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Refluxo gastroesofágico

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Refluxo gastroesofágico 
INTRODUÇÃO 
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das desordens mais 
comuns na prática clínica. Uma revisão sistemática evidenciou que a 
prevalência de DRGE (pirose e/ou regurgitação pelo menos 1 vez por 
semana) no mundo ocidental foi entre 10 e 20% e menor do que 5% na Ásia. 
No Brasil, um estudo de base populacional mostrou prevalência de pelo 
menos 12%. 
DEFINIÇÃO 
A DRGE é uma afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do 
conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, 
acarretando um espectro variável de sintomas e/ou sinais esofágicos e/ou 
extraesofágicos, associados ou não a lesões teciduais (III Consenso 
Brasileiro da Doença do Refluxo Gastroesofágico). 
O The Montreal definition and classification of gastroesophageal 
refluxdisease: a global evidence-based consensus (2006) define a DRGE 
como uma condição que se desenvolve quando o refluxo de conteúdo 
estomacal causa sintomas problemáticos e/ou complicações. Por 
problemáticos, entendem-se os sintomas que afetariam o bem-estar 
individual. Com base na aparência da mucosa à endoscopia, a DRGE é 
classificada como esofagite erosiva, na qual há soluções de continuidade na 
mucosa distal do esôfago, com ou sem sintomas, e doença do refluxo não 
erosiva (sintomas de DRGE sem aspecto erosivo à endoscopia). 
FISIOPATOLOGIA 
A DRGE surge da quebra do equilíbrio entre os fatores de proteção e de 
agressão, em associação à falha dos mecanismos de contenção do refluxo. 
A extensão dos sintomas e a injúria mucosa são proporcionais à frequência 
dos eventos de refluxo, à duração da acidificação da mucosa e à potência 
cáustica do fluido refluído. 
A integridade da mucosa em indivíduos normais reflete um balanço entre 
os fatores agressores (refluxo ácido, potência do refluxato) e os fatores de 
proteção (clareamento ácido esofágico, integridade da mucosa). 
A incompetência da junção esofagogástrica (JEG) ocorre por 3 fatores 
principais: relaxamento transitório do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), 
hipotonia deste esfíncter e fatores anatômicos na JEG.

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