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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful A depressão é um transtorno afetivo que representa um importante problema de saúde pública. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS: Transtorno Depressivo Maior; Transtorno Depressivo Persistente (Distimia). TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS: Transtorno Bipolar Tipo I; Transtorno Bipolar Tipo II; Transtorno Ciclotímico. Depressão Unipolar • Humor deprimido, perda do interesse ou prazer em atividades que anteriormente causavam prazer, incluindo a atividade sexual; • Insônia ou hipersonia quase todos os dias; • Agitação ou retardo psicomotor; • Fadiga ou perda de energia quase todos os dias; • Perda ou ganho significativo de peso; • Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, indecisão; • Pensamentos frequentes de morte, ideias autodestrutivas e a sensação de não querer viver. Transtorno Bipolar Caracteriza-se por períodos de humor elevado comumente alternados com períodos de depressão e de normalidade. Quando estes períodos de euforia são severos, são conhecidos como mania, e o diagnóstico é bipolar Quando os períodos de euforia são relativamente brandos, ou hipomaníacos, o diagnóstico é bipolar. • Exaltação no humor; • Euforia; • Hiperatividade; • Loquacidade exagerada; • Diminuição da necessidade de sono; • Exacerbação da sexualidade; • Comprometimento da crítica; • Delírio; • Alucinação. Teoria monoaminérgica da depressão Drogas que causam depleção de monoaminas no cérebro podem induzir sintomas de depressão. Alguns pacientes com depressão têm um nível reduzido de metabólitos monoaminérgicos, particularmente no líquor. Drogas antidepressivas parecem atenuar os mecanismos pelos quais a serotonina e noradrenalina são inativadas. Substâncias envolvidas: Obs.: cálcio em excesso também pode causar apoptose neural. Indicações: tratamento da depressão (principalmente unipolar), transtornos de ansiedade, tratamento de transtornos alimentares, dor neuropática. TRATAMENTO Inibidores da MonoAminoxidase: em 1951 foi descoberta a ação da iproniazida como antidepressivo. Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful IMAOs utilizados atualmente: não seletivos e irreversíveis: ipraniazida, isocarboxazida, tranilcipromina, fenelzina. Seletivos e Reversíveis: bofaromina, moclobemida, toloxatona, befloxatona. Seletivos e Irreversíveis: clorgilina (MAO-A). • Mecanismo de Ação: relacionado principalmente a inibição da MAO A, mas agem sobre ambas as formas. IMAOs causam um aumento rápido e persistente no conteúdo cerebral de 5HT, NA, DA. • Efeitos indesejáveis: hipotensão postural, efeitos anticolinérgicos, aumento de peso, estimulação do SNC acarretando excitação e insônia. • Interação com alimentos: que contém tiramina (camembert, salsicha, fava, etc) – reação tipo queijo. A tiramina aumenta a liberação de NA e 5HT, impedindo a degradação do fármaco sobre esses neurotransmissores causando um excesso na fenda sináptica. Interação com medicamentos: com aminas simpaticomiméticas, tais como efedrina, anfetamina (metilfenidato – ritalina), causa hipertensão grave. Antidepressivos tricíclicos Dibenzazepinas: imipramina, desipramina, clomipramina. Maior probabilidade de ação sedativa – efeito adverso. Bloqueiam os receptores da histamina. Dinezociclo-heptenos: amitriptilina, nortriptilina, protriptilina. A imipramina primeiro representante do grupo foi introduzida na clínica na década de 50. Ainda constitue fármacos de significante importância no tratamento da depressão. Mecanismo de Ação: bloqueio da recaptação neuronal de monoaminas cerebrais. • Inibição do transportador – não ocorrendo a recaptação do neurotransmissor. Aumentando a disponibilidade dos neurotransmissores na fenda sináptica. • Efeitos adversos: ação sobre receptores – muscarínicos (anticolinérgicos), alfa (hipotensão postural), histamínicos (sedação). Eles bloquearão esses receptores, por isso ocorrerá esses efeitos adversos. O ganho de peso é relatado para todos os medicamentos desta classe. Antidepressivos de segunda geração (ISRS e atípicos) Introduzidos na clinica no final da década de 80. Prozac, effexor, citalopram. Possuem menos efeitos adversos. Os antidepressivos ISRS possuem de forma geral menor aos receptores noradrenérgicos, muscarínicos e histamínicos. Os antidepressivos atípicos demonstram mecanismo de ação semelhantes no que concerne a ação em sítios de recaptação, porem podem atuar diretamente e receptores, na maioria das vezes bloqueando-os. Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Ambas as classes costumam ser mais toleradas que os antidepressivos anteriores. Noradrenalina e serotonina são liberados na fenda, quem tem depressão tem uma quantidade menor desses neurotransmissores, então os antidepressivos fazem o bloqueio dos transportadores NET e SERT, que impedem a recaptação dos neurotransmissores. • Efeitos Indesejados ISRS: aumento do desconforto gastrointestinal, diarreia, nervosismo, insônia e dor de cabeça, etc. a disfunção sexual atinge cerca de 30-40% dos pacientes. Risco de suicídio – aumento da energia, suplantando a letargia ou retardo psicomotor que impedia a ação suicida, piora no quadro depressivo, aumento da ansiedade, desenvolvimento de estado de mania ou hipomania, aumento da impulsividade. Inicialmente o tratamento com antidepressivo pode gerar efeitos adversos causando ansiedade. • Síndrome serotoninérgica: foi relatado com ISRS e ISRSN, incluindo PROZAC, por si só, mas particularmente com uso com outros medicamentos serotoninérgicos e com medicamentos que prejudicam o metabolismo da serotonina. • Drogas metabolizadas pelo citocromo P4502D6: devido ao potencial de PROZAC em inibir a isoenzima do citocromo P4502D6, o tratamento com drogas predominantemente metabolizadas pelo sistema CYP2D6 e que tenham um índice terapêutico estreito deve ser iniciado com o limite mais baixo de dose, caso o paciente esteja recebendo PROZAC concomitantemente ou tenha recebido nas 5 semanas anteriores. O antidepressivo além de deixar serotonina na fenda sináptica pode aumentar a probabilidade do neurotransmissor atingir o receptor pré sináptico 5- HT1A anulando o efeito porque esse receptor é inibitório. Ao longo do tempo, o excesso de ativação desse receptor e é percebido pelo organismo, o organismo altera ou perde o receptor -> liberação serotonina. Neurotransmissão serotoninérgica • Estabilizadores do humor: lítio, ácido valproico, carbamazepina. Lítio Mecanismo de Ação: Lítio interfere na atividade da IMPase (que forma trifosfato inositol), também inibe a enzima GSK-3 que é o substrato de fosforilação. Lítio não sofre biotransformação (no fígado). Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Farmacocinética: é administrado através da via oral 12/12h. o pico sérico é atingido em 2-4h e o estado estável em 5-6 dias. Sua excreção é quase exclusivamente renal. Como não sofre biotransformação ele depende totalmente dos rins para ser eliminado. Pessoas com problemas renais podem ter intoxicação por não conseguir eliminá-lo. É importante tomar bastante água. O lítio tem um índice terapêutico baixo, portanto o paciente precisa ser monitorado. É bom fazer a dosagem do lítio no sangue e avaliação renal. O uso de diurético acentua a retenção do Lítio. A) Entrada e captação de água e sódio. B) Uso do lítio pode ser captado por um canal de sódio, mas quando o diurético está envolvido, ele impede o transporte de sódio para dentro da célula. O organismo então produzirá mais canais de sódio para compensar a perda do sódio. Como o corpo aumenta a produção de canais de sódio, aumenta junto a captação do lítio. O sódio que entra dentro da célula ele sai, agora o lítio não sai. Ocorre um acúmulo de lítio que inibe uma série de enzimas. Efeitos adversos: sede excessiva, poliúria, problemas de memória, tremor, ganho de peso, sonolência/cansaço,diarreia. O lítio entra pelos canais de Sódio e interfere em uma série de enzimas inclusive os hormônios T3 e T4, então o paciente precisaria repor esses hormônios ou mudar o tratamento.
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