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livro Anatomorfofisiologia do Sistema digestório, endócrino, urinário e reprodutor
UNIASSELVI
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respectivamente, por glândulas como pâncreas e fígado. Após, as enzimas e a bile são liberadas na porção inicial do intestino delgado. Os pro- cessos de digestão destes macronutrientes, bem como a emulsifi cação de gordu- ra, serão posteriormente discutidos. Na fi gura a seguir você pode ver a estrutura anatômica do pâncreas: TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 17 FIGURA 15 – PÂNCREAS FONTE: Netter (2011, p. 372) A próxima figura demonstra a face visceral do fígado, ou seja, a face do órgão voltada para as vísceras abdominais. Este órgão é fundamental no exercício de diversas funções metabólicas e enzimáticas, entre elas a secreção da bile (GUYTON; HALL, 2017). FIGURA 16 – FACE VISCERAL DO FÍGADO FONTE: Netter (2000) Ligamento coronárioLigamento triangular esquerdo Apêndice fibroso Impressão esofágica Impressão gástrica Fissura do ligamento venoso Lobo caudado Processo papilar Artéria hepática própria Veia porta Fissura do ligamento redondo Ligamento falciforme Ligamento redondo Lobo quadrado Porta do fígado Vesícula biliar Impressão cólica Impressão duodenal Impressão renal Ducto cístico Ducto hepático comum Ducto colédoco Ligamento triangular direito Ligamento coronário Área nua Impressão supra-renal Veia cava inferiorVeias hepáticasProcesso caudado Ducto colédoco Incisura do pâncreas Ducto pancreático principal (de Wirsung) Ducto pancreático acessorio (de Santorini) UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO 18 A fim de tornar um pouco mais clara a relação entre órgãos, como o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas, e a liberação de seus produtos na porção inicial do intestino delgado (duodeno), expomos a seguinte figura: FIGURA 17 – VESÍCULA BILIAR FONTE: Netter (2000) Por fim, o quimo segue seu caminho em direção ao intestino grosso onde os restos não absorvíveis da alimentação, juntamente à reabsorção de água, formarão as fezes. Antes de falarmos da anatomia e fisiologia do intestino grosso, vamos olhar a sua histologia: Assim como já observado no restante do trato gastrintestinal, o intestino grosso tem as mesmas quatro camadas celulares: mucosa, submucosa, muscular e serosa. Na camada mucosa temos a presença de epitélio colunar simples, lâmina própria formada de tecido conjuntivo frouxo e células musculares lisas. No epitélio colunar vemos as células absortivas e caliciformes, estas células localizam-se nas “glândulas intestinais ou criptas de Lieberkühn” (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 1246). A camada submucosa possui tecido conjuntivo frouxo e a presença de tecido linfoide, já a camada muscular é formada por musculatura lisa. Parte espiral do ducto cístico Ducto hepático direito Ducto hepático esquerdo Ducto hepático comum Parte lisa do ducto cístico Ducto colédoco Ducto pancreático Ampola (de Vater) Infundíbulo (bolsa de Hartmann) da vesícula biliar Colo da vesícula biliar Corpo da vesícula biliar Fundo da vesícula biliar Porção descendente (2ª) do duodeno Óstio glandulares Papila principal do duodeno (de Vater) TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 19 Por fim, a camada serosa deste órgão é parte do peritônio (camada de células serosas que recobrem a parede abdominal). DICAS Vamos olhar novamente todas estas estruturas observando as lâminas que estão no link: http://bit.ly/2Ljv2kb. Agora que observamos a histologia deste órgão, vamos estudar um pouco mais da sua fisiologia, acompanhando como o quimo se movimenta no intestino grosso. A propulsão do quimo em direção ao intestino grosso, segue sendo realizada com o auxílio dos movimentos peristálticos. Você pode observar as estruturas anatômicas que formam o intestino grosso na próxima figura: FIGURA 18 – ESTRUTURAS ANATÔMICAS QUE FORMAM O INTESTINO GROSSO FONTE: Adaptado de Netter (2011) Para fins didáticos, o intestino delgado foi removido da figura e assim possibilitar uma melhor visualização do intestino grosso. O intestino grosso é formado por quatro estruturas: ceco, cólon, reto e ânus. O Ceco corresponde a primeira e mais dilatada das porções do intestino grosso e se comunica com o Tênia livre (tênia liberada) Apêndices epiplóicos Flexura (hepática) direita do colo Íleo (seccionado) Sulco(goteira) paracólico direito Recesso (fossa) retrocecal Apêndice vermiforme Reto Colo sigmóide Mesocolo sigmóide Mesentérico (seccionado e intestino delgado removido) Sulco (goteira) paracólico esquerdo Flexura (esplênica) esquerda do colo Jejuno (seccionado) Mesocolo transverso (elevado sobre o pâncreas) Colo descendente Colo ascendente Colo transverso (elevado) Ceco UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO 20 intestino delgado (íleo) pela válvula ileocecal. O cólon se ramifica em porção ascendente, transverso, descendente e sigmoide. As duas últimas estruturas que compõem o intestino grosso são o reto e o ânus. A maior parte da absorção de íons e água, que percorrem o nosso tubo digestório, ocorre em nosso intestino grosso. Grande parte desta absorção dá-se no cólon (GUYTON; HALL, 2017). Por fim, as fezes serão expulsas pelo ânus, através de estímulos de esfíncteres interno e externo, eventos que serão discutidos posteriormente. 21 Neste tópico, você aprendeu que: • O alimento ingerido percorre diferentes estruturas do sistema digestório até a eliminação dos restos não absorvíveis. • O sistema digestório é composto por diferentes órgãos. • A boca é o primeiro componente do sistema digestório e está dividida em vestíbulo e cavidade oral propriamente dita. • O processo de deglutição envolve diferentes fases. • O esôfago é dividido em diferentes porções. • O estômago é dividido em diferentes partes. • A produção de ácido clorídrico (HCl) é realizada pelas células parietais (oxínticas). • O intestino delgado é dividido em 3 porções. • As microvilosidades existentes no intestino delgado são capazes de aumentar a área absortiva. • O intestino se relaciona estruturalmente e funcionalmente com o pâncreas, vesícula biliar e intestino delgado (duodeno). • O intestino grosso é subdividido. RESUMO DO TÓPICO 1 22 1 Ao ingerir alimentos, você, literalmente, deixa de respirar por breves segundos. Isso decorre em virtude de tanto o alimento, quanto o ar, usarem uma estrutura do sistema digestório em comum. Sendo assim, assinale a resposta a seguir que corresponde a estrutura em comum utilizada durante o processo de respiração e o processo de deglutição do alimento: a) ( ) Esôfago. b) ( ) Traqueia. c) ( ) Estômago. d) ( ) Faringe. e) ( ) Laringe. 2 Conforme citado na questão anterior, ao ingerir o alimento, cessamos por breves momentos o processo respiratório. Com base nesta informação, descreva como ocorrem as fases voluntária e involuntária da deglutição envolvidas no processo de ingestão de alimento. 3 O pH salivar encontra-se próximo da neutralidade (7,0), entretanto, ao chegar no estômago o bolo alimentar sofre ação do ácido clorídrico secretado neste órgão, objetivando diversas funções associadas a este órgão. As células responsáveis pela secreção ácida no estômago são: a) ( ) Células enterocromafins. b) ( ) Células parietais ou oxínticas. c) ( ) Células secretagogas. d) ( ) Células Epiteliais. e) ( ) Nenhuma das alternativas acima. 4 O intestino delgado é responsável pela maior parte da absorção de nossos nutrientes. Essa função destinada ao intestino delgado se deve à presença de células do epitélio intestinal modificadas que possuem especializações capazes de aumentar em milhares de vezes a capacidade absortiva deste órgão. Estas especializações celulares são denominadas: a) ( ) Macrovilosidades. b) ( ) Vilosidades. c) ( ) Microvilosidades. d) ( ) Criptas de Liberkühn. e) ( ) Nenhuma das respostas acima. 5 “Cerca de 1.500 mililitros de quimo passam, normalmente, pela válvula ileocecal para o intestino grosso a cada dia. Grande parte da água e dos eletrólitos, nesse quimo, é absorvida no cólon, sobrando menos de 100 mililitros de líquido