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PIC – Pedagogia Aluna: Flávia Cristina Antoniasse Pinheiro RGM: 24137758 Polo: São Jose do Rio Preto- SP Tutor: Luma Costa Motivos de evasão escolar Introdução No período colonial e imperial a educação já era uma história de exclusão e desigualdade social, no qual se reflete demasiadamente nesse século. Ser escravo, já definia a condição de exclusão social, portanto, educacional. Sempre foi de difícil acesso a negros e pobres, mas após abolição da escravatura isso ficou ainda mais nítido, tornando a educação algo inalcançável para muitas gerações posteriores. Desenvolvimento Mesmo após a abolição as autoridades de educação ainda negavam esse direito aos libertos. Barros (2005, p. 85) cita alguns mecanismos que foram acionados para dificultar o ingresso e a permanência de alunos negros na escola. Depoimentos mostraram que faltava “vestimentas adequadas”, que havia a ausência de um adulto responsável para realizar a matrícula, assim como para adquirir material escolar e merenda, por exemplo, eram empecilhos enfrentados por alunos dessa origem para acessar a escola. No século XIX não havia impedimento dos negros libertos de frequentarem as escolas oficiais como havia para os escravos. Mesmo assim, a maioria permanecia excluída do processo de escolarização, por conta de alguns colégios não aceitarem os mesmos e por conta da necessidade de renda da família. Também podemos destacar que o costume da época de que a mulher deveria cuidar do lar, muitas meninas não iam à escola para aprender a cozinha e auxiliar a mãe no cuidado da casa e dos irmãos menores, fazendo com que a evasão feminina fosse maior. Muitos pais devido à cultura antiga (escravatura) achavam que a educação não se fazia necessária, e sim aprender um ofício e ir à luta na vida. Considerações Finais A abolição da escravatura, não apagou as marcas históricas, de quase quatro séculos de permanência do sistema, as quais estão muito presentes na sociedade brasileira (diferenças de renda, posição ocupacional e social, nível educacional). Mesmo observando avanços, a realidade está longe de ser superada, social e culturalmente. Por isso o ensino de EJA no país é muito importante, uma oportunidade dos jovens e adultos que não tiveram acesso à educação na idade apropriada a adquiri esse conhecimento. No entanto, devemos ir à além da alfabetização somente para diminuir os índices de analfabetismo no país, e sim formar os alunos para o mercado de trabalho e para diversas situações da vida. Esses alunos estão em busca de mudança tanto de cunho pessoal, como em um sentido mais amplo, mudanças sociais. Por isso as escolas de EJA devem ter metodologias que se adéquam as suas necessidades. Referências BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. Discutindo a escolarização da população negra em São Paulo, entre o final do século XIX e início do XX. In: ROMÃO, Jeruse. História da educação do negro e outras histórias. Brasília: ME, 2005. P. SILVA, Gleiciane Vieira. As práticas educativas na educação de jovens e adultos. 17 de setembro de 2015.
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