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Atividades ADM III - PUC COREU MANHÃ

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1ª AVALIAÇÃO DIREITO ADMINISTRATIVO 
Pergunta 1 
0 / 2,5 pts 
Assista ao vídeo a seguir sobre Sistemas de Controle da Administração 
Pública. 
Marque a opção que corresponde a uma alternativa INCORRETA: 
 
 
O controle da Administração Pública tem dois pilares de sustentação: o 
principio da legalidade e o que se poderia chamar de princípio das 
políticas administrativas que impõe o planejamento administrativo 
financeiro no exercício da função administrativa. Nesse sentido, pode-se 
dizer que são elementos básicos do controle: a fiscalização, poder de 
verificação da legalidade da atividade dos órgãos e agentes 
administrativos e das finalidades públicas que devem cumprir; e a 
revisão, ou seja, poder de corrigir condutas administrativas. 
 
O controle político objetiva preservar e manter em equilíbrio as 
instituições democráticas. Por isso, é exercido entre os poderes estatais 
com fundamento da teoria da separação de poderes. Seu principal 
fundamento é o art. 2º da Constituição de 1988 que dispõe: são 
poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. 
Você respondeu 
 
O controle da Administração Pública é indispensável à execução das 
atividades administrativas do Estado. Por tanto, não pode ser recusado 
por nenhum órgão administrativo, sendo considerado pelo Decreto-lei 
200/1967 um princípio fundamental da Administração Pública ao lado 
do planejamentos a coordenação, da descentralização e da 
delegação de competência. 
Resposta correta 
 
O controle administrativo é direcionado às instituições administrativas. 
Logo, refere-se ao exercício da função executiva. Não obstante, é 
conhecida a prática de alguns governantes de tentar transferir as 
irregularidades de sua responsabilidade para os seus sucessores, 
buscando eximir-se de eventual punição. Para esse controle não é lícito 
imputar ilegalidades precedentes aos governantes sucessores, pois não 
se pode penalizar quem não foi responsável diretamente pelos fatos 
(princípio da intranscendência subjetiva de sanções). 
 
Pergunta 2 
2,5 / 2,5 pts 
Julgue a seguinte situação hipotética; 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: No ano de 2011, o Estado do Espírito Santo firmou 
um acordo cujo objeto visava a “construção de escolas técnicas 
estaduais nos municípios de Baixo Guandú, Viana e Iúna”. Durante a 
execução do convênio, foram realizadas auditorias em que se 
constatou “a ausência de designação formal dos fiscais dos contratos, 
ausência de segregação de funções, ausência de diários de obras e 
boletins de controle tecnológico do concreto". O governo estadual foi 
notificado a tomar providências, o que ensejou a abertura de 
sindicância para apurar as irregularidades na construção das escolas 
profissionalizantes. O processo administrativo incluiu o nome do estado 
nos cadastros de inadimplentes. Segundo o governo capixaba, a 
atitude traduz-se em “restrição abusiva que contraria iterativa 
jurisprudência do STF, que só autoriza a inscrição no SIAFI/CAUC após 
decisão final tomada de contas especial tramitada no TCU e, quando 
se tratar de convênio firmado pela gestão anterior, quando a atual 
gestão restar inerte”. 
A manutenção do estado nos cadastros de devedores da União pode, 
em tese, inviabilizar qualquer tentativa posterior de solução das 
dificuldades financeiras. Com tal entendimento, a Justiça determinou a 
exclusão das inscrições do estado do Espírito Santo e da administração 
direta vinculada ao Poder Executivo de qualquer sistema de restrição 
ao crédito utilizado pela União, no que exclusivamente tenha 
vinculação entre a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e o 
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 
 
Trata-se de caso típico de revisão, um dos elementos básicos do 
controle da Administração Pública. 
 
Trata-se de controle de mérito, pois, por seu exercício, afere-se se uma 
conduta anterior merece prosseguir ou se deve ser revista. 
Correto! 
 
A situação descreve um caso considerado atípico de controle 
administrativo, que é exercido pelo Poder Judiciário não para 
estabelecer equilíbrio entre poderes, mas para reestabelecer os limites 
da legalidade da própria atividade de controle interno da 
Administração Pública. 
 
A situação descreve exemplo de controle político exercido pelo 
Judiciário sobre ato praticado pelo Poder Executivo no exercício de 
poder discricionário, qual seja, a decisão sobre construção de escolas 
públicas. 
A situação descreve caso em que o controle administrativo confunde-
se com o controle político na medida em que representa tentativa ilícita 
de imputar ilegalidades precedentes aos governantes sucessores 
exercida no âmbito de processo administrativo sancionatório. Ela 
representa ainda controle judicial no âmbito de aplicação do princípio 
da instranscendência subjetiva de sanções, consagrado pelo STF, que 
inibe a aplicação de severas sanções às administrações por ato de 
gestão anterior à assunção dos deveres públicos. Sobre o tema ver 
Informativo 791/2015 e ACO 3.234. 
 
Pergunta 3 
0 / 2,5 pts 
Assista ao vídeo a seguir sobre mandado de segurança. 
Marque a opção CORRETA: 
 
 
Autores administrativistas como José dos Santos Carvalho Filho têm 
sustentado o entendimento de que o controle judicial sobre atos da 
administração pública seria exclusivamente judicial, sendo vedado ao 
Poder Judiciário examinar o chamado mérito administrativo. Todavia, 
não se pode desconsiderar que em alguns casos o controle judicial é 
exercido sobre o mérito administrativo. Por exemplo, em situações em 
que há judicialização de políticas públicas de saúde para garantia do 
direito líquido e certo à vida. 
Resposta correta 
 
A possibilidade de impetração de mandado de segurança para 
garantia de direito líquido e certo por ato praticado pela Administração 
Pública, em um sistema de jurisdição una como o brasileiro, pode ser 
considerada espécie de controle externo da Administração Pública de 
natureza social. 
Você respondeu 
 
O mandado de segurança é exemplo de meio específico de controle 
judicial decorrente da natureza não contenciosa dos atos praticados 
pela Administração Pública brasileira, cujo principal fundamento é o art. 
5º, XXXV, da Constituição de 1988: a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
 
O controle judicial pode ser definido como o poder de fiscalização que 
os órgãos do Poder Judiciário exercem sobre os atos administrativos do 
Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário. Em regra, é uma 
espécie de controle posterior. Segundo o art. 5º, LXXVIII, da Constituição 
de 1988 o controle judicial deve sujeitar-se ao princípio da eficiência, 
sendo assegurado a todos a duração aceitável e tramitação célere dos 
processos, por que somente assim será resguardado o principio do 
acesso à justiça contemplado no art. 5º, XXXV, da Constituição 1988. 
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam 
a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004) 
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
 
Pergunta 4 
2,5 / 2,5 pts 
A hierarquia orgânica corresponde ao sistema organizacional da 
Administração Púbica que encerra a existência de escalonamento 
composto de vário patamares, formando o que se denomina 
normalmente de via administrativa. Essa hierarquia é considerada, por 
alguns, um dos poderes da administração que permite a disposição de 
funções administrativa e distribuição de órgãos públicos. Todavia, há 
quem entenda tratara-se de meio de controle pois, por ela, exerce-se o 
poder fiscalizatório e revisional sobre os agentes de menor grau. 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
Apesar de usualmente ser considerado um poder (o poderhierárquico), a 
hierarquia orgânica pode ser vista também como meio de controle, pois 
decorre de manifestação da atividade de organização que repercute sobre a 
atividade de controle da Administração Pública. 
 
Falso 
 
 
Pergunta 5 
2,5 / 2,5 pts 
Julgue a afirmativa a seguir. 
A anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial é um 
exemplo de controle externo mesmo quando o ato anulado é 
uma sentença judicial 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
 
Falso 
 
Como o Judiciário somente atua se provocado, o controle 
administrativo que ele exerce tem natureza externa. 
 
Pergunta 6 
2,5 / 2,5 pts 
Analise a afirmativa a seguir. 
A administração pode __________ seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ________, porque deles não se originam direitos; ou 
________, por motivo de _________________________, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
Marque a opção que melhor completa as lacunas. 
 
revogar, ilegais, anular, conveniência e oportunidade 
 
Correto! 
 
anular, ilegais, revogar, conveniência e oportunidade 
 
Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial. 
 
Pergunta 7 
0 / 2,5 pts 
Assista ao vídeo a seguir sobre o poder de autotutela. 
Julgue a seguinte afirmativa: 
O controle de mérito administrativo é manifestação do poder de 
autotutela da Administração Pública. Ele é exercido por meio de 
atos administrativos de confirmação de conduta (aprovação, 
confirmação, etc.), quando esta (a conduta) não precisa ser revista. 
 
Resposta correta 
 
Verdadeiro 
 
Você respondeu 
 
Falso 
 
 
Pergunta 8 
2,5 / 2,5 pts 
O Min. Joaquim Barbosa, por ocasião do julgamento do MS 24.631, 
explicitou que a doutrina francesa classifica os pareceres no que tange 
às repercusso ̃es de natureza jurídico-administrativa. São três as 
categorias possi ́veis: facultativo, vinculante e obrigatório, litteris: 
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONTROLE EXTERNO. AUDITORIA 
PELO TCU. RESPONSABILIDADE DE PROCURADOR DE AUTARQUIA POR 
EMISSA ̃O DE PARECER TÉCNICO-JURÍDICO DE NATUREZA OPINATIVA. 
SEGURANÇA DEFERIDA. I. Repercusso ̃es da natureza jurídico-
administrativa do parecer juri ́dico: (i) quando a consulta é facultativa, a 
autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder 
de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) 
quando a consulta é obrigato ́ria, a autoridade administrativa se vincula 
a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável 
ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa 
da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) 
quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer 
vinculante, essa manifestação de teor jurídica deixa de ser meramente 
opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da 
conclusão do parecer ou, então, não decidir. (...) III. Controle externo: É 
li ́cito concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista à luz de 
uma alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato 
administrativo do qual tenha resultado dano ao erário. Salvo 
demonstraça ̃o de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias 
administrativo-disciplinares ou jurisdicionais próprias, na ̃o cabe a 
responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu parecer 
de natureza meramente opinativa. Mandado de segurança 
deferido.” (MS 24631, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, julgado 
em 09.08.2007, DJe 01.02.2008 – grifos nossos) 
Julgue a afirmativa a seguir: 
Dentre as atribuiço ̃es da função, o advogado público emite pareceres 
juri ́dicos ao administrador. Trata-se de uma forma de controle interno de 
legalidade dos atos administrativos, em que assessora o administrador e 
se posiciona sobre a legalidade de determinado ato da Administração 
Pública. Todavia, a não responsabilização do parecerista em função de 
ser o parecer ato administrativo de natureza opinativa compromete a 
efetividade do controle dos atos administrativos. No mesmo sentido, 
pode-se afirmar que o disposto no art. 28 da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro alterada pela Lei 13.655/2018: o agente 
público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões 
técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro, tem caráter neutralizador 
do controle dos atos administrativos. 
 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
 
Falso 
 
A afirmativa é verdadeira na medida em que a responsabilização de 
agentes administrativos, parecerias, desconsidera a responsabilidade 
técnica característica da prática de atos técnicos e que justifica a 
própria existência do controle interno. 
 
Pergunta 9 
0 / 2,5 pts 
Julgue a afirmativa a seguir. 
A fiscalização COFOP, ou seja, contábil, financeira, operacional e 
patrimonial dos atos da administração pública é considerada 
modalidade de controle externo quando exercida pelos tribunais de 
contas e interno quando exercida pelo controladoria do órgão em que 
houver sido praticado o ato controlado. 
Você respondeu 
 
Verdadeiro 
 
Resposta correta 
 
Falso 
 
 
Pergunta 10 
2,5 / 2,5 pts 
Julgue a afirmativa a seguir. 
O controle legislativo exercido sobre as contas do Poder Executivo tem 
natureza técnica, sendo seu principal órgão de atuação o tribunal de 
contas. 
 
Verdadeiro 
 
Correto! 
 
Falso 
 
Em 2016, o controle de contas foi considerado pelo STF no julgamento do RE 
848826 (Tese de Repercussão Geral Tema 835) um controle de natureza 
política, apesar de precedido pela atuação técnica dos tribunais de contas. 
Tema 835 - Definição do órgão competente, se o Poder Legislativo ou o 
Tribunal de Contas, para julgar as contas de Chefe do Poder Executivo que 
age na qualidade de ordenador de despesas. 
Tese - Para os fins do art. 1º, inciso I, alínea "g", da Lei Complementar 64, de 18 
de maio de 1990, alterado pela Lei Complementar 135, de 4 de junho de 2010, 
a apreciação das contas de prefeitos, tanto as de governo quanto as de 
gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais, com o auxílio dos Tribunais de 
Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará de prevalecer por 
decisão de 2/3 dos vereadores. 
Pontuação do teste: 15 de 25 
 
2a Prova Direito Administrativo III 
 
Erros – 3, 4, 5, 6, 8, 10 
 
Pergunta 1 
Julgue a afirmativa: 
O parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza 
meramente opinativa, competindo exclusivamente à Câmara de 
Vereadores o julgamento das contas anuais do Chefe do Poder 
Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por 
decurso de prazo. Por via de consequência, pode-se afirmar que a 
fiscalização COFOP (contábil, orçamentária, financeira, operacional e 
patrimonial) exercida pelos tribunais de contas pode ser considerada 
manifestação de controle político. Falso 
Fundamento: A tese sobre a competência exclusiva da Câmara 
Municipal para o julgamento das contas de Prefeito foi firmada no 
julgamento da repercussão geral sobre o Tema 157 - Competência 
exclusiva da Câmara Municipal para o julgamento das contas de 
Prefeito. Leading Case: RE 729744. Por esse entendimento, o controle de 
contas seria um controle político, apesar do controle reaizado pelos 
tribunais de contas ser uma espécie de controle administrativo de 
natureza externa. 
 
Pergunta 2 
Julgue a afirmativa a seguir: 
A ausência de controle sobre o planejamento do exercício da função 
administrativa é porta de entrada para a corrupção na medida em que 
a reduz a possibilidade de eficiência da AdministraçãoPública a 
exercício aleatório da função administrativa ampliador da 
discricionariedade administrativa. Verdadeiro 
Fundamento: Planejar é atividade típica administrativa. O planejamento 
administrativo permite que caminhos sejam traçados para que a 
administração pública alcance resultados. Portanto, trata-se de boa 
prática administrativa essencial para a boa governança pública, sem a 
qual eficiência administrativa torna-se objeto de contingência. Ver 
Decreto 9.020/2017. Vale lembrar que a ausência de planejamento 
vinculante das ações administrativas executadas pelos agentes público 
cria espaço para que discricionariedade administrativa atue propiciando 
ambiente fecundo para a prática de atos de corrupção uma vez que 
esses atos tendem a não ser objeto de controle externo. Por isso, faz parte 
também dos atos de controle objeto da Lei 12.846/2013 (Lei 
Anticorrupção) que passa a considerar o planejamento (programas de 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoDetalhe.asp?incidente=4352126
integridade) elemento fundamento para o controle da corrupção na 
Administração Pública. 
 
 
Pergunta 3 
Julgue a afirmativa a seguir: 
O controle de contas é uma forma de controle externo de natureza 
técnica exercido pelos tribunais de contas, que se traduz na fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das 
unidades federativas e das entidades da administração direta e indireta, 
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das 
subvenções e renúncia de receitas. Falso 
Fundamento: tem natureza política, uma vez reconhecida pelos tribunais. 
 
Pergunta 4 
Julgue a afirmativa a seguir: 
A comissão processante de processo administrativo de responsabilização 
deve ser composta por servidores públicos estáveis. Falso 
Fundamento: há exceções legalmente previstas e, pensando além, as 
empresas estatais podem não usar, por exemplo, funcionários estáveis. 
 
Pergunta 5 
A competência avocatória da Controladoria Geral da União para 
saneamento de processo administrativo de responsabilização de pessoas 
jurídicas, que abrange atos praticados por entidades de outras unidades 
federativas, pode ser considerada forma de intervenção administrativa 
em sentido amplo que fere autonomia administrativa das unidades 
administrativas. Verdadeiro 
 
Pergunta 6 
Julgue a afirmativa a seguir: 
Controle da discricionariedade administrativa é controle de mérito do 
ato administrativo. Falso 
 
Pergunta 7 
Julgue a afirmativa a seguir: 
O processo administrativo de responsabilização de pessoas jurídicas deve 
ser concluído em no máximo 30 dias. Falso (180 dias) 
 
Pergunta 8 
Julgue a afirmativa a seguir: 
A investigação preliminar em processo administrativo de 
responsabilização de pessoas jurídicas é obrigatória para defesa do 
contraditório e ampla defesa das pessoas investigadas. Falso 
Você resp 
Pergunta 9 
Julgue a afirmativa a seguir: 
As sanções administrativas aplicadas no âmbito de processos 
administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas são 
manifestação de poder vinculado da administração pública. Falso (por 
exemplo, modulação de multas). 
 
Pergunta 10 
Julgue a afirmativa a seguir: 
A ausência de planejamento administrativo pode ser considerada ato 
lesivo à Administração Pública. Verdadeiro 
 
Atividade Objetiva 01 
 
Pergunta 1 
1 / 1 pts 
Uma das novidades sobre o controle da Administração Pública 
introduzidas pela Lei 12.846/2013 é a majoração do valor das multas 
decorrentes da prática de atos de corrupção por empresas que se 
relacionam com a Administração Pública nacional. 
Analise o quadro a seguir e responda: se o valor da multa aplicada varia 
de acordo com a discricionariedade administrativa de o agente público 
que a aplica, é possível que, tendo praticado o mesmo ato de 
corrupção, pessoas jurídicas respondam de maneira distinta. Assim, 
pode-se concluir que a discricionariedade administrativa tem o poder de 
neutralizar os efeitos sancionatórios da lei na medida em que hierarquiza 
de forma não vinculada a punição administrativa aplicada pela prática 
de atos lesivos à Administração Pública. 
 
Fonte: CGU, 2020 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
 
Falso 
 
Veja o que diz o Manual Prático para o Cálculo de Multas da CGU edição 
2020, página 13: 
Percebe-se que o Decreto 8.420/2015, apesar de trazer mais objetividade 
aos critérios legais, também deixou uma margem de discricionariedade 
para a Administração, quanto aos valores a serem considerados no 
ca ́lculo da multa, exceto no que se refere à situação econômica da 
pessoa jurídica e à reincidência. 
Essa discricionariedade foi estabelecida pelo legislador infralegal para 
garantir uma maior autonomia na análise do fato sob apurac ̧ão (em PAR 
ou acordo de leniência), considerando sua gravidade e grau de 
reprovabilidade, possibilitando o escalonamento em valores mi ́nimos, 
intermediários ou máximos para cada um dos parâmetros identificados. 
Nada obstante, se por um lado um grau maior de discricionariedade 
favorece o melhor balizamento do caso concreto, por outro lado, 
poderá ensejar certo nível indesejado de insegurança jurídica e falta de 
uniformidade por parte da Administração Pu ́blica quando da aplicação 
da mesma norma. 
Desse modo, o presente Manual apresenta nos próximos itens diretrizes 
gerais que servem de referência para a aplicação de cada um dos 
critérios. Assim, sem tirar da autoridade competente a margem de 
discricionariedade necessária para melhor análise do caso concreto, as 
recomendaço ̃es deste Manual visam conferir maior objetividade e 
segurança jurídica na aplicação dos parâmetros da multa. Vale apenas 
destacar que os to ́picos seguintes trarão uma sugestão para os 
responsáveis pelo cálculo/proposição de multa, não havendo vedação 
a ̀ utilizac ̧ão de métricas diferenciadas. 
 
Pergunta 2 
1 / 1 pts 
Usualmente, quando nos referimos ao controle da Administração Pública, 
afirma-se que o controle da legalidade do exercício da função 
administrativa pode ser externo, quando exercido por outros poderes, e 
interno quando exercido por órgãos da própria Administração Pública. 
Com base nas considerações acima, julgue a seguinte afirmativa: 
O controle exercido pela Controladoria Geral da União quando avoca 
processo administrativo de responsabilização instaurado por órgão da 
Administração Pública de um estado-membro é uma forma de controle 
externo atípico na medida em que é exercido sobre a atuação de órgão 
ou pessoa pertencente à Administração Pública de outra unidade 
federativa. 
 
Falso 
 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
Apesar da CGU ser órgão da Administração Pública federal e, portanto, 
pertencente ao Poder Executivo, considerando a independência e 
autonomia administrativa e financeira das unidades federativas da 
federação brasileira, quando atua fora do âmbito da Administração 
Pública federal exerce controle externo atípico. 
 
Pergunta 3 
1 / 1 pts 
Assista ao vídeo a seguir: 
 
Marque a opção INCORRETA segundo a jurisprudência do STJ: 
 
O mandado de segurança não pode ser utilizado com o intuito de obter 
provimento genérico aplicável a todos os casos futuros de mesma 
espécie. 
Correto! 
 
É cabível mandado de segurança que tem como pedido autônomo a 
declaração de inconstitucionalidade de norma, por se caracterizar 
mandado de segurança contra lei em tese. 
 
 
É incabível mandado de segurança para conferir efeito suspensivo a 
agravo em execução interposto pelo Ministério Público. 
 
 
Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento 
e pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional (Súmula n. 
311/STJ) e, por isso, podem ser combatidos pela via mandamental. 
E ́ incabível mandado de segurança que tem como pedido autônomo a 
declaração de inconstitucionalidadede norma, por se caracterizar 
mandado de segurança contra lei em tese. (Tese julgada sob o rito do 
art. 543-C do CPC/73 – TEMA 430) 
Tese 12 da Jurisprudência em Tese do STJ sobre Mandado de Segurança 
II julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – TEMA 430. 
 
Pergunta 4 
1 / 1 pts 
A atividade de controle da Administração Pública é um dos temas mais 
relevantes do direito administrativo, pois permite aferir se o exercício da 
função administrativa pelos poderes estatais realiza-se de forma efetiva 
e eficiente respeitando os limites das competências legais dos agentes 
administrativos, bem como verificar se estão abrangidas pelo regime 
jurídico de direito público/administrativo. 
Nesse sentido, é correto afirmar sobre o controle da Administração 
Pública, EXCETO: 
 
O controle interno é feito dentro do próprio Poder, sobre seus próprios 
atos e agentes. É exemplo desse tipo de controle a possibilidade de 
a administração pública invalidar os atos de seus agentes por 
ilegalidade, inconveniência ou inoportunidade, punindo os 
responsáveis por esses atos, respeitados os direitos adquiridos dos 
cidadãos de boa-fé atingidos pela sua anulação ou revogação. 
 
Correto! 
 
O Poder Legislativo pode suspender atos normativos do Poder Executivo 
que exorbitem do poder regulamentar. Para exemplificar, se o prefeito, 
ao regulamentar determinada lei aprovada pela Câmara, contrariar as 
disposições dessa lei ou restringir seu conteúdo, a Câmara poderá sustar 
a eficácia da norma por meio de resolução ou decreto legislativo. Além 
disso, o Legislativo pode requisitar informações escritas aos secretários e 
a outras autoridades sobre os assuntos que estejam sob a sua 
responsabilidade, bem como convocá-los para esclarecer qualquer 
desses assuntos pessoalmente. Esse tipo de controle é considerado 
finalístico. 
 
 
O controle direto é aquele exercido pelos cidadãos e por associações 
comunitárias, do qual são exemplos o direito de petição e o direito de 
representação. 
 
 
O controle externo é aquele exercido por um dos Poderes sobre o outro, 
compreendendo tanto o controle jurisdicional/judicial quanto o 
legislativo. Um exemplo desse tipo de controle é o exercido pelo Tribunal 
de Contas ao emitir um parecer prévio sobre a regularidades das contas 
do Executivo, que deverá ser julgado, do ponto de vista técnico e 
político, pelo Legislativo, no máximo, em 120 dias. 
 
O controle finalístico é aquele em que se verifica a adequação do 
objetivo do ato ao programa geral do governo. Esse controle não 
decorre da relação de subordinação entre os órgãos da administração 
pública, mas da obrigatoriedade de todos os atos serem praticados de 
acordo com as diretrizes governamentais. 
 
Pergunta 5 
0 / 1 pts 
Uma tendências do controle da Administração Pública diz respeito à sua 
aplicação também a atos considerados de gestão e, portanto, 
referentes ao exercício da função governamental abrangida pela 
função executiva, anteriormente excluída do objeto do direito 
administrativo em razão de sua natureza política (discricionária). 
Julgue a afirmativa a seguir: 
O conceito de governança pública envolve, entre outros aspectos da 
gestão, transparência, prestação de contas (accountability), ética, 
integridade, legalidade e participação social nas decisões. 
Você respondeu 
 
Falso 
 
Resposta correta 
 
Verdadeiro 
 
 
Atividade Objetiva 02 
Pergunta 1 
1 / 1 pts 
Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o advogado 
somente será civilmente responsável pelos danos causados a seus 
clientes ou a terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de 
ato ou omissão praticado com culpa, em sentido largo. 
 
Falso 
 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
Ver MS 24.073-DF (STF). 
 
Pergunta 2 
1 / 1 pts 
Segundo o Supremo Tribunal Federal, o advogado de empresa estatal 
que, chamado a opinar, oferece parecer sugerindo contratação direta, 
sem licitação, mediante interpretação da lei das licitações, é responsável 
solidariamente com o administrador que decidiu pela contratação 
direta. 
 
Verdadeiro 
 
Correto! 
 
Falso 
 
Impossibilidade, dado que o parecer não é ato administrativo, sendo, 
quando muito, ato de administração consultiva, que visa a informar, 
elucidar, sugerir providências administrativas a serem estabelecidas nos 
atos de administração ativa. Ver MS 24073-DF - Supremo Tribunal Federal. 
 
Pergunta 3 
1 / 1 pts 
Segundo o Supremo Tribunal Federal, são repercussões da natureza 
jurídico-administrativa do parecer jurídico, EXCETO: 
 
quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula 
a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável 
ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da 
apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; 
 
 
quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer 
proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela 
manifestação do órgão consultivo; 
 
 
quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer 
vinculante, essa manifestação de teor jurídica deixa de ser meramente 
opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da 
conclusão do parecer; 
 
Correto! 
 
sendo o parecer ato de natureza consultiva, a autoridade 
administrativa não se vincula em nenhum caso, pois esta sempre poderá 
optar por não decidir segundo o parecer. 
 
Apesar de a autoridade administrativa sempre poder optar por não 
decidir de acordo com o parecer em razão da natureza consultiva deste 
ato administrativo, sendo o parecer obrigatório por lei, a autoridade está 
a ele vinculado. Nesse sentido, o parecer teria natureza obrigatória. 
Ver MS 24631-DF Supremo Tribunal Federal. 
 
 
Pergunta 4 
1 / 1 pts 
As decisões emanadas do Tribunais de Contas não são dotadas de auto-
executoriedade. Por isso, assegurar-lhes a coercibilidade torna-se tarefa 
do Poder Judiciário, que no sistema jurídico brasileiro detêm o monopólio 
do exercício estatal da jurisdição. 
 
Falso 
 
Correto! 
 
Verdadeiro 
 
Costuma-se sustentar na doutrina e jurisprudência administrativista que o 
mérito do ato administrativo, via de regra, não pode ser objeto de 
controle judicial, sob pena de violação do princípio da separação de 
poderes, em que pese haver exceções quanto ao seu motivo e objeto. 
Sabe-se que no âmbito do controle judicial dos atos administrativos 
vigora o princípio da insindicabilidade do mérito administrativo, segundo 
o qual o mérito não pode ser alvo de controle judicial, sendo de exclusivo 
controle por parte da Administração Pública por via do exercício de seu 
poder de autotutela administrativa (v. STF, Súmulas 343 e 473). Nesse 
sentido, a atuação dos Tribunais de Contas em certa medida implica em 
violação dessa regra, pois transfere para o Legislativo o controle da 
legalidade do mérito das contas de governo. 
A atuação dos Tribunais de Contas, na condição de instituições 
incumbidas constitucionalmente de processar e julgar as contas anuais 
dos Chefes do Poder Executivo (art. 71. I da CF/88), não está implícito o 
caráter de definitividade, faltando-lhes o poder para sua imposição 
coercitiva. Por outro lado, o controle, assim exercido, representa um 
exemplo de sindicabilidade do ato administrativo reconhecida pela 
jurisprudência brasileira. 
 
Pergunta 5 
1 / 1 pts 
Julgue as afirmativas a seguir com fundamento no entendimento do 
Tribunal de Contas da União: 
1. O parecerista jurídico pode ser responsabilizado pela emissão de 
parecer obrigatório, nos termos do art. 38, parágrafo único, da Lei 
8.666/1993, não devidamente fundamentado, que defenda tese não 
aceitável, por se mostrar frontalmente contrário à lei. 
2. A decisão tomada com base em parecer deficiente afasta a 
responsabilidade do gestor supervisor por atos consideradosirregulares. 
 
1. Falso; 2. Verdadeiro 
 
Correto! 
 
1. Verdadeiro; 2.Falso 
 
Ver Acórdão 51/2018-Plenário - Relator: AUGUSTO SHERMAN e Acórdão 
2296/2017-Plenário - Relator: WALTON ALENCAR RODRIGUES 
Pontuação do teste: 5 de 5 
 
3ª Atividade Objetiva – Direito Administrativo 
 
VERDADEIRA 
Fundamento: súmula 611-A, STJ 
 
FALSA 
Fundamento: 
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, 
desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e 
sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. 
 
VERDADEIRA 
Fundamento: súmula vinculante n. 21, STF 
Incompatibilidade da exigência de depósito prévio do valor 
correspondente à multa como condição de admissibilidade de recurso 
administrativo interposto junto à autoridade trabalhista (§ 1º do art. 636 
da Consolidação das Leis do Trabalho) com a CF/1988. Inobservância 
das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla 
defesa (art. 5º, LIV e LV); do princípio da isonomia (art. 5º, caput); do 
direito de petição (art. 5º, XXXIV, a). (...) Súmula Vinculante 21. 2. Ação 
julgada procedente para declarar a não recepção do § 1º do art. 636 
da Consolidação das Leis do Trabalho pela Constituição da República 
de 1988. [ADPF 156, rel. min. Cármen Lúcia, P, j. 18-8-2011, DJE 208 de 28-
10-2011.] 
 
FALSA 
Fundamento: súmula vinculante n. 05, STF 
 
 
 
VERDADEIRO 
5) As situações flagrantemente inconstitucionais não se submetem ao 
prazo decadencial de 5 anos previsto no artigo 54 da Lei 9.784/1999, não 
havendo que se falar em convalidação pelo mero decurso do tempo. 
6) O prazo previsto no artigo 54 da Lei 9.784/1999 para a administração 
rever seus atos não pode ser aplicado de forma retroativa, devendo 
incidir somente após a vigência do referido diploma legal. 
 
4ª Atividade de Administrativo 
Pergunta 1 1 pts 
A tributação progressiva como instrumento de política urbana, bem 
como a desapropriação para fins de reforma urbana destinam-se ao 
cumprimento da função social da propriedade e não representam 
confisco de bens. 
Falso 
Verdadeiro 
 
Pergunta 2 1 pts 
O Estado de Aqui Somos Eficientes visando garantir maior 
eficiência administrativa edita lei em que é permitida a utilização de 
bens apreendidos em serviços de inteligência, a critério da Secretaria de 
Defesa Social de carros particulares apreendidos, que se encontrem nos 
pátios das delegacias e no Detran, cujos proprietários tenham sido 
notificados há mais de 60 dias, sendo a responsabilidade 
pela manutenção e conservação dos veículos utilizados durante as 
operações é de inteira responsabilidade do Poder Público”. 
A referida lei foi editada com base no artigo 328 da Lei N. 9.503/1997 
(Código Brasileiro de Trânsito) que estabelece: 
Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer título e não 
reclamado por seu proprietário dentro do prazo de sessenta dias, 
contado da data de recolhimento, será avaliado e levado a leilão, a 
ser realizado preferencialmente por meio eletrônico. (Redação 
dada pela Lei nº 13.160, de 2015) 
Marque a alternativa correta. 
Grupo de escolhas da pergunta 
A situação descreve caso em que a melhor solução seria a 
desapropriação de bens móveis. 
A situação descreve caso de requisição administrativa. 
Há uma inconstitucionalidade material na lei 
Trata-se de situação de ocupação temporária. 
 
Pergunta 3 1 pts 
Uma das medidas adotadas pelo Governo Espanhol no combate à 
pandemia do COVID-19 foi a estatização temporária de hospitais 
particulares. 
Considerando as formas de intervenção dos estados na propriedade 
privada previstas no sistema jurídico brasileiro, marque a forma que 
melhor se adequaria a essa situação, se medida semelhante fosse 
adotada pelo Governo Brasileiro. 
Ocupação temporária 
Requisição administrativa 
Servidão administrativa 
Desapropriação especial 
 
Pergunta 4 1 pts 
A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá 
prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de 
certificados de potencial adicional de construção, que serão alienados 
em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias 
à própria operação. Os certificados de potencial adicional de 
construção serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de 
construir unicamente na área objeto da operação. 
Falso 
Verdadeiro 
 
 
Pergunta 5 1 pts 
O cultivo de drogas em terras particulares é uma das situações que 
autorizam o confisco legal de bens pelo poder público, mas pode ser 
afastado caso não seja comprovada culpa do proprietário. 
Grupo de escolhas da pergunta 
Verdadeiro 
Falso 
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Faculdade Mineira De Direito 
Unidade Coração Eucarístico 
2ª PROVA DE Direito Administrativo III CHAVE 
DE CORREÇÃO 
2º Semestre 2018 
PROFESSORA Dra. Marinella Machado Araújo 
ESTAGIÁRIA DE DOCÊNCIA Mestranda Lígia de Souza Frias 
 
DATA 
05.10.2018 
VALOR 
25 pontos 
TEMPO 
50 minutos
 
NOME_____________________________________________________________ 
NOME_____________________________________________________________ 
NOTA __________ 
Informações sobre a Prova 
 
A prova deve ser realizada à caneta, individualmente ou em dupla, e no máximo em 
50 minutos. Preste bastante atenção ao marcar suas respostas, pois as rasuras 
invalidam as questões. É considerado rasura qualquer marcação visível, ainda que leve, 
na prova ou nos espaços destinados a respostas. Os pedidos de revisão poderão ser 
diretamente endereçados à professora pelo SGA. Lembro que a assinatura na lista de 
presença é requisito para que a prova seja corrigida e a nota lançada no SGA. 
 
Um servidor público pratica infração disciplinar tipificada como crime. Diante do 
conhecimento do fato pela autoridade administrativa, é instaurado processo 
administrativo disciplinar para apurar a infração cometida. 
 
Analise a situação descrita e julgue os itens a seguir. 
 
 
QUESTÃO 1. F Considerando a independência das esferas administrativa e criminal, 
não é permitida que a efetivação da penalidade de demissão imposta em sede 
administrativa ocorra anteriormente ao trânsito em julgado da ação penal. 
 
Fundamentação legal: Item 7 do Jogo I do Jurisprudência em Tese do STJ; Art. 22 da 
Lei n° 8.112/90. 
Conteúdo da aula do dia 14/09/2018 e 24/09/2018 - As instâncias administrativa e 
criminal são independentes. 
 
QUESTÃO 2. V A utilização de prova emprestada no processo administrativo disciplinar 
em curso é possível, desde que autorizada pelo juiz criminal e respeitados o 
contraditório e a ampla defesa. 
 
Fundamentação legal: Item 3 do Jogo I do Jurisprudência em Tese do STJ 
Conteúdo da aula do dia 14/09/2018 – Reposta a pergunta formulada pela aluna Iara 
– É possível a utilização de prova emprestada desde que se observe o estabelecido pela 
Súmula 591 STJ. 
“É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que 
devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a 
ampla defesa”. 
 
QUESTÃO 3. V A absolvição criminal fundada na imaterialidade do fato impede que 
seja aplicada pena em sede do procedimento administrativo disciplinar. 
 
Fundamentação legal: Item 2 do Jogo I do Jurisprudência em Tese do STJ; art. 126 da 
Lei n° 8.112/90. Vale lembrar que imaterialidade do fato significa inexistência 
material do fato, ou seja, a inexistência real do acontecimento. Logo, o fato 
efetivamente não ocorreu. Segundo a Teoria Causalista, adotada pela maioria da 
doutrina brasileira, a simples constatação da materialidade do fato não é suficiente 
para uma condenação criminal, se este fato não for típico , antijurídico, culpável e 
punido, se a autoria não está determinada, se não houver provas suficientes para 
tanto, se não existir prova de ter o réu concorridopara a infração penal ou existir 
circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena. O STJ entende que, apesar 
de as instâncias administrativa e penal serem independentes entre si, quando há 
absolvição do réu em razão da inexistência do fato ou a negativa de autoria na esfera 
criminal isso implica na constatação de inexistência de fato lesivo à Administração 
Pública ou, no segundo caso, de nexo de causalidade entre o fato e a conduta do agente 
público. 
Precedentes: MS 19823/DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado 
em 14/08/2013, DJe 23/08/2013; AgRg no RMS 33949/PE, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 06/08/2013, DJe 16/08/2013; AgRg no RMS 38072/PE, 
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/05/2013, DJe 
31/05/2013; REsp 1323123/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 07/05/2013, DJe 16/05/2013; AgRg no AREsp 50432/SP, Rel. Ministro 
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/03/2013, DJe 11/03/2013; 
EDcl no REsp 1194009/SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 17/05/2012, DJe 30/05/2012; RMS 30511/PE (com ressalva), Rel. Ministro 
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe 
22/11/2010. 
 
QUESTÃO 4. F A condenação criminal impõe a aplicação da penalidade administrativa 
em sede de procedimento disciplinar, independentemente da regularidade do processo 
administrativo instaurado. 
 
Fundamentação legal: Art. 5°, inciso LV da CF/88; arts. 143 e 153 da Lei n° 8.112/90. 
Conteúdo da aula do dia 13/08 e 10/09/2018 - O processo administrativo é uma 
espécie de procedimento em contraditório, garantindo-se a ampla defesa, facultando-
se a oportunidade para manifestação, defesa e recurso. 
 
QUESTÃO 5. F A fim de serem evitadas decisões contraditórias nas instâncias 
administrativa e penal, impõe-se o sobrestamento do procedimento administrativo 
disciplinar até o julgamento final da ação penal em tramitação. 
 
Fundamentação legal: Art. 171 da Lei n° 8.112/90 
Conteúdo da aula do dia 14/09/2018 - As instâncias administrativa e criminal são 
independentes. A autoridade competente não tem competência para aplicar sanção 
criminal, o que torna obrigatório o envio do relatório ao MP para ajuizamento do 
processo criminal e/ou ação civil pública. A comissão tem competência para aplicar 
sanção administrativa e patrimonial. 
(...) 
Se na sindicância se apurar um dano, deve-se, de forma concomitante, instaurar o PAD 
e remeter cópia dos autos ao Ministério Público. 
 
 
Um empregado público de empresa estatal estadual é pego fraudando a licitude de um 
concurso público sobre o qual tinha responsabilidade funcional de auxiliar na 
organização. 
 
Analise a situação descrita e julgue os itens a seguir. 
 
QUESTÃO 6. F É necessária a comprovação de enriquecimento ilícito ou da efetiva 
ocorrência de dano ao patrimônio público para a tipificação de ato de improbidade 
administrativa que atente contra os princípios da administração pública. 
 
Fundamentação legal: Art. 11 da Lei n° 8.429/92. Segundo o STJ, é desnecessária a 
ocorrência de dano ao patrimônio público para a configuração do art. 11 da Lei 
8.429/1992. “Para a configuração dos atos de improbidade administrativa que atentam 
contra os princípios da administração pública (art. 11 da Lei 8.429/1992), é dispensável 
a comprovação de efetivo prejuízo aos cofres públicos. De fato, o art. 21, I, da Lei 
8.429/1992 dispensa a ocorrência de efetivo dano ao patrimônio público como 
condição de aplicação das sanções por ato de improbidade, salvo quanto à pena de 
ressarcimento.” (STJ, REsp 1.192.758-MG, Rel. originário Min. Napoleão Nunes Maia 
Filho, Rel. para acórdão Min. Sérgio Kukina, Dje 4/9/2014) Vide também AgRg no AResp 
712.341/MS, DJe 29/06/2016. A conduta do agente, nos casos dos arts. 9º e 11 da Lei 
8.429/1992, há de ser sempre dolosa, por mais complexa que seja a demonstração 
desse elemento subjetivo. Nas hipóteses do art. 10 da Lei 8.429/1992, cogita-se que 
possa ser culposa. O entendimento do STJ é de que “A configuração dos atos de 
improbidade administrativa previstos no art. 10 da Lei de Improbidade Administrativa 
(atos de Improbidade Administrativa que causam prejuízo ao erário), à luz da atual 
jurisprudência do STJ, exige a presença do efetivo dano ao erário (critério objetivo) 
e, ao menos, culpa, o mesmo não ocorrendo com os tipos previstos nos arts. 9° e 11 
da mesma lei (enriquecimento ilícito e atos de Improbidade Administrativa que 
atentam contra os princípios da Administração Pública), os quais se prendem ao 
volitivo do agente (critério subjetivo) e exige-se o dolo.” (STJ, AgRg no REsp 
1225495/PR, Rel. Min. Benedito Goncalves, 1ª Turma, Dje 14/02/2012) 
A Lei n° 8.429/92 foi o conteúdo da 2ª aula do dia 13/08/2018. 
 
QUESTÃO 7. F Qualquer pessoa pode representar ao corregedor-geral da 
Controladoria Geral da União - CGU contra abuso, erro grosseiro, omissão ou qualquer 
outra irregularidade funcional dos membros de empresas públicas. 
 
Fundamentação legal: Art. 116, inciso XII da lei n°8.112/90. 
Conteúdo da aula do dia 14/09/2018 – Reposta a pergunta formulada pela aluna 
Bruna. Há uma diferença entre representação e denúncia. Quem está fora da 
administração pública faz denúncia. Quem tem vínculo com a administração pública 
tem que fazer uma representação. 
 
QUESTÃO 8. F A instauração de PAD interrompe a prescrição até a decisão final, a ser 
proferida pela autoridade competente; não sendo o PAD concluído em cento e 
quarenta dias, o prazo prescricional volta a ser contado em sua integralidade. 
 
Fundamentação legal: Item 4 do Jogo I do Jurisprudência em Tese do STJ; Art. 142, § 
3° da Lei n° 8.112/90. 
Conteúdo do fluxograma 
 
QUESTÃO 9. V Autorizada a cumulação do pedido condenatório e do de ressarcimento 
em ação por improbidade administrativa, a rejeição do pedido condenatório por 
prescrição não obsta o prosseguimento da demanda relativa ao pedido de 
ressarcimento, que é imprescritível. 
 
Fundamentação legal: RE n° 852.475 (Tema 897) 
Conteúdo da 2ª aula do dia 13/08 e da aula do dia 24/08/2018 – São imprescritíveis 
as ações de danos ao erário. Os Atos que impliquem improbidade administrativa e que 
foram praticados de forma dolosa, são imprescritíveis. O dolo exige a intenção de 
causar o dano. O Art. 37, § 5° da CF/88 dispõe sobre a prescrição dos atos que gerem 
danos ao erário. 
 
QUESTÃO 10. Analise as afirmativas a seguir e julgue-as: 
 
F Há delegação da competência para aplicação de sanções em sede de poder de polícia 
administrativa à pessoa jurídica de direito privado. 
 
Fundamentação legal: Art. 13 da Lei n° 9.784/99; ADI n° 1.717 
Conteúdo da 2° aula do dia 13/08/2018 - A Lei n° 9.784/99 dispõe que quem tem 
competência pode delegar ou avocar, mas tem que se respeitar as exceções 
(art. 13). Atos de competência exclusiva são indelegáveis. 
 
V Há revisão por agente de nível hierárquico superior de ato administrativo ou 
processo administrativo que contiver vício de legalidade. 
 
Fundamentação legal: Art. 53 da Lei n° 9.784/99. 
Conteúdo da aula do dia 10/09/2018 - O ato viciado pode ser invalidado, sendo que 
a nulidade pode ser absoluta ou relativa, no caso dessa última, o ato pode ser 
convalidado (viciado, sob o ponto de vista formal ou da competência). 
 
 
F Há delegação de órgão superior a órgão inferior da atribuição para a edição de atos 
administrativos de caráter normativo. 
 
Fundamentação legal: Art. 13, inciso I da Lei n° 9.784/99. 
Conteúdo da 2° aula do dia 13/08/2018 - A Lei n° 9.784/99 dispõe que quem tem 
competência pode delegar ou avocar, mas tem que se respeitar as exceções 
(art. 13). Atos de competência exclusiva são indelegáveis. Atos de decisão sobre 
recursos e atos normativos, também. 
 
F Há delegação a órgão diverso da competência para a decisão de recurso 
administrativo.Fundamentação legal: Art. 13, inciso II da Lei n°9.784/99. 
Conteúdo da 2° aula do dia 13/08/2018 - A Lei n° 9.784/99 dispõe que quem tem 
competência pode delegar ou avocar, mas tem que se respeitar as exceções 
(art. 13). Atos de competência exclusiva são indelegáveis. 
 
F Há avocação por órgão superior, em caráter ordinário e por tempo indeterminado, 
de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
Fundamentação legal: Art. 15 da Lei n°9.784/99. 
Conteúdo da 2° aula do dia 13/08/2018 - Os órgãos da administração pública têm um 
organograma com todas as suas competências. A Lei n° 9.784/99 dispõe que quem tem 
competência pode delegar ou avocar. 
 
 
BOA PROVA! 
PONTIFI ́CIA UNIVERSIDADE CATO ́LICA DE MINAS 
GERAIS Faculdade Mineira De Direito 
Unidade Coração Eucarístico 
1ª PROVA DE Direito Administrativo III 
CHAVE DE CORREÇÃO 
2º Semestre 2018 
PROFESSORA Dra. Marinella Machado Araujo 
ESTAGIÁRIA DE DOCÊNCIA Mestranda Lígia de Souza Frias 
 
DATA 
27.08.2018 
VALOR 
25 pontos 
TEMPO 
50 minutos
 
NOME_____________________________________________________________ 
NOME_____________________________________________________________ 
 
NOTA __________ 
 
Informações sobre a Prova 
A prova deve ser realizada à caneta, individualmente ou em dupla, e no máximo em 
50 minutos. Preste bastante atenção ao marcar suas respostas, pois as rasuras 
invalidam as questões. É considerado rasura qualquer marcação visível, ainda que leve, 
na prova ou no espaços destinados a respostas. Os pedidos de revisão poderão ser 
diretamente endereçados à professora pelo SGA. Lembro que a assinatura na lista de 
presença é requisito para que a prova seja corrigida e a nota lançada no SGA. 
 
Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue os itens a seguir. 
 
QUESTÃO 1. VERDADEIRA/FALSA As comissões parlamentares de inquérito são 
instrumentos de controle externo destinados a investigar fato determinado em prazo 
determinado, mas desprovidos de poder condenatório. 
 
Conteúdo da aula do dia 20/08/18. “As Comissões Parlamentares de Inquérito são 
instrumentos de controle tanto interno como externo, podendo investigar atos do 
próprio Poder Legislativo (Art. 58, § 3° da CF/88)”. 
JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA: 
A veracidade ou a falsidade da afirmativa depende da justificativa dada à resposta. 
Vejamos: 
As CPIs são comissões temporárias do PL com poderes investigatórios tipos de 
autoridades judiciais. Apesar disso, elas não têm competência para promover a 
responsabilidade civil ou criminal de infratores (art. 58, § 2º, da CF/88). Trata-se de 
instrumento híbrido de controle que normalmente é classificado como forma de 
controle externo à Administração Pública, ou seja, exercido por outros poderes sobre 
a Administração Pública face à possibilidade de a CPI investigar autoridades do Poder 
Executivo. 
Contudo, vale lembrar que, por serem comissões legislativas, elas também podem 
investigar autoridades do próprio legislativo. Neste caso, atuam como instrumento 
de controle interno do Legislativo. 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e 
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo 
regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, 
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se 
for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade 
civil ou criminal dos infratores. 
Jurisprudência afim: HC 100.200 (MIN. JOAQUIM BARBOSA, 2010) sobre o direito de 
o investigado em CPI manter-se em silêncio sobre as acusações a que responde; MS 
30.906 (MIN. CELSO MELO, 2011), MS 35.216 (MIN. LUIS FUX, 2017). 
QUESTÃO 2. VERDADEIRA O controle administrativo interno cabe apenas em relação 
a atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos 
Poderes Legislativo e Judiciário. 
Conteúdo da 1ª aula do dia 13/08/18. “Todos os poderes (executivo, legislativo e 
judiciário) exercem a função administrativa. (...) Quando se fala em controle 
interno estamos falando no exercício da função administrativa que se materializa 
em quatro atividades: planejamento, organização, controle e fomento (estímulo)”. 
 
JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA: 
A afirmativa é verdadeira. 
Segundo o Princípio da Separação de Poderes, os poderes estatais não exercem funções 
exclusivas, mas típicas. Essas funções são controladas reciprocamente por cada poder. 
Por se referir ao controle administrativo de natureza interna e não externa, a 
afirmativa exclui da atividade de controle as outras funções estatais que não sejam de 
natureza administrativa. Assim, ainda que o controle seja exercido por outro poder 
estatal, ele preserva a natureza da função controlada. Vale lembrar que o 
funcionamento geral de cada poder é atividade administrativa e que, segundo o art. 
31 e o art. 74, inciso II, da CF/88, cada poder tem a obrigação de manter sistema de 
controle interno de seu funcionamento. Assim, diz-se que o controle administrativo é 
interno se exercido pelo próprio poder em relação a seus próprios atos independente 
da função típica desse poder. 
QUESTÃO 3. VERDADEIRA O controle hierárquico é sempre uma forma de controle 
interno. 
Conteúdo da 1ª aula do dia 13/08/2018. “No controle da administração pública há a 
atuação de dois poderes: hierárquico e disciplinar (poder de punir o agente público. 
Agora tem-se admitido a aplicação de multas no âmbito contratual). Poder hierárquico 
é o poder que a Administração Pública tem de se auto organizar, de delegação de 
competências, de avocar, etc”. 
JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA: 
A afirmativa é verdadeira. 
A única função estatal que é exercida com fundamento no poder hierárquico é a 
administrativa. Em outras palavras, não existe hierarquia entre membros dos poderes 
Legislativo e Judiciário no exercício de suas funções típicas legislativa e jurisdicional. 
Por isso, pode-se afirmar que este tipo de controle é típico do Poder Executivo ou, 
melhor, do exercício da função administrativa pela Administração Pública em sentido 
amplo, que abrange a estrutura organizacional do Legislativo e do Judiciário. 
 
QUESTÃO 4. São órgãos de controle interno responsáveis por receber, examinar e 
encaminhar denúncias, reclamações, elogios, sugestões e pedidos de informação 
referentes a procedimentos e ações de agentes, órgãos e entidades do Poder Executivo 
federal, estadual ou municipal: 
 
a) Ouvidorias 
b) Corregedorias 
c) Controladorias 
d) Defensorias 
 
Conteúdo da 2ª aula do dia 13/08/18 – “Exemplos de controle: controladorias 
(questões financeiras/orçamentária), corregedorias (controla atos internos, atos de 
desvio funcional), ouvidoria (órgãos de escuta popular)”. 
A resposta correta é LETRA A. 
As ouvidorias são propriamente órgãos de controle interno em sentido amplo sem poder 
sancionador (poder disciplinar ou poder de polícia). Elas recebem denúncias, mas 
também elogios. Nelas se pode apresentar sugestões, elogios, solicitações, 
reclamações e denúncias. Funcionam como uma espécie de “ponte” entre o cidadão e 
a Administração Pública. Assim, a ouvidoria recebe as manifestações dos cidadãos, 
analisa, orienta e encaminha às áreas responsáveis pelo tratamento ou apuração do 
caso. A Ouvidoria-Geral da União (OGU) integra a estrutura da Controladoria-Geral da 
União (CGU) e é o órgão responsável por receber, examinar e encaminhar denúncias, 
reclamações, sugestões, elogios e solicitações referentes a irregularidades na 
utilização de dinheiro público, procedimentos e ações de agentes públicos, órgãos e 
entidades do PoderExecutivo Federal. Além disso, a partir das informações trazidas 
pelos cidadãos, a Ouvidoria pode identificar melhorias, propor mudanças, assim como 
apontar situações irregulares no órgão ou entidade. 
As corregedorias são órgãos de controle interno de atividade funcional com poder 
sancionador. Logo, exercem os poderes disciplinar e de polícia em sentido amplo. 
As controladorias são órgãos de controle interno financeiro-orçamentário. No âmbito 
federal, a Controladoria-Geral da União (CGU), típica agência anticorrupção do país, 
é o órgão encarregado de assistir direta e imediatamente ao Presidente da República 
no desempenho de suas atribuições quanto aos assuntos que, no âmbito do Poder 
Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da 
transparência da gestão, por meio das atividades de controle interno, auditoria 
pública, correição, prevenção e combate à corrupção, e ouvidoria. A CGU é ainda 
órgão central do Sistema de Controle Interno e do Sistema de Correição, ambos do 
Poder Executivo Federal. 
As defensorias não são órgãos de controle interno da Administração Pública 
propriamente ditos, mas de defesa de direitos individuais e coletivos, de forma integral 
e gratuita, aos necessitados, sobretudo de caráter social. Assim como o Ministério 
Público, elas fazem parte das funções essenciais à Justiça (arts. 134 e 135, da 
Constituição), mas possuem missões e características próprias e independentes dos 
tribunais. A Defensoria é uma instituição pública que presta assistência jurídica 
gratuita àquelas pessoas que não possam pagar por esse serviço. 
QUESTÃO 5. São situações que, quando comprovadas, ensejam reprovação das contas 
de administradores e demais responsáveis por irregularidade no julgamento dos 
tribunais de contas, EXCETO: 
a) omissão no dever de prestar contas; 
b) dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; 
c) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos; 
d) evidencias de impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal 
de que não resulte dano ao Erário. 
 
Conteúdo da aula do dia 24/08/18 – “Existe uma delimitação no âmbito da 
competência dos Tribunais de Contas do que será objeto de controle. Esses 
tribunais fazem controle contábil, financeiro e orçamentário, que se restringe ao 
âmbito da legalidade, da legitimidade e da economicidade”. 
A resposta correta é LETRA D. 
O controle de contas é um controle do tipo COFOP: contábil, orçamentário, financeiro, 
operacional e patrimonial que deriva do dever de prestação de contas que titulariza 
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, 
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União ou 
qualquer outra unidade federativa responda, ou que, em nome desta, assuma 
obrigações de natureza pecuniária (parágrafo único, art. 70 CF/88). 
Todos as situações descritas nas Letras A, B e C são situações que envolvem a 
possibilidade de lesão ao erário. Por isso, ensejam reprovação de contas. A Letra D é 
a única situação que não caracteriza dano ao erário. Por isso, os atos de improbidade 
administrativa que não importem dano ao erário não ensejam reprovação de 
contas, mas sim aprovação com ressalvas. 
QUESTÃO 6. Ana solicitou ao Município X licença de localização e funcionamento para 
exercer determinada atividade empresarial, apresentando todos os documentos 
necessários para tanto. Contudo, transcorrido mais de ano do mencionado pedido, não 
houve qualquer manifestação por parte da autoridade competente para sua 
apreciação. 
Considerando a situação descrita, é CORRETO afirmar que: 
a) Ana pode denunciar a autoridade competente junto à Controladoria do 
Município por abuso de poder; 
b) Ana nada poderá fazer, pois não cabe controle social da Administração Pública 
nesse caso, uma vez que o princípio da razoável duração do processo não se 
aplica à via administrativa. 
c) Para que a autoridade competente possa sofrer algum tipo controle 
administrativo, Ana deverá acionar o Poder Judiciário e demonstrar que a 
demora na expedição da licença lhe causou prejuízo econômico. 
d) A autoridade competente poderá ser objeto de controle hierárquico, desde 
que seja instaurado processo administrativo disciplinar para apurar sua 
conduta, no qual lhe seja garantido contraditório e ampla defesa. 
Conteúdo da 1ª aula do dia 13/08/18 – “Nesse exercício da atividade de controle, a 
doutrina administrativista passou a adotar uma ideia de procedimentalização. O 
procedimento como forma de garantir o contraditório e a ampla defesa. O estado 
garante o acesso a informação e a oportunidade de produção de provas (referência 
legal art. 5°, inciso LV da CF/88)”. 
A resposta correta é LETRA D. 
A Letra D é verdadeira uma vez que o comportamento da autoridade competente pode 
ser considerado abusivo, estando sujeito a controle interno pela própria Administração 
Pública. 
As controladorias são órgãos de controle interno especializado de natureza financeira 
orçamentária. Logo, em que pese possa ser caracterizada a situação de abuso de 
poder, este não é o órgão competente para receber a denúncia uma vez que não houve 
lesão ao erário. 
O princípio do pas de nullité sans grief aplica-se a situações de nulidade de processo 
administrativo. Não é o caso em questão, pois Ana não deseja ver o 
processo/procedimento anulado, mas seu pedido de analisado pela Administração 
Pública municipal. 
Por força do art. 5º, inciso LXXVIII, da CF/88, o princípio da razoável duração do 
processo também se aplica a processos administrativos. 
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
QUESTÃO 7. João e Gilberto inscreveram-se para participar de um concorrido concurso 
público. Como João estava mais preparado, combinaram que ele faria a prova 
rapidamente e, logo após, deixaria as respostas na lixeira do banheiro para que 
Gilberto pudesse ter acesso a elas. A fraude só veio a ser descoberta três anos após a 
aprovação de ambos em estágio probatório, quando Gilberto deixou escapar em uma 
conversa com uma colega de trabalho o que havia ocorrido. 
Com base na situação descrita, é CORRETO afirmar que: 
a) Não há mais possibilidade de controle hierárquico da autoridade administrativa 
pois não houve lesão ao erário. 
b) Sendo fraude a concurso público ato de improbidade administrativa, poderá 
haver controle interno da Administração Pública, desde que realizado processo 
administrativo disciplinar com garantia de contraditório e ampla defesa. 
c) A colega de Gilberto tem o dever funcional de informar aos seus superiores 
hierárquicos o ocorrido sob pena de responsabilidade administrativa. 
d) Não cabe controle interno da Administração Pública com fundamento em seu 
poder de autotutela porque o seu direito de anular a nomeação de João e 
Gilberto prescreveu. 
A resposta correta é LETRA C. 
O controle hierárquico não se restringe a atos que cause dano ao erário, mas a toda 
irregularidade detectada no exercício da função administrativa. Não fosse assim, não 
haveria improbidade administrativa por violação de princípio e nem a possiblidade de 
instauração de PAD para apurar exercício funcional violador de princípio da 
administração pública. 
O controle interno decorre dos poderes hierárquico e disciplinar e não está vinculado 
à natureza da irregularidade ser ou não considerada ato de improbidade 
administrativa. 
A aplicação do poder disciplinar prescreve em 5 anos contados do conhecimento do 
ato quando a conduta praticada puder ensejar a demissão do servidor público (art. 23, 
inciso II, Lei No. 8.429/1992 c/c art. 142, inciso I, §§ 1º e 2º Lei No. 8.112/1990). 
Logo, não há prescrição, pois, sendo a conduta praticada por João e Gilberto tipificada 
como ato de improbidadeadministrativa (art. 11, inciso V, Lei No. 8.429/1992), ela 
é passível de demissão. 
A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a 
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo 
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa, segundo o art. 143 da Lei No. 
8.112/1990. 
Art. 11, inciso V - frustrar a licitude de concurso público; 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser 
propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou 
de função de confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares 
puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo 
efetivo ou emprego. 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou 
conhecido. 
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações 
disciplinares capituladas também como crime. 
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a 
prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em 
que cessar a interrupção. 
QUESTÃO 8. O Ministério Público Eleitoral questionou judicialmente, com fundamento 
na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar No. 135/2010), decisão do TSE que deferiu 
o registro de candidatura de João das Couves para concorrer ao cargo de prefeito, sob 
o entendimento de que a desaprovação, pelo Tribunal de Contas do Estado, das contas 
relativas ao exercício de 2016 como ordenador de despesas, o tornava inelegível para 
qualquer cargo público nas próximas eleições. 
Segundo a Lei da Ficha Limpa, são inelegíveis aqueles que “tiverem suas contas 
relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade 
insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão 
irrecorrível do órgão competente, para as eleições que se realizarem nos oito anos 
seguintes, contados a partir da data da decisão”. 
Considerando a situação descrita, é INCORRETO: 
a) Os tribunais de contas não têm competência para julgar contas de prefeitos. 
b) Não há inelegibilidade por desaprovação de contas ainda que tenha havido 
omissão da Câmara de Vereadores em aprecia-las. 
c) João das Couves poderia ter suas contas aprovadas por voto favorável de 2/3 
dos membros da Câmara de Vereadores. 
d) O parecer prévio dos tribunais de contas tem natureza opinativa. 
Conteúdo da aula do dia 17/08/18 – “O parecer prévio do Tribunal de Contas 
deixará de prevalecer desde que seja rejeitado por 2/3 dos vereadores. Essa 
decisão do STF neutraliza o parecer dos Tribunais de Contas.” - Art. 31, § 2° da 
CF/88. 
“Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo 
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do 
Poder Executivo Municipal, na forma da lei. 
 § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o 
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois 
terços dos membros da Câmara Municipal. 
 RE 729.744 – Tese com Repercussão Geral: “Parecer técnico elaborado pelo 
Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa, competindo 
exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento das contas anuais do chefe 
do Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por 
decurso de prazo”. 
RE 848826 – Tese com Repercussão Geral: “Para os fins do artigo 1º, inciso I, 
alínea g, da Lei Complementar 64/1990, a apreciação das contas de prefeito, 
tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais, 
com auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente 
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos vereadores” 
A resposta correta é LETRA B. 
A LETRA B está correta segundo o entendimento firmado no julgamento do RE 848.826. 
Segundo esse entendimento, a inelegibilidade por desaprovação de contas não pode 
decorrer de julgamento ficto, ou seja, em razão do decurso de prazo para apreciação 
das contas pela Câmara de Vereadores. As demais letras estão incorretas segundo o 
entendimento firmado pelo STF no RE 729.744. 
QUESTÃO 9. Pode haver delegação da competência para controle interno da 
Administração Pública? 
a) Não, pois se trata de competência exclusiva. 
b) Sim, desde que não seja em instância recursal. 
c) Não, apenas avocação para averiguação de irregularidades. 
d) Sim, em caso de atos normativos. 
Conteúdo da 2ª aula do dia 13/08/18 – “A competência para o exercício do controle 
pode ser objeto de delegação. A lei n° 9.784/99 dispõe sobre quem tem 
competência pode delegar ou avocar, mas tem que se respeitar as exceções (art. 
13). Atos de competência exclusiva são indelegáveis. Atos de decisão sobre 
recursos e atos normativos, também.” 
A resposta correta é LETRA B. 
A afirmativa é verdadeira segundo o art. 13, inciso II, da Lei No. 9.784/1999. Vale 
lembrar que o controle interno deriva de dever geral de apurar irregularidades que 
todo servidor público titulariza segundo o art. 143 da Lei No. 8.112/1990. Não se trata, 
portanto, de competência exclusiva, apesar de esse poder ser exercido muitas vezes 
por órgãos especializados. O poder de avocar competências é inerente ao poder de 
delega-las. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
 I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
QUESTÃO 10. O Tribunal de Contas da União (TCU), na análise de aposentarias e 
pensões submetidas à sua apreciação, tem afastado incidência de dispositivos da Lei 
13.464/2017, que criou o bônus de eficiência, verba variável paga aos auditores 
fiscais e analistas tributários da Receita Federal. Segundo o TCU, o pagamento do 
bônus aos inativos é inconstitucional, uma vez que não incide sobre a parcela o 
desconto da contribuição previdenciária. 
Considerando a situação descrita, é INCORRETO afirmar: 
a) Segundo entendimento recente do STF, sendo o TCU órgão sem função 
jurisdicional, não lhe compete exercer o controle difuso de constitucionalidade 
nos processos sob sua análise. 
b) Os tribunais de contas são órgãos de controle externo da Administração Pública, 
mas que também exercem controle interno, ou seja, atividade administrativa 
de verificação permanente e contínua da legalidade e oportunidade da atuação 
de sua própria administração com o objetivo de prevenir ou eliminar defeitos 
ou aperfeiçoa-la e de promover as medidas necessárias para tanto. 
c) No exercício de suas atribuições, o Tribunal de Contas pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público segundo entendimento 
sumulado do STF. 
d) O entendimento do TCU é equivocado na medida em que não cabe aos 
tribunais de contas investigar o mérito dos atos administrativos. 
 
Conteúdo da aula do dia 24/08/18 - Súmula 347 do STF: “O Tribunal de Contas, no 
exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos 
atos do Poder Público”. 
A resposta correta é LETRA D. 
A LETRA D é incorreta porque o fundamento para o entendimento do TCU não leva em 
consideração a apuração da produtividade dos inativos, o que caracterizaria análise de 
mérito, mas apenas a ilegalidade do não recolhimento da contribuição previdenciária 
que tem previsão legal. 
Vale lembrar que recentemente o STF tem mudado o entendimento contido na Súmula 
347 do STF, editada em 1963, e que prevê a possibilidade de o Tribunal deContas, no 
exercício de suas atribuições, apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do 
Poder Público. Por exemplo, o Min. Alexandre de Moraes concedeu liminar no MS 
35.498, impetrado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do trabalho, para 
afastar o mesmo entendimento do TCU em relação ao pagamento, aos inativos, do 
bônus de eficiência devido à categoria e também previsto na Lei 13.464/2017. Decisão 
no mesmo sentido já havia sido proferida no MS 35.410. 
BOA PROVA! 
Página1 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
FACULDADE MINEIRA DE DIREITO 
Unidade Coração Eucarístico 
 
1ª PROVA DE Direito Administrativo III 
CHAVE DE CORREÇÃO 
1º Semestre 2018 
Professora Dra. Marinella Araujo 
 
NOME 
__________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________ 
 
NOTA __________ 
Informações sobre a Prova 
VALOR 
25 pontos 
TEMPO DE REALIZAÇÃO 
50 minutos 
DATA 
09.03.2018 
 
A  prova  deve  ser  realizada  à  caneta,  em  dupla  ou  individualmente.  As  rasuras  invalidam  
as  questões,  sendo  considerado  rasura  qualquer  marcação  visível,  ainda  que  leve,  nos  
espações   destinados   a   respostas.   Após   a   divulgação   dos   resultados   e   da   chave   de  
correção   no   SGA,   pedidos   de   revisão   poderão   ser   diretamente   endereçados   à  
professora.  É  obrigatória  a  assinatura  na  lista  de  presença  para  que  a  nota  seja  lançada  
no  SGA.  
 
O   Município   “X”   pretende   promover   a   regularização   fundiária   de   área   ocupada  
irregularmente  por  população  de  baixa   renda   localizada  em  seu  perímetro   rural.  Para  
tanto,   o   Prefeito   resolveu   enviar   à  Câmara  de   Vereadores   um   projeto   de   lei   sobre   o  
planejamento   habitacional   de   interesse   social   do   Município.   O   projeto   prevê   a  
desapropriação  da  área  rural  desafetada,  pertencente  à  União,  para  o  assentamento  no  
local  da  população  de  baixa  renda.  
  
QUESTÃO  1.  Considerando  a  situação  apresentada,  analise  as  afirmativas  a  seguir  e  
marque  a  opção  CORRETA:  
Página2 
1.   O  projeto  de  lei  é  inconstitucional.    
  
O  projeto   de   lei   não  é   inconstitucional   porque  municípios   podem   legislar   sobre  
assuntos   de   interesse   local   (art.   30,   inciso   I,   CF/88)   e   sobre   política   de  
desenvolvimento  urbano  (art.  182  CF/88)  que  abrange  todo  o  seu  território  (art.  40,  
§   2º,   Lei   n.   10.257/2001),   o   que   inclui   o   planejamento   local   habitacional   de  
interesse  social,  uma  vez  que  habitação  é  uma  das  funções-­chaves  da  cidade.  A  
competência  para  legislar  sobre  desapropriação  é  privativa  da  União  (art.  2º,  inciso  
II,   CF/88).   Todavia,   essa   delimitação   constitucional   de   competência   legislativa  
aplica-­se  a  normas  jurídicas  sobre  o  procedimento  ou  processo  de  desapropriação  
e   não   inclui   a   identificação  das  áreas  a   serem  desapropriadas.  Do   contrário,   a  
competência  legislativa  municipal  para  tratar  de  planejamento  habitacional  seria  
suprimida.  Vale   lembrar  que  o   fato  de  a  área  ser  da  União  não   torna  o  projeto  
inconstitucional,  uma  vez  que  não  há  nenhuma  vedação  constitucional  que  proíba  
a   desapropriação   de   imóveis   públicos   por  municípios,  mas   sim,   ilegal   (art.   37,  
caput,   da   CF/88)   por   violação   ao   disposto   no   artigo   2º,   §   2º,   do   Decreto-­lei  
3.365/1941.   Por   fim,   regularização   fundiária   para   fins   de   assentamento   de  
população   de   baixa   renda   não   se   confunde   necessariamente   com   a  
desapropriação  para  fins  de  reforma  agrária  a  que  se  refere  o  artigo  184  da  CF/88,  
pois  no  caso  de  reforma  agrária  há  a  reutilização  produtiva  do   imóvel   rural  (art.  
185   CF/88).   Para   evitar   questionamentos   quanto   à   natureza   do   processo   de  
regularização  fundiária,  municípios  são  usualmente  orientados  a  firmarem  acordos  
com  o  INCRA  –  Instituto  Nacional  de  Colonização  e  Reforma  Agrária,  autarquia  
federal   criada   pelo  Decreto   1.110/1970   com   a  missão   prioritária   de   executar   a  
reforma  agrária  e  realizar  o  ordenamento  fundiário  nacional.  
  
PORQUE  
  
2.   Municípios  não  podem  legislar  sobre  desapropriação.    
  
A  competência  para  legislar  sobre  desapropriação  é  privativa  da  União  segundo  o  
art.  22,  inciso  II,  da  CF/88.  
  
Logo,  a  resposta  correta  é  LETRA  C.  
  
a)   (        )  A  afirmativa  1  é  falsa.  
b)   (        )  Ambas  as  afirmativas  são  verdadeiras.  
c)   (  X  )  A  afirmativa  1  é  falsa,  mas  a  afirmativa  2  é  verdadeira.  
d)   (        )  A  afirmativa  1  é  verdadeira,  mas  a  afirmativa  2  é  falsa.  
  
QUESTÃO  2.  Considerando  a  situação  apresentada,  analise  as  afirmativas  a  seguir  e  
marque  a  opção  CORRETA:  
1.   A desapropriação a ser realizada tem natureza sancionatória, pois destina-se à 
regularização fundiária. 
 
A desapropriação para fins de regularização fundiária, considerada de interesse 
social, seja em áreas urbanas ou rurais, tem sancionatória quando o imóvel 
Página3 
descumpre função social da propriedade. A ocupação do imóvel por população 
de baixa renda em si caracteriza descumprimento de função social da 
propriedade. O fundamento legal para esse tipo de desapropriação em caso de 
imóveis urbanos é o artigo 182, § 4º, da CF/88. Contudo, nem todo processo de 
regularização fundiária tem natureza sancionatória. É o caso da regularização 
fundiária de interesse especial para fins de legalização de condomínios fechados, 
por exemplo (Lei n. 13.465/2017). Em síntese, não é a destinação à regularização 
fundiária que torna a desapropriação sancionatória, mas o descumprimento da 
função social da propriedade. 
 
CONTUDO 
 
2.   A regularização fundiária não poderá ser realizada, pois a competência para 
realizar reforma agrária é da União. 
 
Regularização  fundiária  para  fins  de  assentamento  de  população  de  baixa  renda  
não   se   confunde  necessariamente   com  a  desapropriação  para   fins   de   reforma  
agrária  a  que  se  refere  o  artigo  184  da  CF/88,  pois  no  caso  de  reforma  agrária  há  
a   reutilização   produtiva   do   imóvel   rural   (art.   185   CF/88).   Para   evitar  
questionamentos   quanto   à   natureza   do   processo   de   regularização   fundiária,  
municípios   são   usualmente   orientados   a   firmarem   acordos   com   o   INCRA   –  
Instituto  Nacional  de  Colonização  e  Reforma  Agrária,  autarquia  federal  criada  pelo  
Decreto   1.110/1970   com   a   missão   prioritária   de   executar   a   reforma   agrária   e  
realizar  o  ordenamento  fundiário  nacional.  
 
Logo, a resposta correta é LETRA D. 
 
a)   (        )  A  afirmativa  1  é  verdadeira,  mas  a  afirmativa  2  é  falsa.  
b)   (        )  A  afirmativa  2  é  verdadeira,  mas  a  afirmativa  1  é  falsa.  
c)   (        )  A  afirmativa  1  e  a  afirmativa  2  são  verdadeiras.  
d)   (  X  )  A  afirmativa  1  e  a  afirmativa  2  são  falsas.  
 
QUESTÃO  3.  Considerando  a  situação  apresentada,  analise  as  afirmativas  a  seguir  e  
marque  a  opção  CORRETA:  
1.   O município pode legislar sobre regularização fundiária apenas em áreas urbanas 
e desde que a fundamente em sua competência para tratar de assuntos locais. 
 
Segundo o artigo 40, §  2º,  da Lei n. 10.257/2001, o planejamento diretivo da 
política de desenvolvimento urbano abrange todo o território do município, o que 
inclui áreas rurais. Vale lembrar que habitação é uma das funções-chaves da 
cidade. Assim, nada mais natural que o processo de regularização fundiária esteja 
associado a áreas

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