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Insulinoterapia em Pacientes com DM2

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UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 
 
 
1 
Insulinoterapia 
 
> A insulina é secretada na forma de pró-insulina (peptídeo c + 
insulina). 
> A insulina se liga ao seu receptor ela cliva o peptídeo c que cai 
na corrente sanguínea. 
> Dizer que o paciente tem peptídeo c positivo, é dizer que 
temos um paciente que ainda tem uma produção de insulina. 
 
Para prescrever análogo do GLP-1, inibidor da DPP-4 ou um 
Secretagogos esse pâncreas ainda tem que produzir insulina, 
porque se não produzir, não faz sentido prescrever essas 
medicações. 
 
INSULINAS E SEUS ANÁLOGOS 
 
INSULINA REGULAR: 
> ÚNICA insulina sem modificação 
> Predominante hexâmeros 
> Absorção depende do local de aplicação – via subcutânea 
> Aparência cristalina – insulina transparente 
 
As modificações na insulina vão se dá por modificações em algum 
aminoácido! 
 
INSULINA NPH: 
> É adicionada de protamina e zinco, que prolonga sua meia 
vida. 
> Absorção depende do local de aplicação – via subcutânea 
> Aparência leitosa – tem de diluir bem essa insulina 
 
INSULINA LISPRO: 
> Troca de uma lisina por uma prolina 
 
INSULINA ASPART: 
> Troca de prolina por ácido aspártico 
 
INSULINA GLULISINA: 
> Troca de uma lisina por glutamina 
 
INSULINA GLARGINA U100: 
> Adicionou uma asparagina a cadeia beta, fazendo com que o 
tempo de ação das insulinas fosse prolongado. 
> Lantus 
 
INSULINA DETEMIR: 
> Tem uma cadeia de ácido mirístico e é acetilada a lisina com 
ligação reversível com a albumina. Isso fez com que ele 
pudesse ter uma maior meia vida. 
> Tresiba 
 
INSULINA DEGLUDECA: 
> É uma das insulinas com maior potência no que diz respeito a 
tempo de meia vida 
> Insulina de maior duração disponível no mercado Brasileiro 
> Os cachos de uva vão se desfazendo e fazendo seu papel de 
insulina basal ao longo do tempo de ação 
> Posologia: 1x/dia (flexibilidade de 8-12 horas – duração de 
42horas) 
> Equilíbrio de concentração em 3 dias, não adianta titular dose 
todos os dias, tem que esperar pelo menos 3 dias e ate mesmo 
1 semana 
> Menor taxa de hipoglicemia, principalmente noturna (em 
comparação com a glargina) 
 
INSULINA GLARGINA U300 
> Mesma molécula da glargina, porém mais concentrada 
> Permite um tempo maior de ação 
> Toujeo 
> Posologia 1x/dia – flexibilidade de 3 horas – duração de 36h 
> Equilíbrio de concentração entre 3 e 5 dias 
> Transição: 
o Glargina – mesma dose ou aumentar 10 a 20% (em 
descompensação) 
o Outras insulinas (degludeca) 1x/dia – mesma dose 
o Outras insulinas (NPH ou Detemir) 2x/dia – reduzir 
em 20% 
> Metabolizada pelo fígado (M1 e M2), eliminação renal 
 
TEM QUE SABER A TABELA A SEGUIR! PELO MENOS AS 
INSULINAS RÁPIDAS E ULTRARRÁPIDAS E OS MECANISMOS 
DE AÇÃO! 
 
AÇÃO EFETIVA INSULINA 
NOME 
COMERCIAL 
INICIO DE 
AÇÃO 
PICO DE 
AÇÃO 
DURAÇÃO 
EFETIVA 
RÁPIDA REGULAR 
HUMOLIN 
NOVOLIN 
0,5 A 1H 2 A 4H 5 A 8H 
ULTRRÁPIDA 
LISPRO HUMALOG 5 A 15 MIN 0,5 A 1,5 H 3 A 5H 
ASPART NOVORAPID 5 A 15 MIN 0,5 A 1,5 H 3 A 5H 
ASPART + 
NICOTINAMIDA 
FIASP 5 A 10 MIN 0,5 A 1,5 H 3 A 5H 
GLULISINA APRIDA 5 A 15 MIN 0,5 A 1,5 H 3 A 5H 
INTERMEDIÁRIA NPH 
HUMOLIN 
NOVOLIN 
2 A 4H 8 A 10H 12 A 16H 
LONGA 
GLARGINA U-100 LANTUS 2 A 4H SEM PICO 20 A 24H 
GLARGINA U-300 TOUJEO 2 A 4H SEM PICO ATÉ 36H 
DETERMIR LEVEMIR 4 A 6H SEM PICO 18 A 23H 
ULTRALONGA DEGLUDECA TRESIBA 2 A 4H SEM PICO ATÉ 42H 
 
Ultrarrápida cobre bem as refeições, então vou utilizar antes do 
almoço, café, jantar. E como o tempo de duração efetiva é menor 
diminui o risco de hipoglicemia. 
 
NHP – geralmente tem que ser aplicada de 2 a 3 vezes ao dia para 
que ela cubra a função de uma insulina basal 
 
Insulinas planas – não fazem pico, a gente aplica e ela se mantem 
estável ao longo das 24h, são as longas e ultralongas. 
 
Glargina em alguns pacientes em duração de 20h, então teria de 
aplicar 2x ao dia e em outros até 24h, podendo ser aplica só 1x ao 
dia. 
 
Como vamos saber se é 20h ou 24h? Se todos os dias o 
paciente aplica glargina U100 às 10h da noite e vejo que no final 
da noite está tendo muito escape. Se eu aplico todos os dias 8h da 
manhã e vejo que 6h está tendo muito escape, a gente quebra a 
dose. 
 
Levemir também tem que ser aplicada 2x ao dia, é muito utilizada 
para gestante e crianças. 
 
Tresiba tem flexibilidade no horário de aplicação por conta da alta 
duração efetiva. 
UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 
 
 
2 
INSULINIZAÇÃO EM UM PACIENTE DM2 
 
QUEM NOS VAMOS INSULINIZAR? Pacientes com polis 
(polifagia, polidpsia, perda de peso, poliúria), paciente com 
hiperglicemia grave que tá com cetoacidose diabética, paciente 
com doença renal hepática (o qual não consigo prescrever algumas 
medicações, porque ele não tem clearance suficiente), paciente 
grávida e em casos selecionados associados a metformina, paciente 
infectado internado, paciente que será submetido a cirurgia e no 
pós imediato de infarto e AVC. 
 
Paciente hospitalizado insulina é o tratamento! 
 
Terapia não farmacológica = dieta e atividade física 
 
No DM2 a Insulinoterapia se dará por esquema basal bolus. 
 
INSULINIZAÇÃO NO DM 
Em um individuo saudável a insulina dele tem uma secreção basal, 
entre as refeições. E o pâncreas vai produzir mais insulina quando 
ingerimos mais carboidrato (café, almoço e jantar). 
 
Em um individuo com diabetes, quem vai cobrir os picos das 
refeições são a insulinas rápidas (regular) ou ultrarrápidas (lispro, 
asparte e glulisina). E o período entre as refeições é a insulina basal 
ou plana (glargina, degludeca e levemir) ou a insulina 
intermediária que é a NPH. 
 
INSULINIZAÇÃO NO DM2 
> É impossível prever a dose exata de insulina que o paciente 
necessita 
> Inicio com 6 a 10u/dia de NPH com aumento gradual 
> Geralmente iniciamos com 10u de NPH a noite, porque a ideia 
é a seguinte: se dou insulina a noite, eu digo para o pâncreas 
descansa que estou dando insulina de fora e esse descanso 
significa que esse pâncreas vai refazer esses grânulos de 
insulina durante a noite e acumulando para serem liberados 
aos longos dos períodos pós-prandiais. 
> Alternativa – insulina plana 
 
Chegou um paciente sem disfunção renal, começou 
metformina chegou em dose máxima de 2000mg, 
associou a gliclazida, chegou à dose máxima de 120mg e 
não melhorou. Não melhorar é o que? Não atingiu glicada 
menor do que 7, não atingiu glicemia de jejum menor do 
que 130 (que é o tolerável), não atingiu glicemia pós-
prandial menor do que 180mg/dL, começa insulinização! 
 
ETAPA 1 DE INSULINIZAÇÃO NO DM2: 
 
> Dose única de insulina humana NPH ou análogos de insulina 
de longa duração (glargina U100 ou Detemir) ou de ultralonga 
(degludeca ou glargina U300) ao deitar, associada a agentes 
orais. 
> A dose noturna de insulina visa reduzir à produção hepática de 
glicose e, assim, melhorar a glicemia, principalmente a de 
jejum. 
> Dose inicial sugerida: 10UI ou 0,2 UI/kg 
> A titulação deve ser pela glicemia de jejum 
 
As modificações devem basear-se nas medidas de glicemia 
capilar de jejum feitas pelo paciente: 
 
> Maior ou igual a 126mg/dL por 3 dias consecutivos aumento 
de 2 a 4 U; 
> Se o paciente fez hipoglicemia (glicemia capilar menor que 
70mg/dL): reduzir a insulina ao deitar (4U ou 10% da dose, o 
que for maior); 
> Associar segunda dose quando maior que 0,5 U/Kg - Por 
exemplo se eu tenho um paciente com 60kg e ele está usando 
30U de NPH a noite para manter essa glicemia de jejum boa, 
tá na hora de associar uma segunda dose de insulina. 
 
ETAPA 2 DE INSULINIZAÇÃO NO DM2: 
> Caso persista a hiperglicemia pós-prandial, utiliza-se o 
esquema basal-plus que consiste numa aplicação de insulina 
de longa duração ou intermediaria, associada a uma dose de 
insulina regular ou análogo de curta duração na principal 
refeição do dia. 
 
UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 
 
 
3 
ETAPA 3 DE INSULINIZAÇÃO NO DM2: 
Quando a hiperglicemia pós-prandial ocorre após mais de uma 
refeição, o esquema basal-plusdeve ser ampliado para incluir uma 
segunda dose de insulina ou análogo de curta duração ou pré-
mistura. 
 
ETAPA 4 DE INSULINIZAÇÃO NO DM2: 
Não havendo resposta adequada para os esquemas acima, 
recomenda-se a insulinização plena, com duas does de insulina 
humana NPH, associadas a 3 doses de insulina rápida ou de 
análogo de curta duração. 
 
Também podem ser usados os análogos de longa duração (glargina 
U100 ou Detemir) ou de ultralonga duração (degludeca ou glargina 
U300). 
 
ESQUEMAS ALTERNATIVOS: 
Opção 1: 3 doses de NPH com o objetivo de oferecer uma 
cobertura mais uniforme de insulina basal durante as 24 horas do 
dia. 
Opção 2: Uso de análogos de insulina de longa duração (glargina 
U100) em dose única diária ou a Detemir em uma ou duas does 
diárias, pode proporcionar níveis adequados de insulina basal 
durante as 24 horas. 
 
As insulinas de duração ultralonga (degludeca e glargina U300) 
também podem ser usadas com insulina basal. A cobertura prandial 
pode ser proporcionada por doses de insulina ou análogos de curta 
duração. 
 
E OS ANTIDIABÉTICOS ORAIS?? 
 
> A introdução de 1 ou 2 doses de insulina basal/plana NÃO 
significa a suspensão dos antidiabéticos orais. 
> Suspensão dos antidiabéticos orais: 
o Esquema de insulinização plena (basal-bolus) – a 
partir da etapa 02 
o Evidencia de falência da secreção pancreática de 
insulina (peptídeo C indosável) – suspender 
Sulfoniuréias, Glinidas e Inibidores da DPP-4 
o Doença renal crônica 
 
Obs.: Se é um paciente DM2 está tomando insulina, faz sentido 
manter metformina, desde que não haja contra indicação? Sim! 
Porque a metformina vai sensibilizar a ação da insulina. 
 
Utilizamos sempre a menor dose de insulina, possível, insulina é 
um hormônio anabólico e traz ganho de peso. Além de quanto 
maior a dose maior o risco de hipoglicemia. 
 
INSULINA MENOS É MAIS! 
 
 
ATENÇÃO – QUESTÃO DE PROVA! 
 
QUAL É O INIBIDOR DE DPP-4 QUE TEM SEGURANCA DE USO 
EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA? TODOS PODE 
SEM USADOS, UM SEM AJUSTE DE DOSE E OUTRO TEM QUE FAZER 
AJUSTE DE DOSE É A LINAGLIPTINA. PORQUE A LINAGLIPTINA A 
GENTE PODE TER SECREÇÃO POR VIA BILIAR. 
 
 
INSULINIZAÇÃO NO DM1 
 
> VAMOS TENTAR MIMETIZAR PRATICAMENTE A SECRECAO 
PACREÁTICA BASAL. 
> VAI TER A INSULINA BASAL, QUE PODE SER FEITA COM AS 
INSULINAS PLANAS. 
> INSULINA TODOS OS HORÁRIOS 
 
INSULINA NO PERIODO DESJEJUM: LISPRO, ASPARTE, 
GLULISINA OU REGULAR 
ALMOÇO: ASPARTE, GLULISINA OU REGULAR 
JANTAR: ASPARTE, GLULISINA OU REGULAR 
+ 
INSULINA PLANA, PARA CUBRIR O PERIODO ENTRE AS 
REFEIÇÕES: GLARGINA OU DEGLUDECA 
 
 
Basal – cobre jejum e refeições 
Prandial – insulina que vai cobrir entre as refeições (café, almoço 
e jantar) 
 
INSULINIZAÇÃO BASAL: 50% da dose total diária de insulina 
> Dose total diária: 0,4 a 0,8 UI/Kg/dia 
> Doses maiores: puberdade (IGH-hormônio contrarregulador), 
situações de estresse e infecções ou doenças intercorrentes 
BASAL 
40 A 50% 
DO TOTAL 
PRANDIAL 
60 A 50% 
DO TOTAL 
DOSE TOTAL 
DIÁRIA DE 
INSULINA (DTI) 
UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 
 
 
4 
> Doses menores: Fase de “lua de mel” 
> 0,4 criança e 0,8 adolescentes 
 
Sempre iniciamos com doses menores e vamos aumentando aos 
poucos. 
 
O único horário de insulina que prescrevemos longe das refeições 
é a insulina do “bad time”. Não existe insulina após as refeições! 
 
Exemplo 1: Menino de 9 anos, altura 118 cm; peso: 28Kg 
Dose total diária: peso x 0,4 = 28 x 0,4 = 11, 2 unidades/dia 
50% basal: 6 unidades 
> NPH: 2+2+0+2 (pré-café, pré-almoço, pré-jantar) 
> Plana: 6 U (uma única vez) 
50% bolus prandial: 5 unidades 
> Regular ou ultrarrápida: 1+2+2 
 
Exemplo 2: Adolescente, feminino, 17 anos, altura 163 
cm; peso: 65 Kg 
Dose total diária: peso x 0,8 = 65x 0,8 = 52 unidades/dia 
50% basal: 26 unidades 
> NPH: 8+8+0+10 (pré-café, pré-almoço, pré-jantar) 
> Plana: 26 U (uma única vez) – Glargina U100 ou U300, 
Detemir ou Degludeca (2x ao dia) 
50% bolus prandial: 26 unidades 
> Regular ou ultrarrápida: 6+10+10 
Obs.: Iniciou com 0,8, porque esses pacientes tem piores 
controles glicêmicos. 
 
CONTEXTUALIZANDO.... 
- Se eu tenho esse mesmo perfil de paciente que começou com 26U 
de insulina plana ou está usando 8,8,0,10 de NPH, mas a glicemia 
de jejum dele está 180mg/dL. Qual insulina vamos aumentar? 
- A plana de 2 em 2 unidades, a cada semana até melhorar. 
 
- Se utilizando NPH qual seria aumentada? A do jantar para cobrir a 
glicemia de jejum. 
 
- Esse paciente vem apresentando glicemia 2h após o jantar de 
320mg/dL, 340 mg/dL, qual insulina vamos aumentar? Antes do 
jantar 
 
- Paciente retorna apresentando uma hiperglicemia persistente 2h 
após o café da manhã, tem glicemia de 251, 242, 267, qual insulina 
aumentaríamos? Aumentaríamos a prandial, problema depois da 
refeição, tenho que modificar a insulina próxima a refeição de 2 em 
2 até chegar até melhorar. 
 
- Paciente retorna apresentando uma hiperglicemia persistente 2h 
após o café da manhã, tem glicemia de 200,187,190, qual insulina 
modificaríamos? Aumenta mais 2 para tentar atingir a meta. 
 
- Se o paciente está fazendo uma hipo 2h após o café, abaixamos a 
insulina bolus do café. 
 
- Se hipo na glicemia capilar pré-almoço, reduzimos a basal (a que 
fica entre uma refeição e outra). 
 
- A dose ideal de insulina plana é uma dose que não causa hipo, 
mesmo que o paciente fique sem comer. 
 
- Regular aplico 30 min antes e Lispro, Asparte, Glulisina são 
aplicadas 15min antes. 
 
- Paciente com hipo glicemia depois do almoço, 52mg/dL, 65 
mg/dL às 14h e almoça 12h, qual insulina iremos modificar? A 
antes do almoço. 
 
INSULINIZAÇÃO PRANDIAL – CONTAGEM DE CHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contagem de carboidratos: alimentos x carboidratos e 
carboidratos x insulina 
 
Determinar a relação insulina/carboidrato – quanto de insulina é 
capaz de queimar 1g de carboidrato. 
 
Regra geral: 1U para 15g de carboidrato. 
 
Depende do paciente, idade e período do dia. 
 
REGRA DOS 500 
 
> 500 / dose total diária de insulina 
> Exemplo: DM1 com DTD = 45U 
o 500/45 = 11 
o Insulina: 1U:11g 
 
FÓRMULA PARA CALCULAR O BOLUS DE INSULINA PARA 
CONTAGEM: 
Quantidade de carboidrato da refeição / relação insulina-
carboidrato 
 
Manual de contagem de carboidratos para ajudar na medida da 
quantidade de carboidratos. 
 
O que é a correção? - Dose de insulina necessária para corrigir 
valores de glicemias alterados. Valores altos (aumenta insulina) e 
Valores baixos (diminui insulina). 
 
Quando utilizar correção? Valores pré-refeição fora do alvo ou 
objetivo ou meta glicêmica. 
 
DOSE DE INSULINA PARA CORREÇÃO. QUAL A 
SENSIBILIDADE DO PACIENTE À INSULINA? 
 
Fator de correção (FC) ou Fator de sensibilidade à insulina: 
É quanto 1 unidade de insulina rápida (R) ou ultrarrápida (UR) 
diminui a glicemia em mg/dL. Pode variar de 30 a 100mg/dL, é 
muito particular de cada paciente. 
 
Regra geral: 1UI de insulina R ou UR para cada 50mg/dL. 
 
Regra dos 1500 = 1500/dose total diária 
Exemplo: adulto jovem com DTD = 40UI 
1500/40= 37,5 -40 mg/dL 
1UI de insulina R ou UR reduz a glicemia em 40mg/dL 
INSULINA 
PARA A 
REFEIÇÃO 
INSULINA 
PARA 
CORREÇÃO 
INSULINA 
PRANDIAL 
CONTAGEM DE 
CARBOIDRATOS 
OU DOSE FIXA 
ALGORITMO 
OU FATOR DE 
CORREÇÃO 
UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 
 
 
5 
Qual o alvo para glicemia pré-prandial? 
Alvo glicêmico (AG) = 70 a 130mg/dL 
 
FÓRMULA PARA CALCULAR A DOSE DE INSULINA PARA 
CORREÇÃO: 
Dose de correção = glicemia atual – alvo glicêmico 
 Fator de correção 
 
Exemplo: 
Fator de correção (FC) = 50mg/dL 
Alvo glicêmico (AG) = 100mg/dL 
Glicemia pré-prandial: 219mg/dL 
Dose de correção = 219-100/50 = 119/50 = 2,3UI 
 
RESUMINDO 
Índice Cálculo 
Dose total de insulina 0,4 a 0,8 x peso (kg) 
Dose basal de insulina 0,2 x peso ou 0,4 x dose total 
Relação insulina: CHO 500/dose total 
100/dose basal 
Fator de correção 
1500/dose total se regular ou 
1800/DTD se ultrarrápidaRelação ins/carbo x 4,5 
 
PRINCIPAL EFEITO COLATERAL DO USO DE INSULINA 
HIPOGLICEMIA 
 
> Ligeira: fome, palidez, fraqueza, tremores, ansiedade, 
taquicardia, suor intenso 
> Moderada: tonturas, visão turva, esquecimento, raciocínio 
lento, cefaleias, irritabilidade, choro, marcha descoordenada, 
sonolência. 
> Grave: discurso confuso, agressividade, inconsciência, 
convulsões e coma – precisa de ajuda de terceiros para corrigir. 
Glicemia menor ou igual a 54mg/dL. 
 
TRÍADE DE WHIPPLE – HIPOGLICEMIA 
1. Concentração baixa de glicose plasmática (G<55mg/dL) 
2. Presença de sintomas característicos (sintomas 
neuroglicopênicos e de ativação do sistema nervoso simpático 
– taquicardia, sudorese, palpitação, tremor de extremidade). 
3. Desaparecimento dos sintomas com a normalização da glicose 
plasmática 
 
TRATAMENTO DA HIPOGLICEMIA: 
 
Sintomas de hipo -> medir glicemia -> hipoglicemia (<70mg/dL) 
-> 15g de carboidrato 
 
15g de carboidrato = 1col de sopa rasa de açúcar, 3 balas de 
caramelo, 150 ml de suco de laranja, 150 ml de refrigerante 
comum ou 1 sachê de açúcar liquido 
 
Fez a correção 15 depois faz uma nova glicemia capilar, se dê abaixo 
de 70 mg/dL repete todo o ciclo de correção. Acima de 70mg/dL se 
alimenta normalmente. 
 
Cuidado com o hipertratamento da hipo para não sair de hipo para 
hiper. E de preferencia administrar liquido que é absorvido mais 
rapidamente. 
 
FENÔMENO DO ALVORECER X SOMOGY 
 
ALVORECER - fisiológico 
> Aumento de hormônios contra insulínicos (GH, cortisol) na 
madrugada por aumento da resistência insulínica e 
neoglicogênese levando a uma elevação da glicemia > 
10mg/dL 
> necessidade do ajuste de insulina noturna em > 20% 
> aumenta basal 
> Se eu tenho um paciente que está acordando pela manhã com 
a glicemia de jejum muito elevada – fora da meta, tem que 
pedir para verificar a glicemia na madrugada. 
 
SOMOGY 
> Hiperglicemia matinal desencadeada por hiperglicemia 
noturna 
> Conduta deve ser diminuir a insulina noturna 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
 
Glicemia às 
22h 110 110 
Glicemia às 
3h 110 40 
Glicemia às 
8h 180 200 
Conduta Fenômeno do alvorecer – aumentar a basal à noite 
Fenômeno do somogy – 
diminuir a basal à noite 
 
FASE DA “LUA DE MEL” NO DM1 
 
> Período imediatamente posterior ao diagnóstico do DM1, em 
que há ainda alguma secreção insulínica residual. 
> O paciente passa por um estresse agudo, tem uma cetoacidose, 
começa o tratamento e tem uma melhora nos níveis 
glicêmicos, os pacientes chegam a pensar que estão curados 
mais não estão. Eles ainda tinham uma reserva de células beta, 
volta a produzir insulina, mas volta a evoluir para a 
insulinopenia. 
> Nesse período os pacientes usam uma dose muito reduzida de 
insulina (< 0,25 a 0,5 U/kg) para manter a normoglicemia; 
> Não retirar insulina! Alguns podem manter-se euglicêmicos, 
mas recomenda-se que aplicação seja continuada, mesmo que 
em doses baixas. 
> Em geral, essa fase dura no máximo de 6 a 12 meses. 
 
 
 
 
 
 
UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 
 
 
6 
Insulinoterapia – Princípios práticos 
 
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DAS INSULINAS 
 
> As preparações comerciais de insulina são estáveis em 
temperatura ambiente 
> Injetar insulina gelada dói mais 
> Insulina em temperatura ambiente (20 a 25°C) por 6 a 8 
semanas não perde a potência 
> Evitar extremos de temperatura, nunca congelar! 
> Frascos fechados: manter na geladeira à 4°C 
 
MISTURANDO AS INSULINAS 
 
> NPH pode ser misturada com: 
o Regular 
o Lispro, Aspart e Glulisina 
> Se necessário, misturas podem ser conservadas na seringa, 
em geladeira, por 3 semanas. 
> Glargina, Detemir e Degludeca não podem ser misturadas 
com insulinas rápidas ou ultrarrápidas. 
 
Sempre colocar a insulina rápida/ultrarrápida primeiro na 
seringa!!! A branca suja a transparente!! 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
1. Separe o material (álcool, algodão, seringa e insulina) 
2. Lava as mãos 
3. Role suavemente o frasco. Não agite! Balançar igual esmalte! 
4. Retire a tampa do frasco e limpe-a com álcool embebido em 
algodão 
5. Aspire ar para dentro as seringa na quantidade de insulina que 
você pretende injetar. 
6. Introduza a agulhar através da tampa de borracha do frasco de 
insulina. 
7. Injeta o ar para dentro do frasco. Faca isto com o frasco apoiado 
na mesa. 
8. Verifique se há bolha de ar. Se houver, injete a insulina de 
volta para o frasco e aspire novamente a dose desejada. 
9. Verifica se a dose está correta 
10. Retira a agulha do frasco e cubra com o protetor, de forma que 
não toque em nada. 
COMO INJETAR A INSULINA 
1. Escolha o local para aplicar a insulina e limpe a pele com água 
e sabão 
2. Segure com as pontas dos dedos uma área da pele, num 
movimento de pinça e faca uma prega cutânea 
3. Segure a seringa como se fosse um lápis

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