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CONTRATOS EMPRESARIAIS

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CONTRATOS EMPRESARIAIS
- STJ: Em regra, o CDC NÃO SE APLICA aos contratos empresariais; excepcionalmente , será aplicado quando houver destinação final econômica do produto ou serviço ou quando se constata a vulnerabilidade técnica, econômica ou jurídica de uma das partes.
1) Depósito em conta corrente:
a) Conceito:
- O banco registra , em contabilidade própria, o débito e o crédito, as remessas e os saques, podendo o depositante verificar o saldo a qualquer tempo.
- Ou seja, a instituição financeira recebe determinado numerário pelo correntista, permitindo posteriormente a retirada desses valores no momento que lhe for mais oportuno.
b) Como funciona:
- O correntista efetua depósitos em conta corrente, podendo ser:
· à vista: o correntista pode resgatar os valores a qualquer tempo.
· com aviso prévio:os valores só podem ser retirados após prévio aviso ao banco.
· com prazo fixo: só permite a retirada dentro de um prazo originariamente designado entre as partes.
· com permissão de saque a descoberto: o correntista pode sacar valores superiores àqueles previamente depositados (Cheque especial/Lis).
c) Características:
- Realização de fluxo constante de crédito e débito entre o correntista/depositante e a instituição financeira.
d) Encerramento da conta corrente:
- Possível a qualquer momento, a cargo de qualquer das partes, bastando que uma comunique à outra.
- Nesse momento, a instituição financeira deverá apurar o saldo, seja ele positivo ou negativo.
2) Abertura de crédito:
a) Conceito:
- Contrato pelo qual o banco se obriga a colocar à disposição do cliente, por um certo prazo, uma quantia em dinehiro, aceitando os saques por ele efetuados ou acolhendo suas ordens.
- Diferentemente do depósito bancário, aqui não há prévia entrega de dinehiro.
b) Como funciona:
- O banco debita ao creditado todas as despesas e tributos e cobra juros pelas quantias efetivamente utilizadas, bem como uma comissão, a título de imobilização do capital, incidente sobre o limite de crédito aberto.
- Os valores poderão ser livremente utilizados pelo cliente.
c) Contrato de Financiamento:
- É uma subespécie de contrato de abertura de crédito.
- O banco adianta ao cliente recursos necessários a determinado empreendimento mediante cessão ou caução de créditos ou outras garantias (alienação fiduciária do bem objeto da transação).
3) Cartão de Crédito:
a) Espécies:
· Emitidos por empresas comerciais para uso de seus clientes:
- Admitem a sua utilização exclusivamente perante as empresas que o emitiram (ex.: Walmart, Renner, Lojas Americanas).
· Emitidos por bancos ou grupos de bancos para utilização do crédito bancário:
- Finalidade específica de permitir a utilização do crédito que tenha sido colocado à sua disposição, nada além disso.
· Emitidos por empresas intermediárias entre compradores e vendedores:
- São os mais comuns.
- Ex.: DIners, Mastercard, Visa.
- Estas intermediárias se comprometem a adiantar ao vendedor da mercadoria ou prestador de serviço, o pagamento referente ao bem adquirido e, posteriormente, cobra desse comprador, o valores referente ao serviço ou mercadoria.
- 3 personagens: titular/usuário + emissor do cartão/intermediária + fornecedor do bem ou serviço.
b) Características:
- Não pode haver qualquer acréscimo no preço da mercadoria pelo uso do cartão de crédito.
- Há a cobrança da anuidade para remunerar os serviços prestados.
c) Limitação de juros e Lei da Usura:
Súmula 283, STJ: As empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras e, por isso, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem as limitações da lei de usura.
· Assim, os bancos não são obrigados a seguir a limitação da lei de usura, podendo cobrar os juros que lhes aprouver.
· Isso não significa que os juros possam ser abusivos; nesse caso, é possível a revisão judicial da cláusula contratual que prevê o valor dos juros.
4) Comissão Mercantil
- Regulada pelo CC (arts. 693 e ss.).
- Tem por objeto a aquisição ou venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, À conta do comitente (art.693, CC) = o comissário é um empresário que realizará negócios no interesse de outro empresário, o comitente, mas os realizará em seu nome.
- STJ: se a comissão mercantil for celebrada por prazo indeterminado, pode o comitente mudar unilateralmente o valor da comissão.
- Falecendo o comitente, a comissão devida ao comissário é classificada no processo falimentar como crédito com privilégio geral.
- Em regra, os riscos do negócio cabem ao comitente.
- Exceção → Permitida a cláusula DEL CREDERE: caso em que o comissário assume a responsabilidade solidária juntamente com os terceiros com quem contratar.
5) Representação Comercial
- Regido pela Lei 4886/65.
- Conceito: modalidade especial de contrato de colaboração em que o colaborador (representante) assume a incumbência de obter pedidos de compra e venda para os produtos comercializados pelo colaborado (representado).
- É proibida a cláusula DEL CREDERE: é aquela em que o representante ficaria responsável pela solvência do comprador. Quem assume os riscos é o representado (vendedor).
	QUESTÃO DE PROVA:
CESPE - TJPB/2015: A denúncia imotivada, por parte do representado, do contrato de representação comercial por prazo indeterminado celebrado há mais de três anos confere ao representante o direito de aviso prévio e do recebimento de indenização prevista em lei, com a ressalva do decote por compensação de quantias decorrentes da cláusula del credere, desde que previamente ajustada entre os contratantes. 
GABARITO: ERRADA: o prazo é mais de 6 meses. Além disso, é vedada a cláusula del credere.
- Salvo autorização expressa, não poderá o representante conceder abatimentos, descontos ou dilações, nem agir em desacordo com as instruções do representado.
- A exclusividade de representação não se presume na ausência de ajustes expressos.
- O representante comercial adquire o direito às comissões quando do pagamento dos pedidos ou propostas. Se a compra não se consumar ou não houver pagamento, o representante não recebe sua comissão.
- STJ: a comissão deve ser calculada com base no preço da mercadoria no momento da venda intermediada pelo representante, o que corresponde ao valor total do produto sem os descontos de impostos e encargos financeiros.
- Nenhuma retribuição será devida ao representante comercial se a falta de pagamento resultar de insolvência do comprador, bem como se o negócio vier a ser por ele desfeito ou for sustada a entrega de mercadorias devido à situação comercial do comprador, capaz de comprometer ou tornar duvidosa a liquidação.
- Os créditos relativos às comissões do representante são equiparados ao crédito trabalhista no processo falimentar.
6) Franquia (ou franchising)
- Regido pela Lei 13.966/2019 que revogou a Lei 8955/94.
- Conceito: 
Art. 1º  Esta Lei disciplina o sistema de franquia empresarial, pelo qual um franqueador autoriza por meio de contrato um franqueado a usar marcas e outros objetos de propriedade intelectual, sempre associados ao direito de produção ou distribuição exclusiva ou não exclusiva de produtos ou serviços e também ao direito de uso de métodos e sistemas de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem caracterizar relação de consumo ou vínculo empregatício em relação ao franqueado ou a seus empregados, ainda que durante o período de treinamento.
- Pode ser adotada por empresa privada, empresa estatal ou entidade sem fins lucrativos, independentemente do segmento em que desenvolva as atividades.
- Há clara subordinação empresarial do franqueado em relação ao franqueador.
- Não se aplica o CDC na relação entre franqueador e franqueado.
- Circular de Oferta: deve ser entregue ao franqueado no mínimo, 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato.
	QUESTÃO DE PROVA:
CESPE - TJPB/2015: O contrato de franquia, regularmente celebrado, tem sua validade entre partes diferida parao momento do seu registro no INPI. 
GABARITO: ERRADA: não há necessidade de ser levado a registro em nenhum lugar para ser válido, porém para ter efeitos perante terceiros deve ser registrado no InPI].
7) Factoring (Fomento Mercantil).
· Conceito: contrato por meio do qual o empresário transfere a uma instituição financeira as atribuições atinentes à administração do seu crédito.
· STJ: não possui natureza de contrato bancário típico, razão pela qual se aplica aos contratos de factoring a limitação de juros de 12%a.a.
· Não tem previsão legal específica.
· A natureza da transferência do crédito é de PRO SOLUTO: segue as regras da cessão de crédito do CC, o faturizado encerra a sua participação no título já que não responde pela solvência do devedor, e sim pela existência do crédito.
· PRO SOLUTO: o cedente responde pela existência do crédito.
· PRO SOLVENDO: o cedente responde pela solvência do devedor.
· STJ: Não é possível à faturizadora exercer o direito de regresso contra o faturizado em caso de inadimplemento dos títulos cedidos, salvo se o próprio faturizado deu causa a esse inadimplemento.
8) Distribuição
· CC, arts.710 a 721.
· Difere da representação comercial porque aqui, a pessoa adquire o produto do fabricante para revender.
· É de ADESÃO.
	QUESTÃO DE PROVA:
CESPE - TJPB/2015: O contrato de distribuição comercial, classificado como pacto de colaboração e que transborda da mera intermediação, não implica na hipossuficiência do distribuidor em relação ao fabricante. Todavia, nesse contrato, que se celebra por adesão, o fornecedor realiza controle e padronização da atividade desenvolvida pelo distribuidor.
GABARITO: Certo
9) Concessão Mercantil
- É em regra um contrato atípico de distribuição. Exceção: a concessão relativa a veículos automotores terrestres é um contrato típico regido pela Lei Ferrari (Lei 6729/79).
- Conceito: um empresário (concessionário) assume a obrigação de comercializar produtos fabricados por outro empresário (concedente). 
- STJ: não se aplica a Lei Ferrari ao contrato de distribuição (atípico) em razaão de ela ser uma lei muito específica.
10) Alienação Fiduciária
10.1) De bem imóvel
	QUESTÃO DE PROVA:
CESPE/DPE-PE/2015: Determinada sociedade empresária resolveu recorrer ao instituto da alienação fiduciária em garantia, para aquisição de alguns bens móveis e imóveis. À vista do inadimplemento, quando se tratar de contrato de alienação fiduciária de bem imóvel, a reversão do bem deverá ser processada pelo oficial do cartório de registro de imóveis, independendo, portanto, de ação judicial para a satisfação desse direito do credor.
GABARITO: Certo.
Lei 8514 de 1997
Art. 26. Vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, o fiduciante, ou seu representante legal ou procurador regularmente constituído, será intimado, a requerimento do fiduciário, pelo oficial do competente Registro de Imóveis, a satisfazer, no prazo de quinze dias, a prestação vencida e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionais, as penalidades e os demais encargos contratuais, os encargos legais, inclusive tributos, as contribuições condominiais imputáveis ao imóvel, além das despesas de cobrança e de intimação.
§ 7  Decorrido o prazo de que trata o § 1  sem a purgação da mora, o oficial do competente Registro de Imóveis, certificando esse fato, promoverá a averbação, na matrícula do imóvel, da consolidação da propriedade em nome do fiduciário, à vista da prova do pagamento por este, do imposto de transmissão  inter vivos  e, se for o caso, do laudêmio. 
 
10.2) De bem móvel
	QUESTÃO DE PROVA:
CESPE/DPE-PE/2015: Determinada sociedade empresária resolveu recorrer ao instituto da alienação fiduciária em garantia, para aquisição de alguns bens móveis e imóveis. No contrato de alienação fiduciária de bem móvel, a mora de qualquer das obrigações contratuais por parte do fiduciante facultará ao fiduciário o vencimento antecipado da dívida, independentemente de aviso ou notificação.
GABARITO: Certo.
Art. 2, § 3º, Decreto 911/69. A mora e o inadimplemento de obrigações contratuais garantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência legal ou convencional de algum dos casos de antecipação de vencimento da dívida facultarão ao credor considerar, de pleno direito, vencidas tôdas as obrigações contratuais, independentemente de aviso ou notificação judicial ou extrajudicial.

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