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APOSTILA 
 
Direito do Consumidor | 3ª ed. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. A VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR E SUA PROTEÇÃO NO ORDENAMENTO 
JURÍDICO BRASILEIRO 3 
2. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR 4 
3. RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO 5 
a) Relação de Consumo 5 
b) Elementos da Relação de Consumo 6 
● Elemento Subjetivo (Sujeitos Envolvidos na Relação de Consumo) 6 
● Elemento Objetivo (Objetos da Relação de Consumo) 7 
4. TEORIAS DOUTRINÁRIAS PARA DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR 9 
5. DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 10 
6. RESPONSABILIDADE CIVIL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 11 
a) Responsabilidade Pelo Fato/ Defeito do Produto ou Serviço (Art. 12 e Seguintes) 11 
b) Responsabilidade pelo Vício do Produto ou Serviço (Art. 18 e Seguintes) 11 
c) Responsabilidade pelo Fato/ Defeito/ Acidente de Consumo 11 
● Espécies de Defeito 12 
● Objetivo 13 
d) Natureza da Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor 14 
e) Responsabilidade pelo Vício do Produto/Serviço 15 
● Espécies de Vícios 15 
f) Natureza Jurídica da Responsabilidade 15 
7. PRAZOS PARA RECLAMAR DE DEFEITOS E VÍCIOS EM PRODUTOS E SERVIÇOS 17 
8. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 17 
a) Responsabilidade das Sociedades (Art. 28, §§ 2.º, 3.º e 4.º, do CDC) 19 
9. PUBLICIDADE (ART. 37 DO CDC) 19 
a) Espécies de Práticas Comerciais Abusivas (Art. 39 do CDC) 20 
10. PROTEÇÃO CONTRATUAL 21 
 
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APOSTILA 
 
Direito do Consumidor | 3ª ed. 
 
1. A VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR E SUA PROTEÇÃO NO 
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 
 
Inicialmente, é preciso salientar que a tutela do consumidor não se restringe ao Código de Defesa 
do Consumidor, sendo desenvolvida em todo o ordenamento jurídico. 
Logo, se existir uma norma mais benéfica ao consumidor no Código Civil, ela prevalecerá sobre a 
norma do CDC. Isso porque o consumidor, afastado do polo produtivo, é o elo mais frágil da 
relação de consumo. 
O consumidor é sempre vulnerável. Então, ele merece uma proteção específica do legislador. O 
art. 4.º, inciso I, do CDC, prevê sobre essa presunção de vulnerabilidade. 
Deve-se afirmar, portanto, que ​a vulnerabilidade é inerente ao conceito de consumidor​. Só é 
consumidor o vulnerável, sob pena de se dar proteção a quem não necessita. 
Isso se justifica pois a intenção do sistema consumerista é o equilíbrio da relação de consumo, 
pegando a parte fraca, vulnerável e concedendo uma série de direitos para o equilíbrio da 
relação. 
O art. 1º, III, da Carta Magna, estabelece como fundamento da República a ​dignidade da pessoa 
humana​. Decorrente desse fundamento de toda uma nova ordem constitucional, foi incluído no 
texto da Carta um artigo para cuidar dos direitos e garantias fundamentais em extenso rol: o art. 
5º. 
O artigo mencionado traz em seu rol a necessidade de proteção do consumidor pelo Estado em 
seu inc. XXXII estabelecendo que “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. 
Mais adiante, ao cuidar da ordem econômica, no art. 170, V, a Constituição Federal estabeleceu 
como um dos seus princípios a defesa do consumidor. 
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), em seu art. 48, fixou prazo de 120 
dias da promulgação da Constituição para que o Congresso Nacional elaborasse um Código de 
Defesa do Consumidor. 
Importante destacar que todos os dispositivos constitucionais mencionados buscam respeitar o 
princípio constitucional da igualdade, equilibrando uma relação jurídica que, conforme 
mencionado, é desigual e desequilibrada. 
Busca-se, assim, ao tratar desigualmente os desiguais e dar proteção para o vulnerável (o mais 
fraco), fazer um ​discrimen ​legal, fundamental para que a relação jurídica possa estar de acordo 
com o Direito. 
 
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2. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
Princípio da dignidade da pessoa humana: a defesa dos consumidores e a tutela de seus 
interesses nada mais são do que uma das faces da defesa da dignidade da pessoa humana. 
 
Princípio da proteção: conforme o preceito Constitucional (art. 5º, XXXII), cabe ao Estado o dever 
de proteger o consumidor, devido à condição de desigualdade existente nas relações de 
consumo. Portanto, as normas do consumidor deverão ser aplicadas para equilibrar tais relações, 
estabelecendo a igualdade entre as partes. 
 
Princípio da transparência: entende-se como um dos pilares da boa-fé objetiva, em que se impõe 
o dever de o fornecedor, necessariamente, dar informações de modo adequado ao consumidor, 
suprindo-se assim todas as informações tidas essenciais para o aperfeiçoamento da relação de 
consumo e garantindo, inclusive, a livre escolha do consumidor de contratação do fornecedor. 
 
Princípio da vulnerabilidade: trata-se do reconhecimento da fragilidade do consumidor na relação 
com o fornecedor. A vulnerabilidade é requisito essencial para a caracterização de uma pessoa 
como consumidora. Assim, tal vulnerabilidade pode ser técnica, jurídica, fática, socioeconômica e 
informacional. 
 
Princípio da boa-fé objetiva e do equilíbrio: é a regra de conduta. Trata-se de um dever 
permanente entre as partes em suas relações, devendo pautar-se pela lealdade, honestidade e 
cooperação. 
 
Princípio da informação: ​o consumidor tem o dever de receber a informação adequada, clara, 
eficiente e precisa sobre o produto ou serviço, bem como de suas especificações de forma correta 
(características, composição, qualidade e preço) e dos riscos que os produtos ou serviços podem 
apresentar. 
 
Princípio da facilitação da Defesa: é garantido ao consumidor a facilitação dos meios de defesa 
de seus direitos. Isso porque ele tem mais dificuldade para exercitar seus direitos e comprovar 
situações, às vezes por falta de técnicas materiais, processuais, fáticas ou mesmo intelectuais. 
Um dos meios de facilitação de defesa é a inversão do ônus da prova. Ele se difere da relação de 
 
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direito civil em que a prova incube a quem o alega, pois na relação de consumo o consumidor 
reclama em juízo. Caberá ao fornecedor provar o contrário. 
 
Princípio da revisão das cláusulas contratuais: o consumidor tem o direito de manter a 
proporcionalidade do ônus econômico que implica ambas as partes, consumidor e fornecedor, na 
relação jurídico-material. Portanto, toda vez que um contrato de consumo acarretar prestações 
desproporcionais, o consumidor tem o direito à modificação das cláusulas contratuais para 
estabelecer e restabelecer a proporcionalidade e o direito à revisão de fatos supervenientes que 
tornem as prestações excessivamente onerosas. 
 
Princípio da conservação dos contratos: o objetivo do CDC é apenas conservar os contratos. Para 
tanto, havendo desproporcionalidade ou onerosidade excessiva, devem ser feitas modificações 
ou revisões com o intuito de sua manutenção.Assim, a extinção contratual dá-se em última 
hipótese, quando não houver outra possibilidade de adimplir com as obrigações e ocorrer ônus 
excessivo a qualquer das partes. 
 
Princípio da solidariedade: trata-se de mais uma defesa processual em que, ao autor da ofensa, 
todos respondem solidariamente pela reparação dos danos. 
 
Princípio da igualdade: é a proteção ao consumidor, ao exigir boa-fé objetiva na atuação por parte 
do fornecedor a fim de garantir o equilíbrio entre as partes. O consumidor tem direito à 
informação, à revisão contratual e à conservação do contrato. O intuito é sempre colocar o 
consumidor em par de igualdade nas contratações. 
 
 
3. RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO 
 
RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
Relação de consumo é a relação jurídica formada por um consumidor e um fornecedor ligados por 
pelo menos um produto ou serviço. 
 
 
 
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ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
ELEMENTO SUBJETIVO (SUJEITOS ENVOLVIDOS NA RELAÇÃO DE CONSUMO) 
 
a) Consumidor: pessoa física ou jurídica que adquire produtos e utiliza serviços como destinatário 
final no mercado de consumo (art. 2.º do CDC). Será também consumidor, por equiparação, a 
coletividade de pessoas (parágrafo único do art. 2.º do CDC), aquele que for vítima do acidente 
de consumo (art. 17 do CDC) e as pessoas expostas a uma determinada prática comercial (art. 
29 do CDC); e 
b) Fornecedor: pessoa física, jurídica, pública, privada ou ente despersonalizado que desenvolve 
atividade econômica no mercado de consumo (art. 3.º do CDC). 
 
FORNECEDOR NO CDC 
Art. 8º, §1º Responsabilidade do fabricante de prestar informações em produtos industriais. 
Art. 12 Responsabilidade objetiva do fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou 
estrangeiro, e o importador. 
Art. 13 Hipóteses de responsabilidade do comerciante equivalente à do fabricante. 
Art. 14, § 4º Responsabilidade pessoal dos profissionais liberais. 
Art. 18, § 5º Responsabilidade do fornecedor imediato (comerciante) em produtos ​in natura​. 
Art. 19, § 2º Responsabilidade do fornecedor imediato (comerciante) na pesagem de produtos e 
balança não aferida segundo padrões oficiais. 
Art. 21 Responsabilidade do fabricante nos serviços de especificação técnica na reparação de 
produtos. 
Art. 25, § 2º Responsabilidade do fabricante, construtor, importador e de quem realizou a 
incorporação em caso de dano em função de peça ou componente incorporado ao 
produto. 
Art. 32 Responsabilidade dos fabricantes e importadores de peças de reposição. 
Art. 33 Responsabilidade do fabricante pelas informações na embalagem, oferta ou venda por 
telefone. 
 
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ELEMENTO OBJETIVO (OBJETOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO) 
 
a) ​Produto: qualquer bem móvel ou imóvel, material ou imaterial que tenha valor econômico, 
destinado a satisfazer uma necessidade do consumidor (art. 3.º, § 1.º, do CDC). É importante 
lembrar que a forma de aquisição e o estado em que o produto se encontra (novo ou usado) é 
irrelevante para a sua caracterização; e 
b) ​Serviço: toda atividade remunerada (direta ou indiretamente), desenvolvida no mercado de 
consumo para satisfazer o consumidor (art. 3.º, § 2.º, do CDC). Os serviços públicos podem ser 
caracterizados nas relações de consumo desde que o Estado atue economicamente (art. 22 do 
CDC). 
 
IMPORTANTE: no tocante ​ao serviço​, vale trazer um exemplo de atividade 
remunerada indiretamente. O transporte coletivo para maiores de 65 anos é gratuito 
para o idoso, todavia, a empresa que fornece o serviço está sendo remunerada pelo 
restante dos usuários que pagam as passagens. De igual forma, isso também vale 
para os estacionamentos gratuitos em estabelecimentos comerciais. Embora o cliente não pague 
diretamente pelo uso em alguns casos, o objetivo principal é atrair o consumidor para o 
estabelecimento e ganhar com isso. Sobre a responsabilidade da empresa perante o cliente nos 
casos de reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em estacionamentos, ver a Súmula n.º 
130 do STJ. 
 
Elemento finalístico:​ condição de destinatário final do consumidor nas relações de consumo. 
 
ATENÇÃO: ​é importante destacar que não se incluem nas relações de consumo a 
relação locatícia de locação predial, as relações entre condômino e condomínio, as 
relações entre franqueados e franqueador, as relações entre representante comercial e 
empresa, a relação do beneficiário do crédito educativo, as relações entre o 
beneficiário da previdência social e o INSS e as relações de caráter trabalhista. 
ATENÇÃO: ​sobre as relações de consumo, também é importante a leitura da Súmula 297 do 
STJ. 
TABELA SIMPLIFICADA DE APLICAÇÃO DO CDC 
Situação O CDC é aplicável? 
Crédito estudantil Não 
Relação entre cliente e advogado Não 
 
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Empreendimentos habitacionais promovidos por sociedades 
cooperativas 
Sim 
Relação entre condômino e condomínio Não 
Em contratos de plano de saúde, exceto autogestão Sim 
Relação entre locador e locatário Não 
Serviço público de saúde Não 
Entidades abertas de previdência complementar Sim 
Contrato de franquia Não 
Em relação a serviços educacionais Sim 
Relação jurídica entre participantes ou assistidos de plano de benefício 
e entidade de previdência complementar fechada 
Não 
Compras em camelódromo Sim 
Contrato de transporte de mercadorias vinculado a contrato de compra 
e venda de insumos 
Não 
Sociedades e associações sem fins lucrativos quando fornecem 
serviços ou produtos 
Sim 
Extravio de bagagem ocorrido em transporte internacional (quanto ao 
dano material) 
Não 
Entre sociedade empresária vendedora de aviões e a sociedade 
empresária de venda de imóveis que tenha adquirido avião com o 
objetivo de facilitar o deslocamento de sócios e funcionários 
Sim 
Contrato de conta corrente mantida entre corretora de Bitcoin e 
instituição financeira 
Não 
Sistema de ​score​ de crédito e consumidor com o pedido de empréstimo 
negado 
Sim 
Contratos de plano de saúde de autogestão Não 
Médico e fornecedor de equipamento médico-hospitalar Não 
Instituições financeiras Sim 
 
 
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4. TEORIAS DOUTRINÁRIAS PARA DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR 
 
De acordo com os ensinamentos do Prof. Marco Antônio Araújo Júnior , a doutrina utiliza três 1
principais teorias para determinar mais precisamente quem é o consumidor: 
 
Teoria finalista, subjetiva ou teleológica: identifica como consumidor a pessoa física ou jurídica 
que retira definitivamente de circulação o produto ou serviço do mercado, utilizando o serviço para 
suprir uma necessidade ou satisfação pessoal e não para o desenvolvimento de outraatividade 
de cunho profissional. Nessa teoria, não se admite que a aquisição ou a utilização de produto ou 
serviço propicie a continuidade da atividade econômica. 
 
Teoria maximalista ou objetiva: identifica como consumidor a pessoa física ou jurídica que adquire 
o produto ou utiliza o serviço na condição de destinatário final (destinatário fático), não importando 
se haverá uso particular ou profissional do bem, tampouco se terá ou não a finalidade de lucro, 
desde que não haja repasse ou reutilização do bem. Não se encaixa nesse conceito, portanto, 
aquele que utiliza serviço ou adquire produto que participe diretamente do processo de 
transformação, montagem, produção, beneficiamento ou revenda para o exercício de sua 
atividade. 
 
Teoria Mista ou híbrida: surgida a partir das interpretações jurisprudenciais, suaviza os conceitos 
trazidos pelo CDC, reconhecendo como consumidor a pessoa física ou jurídica que adquire o 
produto ou utiliza o serviço, mesmo em razão de equipamentos ou serviços que sejam 
auxiliadores de sua atividade econômica. Surge aqui a interpretação da vulnerabilidade do 
consumidor. 
 
5. DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 
 
O art. 6.º do CDC traz um rol exemplificativo desses direitos. Todavia, o art. 7.º do mesmo 
diploma legal estabelece que outros direitos também são alcançados e garantidos aos 
consumidores em razão de tratados e convenções internacionais de que o Brasil seja signatário. 
 
1ARAUJO JUNIOR, Marco Antonio. Direito do Consumidor, parte I: Tutela Material do Consumidor. 1ª ed. São Paulo: 
Premier Máxima, 2008 - (Coleção Resumo de Bolso) 
 
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Art. 6.º do CDC: 
a)​ Proteção da vida, saúde e segurança; 
b)​ Informação e educação, liberdade de escolha e igualdade nas contratações; 
c) Proteção do consumidor contra publicidade enganosa ou abusiva e práticas comerciais 
condenáveis; 
d)​ Modificação e revisão das cláusulas contratuais; 
e)​ Prevenção e reparação de danos individuais, coletivos e difusos dos consumidores; 
f) Facilitação da defesa dos direitos dos consumidores, inclusive com a inversão do ônus da prova 
a favor do consumidor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
g)​ Adequação e eficácia dos serviços públicos; 
h) Informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços. O direito à informação 
tem duas dimensões distintas: 1) o acesso (garantir que o consumidor tenha esta informação) e 2) 
a compreensão (permitir que o consumidor vulnerável entenda o teor e as consequências das 
informações prestadas); 
 
ATENÇÃO: recentemente, a Lei 13.146/15 incluiu o parágrafo único no art. 6.º do 
CDC, determinando que a compreensibilidade das informações no mercado de 
consumo deve ser acessível à pessoa deficiente, cujas especificidades serão tratadas 
em regulamento próprio. 
 
i) Acesso aos órgãos judiciários e administrativos para prevenção ou reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos. 
 
 
6. RESPONSABILIDADE CIVIL NO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
 
Seja no Direito Civil, no Direito Ambiental, no Direito Administrativo, no Direito do Consumidor, 
etc., a Responsabilidade Civil sempre busca a reparação do dano. 
No âmbito da proteção dos Direitos do Consumidor, tanto a pessoa que celebra o contrato de 
consumo quanto a pessoa que não celebra contrato, mas é atingida/ prejudicada (Art. 17 do CDC: 
 
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consumidor por equiparação), são tratadas como consumidores. Então, basta a pessoa ser vítima 
do acidente de consumo para ela ser considerada consumidora e, portanto, ter a obrigação de ser 
reparada por eventuais danos. 
Ex.: voo da Tam que, ao pousar, ultrapassou os limites da pista e atingiu transeuntes e 
residências. 
 
RESPONSABILIDADE PELO FATO/ DEFEITO DO PRODUTO OU SERVIÇO (art. 12 e 
seguintes) 
 
Os danos são extrínsecos, então o consumidor tem prejuízos além do produto ou serviço. 
Também é conhecido como acidente de consumo, pois sempre gera algo mais grave. 
Ex​.: João vai a uma loja e compra um liquidificador e, ao chegar em casa, liga-o para fazer um 
suco. De repente, a hélice do aparelho se solta, sai da cuba e o atinge causando cortes na sua 
barriga. 
 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO OU SERVIÇO (art. 18 e seguintes) 
 
Os danos são intrínsecos, então estão restritos ao produto/ serviço. 
Ex.: caso a hélice do liquidificador não tenha saído da cuba e, assim, não tenha atingido a barriga 
de João, seria apenas um vício do produto. 
 
RESPONSABILIDADE PELO FATO/ DEFEITO/ ACIDENTE DE CONSUMO 
 
É a responsabilidade que surge quando o fornecedor falha no dever de segurança dos produtos 
ou serviços oferecidos. Assim, pela insegurança do produto/ serviço, o consumidor sofre um 
acidente de consumo. 
 
ATENÇÃO​: a Lei 13.486/17 alterou o art. 8º da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do 
Consumidor), trazendo o acréscimo do seguinte parágrafo: § 2º O fornecedor deverá 
higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou 
serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira ostensiva e 
adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação. 
 
 
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ESPÉCIES DE DEFEITO 
 
a) ​Defeito de Concepção/ Criação: é a hipótese em que a falha está no projeto/ na fórmula do 
produto ou do serviço. 
 
Ex.: a Fiat decide fazer um carro esportivo utilizando um chassi Uno, um carro popular. Como não 
foi produzido um chassi próprio, ele acaba não suportando e apresenta defeitos. 
I) Defeito de Fabricação​: na hora da montagem/ produção/ prestação, o produto ou serviço 
apresentou essa falha. Como, por exemplo, as pílulas de farinha de um dado anticoncepcional. 
 
II) Defeito de Informação ou Comercialização​: a falha do dever de segurança está nas 
instruções da embalagem, no rótulo, na bula, etc. Como, por exemplo, um adubo que é tóxico, 
mas não há na embalagem essa informação e ele acaba causando danos a uma pessoa que 
não usa os equipamentos adequados para aplicá-lo. 
 
IMPORTANTE​:​ é preciso que a falha acarrete dano. 
 
O Código de Defesa do Consumidor (art. 12, § 3º, CDC) traz quais são as ​excludentes ​de 
responsabilidade em caso de defeito do produto. São as seguintes e somente essas, pois a lei é 
protetiva do consumidor, não podendo ser ampliado um rol capaz de prejudicá-lo. E mais, o 
fornecedor tem que ​provar: 
● que não colocou o produto no mercado, ou seja, que não fabricou, construiu, produziu ou 
importou o produto (inc. I); 
● que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste,que é a quebra do 
● nexo causal, demonstrar que não houve conduta (inc. II); ou 
● a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, significando o mau uso do produto pelo 
consumidor (somente ele, único causador do acidente, não podendo ser concorrente, pois 
nesse caso o fornecedor é responsável) ou por terceiro (se ele for o único responsável, 
qualquer pessoa estranha à relação consumidor-fornecedor) que não aqueles previstos no 
art. 12 do CDC. 
O STJ decidiu que, na culpa concorrente e não exclusiva do consumidor do produto defeituoso, o 
fornecedor tem o dever de indenizá-lo (REsp 971.845/DF). Ainda no STJ, a Súmula 479 dispõe: 
“As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno 
relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”. 
 
 
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As excludentes de responsabilidade são somente essas e, repita-se, a prova cabe ao fornecedor. 
Por isso, o caso fortuito e a força maior não são excludentes de responsabilidade, apesar de 
alguma doutrina admiti-los, principalmente quando ocorrem após a introdução do produto no 
mercado de consumo, ou seja, um fortuito externo. O fortuito interno não é considerado 
excludente de responsabilidade (STJ, REsp Repetitivo 1.199.782/PR). 
 
OBJETIVO 
 
O consumidor sempre busca reparação pelos danos causados. Então, ele não pede um novo 
produto, o desfazimento do negócio e afins. 
 
Ação Indenizatória/ de Reparação de Danos:​ é a ação cabível pelo fato do produto/ serviço. 
 
Art. 12: ​“O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, 
manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre utilização e riscos.” 
 
Quem é o responsável? O fabricante (o produtor e o construtor) e o importador. Dessa forma, 
quem responde pelo acidente de consumo é, a princípio, apenas o fabricante. O importador entra 
nesse rol em virtude da inviabilidade de processar um fornecedor em outro país no caso de 
produtos importados, apesar de isso ser possível. 
 
Comerciante: só é responsável em algumas situações. Porém, estas não serão solidárias, mas 
sim subsidiárias. Conforme o art. 13 do CDC, ​“o comerciante é igualmente responsável, nos 
termos do artigo anterior, quando: I – o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não 
puderem ser identificados; II – o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; III – não conservar adequadamente os produtos perecíveis”. 
Assim, o comerciante, em regra, não tem responsabilidade pelo fato, mas pode ser responsável 
quando houver um problema na identificação do fabricante ou do importador e se houver má 
conservação de produto perecível. 
 
Na dúvida: processar ambos (fabricante/ importador e comerciante) ou apenas um deles. Isso 
porque, conforme o parágrafo único do mesmo artigo, ​“aquele que efetivar o pagamento ao 
 
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prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua 
participação na causação do evento danoso”. 
 
Ex.: o fabricante percebe que o comerciante não conservou adequadamente o produto, o qual 
acabou perecendo e causando uma infecção alimentar no consumidor. Nesse caso, ele pode 
entrar com uma Ação Indenizatória contra o comerciante (direito de regresso). 
 
 
NATUREZA DA RESPONSABILIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
Tanto o fornecedor quanto o importador e, até mesmo, o comerciante, respondem em iguais 
termos. Assim, todos respondem objetivamente pelo fato do produto/serviço. 
 
Responsabilidade Objetiva:​ é sempre a regra no CDC. 
Dessa forma, a responsabilidade independe de culpa do fornecedor/ importador/ consumidor. 
 
Teoria do Risco​: basta provar três elementos para que o consumidor tenha direito à indenização, 
quais sejam: ocorrência do fato, ocorrência de um dano e, ainda, o nexo de causalidade entre 
eles, ou seja, provar que o fato causou o dano. 
 
Atenção​: há a Responsabilidade Subjetiva no CDC, sendo esta apenas uma exceção. Conforme o 
artigo 14, §4º: “a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa”​. Então, nesse caso, não basta a comprovação dos três elementos 
mencionados acima, mas a culpa do profissional liberal, o qual poderá eventualmente tentar 
provar a culpa do consumidor. 
 
Teoria da Culpa Simples: no caso do artigo 14, §4º, do CDC, o autor da ação, o consumidor, no 
caso, deve provar o fato, o dano, o nexo causal e a culpa do fornecedor. 
 
Consumidor Hipossuficiente ou Verossimilhança das Alegações: é possível requerer a inversão 
do ônus da prova. Conforme o artigo 6, VIII, do CDC, é direito do consumidor ​“a facilitação da 
defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, 
 
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quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação OU quando for ele hipossuficiente, segundo as 
regras ordinárias de experiência”. 
 
Responsabilidade do Médico Cirurgião Plástico: há julgados no sentido de que, se esse tipo 
de médico for reparador, trata-se da Responsabilidade Subjetiva. Se for estético, é 
Responsabilidade Objetiva (não há que se falar em culpa). Tal entendimento pode se estender ao 
dentista estético e a outros profissionais que trabalham com estética. 
 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO 
 
Vício: é o defeito da coisa que a torna imprestável ao uso a que se destina ou que reduz 
consideravelmente o seu valor, de modo que o negócio não seria celebrado se o consumidor 
soubesse da existência do defeito. 
 
Espécies de Vícios 
 
a) ​Vício de Qualidade: é o mais comum, ocorre, por exemplo, quando o produto está quebrado. 
b) ​Vício de Quantidade: quando, por exemplo, o produto não apresenta o peso/ medida 
esperados. 
c) ​Vício de Informação: ocorre quando é repassada ao consumidor uma informação incorreta do 
produto/ serviço. 
 
NATUREZA JURÍDICA DA RESPONSABILIDADE 
 
Responsabilidade Objetiva:​ não se discute culpa. 
Responsabilidade Solidária: dá-se entre os fornecedores. Cabe destacar que essa característica 
atinge todos os que participam da cadeia de fornecimento, do fabricante ao comerciante. 
 
Art. 18 do CDC: ​“Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados 
ao consumoa que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da 
disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o 
consumidor exigir a substituição das partes viciadas”. 
 
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COMO FUNCIONA 
Quando o consumidor identificar o vício, ele deve reclamar para qualquer fornecedor. O 
fornecedor tem o dever/ direito de consertar o produto ou refazer o serviço. É um dever/ direito, 
pois ele está obrigado, mas também tem o direito de consertar/ refazer, pois não é obrigado a 
trocar o produto, devolver o dinheiro ou dar um abatimento proporcional. O prazo para o 
fornecedor consertar/ refazer é de, em regra, 30 dias, o qual pode ser aumentado até o máximo 
de 180 dias ou reduzido até o mínimo de 7 dias, desde que haja uma cláusula separada do 
contrato de adesão. 
Se o problema ainda não for resolvido, o consumidor pode, dentro do prazo, exercer uma das 
opções do artigo 18, §1º do CDC. É um direito potestativo, ou seja, um poder do consumidor de 
escolher livremente qual das opções prefere. Cabe destacar, ainda, que não há ordem entre as 
opções, que são: 
✓ Abatimento proporcional no preço; ou 
✓ Desfazimento do negócio com a devolução imediata da quantia paga monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; ou 
✓ Novo produto/ substituição do produto por outro da mesma espécie em perfeitas 
condições de uso: se não tiver outro produto da mesma espécie disponível, o consumidor 
pode escolher entre um produto melhor (tendo que pagar a diferença) ou um pior (sendo 
ressarcido pela diferença). 
 
ATENÇÃO: também é possível que o pedido seja cumulado com o de reparação de 
danos. Assim, é possível afirmar que a Responsabilidade pelo Fato/ Defeito pode ser 
cumulada com a Responsabilidade pelo Vício do Produto ou do Serviço. 
 
ATENÇÃO: o consumidor pode valer-se das opções do parágrafo 1º de forma 
imediata, ou seja, sem reclamar o conserto. Ele pode fazer isso em duas hipóteses, a 
saber, 1) quando o vício for tão grave, que mesmo consertando, prejudicar-se-á o 
valor, uso ou a qualidade do produto; e II) quando o produto for considerado essencial, 
ou seja, um produto que o consumidor não pode aguardar pelos 30 dias do conserto. 
 
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7. PRAZOS PARA RECLAMAR DE DEFEITOS E VÍCIOS EM 
PRODUTOS E SERVIÇOS 
 
Prazo de Prescrição: é previsto para uma hipótese em que a pessoa exercerá uma pretensão 
indenizatória. 
Ação Indenizatória/ Reparação de Danos: só quando se reclama a Responsabilidade pelo Fato do 
Produto ou do Serviço. 
Art. 27 do CDC: 5 anos. É um prazo quinquenal, sendo que o prazo só pode ser contado a partir 
do momento em que se tem conhecimento do dano/ extensão do dano e da autoria (termo inicial). 
Essa é a ​Teoria da Actio Nata​, em que é necessária a ciência de quem ocasionou o dano 
(Responsabilidade Subjetiva). 
 
Prazo de Decadência (art​. ​26 do CDC)​: está relacionado ao direito potestativo, ou seja, tem a ver 
com os vícios do produto ou serviço​. 
Ação de Obrigação: é aquela em que o consumidor quer obrigar o fornecedor ao abatimento, 
desfazimento ou a entregar um novo produto. 
Quando o produto ou o serviço for durável (se mantém no tempo e permite uso reiterado): 90 
dias. 
Quando o produto ou serviço for não durável​ (se esgota com o uso): 30 dias. 
Cabe destacar que não importa se for um vício de fácil ou de difícil constatação. O que muda em 
relação a isso é apenas o termo inicial, ou seja, quando o prazo começa a correr. 
Difícil constatação:​ o termo inicial é o momento de ciência do vício (Teoria Subjetiva). 
Fácil constatação: o termo inicial é o momento da tradição, ou seja, o dia em que o consumidor 
recebeu o produto/ serviço (Teoria Objetiva). 
 
 
8. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
O CDC adotou a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, com objetivo de garantir a 
máxima proteção ao consumidor, devendo os sócios se responsabilizarem pelas obrigações 
 
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assumidas pela sociedade toda vez que o magistrado, no caso concreto, vislumbrar, em 
detrimento do consumidor, a possibilidade de: 
 
a) abuso de direito; 
b) excesso de poder; 
c) infração da lei; 
d) fato ou ato ilícito; 
e) violação dos estatutos ou contrato social; 
f) falência; 
g) estado de insolvência; 
h) encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocado por má administração; e 
i) sempre que a personalidade jurídica for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de 
prejuízos causados aos consumidores. 
 
A desconsideração da personalidade jurídica não é regra e não representa a extinção ou 
dissolução da sociedade, mas tão somente a suspensão episódica da sua personalidade para 
que haja a reparação do dano causado ao consumidor. O Novo CPC disciplinou o incidente de 
desconsideração da personalidade nos arts. 133 a 137, o qual é cabível em todas as fases do 
processo de conhecimento, cumprimento de sentença e execução de título extrajudicial. 
 
O Novo CPC também dispensa o incidente de desconsideração se o pedido já for formulado na 
petição inicial (art. 134, § 2.º, do NCPC). 
 
Decretada a desconsideração da personalidade jurídica pelo magistrado, que pode ser de ofício 
ou a requerimento das partes, haverá a responsabilização civil do proprietário, sócio-gerente, 
administrador, sócio majoritário, acionista, controlador, entre outros, alcançando seus respectivos 
patrimônios pessoais. 
 
 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE DAS SOCIEDADES (ART. 28, §§ 2.º, 3.º E 4.º, DO CDC) 
 
Empresas consorciadas - Solidária; 
Sociedades integrantes de grupos societários e sociedades controladas - Subsidiária; 
Empresas coligadas (S.A.) - Responderão só por culpa. 
 
9. PUBLICIDADE (ART. 37 DO CDC) 
 
Publicidade enganosa: é enganosa a publicidade que se mostra inteira ou parcialmente falsa, 
capaz de induzir a erro o consumidor acerca da natureza, característica, qualidade, quantidade, 
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
Vale ressaltar que a enganação pode ocorrer por ação/comissão ou omissão. Será enganosa por 
comissão a publicidade que, de forma ativa, mostrar-se inteira ou parcialmente falsa, capaz de 
induzir a erro o consumidor acerca da natureza, característica, qualidade, quantidade, 
propriedades, origem, preço e quaisquer outrosdados sobre produtos e serviços. 
Por outro lado, será enganosa por omissão quando, de forma passiva, mostrar-se inteira ou 
parcialmente falsa, deixando de informar dado essencial do produto ou serviço (aquele cuja 
ausência pode influenciar na compra ou contratação), relacionado à natureza, característica, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados relevantes, capazes 
de induzir a erro o consumidor. 
 
Publicidade abusiva: publicidade abusiva é aquela que ofende valores éticos, sociais e religiosos 
da sociedade, mostrando-se discriminatória de qualquer natureza, que incite à violência, explore o 
medo ou a superstição, aproveite-se da deficiência de julgamento e experiência da criança e 
desrespeite valores ambientais, ou seja, capaz de induzir o consumidor a se portar de forma 
prejudicial ou perigosa à saúde ou à segurança. 
 
Publicidade clandestina:​ é aquela que não pode ser claramente identificada pelo consumidor. 
Caso o fornecedor descumpra as regras da publicidade (art. 37 do CDC), ocorrerá vício na 
informação, permitindo que o consumidor possa, nos termos do art. 35 do CDC: 
a) Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou 
publicidade; 
 
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b) Aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente, pagando ou recebendo a 
diferença; e 
c) Rescindir o contrato com a restituição da quantia eventualmente antecipada, 
monetariamente atualizada, além decomposição de perdas e danos. 
 
Práticas comerciais abusivas: comportamentos comerciais dos fornecedores (contratuais ou não) 
que abusam da boa-fé e da vulnerabilidade do consumidor. Noutras palavras, condutas em 
desconformidade com os padrões mercadológicos éticos e leais. 
Além de sanções administrativas e penais, as práticas abusivas geram o dever de indenizar, em 
razão do disposto no art. 6.º, VII, do CDC. O juiz pode, também, com fulcro no art. 84 do CDC, 
determinar a abstenção ou prática de conduta, sob força de preceito cominatório. 
 
ESPÉCIES DE PRÁTICAS COMERCIAIS ABUSIVAS (ART. 39 DO CDC): 
a)​ Venda casada (também conhecida como venda condicionada ou operação casada); 
b)​ Recusa de fornecimento; 
c)​ Remessa de produto ou fornecimento de serviço sem prévia solicitação do consumidor; 
d)​ Aproveitamento da vulnerabilidade do consumidor; 
e)​ Exigir vantagem excessiva do consumidor; 
f)​ Execução de serviço sem orçamento prévio e autorização expressa do consumidor; 
g) ​Repasse de dados e informações depreciativas sobre o consumidor; 
h)​ Descumprimento de normas técnicas; 
i)​ Recusa de venda de bens ou de prestação de serviços com pagamento à vista; 
j)​ Elevação injustificada de preços; 
k)​ Inexistência de prazo para cumprimento da obrigação; e 
l)​ Uso de índice de reajuste diverso do previsto em contrato ou lei. 
 
Cobrança de dívidas: determina o art. 42 do CDC que, na cobrança de débitos, o consumidor 
inadimplente não poderá ser exposto ao ridículo ou a qualquer tipo de constrangimento ou 
ameaça. 
O art. 42-A do CDC exige a identificação do fornecedor em todos os documentos de cobrança de 
débitos. Ela será feita mediante apresentação do nome completo do fornecedor, o endereço 
 
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(domicílio) e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro 
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. 
 
Banco de dados e cadastro de consumidores: inclui-se nos direitos fundamentais do consumidor o 
direito de ter acesso aos bancos de dados que envolvam seu nome, tais como cadastros, 
registros, fichas, dados pessoais e de consumo (art. 43 do CDC). Em razão do Estatuto das 
Pessoas com Deficiência (Lei 13.146/2015), as informações relativas aos Bancos de Dados e 
Cadastros de Consumidores deverão ser disponibilizadas em formato acessível para essas 
pessoas, mediante solicitação do consumidor (art. 43, § 6.º, do CDC). 
Os bancos de dados podem ser públicos ou privados, mas sempre serão considerados entidades 
de caráter público. Isso permite elegê-los como sujeitos passivos no ​habeas data​. 
A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais ou de consumo em nome do consumidor, 
quando não solicitada por ele, deve ser comunicada por escrito e com antecedência. 
A obrigação de comunicar o consumidor é do órgão responsável pela negativação. Já a obrigação 
de levantamento do nome do consumidor dos bancos de dados, em caso de quitação da 
obrigação, é do fornecedor. 
Nesse sentido, a jurisprudência entende que, mesmo havendo inscrição regular do nome do 
devedor em cadastro de órgão de proteção ao crédito, após o integral pagamento da dívida, 
incumbe ao credor requerer a exclusão do registro desabonador, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, 
a contar do primeiro dia útil posterior à completa disponibilização do numerário necessário à 
quitação do débito vencido (REsp 1.424.792/BA). 
 
 
10. PROTEÇÃO CONTRATUAL 
 
Na busca de um novo equilíbrio contratual, capaz de preservar os interesses dos contratantes, 
surge uma nova concepção contratual decorrente de uma forte intervenção do Estado nas 
relações privadas marcada por uma função social. Essa nova roupagem da teoria contratual 
pauta-se no princípio da boa-fé objetiva e na segurança do tráfego das relações. 
O CDC adota essa concepção social na proteção contratual do consumidor, cujas regras 
protetivas foram inseridas no seu Capítulo VI, o qual foi dividido da seguinte maneira: disposições 
gerais sobre as relações contratuais (arts. 46 a 50 do CDC); cláusulas abusivas nas relações 
contratuais (arts. 51 a 53 do CDC); e disciplina do contrato de adesão (art. 54 do CDC). 
 
 
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• ​Interpretação dos contratos de consumo: de acordo com o art. 47 do CDC, as cláusulas 
contratuais nas relações de consumo devem ser interpretadas favoravelmente ao consumidor. 
Importante notar que as cláusulas limitativas de direito, permitidas pelo CDC, são válidas mesmo 
diante da regra de interpretação favorável, desde que redigidas pelo fornecedor de maneira clara 
e em destaque. 
 
• Direito de arrependimento nas relações de consumo: para proteger o consumidor de uma prática 
comercial em que ele não desfruta das melhores condições para decidir sobre a conveniência do 
negócio, o art. 49 do CDC prevê a hipótese de arrependimento toda vez que ocorrer a 
contratação fora do estabelecimento comercial, seja por ​internet​, telefone, catálogo ou qualquer 
outra forma. Trata-se de um prazo de reflexão. 
 
ATENÇÃO: ​os assinantes de serviços de comunicação audiovisual de acesso 
condicionado têm a possibilidade de cancelamento dos serviços de TV por assinatura 
pessoal ou virtualmente, sendo obrigatória, segundo o inciso VII, do art. 33 da Lei12.485/11, ter a opção de cancelar os serviços contratados por via telefônica ou pela 
internet​. 
 
• ​Cláusulas contratuais abusivas: o art. 51 do CDC estabelece de maneira exemplificativa um rol 
de cláusulas abusivas nas relações de consumo. Trata-se de uma técnica legal de controle de 
conteúdo dos contratos de consumo, trazendo como efeito a sua completa nulidade, pois 
contrariam normas de ordem pública e o interesse social da proteção e defesa do consumidor. 
 
A natureza da sentença que reconhece a nulidade é constitutiva negativa, ou desconstitutiva, 
produzindo efeitos ​ex tunc​. 
i)​ Espécies de cláusulas contratuais abusivas (art. 51 do CDC): 
ii)​ Cláusula de não indenizar (art. 51, I, do CDC); 
iii)​ Renúncia ou disposição de direitos (art. 51, I, do CDC); 
iv)​ Limitação de indenização (art. 51, I, do CDC); 
v)​ Reembolso de quantia paga (art. 51, II, do CDC); 
vi) ​Transferência de responsabilidade a terceiros (art. 51, III, do CDC); 
vii) Desvantagem exagerada para o consumidor e cláusula incompatível com a boa-fé e a 
equidade (art. 51, IV, do CDC); 
 
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viii)​ Inversão do ônus da prova (art. 51, VI, do CDC); 
ix)​ Arbitragem compulsória (art. 51, VII, do CDC); 
x)​ Imposição de representante (art. 51, VIII, do CDC); 
xi)​ Vantagens especiais para o fornecedor (art. 51, IX, X, XII e XIII, do CDC); 
xii)​ Violação de normas ambientais (art. 51, XIV, do CDC); 
xiii) ​Abusividade por desacordo com o sistema de proteção ao consumidor (art. 51, XV, do CDC); 
xiv)​ Renúncia à indenização por benfeitorias necessárias (art. 51, XVI, do CDC); e 
xv)​ Autorização para que o fornecedor cancele o contrato unilateralmente (art. 51, XI, do CDC). 
 
Relações contratuais de crédito: o CDC estabelece regras específicas para os contratos que 
envolvam outorga de crédito. No que diz respeito aos contratos bancários ou que, de alguma 
forma, envolvam concessão de crédito ao consumidor, o fornecedor é obrigado a informar o 
consumidor, prévia e adequadamente, sobre (art. 52 do CDC): 
a)​ Preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional; 
b)​ Percentual dos juros de mora; 
c)​ Acréscimos legalmente previstos; 
d)​ Número e periodicidade das prestações; 
e)​ Soma total a pagar com e sem financiamento; 
f)​ Multa de mora (no máximo de 2% (dois por cento) do valor da prestação); e 
g)​ Forma de liquidação antecipada do débito. 
 
ATENÇÃO: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, a 
abusividade das cláusulas - Súmula n. 381 do STJ. Nesses casos, o juiz somente 
poderá revisar cláusulas que constem na petição inicial do autor. 
 
Contrato de adesão: o art. 54 do CDC define o contrato de adesão como aquele que contenha 
cláusulas ​“aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo 
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar 
substancialmente seu conteúdo”. 
Em regra, o contrato é escrito e vem em formulário impresso, faltando apenas a inclusão dos 
dados cadastrais do consumidor; contudo, ainda será contrato de adesão aquele que permitir a 
simples inclusão de cláusulas relacionadas a preço, condição de entrega, data de pagamento etc. 
 
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