS DE HIPÓSTASE 
(LIVOR MORTIS): parada do sangue nas áreas mais baixas do corpo, mancha de posição (escura). Início, 
2-3h. Generalizam, 6h. Fixam, 12h (permanecem até a putrefação). Clareamento da mancha, menos 
de 12h de morte. Após 12h, manchas fixas. RIGIDEZ CADAVÉRICA (LIGOR MORTIS): Lei de Nysen, 
menores músculos para os maiores. Início, 1-2h, músculos da nuca e face; 2-4h, membro superiores; 
4-6h tórax e abdome; 6-8h membros inferiores (rigidez generalizada). Entre 36-48h desaparece, dando 
início a fase de putrefação (mesma ordem da rigidez). FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS: 
PUTREFAÇÃO: decomposição por germes. Influência do meio ambiente. Fase de coloração: mancha 
verde abdominal, 20-24h de morte (foça ilíaca direita). Mancha verde em outros locais, afogamento 
(pescoço ou tórax), recém-nascido (pescoço ou tórax), ao redor das lesões (meio de cultura para 
bactérias). Fase gasosa: duração média, 2 semanas (ápice 5-7 dias). Aspecto gigantesco, “posição de 
6 
 
lutador”, projeção dos olhos e língua, circulação póstuma de Brouardel (vasos visíveis sob a pele, 36-
48h), distensão das alças intestinais. Fase coliquativa: dissolução do cadáver. Duração variável (2-3 
semanas pós morte). Fase final: esqueletização. MACERAÇÃO: transformação em meio líquido. 
Asséptica (ex. feto morto no útero da mãe) ou séptica (ex. afogamento). FENÔMENOS 
TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES: MUMIFICAÇÃO: condições favoráveis para a parada da 
putrefação, rápido dessecamento da pele (favorece identificação). SAPONIFICAÇÃO: ou adipocera. 
Solo argiloso. Cera que conserva o corpo. CORIFICAÇÃO: urnas de zinco. CALCIFICAÇÃO: calcificação 
dos tecidos macerados. 
 
QUEIMADURAS: “in vida” ou “post mortem”. Pesquisa de monóxido de carbono no sangue (>50% sinal 
de respiração), sinal de Montalti (fuligem na via aérea, sinal vital), reação inflamatória nas bolhas 
(cadáver não possui reação inflamatória). ELETRICIDADE: fulminação, morte. Fulguração, lesão 
corporal. Eletroplessão, eletricidade doméstica ou industrial. Eletrocussão, pena judicial. LESÕES 
TÍPICAS: Sinal de Lichtenberg, lesão arboriforme (transitória), fulguração com sobrevivência. Marca de 
Jellinek, porta de entrada da corrente (indolor). 
 
PRESSÃO ATMOSFÉRICA: BAROPATIAS POR ALTAS PRESSÕES: “mal dos caixões”. BAROPATIAS POR 
BAIXAS PRESSÕES: “doença das montanhas”. BAROPATIAS POR DESCOMPRESSÃO RÁPIDA: variação 
brusca, acidente de mergulho (mais grave). EXPLOSÕES: BLAST PRIMÁRIO: onda de choque transferida 
aos órgãos que contém ar. BLAST SECUNDÁRIO: estilhaçamento de objetos. BLAST TERCIÁRIO: 
deslocamento da pessoa, arremesso. BLAST QUATERNÁRIO: lesões não decorrentes das anteriores (ex. 
intoxicação por gases). 
 
ASFIXIAS: hipóxia, redução de CO2. Hipercapnia, aumento de CO2. CARACTERÍSTICAS: sinais externos 
e internos variáveis, “cianose” (manchas de hipóstase mais escuras, exceto na asfixia por CO), sangue 
escuro e fluido (livores precoces), rigidez muscular precoce, petéquias equimoses (manchas de 
Tardieu, coração e pulmões). POR CONSTRIÇÃO CERVICAL: ENFORCAMENTO: constrição do pescoço 
por meio de um laço, acionado pelo peso da vítima (típico, nó atrás da orelha/pescoço; atípico, nó na 
frente da orelha). O sulco cervical é alto, bem marcado, escoriado no leito, descontínuo na área do nó 
e oblíquo com direção ascendente. ESTRANGULAMENTO: constrição cervical com acionamento por 
força diversa do corpo da vítima. O sulco é regular, sem descontinuidade, mais baixo e em sentido 
horizontal. ESGANADURA: constrição cervical com uso das mãos. Sempre homicida. POR SUFOCAÇÃO: 
7 
 
DIRETA: oclusão das vias aéreas (ex. travesseiro, aspiração de vômito). INDIRETA: compressão do tórax 
ou abdome. Máscara equimótica ou Sinal de Morestin, face vermelha com pontos de sangue. 
Posicional: posição que impede a ventilação pulmonar (ex. crucificação). POR MODIFICAÇÕES DO 
AMBIENTE: CONFINAMENTO: indivíduo preso em ambiente sem renovação de ar. SOTERRAMENTO: 
asfixia por terra. MONÓXIDO DE CARBONO (CO): asfixia nos tecidos. Hipóstase “cor carmim”, sangue 
fluido e rosado, putrefação tardia. AFOGAMENTO: não precisa de submersão total do corpo. “Afogados 
brancos de Parrot”, morte em águas geladas, não há entrada de água nas viasaéreas. “Afogados azuis 
ou úmidos”, asfixia verdadeira. Sinais externos: esfriamento precoce, enrugamento da pele, 
maceração (“mãos de lavadeira”), lesões de arrasto (lesões de Simonin), lesões causadas pela fauna 
aquática (“post mortem”), mancha verde de putrefação no pescoço, cogumelo de espuma. Sinais 
internos: líquido e corpos estranhos nas vias respiratórias, lesões pulmonares (edema, enfisema 
aquoso, equimoses subpleurais, manchas de Pantaulf), incoagulabilidade do sangue, hemodiluição 
(doce), concentração (salgada). 
 
TOXICOLOGIA: “BODY PACKER”: indivíduo que transporta drogas no interior no estômago/intestino. 
“BODY PUSHER”: indivíduo que transporta drogas em orifícios naturais (ânus e vagina). 
PSICOANALÉPTICAS: ação estimulante do SNC. Anfetaminas (MDMA, ecstasy), cocaína (pó branco, 
aspiração nasal, fricção na gengiva, injeção), crack e merla (subproduto da cocaína, cigarro ou 
cachimbo, pedra amarelada), oxi (pedra oxidada, alta letalidade, baixo custo), nicotina e cafeína. 
PSICOLÉPTICAS: ação depressora do SNC. Álcool (etílico e etanol), barbitúricos e benzodiazepínicos 
(indutores do sono), opiáceos (derivados do ópio, líquido incolor, injeção intramuscular (morfina), pó 
branco sintético (heroína)), solventes inalantes. PSICODISLÉPTICAS: ação perturbadora do SNC. 
Maconha (nocividade relativa, TCH e CBD), skank, LSD, haxixe, mescalina (cacto), psilocibina 
(cogumelo), ayahuasca (Santo Daime).

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