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Sintese - A organização do trabalho pedagógico: letramento como eixos orientadores. Cecília Goulart

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Síntese Reflexiva
GOULART, Cecília. A organização do trabalho pedagógico: letramento como eixos
orientadores. In: BEAUCHAMP, Jeanete, PAGEL, Sandra Denise, NASCIMENTO, Aricélia
Ribeiro do (orgs.). Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da
criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2007. p. 85-96.
O capítulo escrito por Cecília Goulart, para o documento do Ministério da Educação,
trata sobre a organização do trabalho pedagógico e o sentido que atribuímos à escola em
razão da sua função social. O modo como entendemos a criança, nosso conceito de infância e
adolescência e os processos de ensino-aprendizagem, ressaltando ainda algumas dúvidas que
podem aparecer, nos anos iniciais do ensino fundamental, da organização e planejamento da
ação pedagógica.
A autora parte de questionamentos importantes que podem ser feitos tanto por
professores como por alunos, e aliada a essas indagações, apresenta um quadro do qual a
escola é um espaço de constante mudanças, onde o professor deve estar em aprendizado
contínuo, atualização e revisão de suas práticas.
A ideia de construção do currículo na escola e a função do educar é enfatizada,
associado a experiências coletivas, partilhas e ações comuns; valores são revelados e práticas
pedagógicas renovadas. A empatia é o ponto central, pois através dela é possível
identificar-se com os pares culturalmente. A escola tem o papel essencial no desenvolvimento
da humanidade, por ser um espaço de interações e construção da história.
Em seguida, o texto traz a dinâmica do professor em sala, com dificuldades para ouvir
as crianças e, muitas vezes, falta de sensibilidade e mudança, mesmo sabendo que esses
fatores influenciam diretamente na relação ensino-aprendizagem. O conceito de escola e os
princípios e questões para a organização do trabalho pedagógico, são discutidos para que o
professor crie seus direcionamentos.
A análise do ensino para criança de seis anos é apresentada e justificada, de acordo
com seu desenvolvimento intelectual e psicomotor, mas deixando claro que nem todas
acompanhararão da mesma forma. Ela propõe que esse momento de transição deva ser
acompanhado de atividades que retomam um pouco das vivenciadas na educação infantil e,
para as crianças que ingressaram diretamente no ensino fundamental, é importante que seu
acolhimento seja feito com cuidado fazendo com que ela compreenda o espaço.
O conceito de Projeto Político Pedagógico também é descrito pela autora,
especificando cada eixo a ser trabalhado, desde o processo de escolarização a rotina,
explicando que a participação das crianças deve ser ativa na organização do documento, para
que elas saibam sua responsabilidade e conheçam a noção de pertencimento ao grupo. O
trabalho coletivo é posto à prova na estruturação deste documento e o professor poderá
demonstrar sua representatividade, pois ele é um profissional formado para educar por meio
do canal da linguagem verbal. Esse instrumento precisa ser ensinado às crianças com cautela
para que seja preservado o fenômeno de variações linguísticas encontrados no nosso país. É
preciso que as crianças saibam que existem várias formas de falar, mas a escrita é de uma
única maneira, do ponto de vista ortográfico.
Com o decorrer do texto, a autora passa a destacar dificuldades na relação
ensino-aprendizagem e os direcionamentos a serem feitos pelas escolas durante seu
planejamento pedagógico. Posteriormente, ela faz um novo questionamento, sobre o que deve
acontecer quando a criança entra na escola e quais os conhecimentos ela precisa para escrever
textos com valor social, e sugere todo o trabalho a ser aplicado partindo de um diagnóstico.
Seu entendimento de produção textual é de que a criança precisa estar imersa em um espaço
de leitura, na qual seus horizontes de informação serão ampliados gradativamente e ela
passará a desenvolver seu próprio conhecimento.
Conclui-se que a instituição escolar num todo precisa rever seus planejamentos e suas
práticas para que o ensino seja feito com qualidade, isto é, assim as crianças apresentarão
resultados satisfatórios de aprendizagem, é imprescindível um início de letramento sem
frustrações e rupturas. O professor deve levar a criança a ambientes agradáveis e prazerosos,
que lhe tragam sempre novos conhecimentos de forma suave. A estruturação do espaço físico
para a construção da leitura deve ser feita com o trabalho coletivo, neste caso a criança será a
melhor opção para guiar o caminho de que ela sentirá mais facilidade e menores dificuldades
de alcançar o objetivo do ensino.

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