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A condição da mulher na Grécia

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE CRATEÚS-FAEC
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MARIA ISABELE BEZERRA DE SOUSA
A CONDIÇÃO DA MULHER NA GRÉCIA ANTIGA
CRATEÚS-CE
2021
A condição da mulher na Grécia Antiga, sobretudo, no que tange, a sua posição
social e política, se difere nítida e drasticamente dos direitos conferidos aos homens,
desta mesma sociedade. Existia ali, toda uma estrutura social que estabelecia essa
desigualdade e contribuía para que a sociedade permanecesse tal como estava.
Sem gozar do título de cidadania, como acontecia com os homens, o papel da
mulher grega, em cidades-Estado como Atenas, se restringia a esfera doméstica e ao
cuidado e zelo com a residência (oikos), a maternidade e o casamento, tarefas para as
quais, era treinada desde a tenra infância.
Criada desde o nascimento, por uma aia, a menina grega ficava nos aposentos
(gineceus) restrita de qualquer convívio com algum homem que não fosse seu familiar,
onde passava seu tempo fiando linhas e tecendo. Como a expectativa de vida das
mulheres girava em torno dos 40 anos de idade, os casamentos aconteciam muito cedo
para elas, e este era o ponto culminante de sua integração com a sociedade. O
matrimônio geralmente se dava, após um rito de iniciação, com um homem mais velho
e independia da vontade feminina, a partir do qual a mulher passava da tutela do pai
para a tutela do marido. Após o casamento, a condição social da mulher alterava-se, esta
passava de donzela para noiva, estágio ocupado até o nascimento do seu 1° filho ou
filha, quando oficialmente se tornava mulher.
Diante da subserviência da mulher, o casamento, sobretudo nas classes mais
abastadas, visava unicamente a transmissão da herança e a geração de filhos. Essa, ao
casar-se, tornava-se parte da família do marido, estabelecendo com seus filhos, uma
relação patrilinear, alicerçada sempre sob a figura paterna. Para os gregos, a mulher era
uma mera máquina de reprodução, ou "a terra fertilizada pelas semeaduras do marido,
através da introdução de seu arado", e logo, se não desempenhasse tal papel conforme o
esperado, era considerada falha e suscetível de divórcio.
Já em classes sociais com poder aquisitivo mais baixo, havia diferenças: a
mulher casava-se com um homem de menor disparidade etária e por ela escolhido. Era
comum ainda nessa classe social, a mulher precisar trabalhar quando ainda vivia sob o
domínio dos pais, e assim usufruir de maior liberdade em termos econômicos e sociais.
Era comum ainda, nessa classe social, a prática da prostituição.
Tudo o que foi mencionado até então, diz respeito à condição da mulher
ateniense. Contudo, a exceção da regra, encontrava-se na própria Grécia, mais
precisamente, na cidade-Estado de Esparta, na qual a mulher dispunha de maior
participação na vida cultural e econômica e detinha, assim, maior liberdade. Tendo o
dever de dar ao Estado, filhos fortes e saudáveis, a mulher espartana, ao contrário da
ateniense, tinha um certo poder e influência na economia. Ela ainda, praticava
exercícios físicos, recebia alguma instrução militar, podia sair de casa sozinha, sem o
acompanhamento de um homem, e podia herdar e ficar com as riquezas da família,
direito naquela época, restrito ao homem.
Hodiernamente, após muitas lutas é inegável que a mulher recebeu ao longo da
história, certa autonomia no que concerne ao trabalho, a organização política, social e
em diversas outras áreas da sociedade civil. Deixou de ser uma mera incubadora
humana, como na Grécia Antiga, e passou a exercer funções mais ativas. Todavia, a
disparidade entre homens e mulheres, ainda existe e é latente em várias esferas sociais,
cabendo ainda desta maneira, mudanças que assegurem à elas, não a "igualdade" como
ideologicamente apregoam alguns, mas equidade.

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